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quarta-feira, 23 de abril de 2014

Frei Clemente Rojão: "Libertem-nos dos Flintstones!!!" ou "Rosseaus da pedra lascada" ou "Somos netos do bonde das popuzudas das cavernas"





























Frei Clemente Rojão



Ortodoxia Católica sem Frescuras!






A misericórdia é grande, mas a penitência é braba!






























terça-feira, 22 de abril de 2014

"Libertem-nos dos Flintstones!!!" ou "Rosseaus da pedra lascada" ou "Somos netos do bonde das popuzudas das cavernas"






Navegando em páginas e artigos conservadores e liberais, nossos naturais aliados na luta contra a esquerda opressora (toda esquerda é opressora e geradora de privilégios à sua elite) é natural volta e meia recair em alguns temas, e um dos temas da moda é o darwinismo social. 


Eu não me importo com o darwinismo social. Toda geração se envolve com alguma ilusão. Hoje em dia o darwinismo já é tão diferente do que Charles Darwin realmente postulou que sendo tudo, ele já não é mais nada. Podem bater no peito e se dizerem darwinistas em suas crenças irracionais, eu não ligo. Deixem-me crer na explicação mais lógica e racional que as espécies que ai estão foram criadas por uma Inteligência Superior Omnipotente num ao pleno criativo do que me enfiarem a hipótese de evolução, sendo que nunca foram encontradas evidências das espécies intermediárias: sempre ou fósseis de bichos extintos (trilobites, dinossauros, etc) ou bichos modernos. Vendo a complexidade de uma mera molécula de enzima, ou a sutileza quase sinfônica dos equilíbrios químicos envolvidos no ciclo de Krebs ou na síntese do colesterol, quatro bilhões de anos não seria suficientes para a tentativa-e-erro de chegar ao que temos hoje em dia. Penso que as pessoas acreditam nestas patranhas porque não conhecem nem Química nem Astrofísica. Se você crê que somos poeira das estrelas, talvez você não entenda bem o que é uma estrela nem como está a tal poeira em termos de composição, pressão e temperatura. Sim, num tubo de ensaio com raios suficientes você faz a simplória uréia a partir de amônia, água e metano, e parece um homem que viu um pedaço de barro seco cozido ao Sol e considerou que dai se formariam o Empire State Building ou a catedral de Chartres, bastavam os tijolos se acomodarem de uma certa maneira... Da mesma maneira, a seleção natural que funciona muito bem para prolongar bicos de passarinhos na ilha da Páscoa pode ter errado alguns bilhões de vezes para chegar na síntese do colesterol tão necessário para a formação das paredes celulares. O problema é não termos achado ainda os ossos ou carapaças dos coitados dos bichos que ficaram sem colesterol ou qualquer uma das milhares de incrivelmente complexas e fundamentais proteínas no corpo do menor dos mamíferos. É difícil achar um bom bioquímico ateu. Bioquímicos ateus existem, mas eu falo dos bons, os que realmente entendem do que falam...


Existem uma certa ilusão lamarckiana nos tais homens das cavernas... hoje em dia tudo se explica por causa dos homens das cavernas. Os homens são assim assado porque no passado os caçadores e coletores isso ou aquilo. As mulheres preferem assim assado porque no passado selecionavam os machos isso ou aquilo. As sociedades se estruturam em organizações de poder assim assado porque na sociedade tribal isso ou aquilo. Gostamos de engordar com hamburgueres e batatas fritas porque na época das cavernas isso ou aquilo. Ah, e a vida é um grande jogo de Civilization, onde os tacapes são trocados lentamente por espadas, baionetas e fuzis, mas por dentro continuamos Flintstones... Yaba daba doo!!!



Diga que isto é primitivo!
O pior é que faz sentido! Lógico! Todo problema tem uma explicação lógica, simples e errada. Pegue um exerciciozinho de colégio de física, se cair numa equação de segundo grau, pode ter uma solução negativa, que é correta mas errada, já que certaz grandezas não admitem serem negativas. Hoje em dia qualquer tolinho de quinta série (mesmo que o corpo tenha 30 anos de idade a cabveça continua no ginásio) se acha o mais inteligente dos seres quando macaqueia alguma crítica ao sistema ptolomaico. Sim, o cara que nunca viu o movimento retrógado de Vênus (até porque da sua janela urbana não há estrelas nenhuma) critica o que as mais brilhantes e estudadas mentes de uma época teorizaram tendo acesso à amplos dados experimentais. Não estou dizendo que o Sol gire em torno da Terra, mas digo que o sistema ptolomaico tinha de fato uma explicação completa e muito bem fechada da explicação da mecânica celeste disponível a olho nu. Se pudéssemos viajar no tempo e discutir com um dos velhos sábios egípcios me língua corrente, capaz que um homem moderno perdesse a argumentação, e que ante a prova quase matemática das esferas celestes pelo nosso sábio antigo demonstrando os movimentos dos planetas no céu, ele se pusesse a murmurar feito um artigo de fé que "a Terra e os planetas giravam em torno so Sol porque sim, e porque era assim mesmo e que ele tinha certeza disso mesmo que não soubesse explicar" enquanto o sábio egípcio desse aquela humilhante risada condescendente digna de um discípulo dos farsantes Richard Dawkins e Sam Harris diante de um crente. Sim, mas sabemos que apesar de toda a lógica precisa e matemática do sistema ptolomaico, não é assim que a banda toca. Quem sabe, quando a teoria das cordas ou a energia escura forem provadas, no futuro os físicos olharão nossa época e dirão que nossa física também era muito lógica e muito sólida, mas errada. 



