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quarta-feira, 30 de abril de 2014

Reinaldo Azevedo - Blog - VEJA.com



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Reinaldo Azevedo

Análises políticas em um dos blogs mais acessados do Brasil

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Se em meu ofício, ou arte severa,/ Vou labutando, na quietude/ Da noite, enquanto, à luz cantante/ De encapelada lua jazem/ Tantos amantes que entre os braços/ As próprias dores vão estreitando —/ Não é por pão, nem por ambição,/ Nem para em palcos de marfim/ Pavonear-me, trocando encantos,/ Mas pelo simples salário pago/ Pelo secreto coração deles. (Dylan Thomas — Tradução de Mário Faustino)



30/04/2014 às 11:22

Dilma diz que será candidata com ou sem apoio dos partidos aliados



Na VEJA.com:

Constrangida por aliados que já defendem abertamente o “Volta, Lula” e índices de aprovação de governo derretendo, a presidente Dilma Rousseff afirmou na manhã desta quarta-feira que será candidata com ou sem o apoio dos partidos que integram sua base no Congresso Nacional.

“Gostaria muito que, quando for candidata, eu tivesse o apoio da minha base, da minha própria base. Agora, não havendo esse apoio, a gente vai tocar em frente”, disse, em entrevista a rádios da Bahia. Na sequência, ela emendou uma frase enigmática e encerrou o assunto: “Sempre, por trás de todas as coisas, existem outras explicações.”

As declarações mostram uma mudança no tom adotado pela presidente, que havia minimizado um manifesto lançado por deputados do PR pedindo a volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Isso não me pega”, disse Dilma em jantar com jornalistas esportivos no Palácio do Alvorada, na noite de segunda-feira. “Ninguém vai me separar do Lula nem ele vai se separar de mim.”

O PR (ex-PL) apoia o PT em eleições desde 2002, quando José Alencar, morto em 2011, aceitou concorrer como vice na chapa de Lula. A aliança ajudou a romper a resistência de parte do empresariado e do setor financeiro à candidatura do petista. Mais tarde, após a descoberta do mensalão, o então PL acabou arrastado para o centro do escândalo – o ex-presidente da sigla Valdemar Costa Neto foi um dos condenados a prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelo esquema de corrupção.

Além dos problemas com o PR, reportagem de VEJA desta semana mostrou que a Dilma enfrenta um momento inédito de fragilidade. Além de ter problemas na economia, como o crescimento baixo, a inflação persistente e o desmantelamento do setor elétrico, ela perdeu apoio popular e força para barrar, no Congresso, iniciativas capazes de desgastá-la. A aprovação ao governo caiu a um nível que, segundo os especialistas, ameaça a reeleição. Partidos aliados suspenderam as negociações para apoiá-la na corrida eleitoral. Já os oposicionistas conseguiram na Justiça o direito de instalar uma CPI para investigar exclusivamente a Petrobras.

Acuada, Dilma precisa mais do que nunca da ajuda do PT, mas essa ajuda lhe é negada. Aproveitando-se da conjuntura desfavorável à mandatária, poderosas alas petistas pregam a candidatura de Lula ao Planalto e conspiram contra a presidente. O objetivo é claro: retomar poderes e orçamentos que foram retirados delas pela própria Dilma. A seis meses da eleição, o PT está rachado entre lulistas e dilmistas — e, para os companheiros mais pragmáticos, essa divisão, e não os rivais Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), representa a maior ameaça ao projeto de poder do partido.Por Reinaldo Azevedo


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30/04/2014 às 6:05
LEIAM ABAIXO


Iêmen diz que há brasileiros entre terroristas da Al Qaeda mortos no país. País segue sem uma lei antiterror. E a lembrança de uma estupidez dita por Tarso Genro;
Alckmin sobre a exportação de haitianos pelo Acre: “É preciso ter responsabilidade”;
Renan agora diz que vai instalar duas CPIs exclusivas da Petrobras; é a marcha da irracionalidade. E a questão do medo;
PT ainda comanda tentativas de livrar a cara de Vargas; 5 de seus 6 membros faltaram à reunião do Conselho de Ética;
Após adiamentos, Conselho de Ética dribla manobra e aprova investigação contra Vargas;
O Zé nunca se apertou como estudante, como guerrilheiro, como clandestino, como ministro e como ex-ministro. E não se aperta como presidiário;
Papuda: nesta terça, na cela do detento 95.413, teve futebol na TV de plasma;
É isto mesmo, Padilha! Não desista! Vá até o… fim!;
Doleiro prometeu a doleira um cargo na Polícia Civil de SP se Padilha, do PT, vencer a eleição;
Os lulocêntricos estão em festa… Dilma despenca;
PF desmonta rede de doleiros usada para abastecer campanhas;
Pesquisa CNT/MDA: há empate entre os que aprovam e desaprovam Dilma; cai intenção de voto na petista; Aécio e Campos crescem;
Hora de falar, hora de calar;
Comissão de Direitos Humanos vai visitar Dirceu na Papuda. Um Engov antes e um depois, leitores!;
Coronel Malhães: foi crime comum. Eu bem que avisei. Ou: Quando o jornalismo ignora os fatos e a lógica em favor da ideologia;
Lula tem é ódio à democracia; seu mundo é o da troca de favores; do toma-lá-dá-cá; das relações viciosas;
Manifesto do PR em favor de Lula nasceu numa cadeia. Fernandinho Beira-Mar e Marcola não vão opinar também?;
Deputados do PR assinam manifesto pela volta de Lula;
Sócio de laboratório diz que ex-assessor de Padilha era ponte com pasta da Saúde;
Barbosa: “Lula tem dificuldade em lidar com o Judiciário independente”Por Reinaldo Azevedo


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30/04/2014 às 3:56

Iêmen diz que há brasileiros entre terroristas da Al Qaeda mortos no país. País segue sem uma lei antiterror. E a lembrança de uma estupidez dita por Tarso Genro




Por que essa imagem está aí? Vocês vão entender.

Algo de muito grave aconteceu caso se confirme mesmo a notícia — e não creio que possa haver desmentidos: numa ação do Exército do Iêmen contra forças da Al Qaeda, a maior desde 2012, foram mortos 26 terroristas, ou jihadistas, como eles próprios se definem. No grupo, dizem as autoridades iemenitas, estão… brasileiros. Sim, caros leitores, vocês leram direito: havia brasileiros em campos de treinamento da Al Qaeda. Segundo Abdu Rabo Mansur Hadi, presidente daquele país, há ainda terroristas mortos oriundos da Holanda, França, Austrália e outros países.

Por que a notícia é especialmente grave no que nos diz respeito? Porque o Brasil, e não será a primeira vez que escreverei isso aqui, é uma das poucas democracias do mundo — na verdade, deve ser a única — que não dispõe de uma lei para punir ações terroristas. Se esses brasileiros que morreram no Iêmen tivessem sido presos e eventualmente deportados para o Brasil, não haveria, acreditem, como puni-los aqui. Da mesma sorte, este país não tem como aplicar penas adequadas para ações terroristas praticadas por estrangeiros ou por nativos em solo brasileiro. Teria de apelar a alguma outra legislação.

