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terça-feira, 12 de agosto de 2014

O poste se transformou em porrete. Ou: Quem ainda pode dizer a verdade merece respeito | Rodrigo Constantino - VEJA.com



O poste se transformou em porrete. Ou: Quem ainda pode dizer a verdade merece respeito | Rodrigo Constantino - VEJA.com




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Coluna
Rodrigo Constantino

Análises de um liberal sem medo da polêmica

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11/08/2014 às 17:11 \ Democracia, Economia, Liberdade de Imprensa, Política
O poste se transformou em porrete. Ou: Quem ainda pode dizer a verdade merece respeito



Eu diria que o Brasil hoje está dividido em dois grandes grupos, entre aqueles que têm um mínimo de conhecimento acerca do que se passa no cenário político-econômico do país: os que podem falar o que pensam, e os que não podem. Com isso quero dizer que todos aqueles atentos aos acontecimentos relevantes já sabem que a presidente Dilma é incompetente e que sua arrogância representa enorme risco para nosso futuro, cada vez mais próximo; mas nem todos podem falar isso.

O caso do Banco Santander deixou clara a linha limítrofe para tal independência. A analista apenas constatou um fato conhecido, mas perdeu seu emprego por isso e o presidente do banco veio pedir desculpas ao governo. Está no time dos que não podem falar o que pensam, por milhões ou bilhões de motivos.

Nesse time há de tudo: empresários grandes com muito a perder se tiverem o governo como desafeto, “jornalistas” e blogueiros a soldo do PT para fazer propaganda disfarçada do governo, pessoas que de alguma forma aproveitaram a era do lulopetismo para conquistar tetas estatais, etc.

Poucos são aqueles com tamanho e independência para repetir publicamente aquilo que todos falam em particular. Temem represálias do governo. Os menores contam com mais flexibilidade, pois não são alvos preferidos do governo. Ainda assim, é louvável quando cumprem com seu papel de cidadãos e alertam seus clientes dos riscos existentes em um (provável) segundo mandato de Dilma. Foi o caso da consultoria Rosenberg Associados, e faço questão de prestar minha homenagem à sua independência aqui.

Em relatório enviado a seus clientes, a Rosenberg avaliou que é bom se prepararem, pois o cenário mais provável ainda é de vitória de Dilma. Para seus analistas, se esse cenário se confirmar, teremos a continuidade da “mediocridade, do descompromisso com a Lógica, do mau humor prepotente do poste que se transformou em porrete contra o senso comum”. Dilma usará seu tempo bem maior de TV para disseminar o pânico entre os eleitores mais humildes e de classe média, alertando que sua eventual derrota representaria a perda das conquistas recentes.

Geraldo Alckmin deve vencer com certa facilidade, e continuar como “o bastião da resistência contra o bolivarianismo”. É raro uma consultoria usar esse termo, ainda que todos o utilizem em “off”, pois ninguém pode alegar que o risco não existe e não passa de paranoia da “direita”. A Argentina mora ao lado, a Venezuela também, e todos sabem que o Brasil, no fundo, não está tão imune assim ao perigo do mesmo destino. Poucos têm a coragem ou, principalmente, a independência de dizê-lo.

Quando acontece, portanto, merece reconhecimento e admiração. Parabéns aos envolvidos no relatório da Rosenberg por levarem uma análise realmente independente aos clientes. Dureza será os clientes do Santander acreditarem em alguma análise do banco a partir de agora…

Rodrigo Constantino

Tags: Dilma, Rosenberg, Santander






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"A Revolução Francesa começou com a declaração dos direitos do homem, e só terminará com a declaração dos direitos de Deus." (de Bonald).

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-O coletivismo é a negação da liberdade, porquanto a sede da liberdade é o indivíduo. Tanto é que a pena mais severa na história da humanidade é a privação da liberdade. A essência da liberdade é una e indivisível e daí a designação do sujeito como "indivíduo".

Aluízio Amorim

Filósofa russa Ayn Rand :



“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.”



Ayn Rand nasceu em São Petersburgo em 1905