Isto é darwinismo social...

Da mesma maneira eu me pergunto se a atual paleontologia moderna conhece realmente o que se passava na sociedade pré-histórica para ficarmos pontificando com a certeza dos quatro evangelhos que os homens gostam de bunda grande porque é sinal de fertilidade e facilidade no parto pré-histórico. Ó Vênus Calipígia de Cítera, quem sabe o tamanho do traseiro de Helena de Tróia para causar uma guerra?! Quando a explicação vem temperada com seleção natural de darwinismo rasteiro é mais estranho ainda, talvez os filhos dos homens que gostassem de bunda pequena morreram entalados nas mães durante o parto, somos todos tataranetos dos tigrões do bonde das popozudas das cavernas... O que não explica, porém, porque as asiáticas são famosas por não serem abençoadas com o dom de serem calipígeas e japoneses, chineses e coreanos há alguns séculos estão firmes e fortes... 


Ou seja, vivemos oprimidos pela sociologia das cavernas, vivemos pela dieta das cavernas.


Engordamos comendo Big Mac, fritas e coca-cola porque no passado - ah, o passado! - gordura e carboidratos eram escassos e desenvolveu-se um apetite incrível por calorias intensas. Tão lógico e preciso, não? Talvez os Cro-Magnon vegetarianos tenham morrido porque não correram o suficiente do tigre dente-de-sabre, enquanto aquele feliz caçador neandertal gordo de tanto comer gordura de mamute e super-calóricas amêndoas tenha tido muitos filhos, somos os herdeiros dos balofos felizes e longevos. Ele se fartava comendo tutano de fêmur de bizão, agora você pede whopper triplo com bacon e queijo cheddar que corresponde a 75% das necessidades diárias de calorias, a laranja lamarckianamente não cai longe da laranjeira. Parece muito lógico e correto, não? Afinal, aquele nosso tataravô não sabia quando pegaria um megatérion dando sopa para comer 5000 kcal/dia, no outro dia ele teria de andar 20 km só para achar um favo de mel selvagem na estepe do Casaquistão, enquanto você tem disponível um banquete digno de um senador romano todo dia a preços muito baratos, e um modesto trabalhador moderno pode pagar todo dia pelas mesmas calorias que o velho Agamemnon em Micenas teria num banquete especialíssimo preparado com dias de antecipação. É por isso que engordamos, por causa dos homens das cavernas, não por causa do velho vício da gula que até os teólogos católicos se esquecem de explicar...


Erigimos todo um discurso e toda uma série de explicações baseado num romanceamento da "época das cavernas" que francamente, pode ser apenas errada. O problema da pré-História é que era pré-Histórica! Explico, o início da História foi o desenvolvimento da escrito, ora a partir da finalmente algo pôde sobreviver de fato do passado. Os sumérios e egípcios nos deixaram algo, antes deles, a experiência sumia no ar. Dá para entender a vida das mulheres de Atenas e em Roma, mas como seria na época dos caçadores-coletores? Ossos em cavernas em Lagoa Santa (pertinho de onde nasci) desencavados por analfabetos funcionais diplomados, especialmente se formados em antropologia, eis as evidências. Se pensarmos que antes do surgimento da História surgiu a agricultura, as cerimônias fúnebres, o politeísmo e as cidades, veja quanto nos separam dos caçadores-coletores para os entender!


Na verdade, foi criada uma narrativa sobre estes homens, uma narrativa moderna, sistemática e idealizada que não difere dos esforços dos sacerdotes e escribas judeus que compilaram as gerações do Gênesis. E os velhos sacerdotes pós-exílicos estavam em situação melhor que a nossa, além de estarem mais perto dos fatos, tinham acesso à literatura e experiência da Babilônia, que foi onde tudo mesmo aconteceu. 


Pessoalmente, creio que o grande problema destas narrativas é que há uma pedra de tropeço terrível, que é a origem do Mal. A Origem do Mal não é um problema das religiões apenas ("Se Deus é bom, como surgiu o Mal?") é também dos evolucionistas: Neste mundo natural e determinístico causado pelos homens das cavernas, muito naturais, naturebas, holísticos e amantes da natureza com suas pedras lascadas, gorduras de mamutes e tigres-dente-de-sabre mordendo seus traseiros cada vez darwinianamente maiores, como surgiu o Mal? Muitos dizem que o mal não existe, até descobrir que a vizinha jogou soda na cara do próprio filho e o enterrou vivo (ou pior, enterrou o SEU filho). Outros seguem a explicação bucéfala de Rousseau, que a sociedade e a civilização corrompem o homem. Voltaire, que era anti-religião no tempo em que se podia ser contra a religião sem ser burro, acertou ao dizer que vendo esta explicação tinha vontade de andar de quatro. Rousseau, que talvez nunca viu um índio na vida, ignorava as atrocidades cometidas na sociedade indígena, e que a diferença entre um malvado tupi de um malvado francês era que o malvado francês comprava ingressos para as óperas de Rousseau (quantas vidas no mundo não seriam salvas se Rousseau tivesse continuado a ser um bom músico do que um mau filósofo!). Não há nenhuma evidência que o Mal tenha entrado no mundo com a sociedade (afinal, a vida idealizada nas cavernas também era uma sociedade) nem com a formação das cidades na Suméria, nem com a propriedade privada nem com a introdução do dinheiro em moeda, havia sociedades coletivistas e desmonetizadas com muitos crimes e atrocidades. Expliquem o mal com a sociedade das cavernas e eu ficarei mais sossegado. Explicar os cheeseburguers e as bundas grandes é fácil, difícil é explicar as coisas... difíceis...