E por que não temos essa lei, a menos de dois meses da Copa do Mundo? Porque as esquerdas, muito especialmente os petistas, não aceitam. Aliás, a imprensa, com as exceções de praxe, não tem sido muito sábia quando debate o assunto.

Em maio de 2009 foi preso no Brasil o libanês Khaled Hussein Ali, identificado na imprensa brasileira como o “libanês K”. Era ligado à Al Qaeda. Foi, acreditem, solto! No dia 26 de maio daquele ano, diante da evidência de que a rede terrorista já estava entre nós, o inefável Tarso Genro, então ministro da Justiça, tratou o terrorismo como uma variante de “corrente de opinião”. No dia seguinte, sustentou que o país realmente não precisa tipificar esse crime porque a legislação comum dá conta do recado — o que é conversa mole.

Reportagens da revista VEJA de abril e dezembro de 2011 demonstraram que o terrorismo islâmico já operava no Brasil e recrutava pessoas para a sua causa. A revista revelou as conexões de cinco grupos extremistas no Brasil. Mais tarde, a análise de processos judiciais e de relatórios do Departamento de Justiça, do Exército e do Congresso americanos expôs laços de extremistas que vivem no Brasil com a Fundação Holy Land (Terra Santa, em inglês), uma entidade que, durante treze anos, financiou e aparelhou o Hamas, o grupo radical palestino que desde 2007 controla a Faixa de Gaza e cujo objetivo declarado é destruir o estado de Israel.

A Holy Land tinha sede em Dallas, no Texas, e era registrada como instituição filantrópica. Descobriu-se que havia enviado pelo menos 12,4 milhões de dólares ao Hamas e que ajudava o grupo a recrutar terroristas nos Estados Unidos e na América do Sul. Em 2001, entrou para a lista de organizações terroristas da ONU e, em 2008, seus diretores foram condenados na Justiça americana por 108 crimes, entre os quais financiamento de ações terroristas, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. A maior pena, de 65 anos de prisão, foi para Shukri Abu Baker, fundador, presidente e diretor executivo da Holy Land. Curiosamente, passou despercebido o fato de que Baker é brasileiro. Mais do que isso: durante muitos anos ele manteve operações no Brasil, e alguns de seus comparsas ainda estão por aqui.

Sem lei
Muito bem! Todas as vezes em que se tentou votar uma lei contra o terrorismo no Brasil, a esquerda impediu o debate. Chegaremos à Copa sem ela. E é provável que às Olimpíadas também. A Comissão de Juristas que propôs a reforma do Código Penal chegou a prever, sim, a pena para ações terroristas, mas o fez de maneira muito particular: livrava de qualquer sanção quem cometesse desatinos em nome de causas socais, o que é, obviamente, piada. Na maioria das vezes, um terrorista sempre alega uma motivação nobre, não é mesmo? De resto, pode até haver causas nobres que mobilizam fanáticos. O que os tolos têm de entender é que não há causa legítima o bastante que justifique o ataque contra alvos ilegítimos: os inocentes.

Precisamos agora saber quem são esses brasileiros, sua origem, seus vínculos no Brasil, suas conexões. É claro que a votação de uma lei antiterror se tornou ainda mais urgente.Por Reinaldo Azevedo

Tags: lei antiterrorismo, terrorismo


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30/04/2014 às 3:21

Alckmin sobre a exportação de haitianos pelo Acre: “É preciso ter responsabilidade”


Governador Geraldo Alckmin sobre “exportação” de haitianos: “É preciso ter responsabilidade”

Em entrevista na noite desta terça ao programa “Os Pingos nos Is”, da Jovem Pan, que vai ao ar, todos os dias, às 18h, o governador Geraldo Alckmin afirmou que é uma irresponsabilidade o governo do Acre enviar imigrantes haitianos para São Paulo sem qualquer critério.

Não há exagero nenhum nisso, não. Mas moderação. O governo do Acre merece é ser denunciado em organismos internacionais de defesa dos direitos humanos. De resto o governador Tião Viana, do PT, ultrapassou todos os limites do bom senso. Resolveu, apenas para criar caso, processar, alegando danos morais, a secretária de Justiça e Defesa da Cidadania de São Paulo, Eloisa de Souza Arruda. Por quê? Porque ela considerou inaceitável a forma como os haitianos foram despachados para São Paulo.

Na entrevista concedida ontem ao programa, Alckmin também decidiu pôr os pingos nos is. O governador comentou como se deu a chegada dos haitianos a São Paulo: “Fomos totalmente pegos de surpresa. Não recebemos nenhum comunicado, nenhuma informação, nenhum aviso prévio, nem do governo do Acre nem do governo federal, que é responsável pela imigração. O responsável pelo visto de entrada, pelo visto de imigração, é o governo federal. A carteira de trabalho também é área federal. Simplesmente foram chegando ônibus, ônibus e ônibus aqui a São Paulo, uma coisa até desumana, porque as pessoas não têm local adequado para se instalar”.

Diante da acusação feita por Tião Viana de que as críticas à chegada dos haitianos eram uma manifestação de preconceito, Alckmin afirmou: “Está no nosso DNA um estado sem preconceito, um estado aberto, cosmopolita, um estado multirracial. Agora nós não podemos fazer é irresponsabilidade… Chegar pessoas, sem aviso nenhum. Não são cinco ou seis… São 500, 600, 800. Isso não é adequado. E o governo federal tem responsabilidade. É responsabilidade federal”.

É isso aí. E que fique claro! Pergunto: as entidades que defendem os direitos humanos não pensam, por exemplo, em denunciar Tião Viana para a Corte Interamericana de Direitos Humanos? Ou petistas têm licença para despachar imigrantes como quem se livra de um entulho?Por Reinaldo Azevedo

Tags: Alckmin, governo de SP, Tião Viana


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30/04/2014 às 2:41

Renan agora diz que vai instalar duas CPIs exclusivas da Petrobras; é a marcha da irracionalidade. E a questão do medo


Aloysio Nunes: governo está com medo porque, na CPI, as línguas se destravam

Em vez de uma, podem ser instaladas duas CPIs da Petrobras. Eis um sintoma da mais absoluta irracionalidade que tomou conta das hostes governistas. Vamos pensar um tantinho e pôr um pouco de lógica nessa conversa. Os defensores da CPI mista conseguiram o número necessário de assinaturas no Senado e na Câmara, que é um terço em cada Casa. Nesta última, aliás, houve a adesão de 230 deputados — bastavam 171. Há 30 senadores — bastavam 27. Ora, deixar de instalar, então, a comissão conjunta por quê?

A crispação era tal entre os deputados que muitos, e não só os formalmente ligados à oposição, ameaçavam recorrer ao Ministério Público e ao Conselho de Ética do Senado contra Renan. Há mais: a decisão de Rosa Weber, do STF — em favor da CPI exclusiva da Petrobras — não determinou a sua instalação nesta ou naquela Casa. A ministra se pronunciou sobre a essência e a natureza do processo de investigação como um direito fundamental da minoria — logo, alcança também uma comissão mista.

