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Se em meu ofício, ou arte severa,/ Vou labutando, na quietude/ Da noite, enquanto, à luz cantante/ De encapelada lua jazem/ Tantos amantes que entre os braços/ As próprias dores vão estreitando —/ Não é por pão, nem por ambição,/ Nem para em palcos de marfim/ Pavonear-me, trocando encantos,/ Mas pelo simples salário pago/ Pelo secreto coração deles. (Dylan Thomas — Tradução de Mário Faustino)
17/03/2014 às 21:53
Comissão da OAB quer censurar um quadro em nome da suposta defesa dos negros. É uma afronta à Constituição!
É espantoso o que leio numa reportagem da Folha. Eis a evidência mais escancarada de que o chamado pensamento politicamente correto é, na verdade, uma forma de censura. Qual é o caso?
No Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, há um quadro, de autor desconhecido, em que um negro aparece açoitando outro, no tronco, com uma multidão à volta. Pois não é que a Comissão de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil encaminhou um ofício cobrando que a obra seja retirada da galeria?
Segundo a presidente do grupo, Carmen Dora de Freitas Ferreira, o quadro reforça “o estereótipo e o preconceito enrustidos em muitas pessoas, que ainda nos dias atuais, têm a ousadia de se referir ao negro ou à negra afirmando ‘vou te colocar no tronco’”.
Não, dona Dora! A senhora está errada! Está estupidamente errada! Aquela obra de arte que está lá retrata uma parte da história brasileira. O que a senhora quer? Esconder o que houve no Brasil, por mais dramático que tenha sido? O que incomoda tanto? O fato de que um negro está a açoitar o outro? Pois saiba que isso era comum.
O trabalho de capitães do mato, por exemplo, que perseguiam escravos fugidos, era exercido por ex-cativos, que haviam obtido ou comprado a alforria. Muitas vezes, os senhores obrigavam, sim, negros a açoitar negros.
A galeria em que fica o quadro é mantida pela Acrimesp (Associação dos Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo), que classificou o pedido de censura, mas se comprometeu a substituir o quadro. Ora, se é assim, então a Acrimesp vai compactuar com a… censura.
Vejam o quadro “Retirantes”, de Cândido Portinari.
Eis a expressão da fome, da miséria, da tristeza, da falta de perspectiva e de futuro. Será que os nordestinos deveriam se sentir ofendidos? Do mesmo autor, “Lavrador de Café”, em que se dá destaque a um negro forte, sim, mas com os pés descalços — e não com a altivez que pede o discurso militante.
O discurso estético não deve ser tomado como manifesto político e tem de ser visto à luz do tempo em que foi produzido. Ou será que, agora, o negro na obra de arte terá de se parecer sempre com o “Django”, de Tarantino? Vamos mandar para a fogueira, deixem-me ver, Machado de Assis — além claro, de Monteiro Lobato?
Segundo a OAB, o pedido da comissão “não representa posicionamento da entidade, uma vez não houve deliberação da diretoria ou do Conselho Seccional da OAB-SP nesse sentido”.
O presidente da OAB-SP, Marcos da Costa, classificou, no entanto, a preocupação de “compreensível”. Depende. O que é compreensível? O combate ao racismo é, entre outras coisas, uma obrigação moral. Patrulhar uma obra de arte em nome de uma causa é não apenas incompreensível como é inaceitável. Isso é censura, o que é repudiado pela Constituição Brasileira. E o mínimo que eu espero da OAB é que defenda a Carta Magna do país. Por Reinaldo Azevedo
Tags: OAB, racismo
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17/03/2014 às 19:52
Ministério Público volta a pedir a transferência de Dirceu e companheiros para presídio federal
O Ministério Público Federal voltou a pedir na noite de sexta, em ofício encaminhado à Vara de Execuções Penais do DF, que os mensaleiros petistas sejam transferidos da Papuda para um presídio federal. É que, definitivamente, o governador Agnelo Queiroz (PT) não está colaborando. O MP alega, e com razão, que a sua permanência no presídio de Brasília põe em risco a segurança pública.
E põe mesmo! Reportagem publicada pela revista VEJA na edição desta semana demonstra que José Dirceu e seus companheiros recebem visitas em horário especial; não comem a comida servida a outros detentos — dois presos, imaginem, atuam como cozinheiros da turma —; fazem suas refeições em local separado; recebem alimentação oriunda de lanchonetes e podem ter acesso, como é o caso de Dirceu, até aos serviços de um podólogo. Mais: o ex-ministro fez da biblioteca do presídio, a que poucos presos têm acesso, uma espécie de escritório pessoal. Uma beleza!
O MP havia encaminhado um documento ao governo do DF indagando se a Secretaria de Segurança Púbica tinha condições de fazer cumprir as regras do presídio. Agnelo preferiu responder com ironias e ainda acusou o MP de estar politizando a questão.
Pois é. O governador, lembre-se de novo, fez uma visita secreta aos mensaleiros. Indagado a respeito nesta segunda, foi direto: “Vou continuar indo à Papuda visitá-los. Vou, sim!”.
No dia 25 do mês passado, o MP já havia encaminhado solicitação parecida. O risco maior do tratamento diferenciado é haver uma rebelião no presídio. É evidente que ninguém, sob a custódia do Estado, deve ser maltratado. Mas não há nada que justifique os privilégios.
Os benefícios especiais de que vinha gozando Delúbio Soares quando estava no Centro de Progressão Penitenciária geraram duas baixas: Emerson Antonio Bernardes foi demitido do cargo de vice-diretor depois de coibir regalias ao ex-tesoureiro. Ordenou, por exemplo, que ele retirasse a barba. Em seguida, demitiu-se Afonso Emílio Alvares Dourado, o diretor.