Resumindo meu texto para os analfabetos funcionais que me lêem: Párem de justificar qualquer comportamento moderno com base no que pensam que seria o que os homens das cavernas faziam. Pode ser que não seja assim. 


Estes homens das cavernas deterministas... Estes Rosseaus da pedra lascada!


Nota: Este é o milésimo artigo do Blog do Frei Clemente Rojão. Celebremos!




Reações: 


2 comentários:


PORQUE O OCASO NÃO CONSTROI UMA CASA?
Voltaire, ateu bem conhecido, dizia: este relógio que existe tem que ter havido um relojoeiro que o construiu, muitos outros idem, todos refutando o evolucionismo darwinista.
“Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém.” Rm 1,25.
Há muitos que não acreditam em Deus, apenas na ciência, na técnica, no que se pode comprovar e Deus não é captado por aparelhos, por máquinas, não se pode experimentar de forma sensível e, numa época tecnicizada, Deus não pode ser captado pelos computadores e então, como não se vê, muitos não acreditam, estando no tempo do exacerbado racional-imediatismo.
Nesse rol dos darwinistas, ateus - orgulhosos em potencial - também há aqueles por conveniências que dizem não acreditar em Deus, vivem como se Ele não existisse, mas no fundo muitos acreditam, e quando estão aflitos ou na hora da proximidade da morte, atordoam-se por seus seus comportamentos, fazem oração a Deus e mandam até chamar o sacerdote..
É mais fácil viver à Darwin e dizer que não se acredita em Deus porque isso facilita a vida, mais cômodo é atender-se, fazer o que agrada, o que convém, muitas vezes de forma egoísta e viver uma vida sem exigências de aperfeiçoamento, rasteira, banal, medíocre e seguir a inclinação dos instintos que, às vezes, em vez de elevar as pessoas, as degrada.
Então, quem prefere esse estilo, não lhe convém acreditar e seguir as exigências de acreditar no Deus revelado por Jesus Cristo, podendo levar uma vida de paixões, guiado apenas pelos instintos carnais e cair nessa de Darwin.
É bom frisar que alguns não acreditam em Deus porque isso exige mudar de vida, amar de verdade, pensar nos outros, dedicar-se, abandonar os maus comportamentos. E como não querem mudar dizem que não acreditam, melhor: porque não lhes convém; são os chamados "ateus práticos"..







10- Muitos não acreditam porque está em causa a liberdade de cada um. Deus não obriga ninguém a acreditar n'Ele, pois Ele criou seres livres capazes de dizer o "Sim creio" da fé ou o "Não, não creio" do ateísmo.


Responder


Giuliano Fiorante22 de abril de 2014 22:09

Mais um belo texto!!!

E parabéns pela milésima postagem frei! Não ando comentando muito, mas todo dia entro aqui. 
Que venha mais textos!Responder


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Ortodoxia católica sem frescura. A misericórdia é grande mas a penitência é brava. Estamos em comunhão com o papa Francisco e os bispos, com a sucessão apostólica, a tradição e a escritura. Naturalmente o autor procura ser catequético naquilo que é doutrina católica e adere firmemente a ela. No mais, naquilo que é assunto livre, segue e expressa sua opinião com franqueza. 

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segunda-feira, 21 de abril de 2014

Frei Clemente Rojão: A Campanha da Fraternidade e a Prestação de Contas da Verba Nacional





























Frei Clemente Rojão



Ortodoxia Católica sem Frescuras!






A misericórdia é grande, mas a penitência é braba!






