Em entrevista concedida nesta terça à noite ao programa “Os Pingos nos Is”, da Jovem Pan, o senador Aloysio Nunes Ferreira, líder do PSDB, afirmou que a oposição indicaria, sim, os nomes da CPI do Senado, mas que não havia aberto mão, de jeito nenhum!, da comissão mista, também com os deputados. E, como ele observou, é claro que esta é preferível àquela. Mas, se for o caso, afirmou Nunes, que se façam, então, duas comissões.

O governo quer agora restringir a investigação apenas ao Senado porque considera ter mais controle sobre essa Casa Legislativa do que sobre a Câmara — coisa, aliás, que deveria deixar os senadores irritados porque passam a ser tratados como capachos do Executivo.

No fim da noite desta terça, Renan convocou líderes da oposição e afirmou que vai instalar, na próxima terça-feira, as duas CPIs exclusivas da Petrobras: uma só com senadores e outra mista. Faz sentido? Nenhum! Se o governo não queria CPI nenhuma e, depois, acabou concordando com a do Senado ao menos, em que esta comissão mudaria o conteúdo da mista?

Pior: o homem que anunciou a disposição de instalar as duas comissões anunciou que não desistiu de apelar ao Supremo para impedir as CPIs só da Petrobras. Ele quer porque quer aquela comissão X-Tudo…

Na entrevista ao programa “Os Pingos nos Is”, Aloysio Nunes resumiu: “O governo não queria de jeito nenhum a CPI da Petrobras. Está apavorado com essa história. A CPI é um catalisador de informações que já estão vindo de todo lado. Dentro da Petrobras, você tem muita gente, técnicos qualificados, que não se conformam com aquilo que aconteceu, que vem acontecendo na Petrobras. Então, muitas línguas vão se destravar”.

Tomara! E só para concluir: ter duas CPIs é um troço de tal sorte irracional que me parece que o mais provável é que se instale mesmo a CPI mista!Por Reinaldo Azevedo

Tags: Aloysio Nunes Ferreira, CPI da Petrobras, Renan Calheiros


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30/04/2014 às 1:21

PT ainda comanda tentativas de livrar a cara de Vargas; 5 de seus 6 membros faltaram à reunião do Conselho de Ética



O Conselho de Ética da Câmara conseguiu, finalmente, abrir o processo contra o deputado André Vargas, que, no momento, é um sem-partido. O placar diz um pouco como são as coisas: 13 a zero. Sem dúvida, uma vitória e tanto do relator, Júlio Delgado (PSB-MG). Ocorre, meus caros, que o conselho tem 21 titulares — e isso significa que oito de seus integrantes não compareceram para votar, o que era uma tentativa óbvia de livrar a cara daquele que, apenas no papel, é um ex-petista. Sim, pediu sua desfiliação do PT, mas o PT continua filiado a Vargas, e o que os une é o método.

Cinco dos oito faltosos são petistas. Além de um deles ter pedido inicialmente vista do processo, os membros do partido vinham sistematicamente esvaziando as sessões. Na última, nesta terça, que conseguiu aprovar o relatório de Delgado, só Fernando Ferro (CE) estava presente. Ausentaram-se Sibá Machado (AC), Zé Geraldo (PA), Amauri Teixeira (BA), Luiz Couto (PA) e Margarida Salomão (MG). Ou por outra: os petistas ainda fizeram de tudo para livrar a cara de Vargas, o amigão do doleiro Alberto Youssef.

Houve chicana de toda natureza para tentar impedir a votação. Vargas não compareceu, e então se levantou uma questão: ela poderia ser considerada válida, uma vez que a defesa não se pronunciou? Bem, prevaleceu o óbvio. Vargas não poderia, com a sua ausência, determinar o ritmo dos trabalhos. Ele simplesmente desapareceu; é uma espécie de foragido.

O presidente do Conselho, deputado Ricardo Izar (PSD-SP), fez a coisa certa: publicou no dia 25 um aviso no Diário Oficial da União e no Diário da Câmara a convocação para a reunião desta terça-feira. Assim, Vargas não compareceu para se defender porque não quis. A convocação havia se tornado pública.

Delgado, o relator, afirmou esperar concluir o processo até o fim do semestre, antes do início do recesso parlamentar, mas admitiu que tudo vai depender das manobras protelatórias, que ainda estão sendo comandadas pelos petistas.

Tão logo Vargas seja notificado, ele terá 10 dias para apresentar a defesa e uma lista de cinco testemunhas que possam depor em seu favor. E se, mais uma vez, ele não der as caras, impedindo a notificação? Restará ao Conselho apelar, de novo, ao Diário Oficial da União e ao Diário da Câmara. Afinal, não há tribunal ou conselho no mundo em que o acusado determine o andamento do processo.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Alberto Youssef, André Vargas


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29/04/2014 às 22:21

Após adiamentos, Conselho de Ética dribla manobra e aprova investigação contra Vargas



Por Marcela Mattos, na VEJA.com. Comento mais tarde.

Após sucessivas manobras, o Conselho de Ética da Câmara aprovou na noite desta terça-feira o parecer que defende a investigação do deputado licenciado André Vargas (Sem partido-PR) por sua estreita relação com o doleiro Alberto Youssef, preso por comandar um esquema bilionário de lavagem de dinheiro. O colegiado enfrentou a resistência de deputados petistas e se reuniu três vezes nesta terça para conseguir aprovar o relatório do deputado Júlio Delgado (PSB-MG).

O parecer foi aprovado por unanimidade: 13 a 0. Com o aval do colegiado, abre-se a contagem do prazo de dez dias para apresentação da defesa de Vargas. O Conselho tem até o início de julho para encerrar os trabalhos e determinar se o ex-petista deve ou não ser submetido a um processo de cassação.

Nesta tarde, petistas esvaziaram a sessão numa tentativa de inviabilizar a votação por falta de quórum. Depois de aberta, porém, integrantes do PT questionaram no colegiado a legitimidade da votação, já que, ao mesmo tempo, o plenário da Casa estava reunido para votar projetos. O Regimento da Câmara não permite que o colegiado faça deliberações se simultaneamente já estiver aberta a ordem do dia de votações em plenário.

Após a manobra do PT, os partidos de oposição e o relator ainda tentaram aproveitar um intervalo entre as sessões do plenário da Câmara – que impedem o funcionamento simultâneo de qualquer colegiado ou comissão – para aprovar o parecer contra Vargas. Porém, a Secretaria-Geral da Mesa invalidou a votação. Horas depois, o colegiado retomou a sessão que havia sido suspensa e deu aval ao relatório contra o parlamentar.

O ex-petista deve ser notificado presencialmente em até dez dias. Considerado um “foragido” do Conselho de Ética, o colegiado enfrenta dificuldades para encontrá-lo. Após enviar cartas e telegramas para os dois endereços de residência registrados e para seu escritório em Londrina (PR), tentar contato telefônico em quatro números diferentes, enviar e-mail e torpedos, o conselho teve de recorrer ao Diário Oficial da União na última semana para oficializar o andamento do processo e evitar futuras manobras de Vargas. Pelo Twitter, ele reclama não ter recebido comunicações sobre seu processo e diz que não lhe foi garantido o direito de defesa.

Investigações
No Conselho de Ética, as provas da relação de Vargas com o doleiro detido incluem uma carona em um jatinho para o deputado e sua família passar férias em João Pessoa (PB) e interceptações da Polícia Federal que apontam tráfico de influência do deputado em favor do laboratório Labogen, do doleiro Youssef.

