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O discurso confuso de Dilma. Ou: Fala tumultuada, governo atrapalhado | Reinaldo Azevedo - Blog - VEJA.com
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28/08/2014 às 21:20
O discurso confuso de Dilma. Ou: Fala tumultuada, governo atrapalhado
A presidente Dilma Rousseff, candidata do PT à reeleição, reuniu na noite desta quarta, no Palácio da Alvorada, o comando de sua campanha e os presidentes das nove legendas que a apoiam. O objetivo era discutir a nova realidade eleitoral, com a ascensão de Marina Silva, do PSB. Ao fim do encontro, Rui Falcão, do PT, disse que nada mudaria na estratégia petista. De fato, o partido continua refém de uma ideia fixa: atacar os tucanos. Mas há, sim, uma discreta mudança em curso.
Nesta quinta, a petista participou de um encontro da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura. Recebeu o apoio oficial da entidade e discursou. Disse duas coisas dignas de nota, referindo-se, ainda que de modo oblíquo, a Marina. Vamos à primeira:
“Essa história de que você acha os bons ou os melhores sem aferição não está certa. Como é que eu vou fazer uma política para agricultura familiar com quem não defende agricultura familiar?”.
Bem, por mais que a proposta de Marina de fazer um “governo só com os melhores” seja uma bobagem, uma cascata, é evidente que nem ela própria pensaria em nomear para a agricultura familiar alguém que não a defenda, né? De fato, o discurso de Dilma traduz outra coisa: o PT é um partido corporativista e entende que governar consiste em entregar fatias do governo a “pessoas da área”. Ora, governar é algo bem diferente disso. Trata-se de eleger, necessariamente, prioridades para determinados setores que tenham alcance universal. Ou por outra: é necessário, sim, contar com alguém favorável à agricultura familiar, mas ele não pode ser de tal sorte um representante do setor que acabe tomando medidas que prejudiquem outras áreas do governo.
Já a segunda fala é um daqueles momentos em que o “dilmês castiço”, uma língua que lembra o português, aflora com toda a sua força. Vejam lá… O que será que Dilma quis dizer com aquilo? Com alguma boa vontade, a gente pode inferir que, para a petista, as pessoas, tomadas individualmente, têm menos importância na política do que o arco de interesses que ela representa. Se é isso mesmo, até tendo a concordar com ela — embora, obviamente, os indivíduos possam fazer toda a diferença.
O que me espanta é essa incapacidade de Dilma de deixar clara uma ideia tão simples, até meio boboca. Parece haver um complicômetro na cabeça da presidente que a impede de falar com um mínimo de clareza. Tendo a achar que quem pensa de modo tão tumultuado acaba agindo de maneira igualmente tumultuada. E aí temos o governo que aí está.
Na reunião da Contag, Dilma voltou a atacar FHC, com aquela conversa do “nós” contra “eles”. Parece não ter percebido que esse tipo de abordagem só reforça a candidatura de… Marina Silva! Pois é… Mas como se livrar de uma ideia fixa? Por Reinaldo Azevedo
Tags: Dilma, Eleições 2014
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2 Comentários
ROSANA SCHER CABRERA -
28/8/2014 às 9:45 pm
Com tratamento psiquiátrico. O PT Reinaldo, sabe que vai perder e por isso incentiva Dilma a continuar, aliás o PT morreu a muitoooooooooooo tempo, só os petistas não perceberam. O Brasil não aguenta mais eles e Dilma é tudo de ruim que aconteceu para o partido. O FEITIÇO VIROU CONTRA O FEITICEIRO. BYE, BYE PT, DILMA E LULA (esse já morreuuuuuuuuuuu a muitooooooooooooooo tempo tb). Mais uma coisinha, só ganham se fraudarem. PT saudações!
Rodolfo -
28/8/2014 às 9:38 pm
Pode essa Contag fazer propaganda política escancarada para a Dilma Rousseff e o PT?
Como é que alguém que se diz representante dos trabalhadores rurais votam com o PT, que justamente lutou no Congresso contra os “ruralistas”?
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7. Mas, além da injustiça do seu sistema, vêem-se bem todas as suas funestas consequências, a perturbação em todas as classes da sociedade, uma odiosa e insuportável servidão para todos os cidadãos, porta aberta a todas as invejas, a todos os descontentamentos, a todas as discórdias; o talento e a habilidade privados dos seus estímulos, e, como consequência necessária, as riquezas estancadas na sua fonte; enfim, em lugar dessa igualdade tão sonhada, a igualdade na nudez, na indigência e na miséria. Por tudo o que Nós acabamos de dizer, se compreende que a teoria socialista da propriedade colectiva deve absolutamente repudiar-se como prejudicial àqueles membros a que se quer socorrer, contrária aos direitos naturais dos indivíduos, como desnaturando as funções do Estado e perturbando a tranquilidade pública. Fique, pois, bem assente que o primeiro fundamento a estabelecer por todos aqueles que querem sinceramente o bem do povo é a inviolabilidade da propriedade particular.
CARTA ENCÍCLICA «RERUM NOVARUM»
PAPA LEÃO XIII
15 de Maio de 1891
-O coletivismo é a negação da liberdade, porquanto a sede da liberdade é o indivíduo. Tanto é que a pena mais severa na história da humanidade é a privação da liberdade. A essência da liberdade é una e indivisível e daí a designação do sujeito como "indivíduo".
Aluízio Amorim
Filósofa russa Ayn Rand :
“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.”
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