quarta-feira, 16 de abril de 2014


A Campanha da Fraternidade e a Prestação de Contas da Verba Nacional


Pe. Marcos Mendes de Oliveira - Temos escutado muito sobre a possibilidade de acompanhar as prestações de contas dos governos através da transparência e da internet. Localizamos muito nossas preocupações e deixamos de lado a possibilidade de acompanhar o que acontece com o dinheiro arrecadado no Domingo de Ramos para a solidariedade da Campanha da Fraternidade.
Mas seria bom cada um de nós acompanhar a prestação de contas apresentada pela Cáritas Nacional e ir procurando entender o que diz aquela prestação de contas. Difícil entender, porque implicaria em conhecer também a realidade dos grupos que recebem as verbas, que muitas vezes torna mais complicado saber do valor e da importância de determinada doação ou não.
Arrisco-me a minha leitura.
A prestação de contas da Cáritas Brasileira de 2013, dentre tantas informações, diz que repassou o valor de R$ 28.600,00 para a Agência de Notícias Adital, que inclusive tem sua logomarca estampada no início da página dos apoiadores da Cáritas no país.
Quem desejar saber o que é a Agência de Notícias Adital, o melhor é abrir o seu site e tirar suas próprias conclusões. Dou-me o direito também de tirar as minhas.
É uma agência comprometida com a justiça social, tendo como espécie de fundador Frei Betto e dentre tantos colaboradores Leonardo Boff. Quer dizer, um grupo que luta pela justiça social na linha da teologia da libertação. Na agência circulam grandes estrelas que comungam com essa perspectiva.
Na parte "Quem somos" no site da Adital, você encontra lá os seus financiadores. A surpresa é que além do dinheiro da Campanha da Fraternidade Nacional – Fundo de Solidariedade Nacional – Cáritas Brasileira – CNBB, ela recebe também dinheiro da Conferência Episcopal Italiana, dos católicos alemães – Misereor, dos católicos da França, da Suiça, e de outras fontes também internacionais e nacionais. Quer dizer, não é peixe pequeno não, é peixe grande, que se alimenta de verbas dos católicos do mundo inteiro.
Até aí nenhum problema, porque é importante a soma dos esforços para superar os graves desafios do mundo. Mas nas janelas do site, você pode conferir "Mulheres e gênero", tem uma longa lista de textos nesta área de militância. Aí os espaços são concedidos para diversos grupos que militam no mundo inteiro a favor do aborto, dentre outros as Católicas pelo Direito de Decidir (o aborto).
Estranho que o espaço esteja tão livre para CDD, já que as mesmas recebem dinheiro dos grandes grupos capitalistas do mundo. Como é que a Adital vive com críticas contra o neoliberalismo e seus aliados recebem verbas do capital internacional? Mas com uma boa interpretação tudo pode se explicar, quem sabe? Com uma hermenêutica elástica, tudo é possível!
Vamos nos deter no dinheiro dos católicos do Brasil. Como é que o dinheiro da CF vai para um grupo como este?
Podemos encontrar diversas explicações, se é que elas existem.
O pessoal fala que vai defender os pobres, todo mundo acha bom, bate palmas e repassa o dinheiro. Mas não conferem se o grupo tem ou não tem outros tipos de militância, como por exemplo, a favor de aborto.
O dinheiro da CF é repassado para Cáritas e todo mundo acredita na seriedade da administração do dinheiro, assim nenhum católico se dá o direito de conferir se o dinheiro não está indo para grupos questionáveis. É aquela coisa, todo mundo confia em todo mundo e ninguém acha que dentro da Igreja vai ter alguém compactuando com aborto, por isso, todo mundo fica tranquilo e feliz de fazer sua oferta generosa no Domingo de Ramos.
O próprio pessoal da Cáritas Brasileira diz que a Adital é uma aliada na defesa da vida. Claro, falam tanto sobre justiça social, que os menos avisados faltam conferir o empenho dos colaboradores na luta pela descriminalização do aborto.
Na verdade, isto não é explicação. Tenho dito sempre: lutar pelo direito dos pobres não me dá aval para lutar a favor de aborto. Defesa da vida e militar a favor de aborto?!
Uma outra forma de explicar é que a agência de notícias é apenas um espaço de notícias, quem quiser se colocar contra ou a favor pode enviar o seu texto. É uma espécie de debate intelectual, onde os administradores da Adital não são responsáveis por aquilo que qualquer estudioso diga. É uma forma de dizer que é a favor do debate sem ter responsabilidade com nada do que é dito.
Aquela velha neutralidade científica dizia que os estudiosos não tinham responsabilidade sobre suas pesquisas, invenções e artefatos. Hoje a filosofia mais básica não retira a responsabilidade de quem está envolvido com determinadas produções.
Na militância por uma causa, uma palavra, um artigo, uma carta, uma notícia pode valer muito. Um artigo pode desmobilizar a campanha a favor da vida e justificar muitas consciências no erro. Para mim foi o caso da palavra de Dom Demétrio Valentim (Diretor-Presidente durante 16 anos da Cáritas Brasileira) nas eleições de 2010. Naquelas eleições colocou-se claramente contra os Bispos do Sul 1 (dentre eles. D. Luiz Gonzaga Bergonzini) que criticavam a política abortista do PT. O texto foi veiculado na Adital.
Grupos da Igreja optaram por uma palavra de apoio ao PT, sem levar em consideração o grave problema das crianças nos ventres de suas mães. Um simples artigo ajudou muito a desmobilização corajosa dos Bispos do Sul 1.
Estes textos foram fotocopiados e distribuídos na Faculdade Católica de Fortaleza por pessoas ligadas à Adital. Você vai me dizer que isto é apenas espaço de estudo e que não é militância? Mas tudo explica a hermenêutica elástica.