Desde que foi apresentada a representação contra congressista, novos fatos vieram à tona. VEJA revelou que Padilha indicou o executivo Marcus Cezar Ferreira de Moura para o laboratório Labogen. Moura trabalhou como assessor parlamentar de um fundo de pensão controlado pelo PT. O relator pretende ampliar as investigações para incluir Ferreira e o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do ministério, Carlos Augusto Grabois Gadelha, que, conforme revelou VEJA, “garantiu” que iria ajudar nos interesses da dupla Vargas-Youssef.

No relatório de mérito, o relator também deve abordar a relação entre o fundo de pensão Funcef, da Caixa Econômica, com o doleiro Youssef. Na última semana, em mais uma evidência de que o deputado licenciado usava sua influência política para favorecer o doleiro, o Funcef confirmou que Youssef participou de reunião com a diretoria a pedido de André Vargas. As negociações para o encontro foram feitas por troca de mensagens telefônicas interceptadas pela PF.Por Reinaldo Azevedo


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29/04/2014 às 21:58

O Zé nunca se apertou como estudante, como guerrilheiro, como clandestino, como ministro e como ex-ministro. E não se aperta como presidiário



Que vida boa, hein José Dirceu! A partir das 15h45, quando começou a surra do Real Madrid sobre o Bayern de Munique, eu estava ocupado em fazer o blog, em pôr no ar um programa de rádio às 18h, em ler a respeito das peripécias dos políticos brasileiros, em saber, afinal de contas, que diabos a Comissão de Direitos Humanos havia encontrado na Papuda.

É estupefaciente que essa comissão tenha se deslocado até a Papuda para constatar como sofre este patriota! Até parece que há poucos problemas nos presídios brasileiros, não é mesmo? Ou que outros grupos vulneráveis não estejam sujeitos às mais duras agressões. Eis uma das razões por que as esquerdas não suportavam que a comissão fosse presidida pelo deputado Marco Feliciano (PSC-SP). Aquela história de “cura gay” — projeto que, de resto, nunca existiu; esta é uma das maiores mentiras contadas na política brasileira nos últimos anos — era pura cascata. Esses valorosos moralistas gostam de aparelhar entes do estado para proteger os de sua turma.

Vejam lá: o presidiário Dirceu fez o que Reinaldo Azevedo — presidiário do trabalho e do suor do próprio rosto — não pôde fazer: ver o show de bola do Real Madrid e de Cristiano Ronaldo. De resto, está caracterizado: ele tem privilégios no presídio — cujo chefe, na prática, é o governador Agnelo Queiroz, do PT — a ninguém mais concedidos.

Não me surpreende. Eis o Zé. Isso o define. Quando militante estudantil, ele não era exatamente um carregador de piano; gostava era dos grandes momentos, das apoteoses. Quando treinou guerrilha em Cuba, ganhou fama de preguiçoso; não deve ter matado ninguém com as próprias mãos porque, de fato, nunca aprendeu a atirar. Quando voltou ao Brasil como clandestino, virou marido de uma pequena empresária, levando vida boa. Chegou a Anistia, e ele se mandou. No governo Lula, sempre foi fiel à causa, mas tinha o seu próprio aparato. Cassado e sem o cargo, virou um “consultor” de empresas privadas, que operava em quartos de hotel, onde recebia autoridades da República.

O Zé, em suma, não se aperta. O socialismo, também o seu, é um sistema para assegurar privilégios.Por Reinaldo Azevedo

Tags: José Dirceu, Mensalão, Papuda


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29/04/2014 às 21:39

Papuda: nesta terça, na cela do detento 95.413, teve futebol na TV de plasma



Por Marcela Mattos, na VEJA.com:
Nesta terça-feira, uma comissão de deputados federais de diferentes partidos fez uma visita ao mais destacado detento da Penitenciária da Papuda, no Distrito Federal, o ex-ministro José Dirceu. O objetivo do grupo, formado majoritariamente por aliados do petista, era tentar atestar que o petista não detém regalias na cadeia e pressionar a Justiça a liberá-lo para trabalhar fora da Papuda durante o dia. Mas não foi o que ocorreu. Ao chegar ao presídio, os parlamentares encontraram o detento 95.413 em uma cela privilegiada, eufórico diante de uma televisão de plasma que exibia a vitória do Real Madrid sobre o Bayern de Munique pela Liga dos Campeões da Europa. “Estou assistindo ao Real dar uma surra no Bayern”, disse o mensaleiro, sorridente, ao receber a comitiva em sua cela. O time espanhol goleou o rival alemão por 4 a 0.

Segundo relato do deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), a cela do petista é a maior do complexo, equipada com micro-ondas, chuveiro quente, televisão e uma cama diferente das demais. Dirceu foi colocado em um espaço de 23 m² no Centro de Internamento e Reeducação (CIR), cujas celas têm padrão de 15 m² e reúnem até quatro detentos. O local servia de cantina, mas passou por uma reforma para receber o ex-ministro.

“A cela do Dirceu é completamente diferente das outras que a gente viu, não há dúvidas. Vimos pessoas com deficiência física que deveriam ficar separadas porque os presos pegam parte da cadeira de rodas para fazer armas. Mas elas seguem misturadas, dormem em colchões piores e tomam banho em chuveiro frio”, afirmou a deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), que é cadeirante.

Os deputados de oposição reclamaram que o coordenador-geral da Sesipe (Subsecretaria do Sistema Penitenciário), João Feitosa, impôs uma série de restrições durante a visita: “Ele queria nos mostrar a cantina, as melhores celas e que seguíssemos o roteiro definido por ele. Disse ainda que não poderíamos ir a outros setores por falta de acessibilidade para a deputada Mara”, disse Jordy. Após a insistência, foram liberados três dos cinco parlamentares para visitar outras alas da penitenciária — inclusive a própria Mara Gabrilli, que negou ter enfrentado dificuldades durante o trajeto. Além de Jordy e Mara Gabrilli, integraram a comitiva os deputados Nilmário Miranda (PT-MG), Luiza Erundina (PSB-SP) e Jean Wyllys (PSOL-RJ).

Podólogo
No mês passado, VEJA revelou uma série de mordomias de Dirceu na Papuda. O petista passa a maior parte do dia no interior de uma biblioteca onde poucos detentos têm autorização para entrar. Lá, ele gasta o tempo em animadas conversas, especialmente com seus companheiros do mensalão, e lê em ritmo frenético para transformar os livros em redações, o que lhe pode garantir dias a menos na cadeia. O ex-ministro só interrompe as sessões de leitura para receber visitas – incluindo um podólogo –, muitas delas fora do horário regulamentar e sem registro oficial algum, e para fazer suas refeições, especialmente preparadas para ele e os comparsas.

Comandada pelo PT, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara aprovou a diligência até a Papuda com o objetivo de negar a existência de benefícios aos condenados no julgamento do mensalão e, dessa forma, evitar sanções aos mensaleiros. Além de pressionar pela liberação do trabalho externo para Dirceu, petistas temem que seus companheiros sejam transferidos para uma penitenciária com regime mais duro.

