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sábado, setembro 14, 2013
Na expectativa do voto que irá desempatar a decisão final no julgamento do mensalão, senadores oposicionistas usaram a tribuna do plenário nesta sexta-feira para pedir ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, a votar contra o recebimento dos embargos infringentes, na próxima quarta-feira. Para esses parlamentares, um novo julgamento poderia desmoralizar o Supremo. Senadores do PT, partido de alguns dos condenados no caso, não se manifestaram sobre o assunto.
O senador Pedro Taques (PDT-MT), que é ex-procurador, alertou para a possibilidade do mensalão se tornar um julgamento “infinito”. Taques defende que o caso tem de ser encerrado já para que não se prolongue de forma indefinida já que, em alguns anos, outros ministros da Corte irão se aposentar, dando lugar a novos representantes, que poderão querer também dar um entendimento diferente da composição que os antecedeu.
— Se o Supremo permitir a existência dos embargos infringentes, nós teremos o julgamento recomeçado. Será sorteado um novo relator, um novo revisor, nós teremos outras sessões no Supremo Tribunal Federal. Quem sabe, em 2015, o Celso de Mello já se aposentou junto com o Marco Aurélio, porque a aposentadoria dos dois já se avizinha. Aí nós teremos novos ministros indicados para o Supremo. O julgamento não termina. A imagem tende ao infinito. E o direito precisa ser encerrado, alguém precisa errar por último. Daí a existência de tribunais superiores — pontuou Taques.
Para o senador Pedro Simon (PMDB-RS), considerado um parlamentar independente, Celso de Mello poderia se arrepender de sua decisão caso opte pelo reinício do julgamento. Simon recorda que o mundo político pode sofrer as consequências de uma decisão favorável aos condenados, principalmente nas eleições de 2014.
— Será, ministro Celso de Mello, que, depois do seu voto, nós vamos ter que esperar 50 anos para o senhor pedir desculpa? “Mas eu não imaginava!” Imagina as consequências do seu voto! Imagina o banho, a catarata de água que cairá em cima da gente, o desânimo, o ridículo que vai ser o ano que vem, um ano eleitoral! A nação não pode esperar, nesta hora e neste momento — disse Simon.
O presidente do DEM, senador José Agripino (RN), afirma que, o que está em jogo é a impunidade para os poderosos. O senador alega que, caso a população fique frustrada com uma reviravolta no caso, que revertam as condenações, as manifestações como cenas de vandalismo poderão ser reforçadas.
— Neste momento, o que está em jogo é a credibilidade de uma instituição chamada Justiça. O que está na boca do povo é: "Este Brasil pune ou não o poderoso?” O que vai ocorrer na quarta-feira é a resposta a essa questão na sociedade. É o respeito por um sentimento sedimentado da sociedade. O julgamento já aconteceu, as penas foram aplicadas. Se os novatos votaram como votaram, e os veteranos votaram como votaram, a sociedade espera que poderoso vá para a cadeia. Trata-se de uma resposta que todos nós servidores públicos temos que dar à sociedade brasileira, a não ser que se queira a multiplicação dos movimentos de rua, que agasalham os baderneiros, que são o lado enviesado disso tudo — disse Agripino. Do site do jornal O Globo
4 comentários:
Renan disse...
A CRISE PODERÁ SE INTENSIFICAR POR SE CONFUNDIR "TRABALHADOR COM VAAGABUNDO"!
Se o Min. Celso de MelLo votar a favor dos mensaleiros, zerou, acabou-se o STF e a justiça brasileira no conceito popular!
Agora vejam: Zé Dirceu no partido dos trabalhadores?
Quando a manifestação é feita por entes do PT e comandados são trabalhadores, mas quando é contra eles são vagabundos.
Este é o DNA do PT: não aceitar críticas, o padrão da ética petralha. A sigla deste partido já passou da hora de mudar há muito tempo, e o trabalhador honesto foi reduzido a vagabundo se opuser contra a roubalheira do PT; deveria se envergonhar de ser nivelado a essa corja ostentando o nome de "partido do trabalhador".
Uma verdadeira afronta aos que de fato trabalham; melhor seria para o sucia do Zé Dirceu o nome de PARTIDO MENSALEIRO COMUNISTA, das infindas tretas, trapaças e trambiques!14 setembro, 2013
Anônimo disse...
Temo que toda essa pressão política surta efeito contrário sobre o decano do STF; tendo um perfil jurídico mais técnico do que os demais colegas, poderá se aferrar ao princípio da ampla defesa dos réus e ferrar todos nós, as vítimas da cambada mensaleira. Vale rezar!14 setembro, 2013
Anônimo disse...
De ampla defesa já desfrutaram.
Não querem defender-se das sentenças condenatórias. Para eles isso nada significa.
Querem ampla defesa para reduzir a pena e safarem-se das grades.
Querem ampla defesa para empurrar a decisão, com as barrigas do Lewandowski, do Toffoli, do Zavaski, do Barroso Hermoso e da Rosa Branca, para distante de 2015, quando serão absolvidos pelo novo Relator do novo processo e pelos seus comparsas.
Há pouco li em um blog conhecido que um Tenente do Exército foi considerado, pelo STM, indigno do oficialato por traficar crack.
Os políticos desonestos podem traficar tudo. Alguns juízes traficam decisões. Mas aí pode, não é!?
Gaudêncio Sette Luas.
HD disse...
Logo, logo uma enxurrada de notas de R$ 100,00 vão esfriar o caldeirão a aí todos rezarão o "É dando que recebe".14 setembro, 2013
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