Falar contra aborto para muitos é coisa de direita. O fato da gente criticar o aborto não significa concordar com a direita. Posso ser profundamente a favor dos pobres e também contra o aborto, posso ser contra a política neoliberal e ser também contra aborto. É um tema que extrapola os limites dos pequenos conceitos que temos na política.
Mas percebe-se a fragilidade da esquerda, tanto na política como dentro da Igreja, através de muitas pastorais sociais, quanto ao tema da defesa da vida nos estágios iniciais. Honre-se aqui a Pastoral da Criança, que através de Dona Zilda Arns, tinha uma palavra contrária ao aborto. Dizia com seu sorriso maravilhoso: Vamos nos localizar em propostas positivas!
Diz Jungen Habermas, filósofo alemão, ateu, no seu texto: O futuro da natureza humana, que uma sociedade que não respeita os momentos iniciais da vida coloca em questão a sociedade democrática. Diga-se novamente: um ateu.
Democracia é o espaço dos direitos humanos. Como falar em defesa dos direitos humanos se o primeiro direito é deixado de lado: o direito de viver?
É palavra de Habermas no mesmo texto, que a filosofia do gênero não resolveu sua contradição básica: querer defender o direito da mulher pelo uso do seu corpo e não resolver o direito de viver de outro ser humano. Diga-se que é um alemão, que vem de uma sociedade marcada pela luta do gênero.
Diz ainda mais, que ninguém pode considerar as células iniciais humanas como um aglomerado de células quaisquer, nem por crentes, nem por ateus. Mas este é um argumento muito difundido entre as feministas, para justificar o aborto nas fases iniciais da vida.
O Magistério por sua vez fala claramente a respeito contra o aborto. É o que temos no texto do Vaticano II, na Constituição Pastoral Gaudium et Spes 51,3: "o aborto e o infanticídio são crimes abomináveis". No documento da Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, em Aparecida, temos o n. 40:
"Entre os pressupostos que enfraquecem e menosprezam a vida familiar, encontramos a ideologia de gênero segundo a qual cada um pode escolher sua orientação sexual, sem levar em consideração as diferenças dadas pela natureza humana. Isso tem provocado modificações legais que ferem gravemente a dignidade do matrimônio, o respeito ao direito à vida e a identidade da família."
O Pontifício Conselho para a Família lançou o volume "Lexicon – temas ambíguos e discutidos sobre família, vida e questões éticas, edições CNBB. O Conselho Pontifício denuncia diversos problemas ligados à ideologia do gênero. Dentre tantos textos do Lexicon, Jacques Suaudeau, Partial Birth Abortion, comenta que a luta do aborto é para ser estabelecido até o momento das dores de parto da mulher. Por isso mesmo, padres que concordam com esta luta, tem afirmado que a vida começa com o nascimento – critério completamente distante do Magistério.
Mas através de e-mail, um representante da direção da Cáritas Brasileira disse-me que a Adital "concorda plenamente com o ensino oficial da Igreja". Respondi que isto era considerar "um bom exercício de hermenêutica questionável", diria mais, de uma hermenêutica bastante elástica e forçada.
A Adital caminha ao lado do CEBI aqui em Fortaleza. Este outro é também um grupo que participa nacionalmente pela luta a favor do aborto. A Adital recebe dinheiro da CF Nacional, e o CEBI-CE recebe dinheiro da diocese onde estou. (Era bom conferir se os grupos regionais do CEBI em outros lugares recebem também dinheiro da CF diocesana, do Fundo Diocesano de Solidariedade). Muitos que participam do CEBI desconhecem o engamento dos seus dirigentes na luta a favor do aborto, até alguns assessores de Bíblia que lá vão para ajudar.
(Para maiores esclarecimentos, acesse Assembleia Nacional do CEBI, ou coloque no mecanismos de busca CEBI Aborto, e você verá claramente o compromisso nacional do Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos pelo aborto no país).
Eles podem falar claramente a favor do aborto, mas se a gente não concorda começam a nos desqualificar com velhos argumentos: é direita, é infantil, é machista, é isso, é aquilo. Para marinheiros de primeira viagem pode funcionar como um tapa-boca. Mas não se deixe intimidar não, se você discorda da proposta a favor do aborto procure organizar seus argumentos e expresse também sua opinião. Não vivemos numa democracia? Não temos também o direito de dizer o que pensamos?
São estas jóias raras que estão recebendo ajuda da Campanha da Fraternidade no país. Os católicos na sua grande maioria não concordam com isto, ouvem propagandas de ajudas para injustiças sociais e enviam as ajudas e acontece certos problemas no meio do caminho. Considero que este tipo de apoio é uma traição à comunidade católica do país. Uns por acharem a coisa tão absurda consideram que estas informações são para denegrir a imagem da Igreja Católica. Muito pelo contrário, porque amo a Igreja Católica e a ela sirvo, é por isso que não compactuo com este tipo de ação.
As Católicas pelo Direito de Decidir (o aborto) lutam para que a Igreja mude o Magistério, porque é a única instituição que tem textos claros contra o aborto. Elas militam dentro da ONU para enfraquecer a posição da Santa Sé no mundo e assim atingir seus objetivos. Se elas não conseguiram mudar o texto escrito do Magistério, a Campanha da Fraternidade diz que na prática o magistério já mudou para muitos.
Agradeço a atenção por escutar minha simples opinião sobre o assunto!