Dirceu está sendo investigado pela Justiça por ter usado um celular dentro da cadeia do secretário da Indústria, Comércio e Mineração do governo da Bahia, James Correia, no dia 6 de janeiro. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, cobrou investigações sobre essa e outras regalias de Dirceu e aguarda um parecer para decidir sobre a autorização para ele trabalhar em um escritório de advocacia.Por Reinaldo Azevedo

Tags: José Dirceu, Mensalão


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29/04/2014 às 21:04

É isto mesmo, Padilha! Não desista! Vá até o… fim!



Pois é… Quanto mais Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde e atual pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, tenta se desvencilhar do caso Alberto Youssef-Labogen, mais ele insiste em sair do armário e bater à sua porta, como uma cadáver ambulante que ainda procria; como um zumbi. As palavras de efeito têm adiantado muito pouco.

Nesta segunda, no programa “Roda Viva”, ele anunciou que seu advogado acionaria na Justiça, nesta terça, o deputado André Vargas, agora sem partido. Por quê? Em conversa com Youssef, Vargas afirmou que Padilha indicara Marcus Cezar Ferreira de Moura para a direção do laboratório-fachada Lobogen — sim, o rapaz ganhou mesmo o cargo. Escrevi aqui o óbvio: ainda que venha realmente a recorrer aos tribunais, e não consta que o tenha feito, a decisão é inócua, não serve pra nada. Aquela foi uma conversa privada, captada pela PF. É claro que Vargas vai desmentir.

Ocorre que, enquanto Padilha se ocupava dessa operação despiste, Leonardo Meirelles, sócio do laboratório Lobogen, afirmou à PF que Marcus Cezar — ex-assessor do então ministro e seu amigo; o petista o chama de “Marcão” — era, sim, o contato entre o labarotório-fantasma e o Ministério da Saúde. Só para lembrar: esse Meirelles é um “autônomo”, sem profissão definida. Outro suposto sócio do Labogen é o frentista Esdra Ferreira. Ambos são considerados meros laranjas de Youssef.

Já era o bastante para atrapalhar a vida de Padilha. Mas agora há outra coisa. Veio a público, nesta terça (leia post), a informação de que Youssef, em conversa com a parceira de profissão Nelma Kodama, também doleira, prometeu que, se o petista vencer a eleição, um delegado indicado por ela seria premiado com um cargo na Polícia Civil.

Nelma pergunta a Youssef: “Você tem acesso ao delegado-geral do Estado de São Paulo?”. A mulher queria, ora veja, indicar um delegado para o Deic, que é Departamento Estadual de Investigações Criminais, justamente a unidade especializada no combate a organizações criminosas, como as chefiadas por… Youssef! E o que responde o doleiro? Isto: “Se o Padilha ganhar o governo, ajudo ele e muito”.

O ex-ministro, claro, pode dizer que Vargas mentiu quando afirmou que ele indicara o diretor da Lobogen e que Youssef, o amigão do deputado, também está mentindo quando diz que poderá ajudar a nomear um delegado amigo se o PT vencer as eleições. Resta saber por que essa gente toda recorre tanto ao nome de Padilha, justamente o ex-titular do ministério que havia feito o acordo com a Lobogen.

Padilha está tentando manter o nariz fora d’água, mas está difícil. Os petistas dizem que isso não muda em nada a sua campanha. Dou um conselho ao petista: “É isto mesmo: não desista! Vá até o fim, valente! Torço para que não haja mudança de planos. Ninguém tem tanto a cara do PT como o senhor”.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Alberto Youssef, Alexandre Padilha


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29/04/2014 às 20:23

Doleiro prometeu a doleira um cargo na Polícia Civil de SP se Padilha, do PT, vencer a eleição



Leiam o que vai na VEJA.com. Volto no próximo post.

Por Daniel Haidar, na VEJA.com:

O doleiro Alberto Youssef prometeu à também doleira Nelma Kodama ajudar a beneficiar um delegado da Polícia Civil caso Alexandre Padilha, pré-candidato petista ao governo de São Paulo, seja eleito em outubro. A promessa foi feita por Youssef no dia 5 de março, em conversa por Blackberry Messenger, e aparece em relatório da Polícia Federal sobre as mensagens interceptadas, com autorização da Justiça, durante a operação Lava-Jato. “Se o Padilha ganhar o governo, ajudo ele e muito”, disse Youssef na mensagem para Nelma, por volta das 13 horas.

A conversa começou com uma pergunta da doleira: “Você tem acesso ao delegado-geral do Estado de São Paulo?”. Ela estava interessada em indicar um delegado para trabalhar no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), unidade especializada no combate a organizações criminosas como as chefiadas por Youssef e Nelma. O nome do apadrinhado da doleira não foi mencionado na conversa.

Youssef e Nelma foram presos na operação Lava-Jato e são considerados pivôs de um esquema de lavagem de 10 bilhões de reais nos últimos anos. Era apenas uma promessa – de doleiro para doleiro. Mas fica clara a demonstração dada por Youssef de que o doleiro se achava capaz de influenciar governos – ou pelo menos governos do PT. Outras conversas interceptadas pela Polícia Federal mostraram que o doleiro e o deputado federal André Vargas (PT-PR) tratavam contratos assinados com o Ministério da Saúde, comandado por Alexandre Padilha de janeiro de 2011 a fevereiro de 2014, como uma oportunidade de “independência financeira”.

Em dezembro do ano passado, o Labogen, um laboratório de fachada comandado por Youssef, conseguiu assinar um contrato com o Ministério da Saúde para produzir um medicamento em parceria com a EMS e o Laboratório da Marinha. O negócio permitiria um ganho de 31 milhões de reais. A parceria foi cancelada pela pasta depois que as investigações da operação Lava-Jato mostraram que laranjas do doleiro tiveram contato com diretores do ministério.

O Labogen chegou a contratar Marcus Cezar Ferreira de Moura, ex-assessor de Padilha no Ministério da Saúde, para atuar como lobista em Brasília. Em conversa do deputado federal André Vargas (PT-PR) com Youssef, Vargas diz que Moura foi indicado para contratação por Padilha. Padilha disse na segunda-feira que interpelou judicialmente Vargas para que ele explique o uso de seu nome em conversas com o doleiro. O ex-ministro nega que tenha relações com o doleiro.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Alberto Youssef, Alexandre Padilha


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29/04/2014 às 17:56

Os lulocêntricos estão em festa… Dilma despenca



Os lulocêntricos devem estar em festa. Pesquisa CNT/MDA também aponta que é praticamente igual o número de pessoas que aprovam e que reprovam o governo Dilma: 47,9% a 46,1%. Em relação a fevereiro, é uma mudança e tanto: ela era reprovada por 41% — portanto, houve um aumento de 5,1 pontos percentuais. E aprovação, que era de 55%, despencou 7,1 pontos percentuais. Vale dizer: uma mudança contra Dilma de 12,2 pontos.

A pesquisa de intenção de votos também assusta os petistas. Em relação a fevereiro, Dilma caiu 6,7 pontos percentuais e aparece agora com 37%. Em contrapartida, o tucano Aécio Neves subiu de 17% para 21,6%, e Eduardo Campos, do PSB, teve variação positiva de pouco mais de dois pontos e aparece com 11,8%.

Dilma ainda venceria no primeiro turno, mas é uma hipótese puramente teórica. Não vai acontecer. Na verdade, os números evoluem contra essa possibilidade. Veja-se a simulação de segundo turno: Dilma aparece com 39,2%, contra 29,3% de Aécio. Para se ter uma ideia, há dois meses, o placar era 46,6% a 23,4%. Uma diferença de 23,2 pontos caiu para 10,1 pontos.

Contra Campos, a presidente teria 41,3%, e ele 24%. Em fevereiro, os números eram, respectivamente, 48,6% e 18%. Dilma murchou. E isso é um fato.

Por Reinaldo Azevedo

Tags: Eleições 2014, pesquisa CNT


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29/04/2014 às 16:32

PF desmonta rede de doleiros usada para abastecer campanhas



Por Alana Rizzo, na VEJA.com:

A Polícia Federal apreendeu nesta terça-feira mais de 8 milhões de dólares em espécie na sede de uma empresa de segurança privada em Pernambuco. Segundo investigadores, parte do dinheiro que passava pelo esquema seria usada para abastecer campanhas eleitorais.

A quadrilha de doleiros, de acordo com a PF, operava um sistema paralelo de câmbio por meio da Brinks Segurança e Transporte de Valores. O dinheiro, em vez de ser transportado, ficava parado na empresa à espera de saques, como um banco, só que sem registro no sistema financeiro. Procurada por VEJA, a empresa não quis se manifestar.

A estimativa da PF é que a organização criminosa, que possuía ramificações internacionais, tenha movimentado mais de 100 milhões de reais. As investigações começaram em 2010 a partir de relatórios de operações suspeitas do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

O esquema ajudava empresários a pagar fornecedores no exterior. “O grupo trabalhava com empresários que queriam subfaturar determinada importação e operavam o dólar-cabo para isso. O pagamento da diferença do valor da mercadoria era feito por esses doleiros”, afirmou em entrevista coletiva o superintendente da Polícia Federal em Pernambuco, Marcelo Diniz.

O delegado informou ainda que a cooperação internacional envolveu cinco países: Bélgica, Inglaterra, Portugal, Itália e China.

Na operação, a PF cumpriu 30 mandados de busca e apreensão, 14 mandados de condução coercitiva e três mandados de prisão preventiva. A operação foi deflagrada em Pernambuco, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Norte. A quadrilha é investigada por práticas de evasão de divisas, instituição financeira clandestina, lavagem de dinheiro e associação criminosa.Por Reinaldo Azevedo


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29/04/2014 às 15:45

Pesquisa CNT/MDA: há empate entre os que aprovam e desaprovam Dilma; cai intenção de voto na petista; Aécio e Campos crescem



No Estadão Online. Comento daqui a pouco:
A avaliação positiva do governo da presidente Dilma Rousseff caiu de 36,4% em fevereiro para 32,9% em abril, de acordo com pesquisa divulgada nesta terça-feira, 29, pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), realizada em parceria com o instituto MDA. A avaliação negativa, por sua vez, subiu de 24,8% em fevereiro para 30,6% dos entrevistados. O levantamento também mediu a aprovação pessoal de Dilma, que também oscilou negativamente. Em fevereiro, 55% aprovavam o desempenho pessoal da presidente, número que passou para 47,9% dos entrevistados nesta edição. A desaprovação, por sua vez, subiu de 41% em fevereiro para 46,1% em abril.

Eleição
A presidente Dilma Rousseff perdeu seis pontos porcentuais nas intenções de voto para presidente entre fevereiro e abril, de acordo com pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), realizada em parceria com a MDA e divulgada nesta terça-feira, 29. É o terceiro levantamento que mostra queda da petista. A pesquisa também aponta uma maior chance de realização de segundo turno em outubro.

No cenário que mede a intenção de voto estimulada (os nomes são apresentados aos entrevistados) apenas com os três principais nomes da disputa, a presidente aparece com 37% da preferência do eleitorado, abaixo dos 43,7% obtidos em fevereiro. O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), tem 21,6% das intenções de voto, frente a 17% no início deste ano. O ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), soma 11,8%, variação positiva de pouco menos de dois pontos porcentuais em relação a fevereiro, portanto, dentro da margem de erro do levantamento. Brancos e nulos chegam em 20% e o porcentual dos que não sabem ou não responderam atingiu a 9,6%.
(…)

Segundo turno
Segundo a pesquisa divulgada nesta terça, Dilma venceria Aécio e Campos em um eventual segundo turno, caso as eleições fossem hoje. No entanto, a margem de vantagem da petista em relação a seus principais adversários diminuiu em comparação com fevereiro. Na atual edição do levantamento, a presidente chega a 39,2% das intenções de voto num segundo turno contra Aécio, que tem 29,3%. Em fevereiro, o resultado era 46,6% contra 23,4%.

O mesmo se observa quando o cenário medido para o segundo turno é entre Dilma e Campos. A presidente tem 41,3% das intenções de voto, contra 24% do ex-governador. Em fevereiro, Dilma batia Campos por 48,6% a 18%. A pesquisa CNT/MDA também avaliou uma eventual disputa entre Aécio e Campos no segundo turno. Nesse quadro, o tucano surge com 31,3% das intenções de voto e Campos, com 20,1%. Em fevereiro, o confronto entre os dois principais nomes da oposição no segundo turno tinha 31,6% das intenções de voto para Aécio e 16,9% para o ex-governador de Pernambuco. Leia a integra das reportagens aqui e aquiPor Reinaldo Azevedo

Tags: Eleições 2014


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29/04/2014 às 15:24

Hora de falar, hora de calar



No G1:

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, afirmou nesta terça-feira (29) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem “todo o direito” de expressar sua opinão sobre o julgamento do processo do mensalão. (…)

Comento mais tarde. O ministro tem o dever de se calar.Por Reinaldo Azevedo


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29/04/2014 às 15:06

Comissão de Direitos Humanos vai visitar Dirceu na Papuda. Um Engov antes e um depois, leitores!



Leitor, tome um Engov antes.

Agora dá para entender por que as esquerdas queriam tanto comandar a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, né? A dita-cuja, neste momento, deve estar lá na Papuda, verificando as condições em que José Dirceu, este mártir da República, está preso. Deve estar sofrendo horrores, não é mesmo? Reportagem da VEJA já demonstrou os privilégios de que desfruta o mensaleiro.

Há mais de 500 mil encarcerados no Brasil se formos considerar os presídios e as cadeias, que abrigam irregularmente presos condenados. Mais de 70% vivem em condições consideradas inadequadas para quem está sob a guarda do estado. Em alguns casos, como Pedrinhas, no Maranhão, do companheiro (deles) José Sarney, o presídio é sinônimo de inferno. Mas a comissão não tem tempo para essa gente, não.

Também não se ocupa em saber como vivem os 20 mil haitianos que já imigraram irregularmente para o Brasil. E que agora estão sendo despejados em São Paulo pelo governo petista do Acre.

Mas, vejam vocês, os diligentes companheiros foram à Papuda ver como sofre José Dirceu. A propósito: contra a vontade dos “companheiros”, consta que a deputada tucana Mara Gabrilli resolveu integrar o grupo. Pois é… Eles não queriam que Mara fosse de jeito nenhum. Por quê? Eu relembro.