Pe. Marcos Mendes de Oliveira - Doutor em Teologia Moral



domingo, 30 de março de 2014

Frei Clemente Rojão: O Apóstolo contra os padres vermelhos e o governo petista



Frei Clemente Rojão: O Apóstolo contra os padres vermelhos e o governo petista




























Frei Clemente Rojão



Ortodoxia Católica sem Frescuras!




A misericórdia é grande, mas a penitência é braba!






























domingo, 30 de março de 2014

O Apóstolo contra os padres vermelhos e o governo petista


"Não tomeis parte nas obras estéreis das trevas, mas, pelo contrário, denunciai-as. O que essa gente faz em segredo, é vergonhoso até dizê-lo"- Ef 5,11-12


Dois homens das trevas, Fidel e "Frei" Betto 


Vocês ouviram o Apóstolo na segunda leitura de hoje. As obras das trevas devem ser denunciadas pelos homens de bem. Especialmente vocês, leigos, através da sua ação política, é vossa missão desmascarar estas negociatas, corrupção, ataques à família, guerra cultura, e tantos outros males deste governo anticristão! 


Vejam que São Paulo é muito preciso quando diz que é vergonha até dizer o que os maus fazem em segredo. E não é isso que sentimos ao falar da suja política? Ah, e pensar que padres vermelhos, raça de víboras, usam dos altares para fazer propaganda para estes homens das trevas!


O Apóstolo disse, temos que os denunciar!!! Tem de colocar sob a luz! Não se pode ser conivente! A ação política é missão dos leigos no mundo!

quinta-feira, 13 de março de 2014

Frei Clemente Rojão: Depois da Guerra Fria





























Frei Clemente Rojão



Ortodoxia Católica sem Frescuras!




A misericórdia é grande, mas a penitência é braba!






























quinta-feira, 13 de março de 2014

Depois da Guerra Fria











"O jeito mais rápido de acabar com uma guerra é perdê-la." - George Orwell


Rodrigo Constantino -Com o término da Guerra Fria, automaticamente concluiu-se que o próprio comunismo chegara ao fim também. Diversos experts em geopolítica publicaram suas teses para o que iria acontecer no mundo daquele momento em diante. Este texto visa basicamente a forçar uma reflexão sobre os possíveis caminhos adotados no quadro geopolítico mundial, de profundo impacto na vida de todos. Serão abordadas três visões de forma bem resumida, servindo portanto apenas para um início de debate sobre tema tão complexo. Como cada visão representa uma hipótese diferente, teremos assim um amplo desenho das possibilidades para o que está ocorrendo de fato no mundo atual.
O primeiro caso foi defendido por Francis Fukuyama, que desenvolveu sua teoria no otimista O Último Homem e o Fim da História, um livro que mereceu boa atenção no mundo todo. De forma resumida, o autor acreditava que o Ocidente vencera, e que seu modelo seria adotado pelas antigas nações comunistas. A democracia, a sociedade aberta, o capitalismo, enfim, todo exemplo de sucesso seria replicado pelos perdedores da guerra. Do lado desta visão está a seleção natural, a capacidade humana de aprendizado. Podemos de fato supor que no longo prazo o melhor irá prevalecer. Mas contrário a Fukuyama encontra-se a briga pelo poder, o fato de que os poderosos não costumam capitular tão facilmente. Sua visão acaba parecendo um tanto ingênua.
O segundo caso foi defendido por um ex-espião da KGB,Anatoly Golitsyn, que fugiu para o Ocidente. Suas teorias, com forte embasamento e conhecimento de dentro, chegaram a ser entregues para a CIA em forma de memorando, objetivando alertar o mundo para a suposta verdade por trás das mudanças nos países comunistas. Em New Lies for Old e The Perestroika Deception, o autor defendeu a hipótese de que a "revolução" ocorrida nesses países foi uma farsa, não se deu de baixo pra cima, mas sim foi planejada pelos próprios estrategistas comunistas. Golitsyn fez diversas previsões com sua tese e conhecimento, e de fato acertou inúmeras, como a queda do muro de Berlim, por exemplo.
Antecipando o fracasso do modelo socialista no estilo repressivo de Stalin, a nomenklatura teria que se adaptar, conforme o ensinado por Lênin. Este chegou a adotar sua NEP (Nova Política Econômica) em 1921, que era uma enorme concessão ao capitalismo no âmbito econômico, mas que visava na prática fortalecer o comunismo. Os líderes comunistas estariam então forçando certas mudanças, enganando o Ocidente para alcançarem o objetivo final, a vitória comunista. Isso seria possível através de uma convergência aparente de modelos, possibilitada pela ingenuidade e ignorância do Ocidente frente à estratégia comunista, no "melhor" estilo Sun Tzu. Os avanços capitalistas em uma Rússia e China, então, não seriam vitórias genuínas do capitalismo, mas adaptações controladas para fortalecer uma ideologia ainda existente, de luta de classes, que pretende na essência a destruição do capitalismo.
Do lado de Golitsyn estão diversos fatos históricos previstos pelo autor, medidas obscuras adotadas por líderes socialistas e declarações dos próprios comunistas no poder. O simples fato do atual presidente russo ser um ex-KGB, e ter adotado medidas que concentram assustadoramente o poder, levanta um sério alerta. Seria como o presidente da Alemanha pós-Hitler ser um renomado membro da Gestapo ou SS. Algo que pode, entretanto, suscitar certa desconfiança quanto ao quadro pessimista pintado pelo autor é o fato dele ser ex-comunista de carteirinha. É da natureza humana valorizar aquilo que conhecemos melhor, ver o mundo sempre por esta ótica. Reconhecer o fim do comunismo seria como sucatear toda uma vida de estudos, lançar no lixo sua grande vantagem comparativa, sua expertise sobre o tema. Para um homem com apenas um martelo, tudo lhe parece um prego. É o risco da visão estreita, enviesada, pelo fato de querermos, mesmo que inconscientemente, ver o mundo pelo prisma que melhor entendemos. Mas isso não reduz a seriedade a qual devemos analisar as teorias de Golitsyn, que são profundamente embasadas.
Por fim, temos a teoria de Samuel Huntington, expressa no seu livro Choque de Civilizações. O comunismo seria o elo comum entre diversos grupos heterogêneos, unidos somente por esta causa ideológica maior. Uma vez que a cortina de ferro cai e torna aparente os pilares de areia do modelo, perde-se o denominador comum entre esses grupos. Assim, as antigas diferenças, ocultadas pela luta comum anterior, surgem novamente com força intensa. Numa analogia futebolística, do jeito que Lula gosta, seria como torcedores dos rivais Flamengo e Vasco que se uniram para defender o Brasil, mas que quando retornam à realidade local, partem uns para cima dos outros. Com tal tese, Huntington antecipou os problemas no Kosovo, imaginando corretamente que os fatores civilizacionais iriam balançar a região, uma vez que sérvios e croatas não estariam mais sob o mesmo manto comunista.
Qual dessas visões está correta, ou mais perto da verdade? Difícil dizer. Talvez não precise ser apenas uma das três a verdadeira. A geopolítica mundial é absurdamente complexa, tal como a natureza humana. A luta pragmática por poder, a lavagem cerebral ideológica, a força dos mercados, talvez tudo isso exerça influência, sem uma forte predominância. Provavelmente existe uma parcela de verdade na visão de Fukuyama, principalmente se considerarmos o longo prazo, imaginando que as forças naturais do melhor modelo irão prevalecer, moldar o mundo.