Mara afirmou no último dia 9, durante audiência pública na Comissão de Segurança da Câmara, que o atual ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, “pegava recursos extorquidos de empresários” em Santo André durante o governo do ex-prefeito da cidade Celso Daniel, assassinado em 2002. Carvalho estava presente à audiência, para a qual foi convocado pelos deputados da comissão. Mara Gabrilli disse que o próprio pai teria sido extorquido e que Carvalho era conhecido como o “homem do carro preto”. Disse então: “O senhor sempre foi conhecido como o homem do carro preto, e eu não falo isso porque eu li, eu falo isso porque eu vi. O homem do carro preto era o homem que pegava os recursos extorquidos de empresários e levava para o [ex-presidente do PT] José Dirceu”.

José Dirceu vem a ser o coitadinho que está sendo paparicado pela comissão.

Se for o caso, leitor, tome um Engov também depois.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Comissão de Direitos Humanos da Câmara, José Dirceu


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29/04/2014 às 14:42

Coronel Malhães: foi crime comum. Eu bem que avisei. Ou: Quando o jornalismo ignora os fatos e a lógica em favor da ideologia



Com o perdão da expressão, viu, leitores?, mas os idiotas me enchem de preguiça, embora eu jamais me recuse a combatê-los. Pronto! Na boa, acertei mais uma! Eu costumo desvendar crimes recorrendo à lógica elementar. Eu costumo desvendar crimes jogando no lixo as teorias conspiratórias. Eu costumo desvendar crimes prestando pouca atenção ao que noticia boa parte da imprensa — em especial quando a questão resvala na ideologia.

Não! O coronel Paulo Malhães, o torturador, não foi morto pela extrema-direita.

Não! O coronel Paulo Malhães não foi morto por ex-torturadores que tenham decidido se vingar dele.

Não! O coronel Paulo Malhães não é personagem das fantasias esquerdopotas e oligofrênicas — pesquisar no dicionário se for o caso — de gente que gosta de sentar em cima das evidências, noticiando delírios. Um rematado imbecil chegou a dizer que esse assassinato era parte da reorganização das forças de direita no país. Bando de vigaristas!

Já há confissão. O caseiro participou da gangue que invadiu o sítio — era o homem encapuzado. Tudo não passou de uma tentativa de roubar armas. No primeiro dia, escrevi neste blog o seguinte:



Quanto mais aumentava a histeria dos oligofrênicos, mais aumentava a minha convicção de que se tratava de crime comum. No dia 26, escrevi um post com este título:



Em outros textos, perguntei qual era a hipótese da turma. Será que ex-torturadores na faixa dos 80 anos (os mais jovens, ainda sobreviventes) teriam feito um comando homicida? Para proteger quem? Era uma hipótese ridícula, veiculada por gente ridícula. Mas a imprensa não aprende. Mistificações em penca estão em curso, por exemplo, no caso do bailarino Douglas Rafael. No post a que me refiro, considerei aqui:



O episódio emblemático do momento em que a imprensa decide se comportar como manada, sem pensar, se deu em fevereiro de 2009, quando a brasileira Paula Oliveira afirmou ter sido vítima de neonazistas da Suíça, que teriam desenhado com estilete em seu corpo a sigla de um partido de extrema-direita. Olhei as fotografias. Os desenhos eram regulares, feitos em alguém que estivesse imóvel. Uma das letras estava espelhada. Perguntei se aquilo era possível no escuro, com alguns brutamontes constrangendo a vítima. E aventei a possibilidade de que a história fosse falsa; de que Paula houvesse infligido os ferimentos em si mesma — ou, ao menos, aceitado que alguém o fizesse.

A imprensa ficou histérica. O Itamaraty acusou racismo. Os nacionalistas quase mandaram a Expedição Policarpo Quaresma invadir a Suíça. E eu apanhando dos idiotas porque não seria “brasileirista” o bastante…

A história era falsa.

Paula havia feito os ferimentos em si mesma.

Não tinha havido ataque nenhum!

Como eu sabia? Não tenho bola de cristal. Quem me contou foi a lógica.

Por Reinaldo Azevedo

Tags: ideologia, imprensa, Paulo Malhães


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29/04/2014 às 6:51
LEIAM ABAIXO


Lula tem é ódio à democracia; seu mundo é o da troca de favores; do toma-lá-dá-cá; das relações viciosas;
Manifesto do PR em favor de Lula nasceu numa cadeia. Fernandinho Beira-Mar e Marcola não vão opinar também?;
Deputados do PR assinam manifesto pela volta de Lula;
Sócio de laboratório diz que ex-assessor de Padilha era ponte com pasta da Saúde;
Barbosa: “Lula tem dificuldade em lidar com o Judiciário independente”;
Padilha diz que vai interpelar André Vargas na Justiça;
Oposição: Lula “surtou”, entrevista é “lamentável” e “não faz bem à democracia”;
Lula e Collor juntos mais uma vez — agora, contra o Supremo. Que lindo!;
Janot rebate Lula: mensalão teve “julgamento jurídico”;
Marco Aurélio reage a Lula: “É um troço doido; é o sagrado direito de espernear”;
A partir de hoje, todos os dias, ao vivo, na Jovem Pan, entre 18h e 19h;
Lula, o rei do besteirol investigado em inquérito da PF, diz em Portugal que não houve mensalão. Ou: Mais uma bobagem para sua insuperável coleção;
A aula de Daniel Alves e Neymar de combate ao racismo. Ou: Também sou macaco!Por Reinaldo Azevedo


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29/04/2014 às 4:57

Lula tem é ódio à democracia; seu mundo é o da troca de favores; do toma-lá-dá-cá; das relações viciosas


Gilmar Mendes, do Supremo: ministros assim deixam Lula irritado; ele não os compreende

Todo mundo sabe que os ministros Gilmar Mendes, Marco Aurélio e Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal, não formam exatamente uma “corrente” de pensamento. Ainda bem que não! Tribunal não é seita nem ideológica nem partidária. Eles estão lá para, instruídos pela Constituição e pelas leis, julgar de acordo com a sua consciência. Nem devem prestar atenção nem ao alarido das ruas nem aos bochichos de corredores. Só que Luiz Inácio Lula da Silva, que supõe encarnar em si mesmo os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, não se conforma com isso. Nesta segunda, esses três ministros afinaram suas vozes para reagir aos ataques que Lula desfechou contra o STF.

Em entrevista ao programa “Os Pingos nos Is”, que estreou ontem, às 18h, na rádio Jovem Pan, Mendes comentou a declaração de Lula, segundo quem o julgamento do mensalão foi “80% político e 20% jurídico”. Disse Mendes: “O tribunal se debruçou sobre esse tema já no recebimento da denúncia. Depois, houve várias considerações técnicas; houve rejeição da denúncia em muitos pontos; houve toda uma instrução processual, e o tribunal julgou com clareza e examinou todas essas questões”.

O ministro está afirmando, em suma, que se fez um julgamento técnico. Joaquim Barbosa, presidente do Supremo, também reagiu: “O juízo de valor emitido pelo ex-chefe de estado não encontra qualquer respaldo na realidade e revela pura e simplesmente sua dificuldade em compreender o extraordinário papel reservado a um Judiciário independente em uma democracia verdadeiramente digna desse nome”.

Pois é… Este é o ponto: Lula não se conforma que a Justiça não ceda às injunções da política — e, claro!, da sua política. Ora, voltemos um pouquinho no tempo. Em abril de 2012, o chefão do PT convidou o ministro Gilmar Mendes para um bate-papo. Ele queria adiar a todo custo o início do julgamento do mensalão. Achando que tinha uma carta na manga contra o ministro — carta falsa, diga-se —, tentou nada mais nada menos do que chantagear um membro da corte suprema do país.
Reproduzo em azul trecho de reportagem da VEJA de maio de 2012:

(…)
Depois de algumas amenidades, Lula foi ao ponto que lhe interessava: “É inconveniente julgar esse processo agora”. O argumento do ex-presidente foi que seria mais correto esperar passar as eleições municipais de outubro deste ano e só depois julgar a ação que tanto preocupa o PT, partido que tem o objetivo declarado de conquistar 1.000 prefeituras nas urnas.
Para espíritos mais sensíveis, Lula já teria sido indecoroso simplesmente por sugerir a um ministro do STF o adiamento de julgamento do interesse de seu partido. Mas vá lá. Até aí, estaria tudo dentro do entendimento mais amplo do que seja uma ação republicana. Mas o ex-presidente cruzaria a fina linha que divide um encontro desse tipo entre uma conversa aceitável e um evidente constrangimento. Depois de afirmar que detém o controle político da CPI do Cachoeira, Lula magnanimamente, ofereceu proteção ao ministro Gilmar Mendes, dizendo que ele não teria motivo para preocupação com as investigações. O recado foi decodificado. Se Gilmar aceitasse ajudar os mensaleiros, ele seria blindado na CPI. (…) “Fiquei perplexo com o comportamento e as insinuações despropositadas do presidente Lula”, disse Gilmar Mendes a VEJA. O ministro defende a realização do julgamento neste semestre para evitar a prescrição dos crimes.

Retomo
Lula havia recebido a falsa informação de que Mendes teria relações com Carlinhos Cachoeira. Como se tratava de uma mentira inventada pela rede suja na Internet, seu esforço indecoroso caiu no vazio, e Mendes denunciou a tentativa de chantagem.

Com Barbosa, a relação passou a ser de ódio explícito. O chefão do PT não cansou de repetir nos bastidores que Barbosa devia a ele a sua nomeação; que só havia um negro da corte porque ele tomara essa decisão política. Esperava, em suma, para citar uma expressão do ministro Marco Aurélio, que o ministro lhe fosse grato com a toga. Eis Lula: ele não entende a democracia como a institucionalização de papéis. Seu mundo é o da troca de favores; do toma-lá-dá-cá; das relações viciosas que se amparam, se complementam e se justificam.

De resto, ninguém precisa ser muito bidu para supor que Lula certamente considera que agiram com correção os ministros Roberto Barroso e Teori Zavascki, por exemplo, que absolveram José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino do crime de quadrilha. E que errados estavam todos aqueles que condenaram os companheiros.

Em síntese, para Lula, quando um ministro absolve um amigo seu e condena um adversário, está agindo tecnicamente; se faz o contrário, então está movido por má-fé política.

Compreendo essa alma pura. Nestes dias que seguem, Lula deve é estar de olho no Vaticano. Está tentando entender por que cargas d’água Padre Anchieta, João 23 e João Paulo 2º foram canonizados, e ele, Lula, por enquanto, não foi ainda nem beatificado.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa, Lula, Mensalão


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29/04/2014 às 3:45

Manifesto do PR em favor de Lula nasceu numa cadeia. Fernandinho Beira-Mar e Marcola não vão opinar também?



O manifesto do PR em favor da candidatura de Lula à presidência da República (leia post) nasceu, na prática, na cadeia, mais propriamente no Centro de Progressão Penitenciária do Distrito Federal. Já explico. Que coisa o PR! Esse ninho de patriotas realmente não surpreende! Vinte dos 32 deputados federais do partido decidiram assinar um manifesto em que defendem que Luiz Inácio Lula da Silva volte a ser o candidato do PT à Presidência da República, em substituição a Dilma Rousseff. Mas sabem como é o patriotismo… O partido não rompeu com a presidente, não.

O PR tem o titular de um ministério bilionário, o dos Transportes, que está a cargo do baiano César Borges. Ocorre que parlamentares afirmam que Borges não atende, vamos dizer assim, às necessidades do partido. Quais necessidades? Adivinhem! É gente que segue a cartilha moral do ex-presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, um dos mensaleiros que estão na cadeia. Mesmo atrás das grades, com direito a sair para trabalhar, ele continua a ser uma das figuras mais influentes do PR. Há muito tempo já, parte da vida pública brasileira não é mesmo um caso de política, mas de polícia.

Vocês devem se lembrar que o partido dominava de cabo a rabo o Ministério dos Transportes, quando era chefiado por Alfredo Nascimento, que caiu em 2011, quando reportagem da VEJA evidenciou que a pasta era um ninho de corruptos. Dilma decidiu fazer então aquela tal faxina — que não passou de mera espanada na poeira da superfície — e nomeou alguns técnicos para a pasta.

Embora muitos parlamentares digam que Borges é ministro de Dilma, não do partido, a verdade é que ele é, sim, sensível aos apelos políticos. No começo deste mês, por exemplo, o então presidente do partido no Pará, Anivaldo Vale, pai do deputado Lúcio Vale, foi nomeado para a secretaria-executiva do ministério, com o apoio da bancada. É o segundo cargo mais importante dos Transportes. Nomes para o malfadado Dnit, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, passaram pelo crivo de Costa Neto, o presidiário.

E agora voltamos, então, ao mensaleiro e ao começo dessa conversa. Quem liderou o manifesto em favor de Lula foi o deputado Bernardo Santana (PR-MG), que é justamente um dos principais interlocutores daquele tal… Valdemar! Assim, é justo constatar que o apelo explícito para que o ex-presidente dê uma rasteira na atual presidente, por enquanto, parte mesmo é do presídio. Considerando o que Lula andou falando em Portugal sobre o mensalão e os mensaleiros, a gente há de convir que a coisa faz sentido, não é mesmo?

Vejam a que ponto chegamos: um condenado pela Justiça, um presidiário, assina um manifesto em favor da volta de um político à disputa — no caso, Lula! Só falta agora a gente saber o que pensam Fernandinho Beira-Mar e Marcola.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Dilma, Eleições 2014, Lula, PR, Valdemar Costa Neto


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"A Revolução Francesa começou com a declaração dos direitos do homem, e só terminará com a declaração dos direitos de Deus." (de Bonald).

Obedeça a Deus e você será odiado pelo mundo.








-O coletivismo é a negação da liberdade, porquanto a sede da liberdade é o indivíduo. Tanto é que a pena mais severa na história da humanidade é a privação da liberdade. A essência da liberdade é una e indivisível e daí a designação do sujeito como "indivíduo".

Aluízio Amorim

Filósofa russa Ayn Rand :



“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.”



Ayn Rand nasceu em São Petersburgo em 1905