Afinal, mesmo que ainda bastante deficiente, a democracia conquistou o globo. Mas como ignorar os alertas de Golitsyn, sabendo que a ideologia comunista virou religião dogmática, dominando completamente a razão em muitos adeptos? Como abandonar suas teorias se vemos um mundo cada vez mais dominado por modelos híbridos, onde o poder acaba concentrado no governo? E como não dar valor aos argumentos de Huntington quando observamos o que ocorre no mundo islâmico, uma jihad defendendo explicitamente o choque de civilizações, para aniquilar o Ocidente capitalista?
Independentemente de qual desses autores chegou mais próximo da verdade, a conclusão que me parece mais óbiva é que os defensores da liberdade, do capitalismo, da sociedade aberta, nunca poderão descansar. As forças e os interesses contrários a esta liberdade são vastos. Grupos sempre irão se organizar para tentar conquistar o poder, escravizar a humanidade, controlar as vidas e riquezas alheias. Comunistas, fascistas, islâmicos fundamentalistas, social-democratas (apenas uma cor vermelha um pouco desbotada), todos esses que visam a destruição do único modelo que possibilita a liberdade individual, precisam ser combatidos. E essa guerra será eterna. Afinal, o único jeito de acabar com ela rapidamente, é perdendo. Isso significaria a morte da liberdade.


quinta-feira, 6 de março de 2014

Frei Clemente Rojão: Ser um humilde semeador da Verdade não é ser um bunda-mole































Ortodoxia Católica sem Frescuras!




A misericórdia é grande, mas a penitência é braba!






























quinta-feira, 6 de março de 2014

Ser um humilde semeador da Verdade não é ser um bunda-mole

Li um excelente artigo do blog Thyself o Lord. (As palavras do escritor vão em roxo primeiro domingo da Quaresma, as do papa vão em rosa domingo laetere):


Eu não gostei da definição de bispo do Papa Francisco. (...) Eu não gosto de gente que sempre tenta ficar no meio do debate, aqueles que sempre dizem "nem tanto ao mar, nem tanto a terra". É claro que os exageros são ruins, mas nem sempre são ruins. É claro também que as heresias, como dizia Chesterton, são exageros de um boa doutrina. Mas por vezes a tentativa de ficar no meio do debate vira um vício, e torna a pessoa sem opinião, nula. É uma maneira de ficar inerte pois não se deseja ser visto como "exagerado" ou "extremista". Assim, eu não gostei nada da definição de bispo do Papa Francisco. Sinceramente, eu achei uma péssima definição: (...)

"Uma vez que a fé vem com a proclamação, nós precisamos de bispos kerigmáticos (bispos que espalhem a mensagem)...Homens que sejam guardiães da doutrina, não tanto como medida de quão longe o mundo estar da verdade doutrinal, mas para fascinar o mundo...com a beleza do amor, com a liberdade oferecida pelo Evangelho. A Igreja não precisa de apologistas para suas causas nem de cruzados paras suas batalhas, mas de humildes e confiantes semeadores da verdade, que sabem que sempre possuem o novo e a confiança no poder dela. Homens que são pacientes que sabem que as ervas daninhas nunca irão preencher totalmente o campo".

Bom, se eu fosse bispo, a Igreja não precisaria de mim, segundo o Papa Francisco. Eu sou um apologista e seria um cruzado nas guerras da Igreja. Além disso, eu não espero que o campo esteja completo de erva daninha, eu lutaria para que não tivesse nenhuma. A certeza que o campo não ficaria repleto de ervas daninhas não ajudaria em nada minha pregação, pelo contrário, faria eu ficar em casa. O Papa Francisco também quer defensores da doutrina, mas nem tanto assim, lidem mais com amor. Parece-me aqueles padres que ficam sempre sorrindo para os pecadores, nulos na defesa da doutrina. Isto já tem de monte, é o que mais tem. (...)


Publiquei trechos, mas os convido a ler o artigo todo. Agora vamos aos meus comentários

Gostei muito deste artigo. Também acho que precisamos de bispos guerreiros e apologetas, e o papa Francisco erra o tom ao dizer o contrário. 
Infelizmente, hoje em dia nossos bispos não são "humildes semeadores do evangelho" mas sim um bando de bunda-moles. Como exemplo cito a Campanha da Fraternidade em que escolhem um tema de novela contra escravidão e se omitem com os escravos cubanos nos postos de saúde. É de uma hipocrisia criminosa. 

Eu também sou um humilde semeador da Verdade, como pediu o papa Francisco. A questão é que para a semente se espalhar, o semeador tem de lança-la com força no campo. E muitas vezes o semeador tem de cavar forte e cavar fundo para pôr a semente. 

Em resumo, ser um humilde semeador da Verdade não é ser um bunda-mole. 

Aliás, estou cansado das constantes críticas do papa Francisco ao clero. Sendo papa, ele tem o poder de pôr a mão na massa para consertar o que acha errado, ele é o chefe, não ficar soltando críticas em homilias que atingem a bons e maus padres. (Quer dizer, atingem apenas aos bons. Os maus padres nem ligam para o papa). Até é divertido ser um padre rebelde a moda jesuítica criticando padres, bispos e Santa Sé. Eu mesmo sou um pouco assim. Mas quando se é papa, calma lá. Se estivesse numa homilia deles e ouvisse um "os padres não devem ser isso ou aquilo, não devemos ter padres isso ou aquilo" teria ganas de levantar e gritar: "E o que você está fazendo para consertar???" #prontofalei


Estou muito chateado com o papa Francisco. Admito. Sorrir e ficar "bem na fita" com o Mundo ele faz muito bem. Mas com um ano de pontificado começo a desejar mais substância e menos discurso. Como se não bastassem as gafes econômicas emEvangelium Gaudium (cuja relevância e pertinência parecem que não passarão no teste do tempo, o documento está razoavelmente esquecido), ou as infelizes entrevistas, ah, as infelizes entrevistas! Desculpem-me pelo desabafo, leitores, mas estamos com Pedro, mas mesmo Paulo se exasperou com Pedro. 


(E um conselho, católico que se escandalizar com uma eventual crítica intra-eclesial ao papa deveria usar um chador e ir pro Irã beijar o traseiro do aiatolá Khamenei. Toda este arremedo de lealdade cega lá seria apreciada.)


Depois quando me vêm um Padre Fábio de Melo que para falar besteira precisa encher a boca para dizer que tem mestrado em Teologia Dogmática e diz "Jesus queria fundar o reino de Deus mas nós só demos a ele a Igreja" confesso que precisamos abaixar também as pedras que - com justiça - atiramos nesta besteira e pensarmos o que é que a hierarquia está ensinando. Francamente, se até o papa critica o clero e a Igreja, deve ser tudo um lixo mesmo, deve ter sido tudo um Plano B do Reino de Deus...




Reações: 


Um comentário:


Frei clemente, gostaria que o Sr. comentasse esta notícia do terra:

"Papa é popular mas não convence sobre pedofilia nos EUA

Pesquisa mostrou que 85% dos católicos americanos tem opinião favorável sobre o Papa, mas apenas 54% têm a mesma opinião sobre sua luta contra os escândalos sexuais na Igreja"

o qual na reportagem se encontra:

"Na quarta-feira, o Papa defendeu em uma entrevista ao jornal Corriere della Sera os esforços da Igreja neste combate, mas a associação americana de vítimas SNAP o acusam de "não fazer nada, literalmente nada" para proteger as crianças."

Sinceramente, já estou de saco cheio de história de pedofilia pra ká, pedofilia para lá, de a ONU dar pitaco, dizendo que para melhorar a crise de pedofilia na Igreja, a Igreja deveria liberar geral, e vem esta entidade a SNAP dizendo que o Papa e a Igreja não estão fazendo nada, nadinha de nada para defender as crianças de padre pedófilos, eu gostaria de perguntar a esta cambada, se o Papa e a Igreja não estão fazendo nada, então qual a sugestão que eles poderiam dar para auxiliar o Papa e a Igreja para acabar com isto tudo?. Já não chega os milhões de indenização que a Igreja pagou?. já não chega as expulsões de padres abusadores?, eles querem mais o que?, que a Igreja tenha uma bola de cristal para saber qual o padre que vai abusar da próxima vitima?, será que este pessoal realmente estão preocupados com as crianças ou eles torcem para que haja mais casos e assim desacreditar ainda mais a Igreja?. 

Anônimo, Sidnei.Responder








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Gesto concreto da Campanha da Fraternidade 2014

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-O coletivismo é a negação da liberdade, porquanto a sede da liberdade é o indivíduo. Tanto é que a pena mais severa na história da humanidade é a privação da liberdade. A essência da liberdade é una e indivisível e daí a designação do sujeito como "indivíduo".

Aluízio Amorim

Filósofa russa Ayn Rand :



“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.”



Ayn Rand nasceu em São Petersburgo em 1905