Basicamente três fatos irritaram petistas e motivaram as demissões: a proibição da barba de Delúbio; a decisão de impedir que o carro da CUT entrasse no pátio interno para levá-lo ao, como direi?, trabalho e a divulgação de uma reunião que o mensaleiro fez com o presidente do Sindicato dos Agentes de Atividades Penitenciárias, Leandro Allan Vieira. Vocês entenderam direito: o presidiário Delúbio fez uma reunião com o sindicalista que lidera os agentes penitenciários.
Não, leitores! Isso não se parece com a casa-da-mãe-joana. É a própria casa-da-mãe-joana. Chico Vigilante, líder do PT na Câmara Legislativa do DF, afirmou ao jornal O Globo que visita Dirceu no complexo da Papuda a qualquer momento.
A Vara de Execuções Penais do Distrito Federal vai agora ouvir a Defensoria Pública e depois vai tomar uma decisão sobre a transferência para um presídio federal. Uma coisa é certa: os petistas privatizaram o Complexo da Papuda e transformaram o presídio numa espécie de sucursal do partido.
Por Reinaldo Azevedo
Tags: José Dirceu, Mensalão
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17/03/2014 às 18:18
Mensaleiro é preso em operação da PF contra lavagem de dinheiro. Tem até “Camaro” amarelo apreendido; O país “breganejo”!!!
TIRANDO ONDA NUM CAMARO AMARELO: carro apreendido pela operação Lava Jato
Não é que falte no Brasil um espírito, digamos assim, compreensivo com a lavagem de dinheiro, né? Como a gente sabe, hoje, no Supremo, existe uma maioria formada que só aceita esse crime com registro em cartório… O mesmo vale para o crime de quadrilha. Quadrilheiro só convence ministros como Roberto Barroso e Teori Zavascki se deixarem consignada sua intenção em ata: “Nós, abaixo-assinados, constituímos na data de hoje, nesta comarca, uma quadrilha para…”. Ironia? Acho que sim.
Bem, os criminosos, por sua vez, são renitentes. Não dão bola para os que deitam sobre eles um olhar caridoso. Uma operação da PF batizada de “Lava Jato” prendeu um bom número de pessoas acusadas de envolvimento com a lavagem de dinheiro. E quem está na turma? Enivaldo Quadrado, um dos réus do mensalão e ex-sócio da corretora Bônus-Banval. Em seis estados, a PF apreendeu dinheiro vivo, armas, carros de luxo — até um “Camaro amarelo”, bem breganejo… — e cocaína.
Leiam o que vai na VEJA.com:
*
O empresário Enivaldo Quadrado foi preso na operação da Polícia Federal que desmontou, nesta segunda-feira, uma rede de lavagem de dinheiro em seis Estados e no Distrito Federal. Sócio da extinta corretora Bônus-Banval, Quadrado já foi condenado pelo mesmo crime – lavagem de dinheiro – no julgamento do mensalão, mas teve a pena convertida em serviços à comunidade e ao pagamento de multa.
Ao site de VEJA, o advogado Antonio Sergio Pitombo confirmou que Quadrado foi preso na cidade de Assis (SP), no interior paulista, onde morava.
Essa não é a primeira vez que Quadrado é preso pela PF. Após ter se envolvido no escândalo do mensalão, o empresário foi detido em flagrante em dezembro de 2008 ao desembarcar no Aeroporto de Guarulhos com 361.000 euros não declarados à Receita Federal. Na ocasião, a PF informou que os maços de dinheiro estavam em meias, na cueca e numa pasta de mão.
Até agora, 24 pessoas foram presas da operação Lava Jato da PF. A ação ocorre em dezessete cidades do Paraná (Curitiba, São José dos Pinhais, Londrina e Foz do Iguaçu), de São Paulo (São Paulo, Mairiporã, Votuporanga, Vinhedo, Assis e Indaiatuba), do Distrito Federal (Brasília, Águas Claras e Taguatinga Norte), Rio Grande do Sul (Porto Alegre), de Santa Catarina (Balneário Camboriú), do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro) e de Mato Grosso (Cuiabá).
De acordo com as investigações, o grupo criminoso usou postos de gasolina e lavanderias em um sofisticado esquema que movimentou mais de 10 bilhões de reais. Por Reinaldo Azevedo
Tags: lavagem de dinheiro, PF
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17/03/2014 às 17:49
Putin assina documento que reconhece independência da Crimeia
Na VEJA.com:
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, desafiou as sanções impostas por Estados Unidos e União Europeia e assinou um documento reconhecendo a Crimeia como “um Estado independente e soberano”. O texto ainda não trata da anexação. A movimentação ocorre depois de a república autônoma declarar-se independente da Ucrânia e aprovar a anexação à Rússia em referendo. O decreto publicado na página do Kremlin na internet afirma que o reconhecimento tem como base “o desejo do povo da Crimeia”. As lideranças locais anunciaram um resultado para a consulta popular no estilo soviético: quase 97% dos votos.
Nesta terça, Putin deverá falar no Parlamento, e a expectativa é que ele endosse a anexação da Crimeia. Alguns membros do governo em Moscou acreditam que o processo poderá ser concluído em poucos dias, apesar da oposição do governo interino da Ucrânia e de potências ocidentais.
O documento pode ser o primeiro passo de Moscou no sentido de integrar de fato a Crimeia ao seu território – movimentação que enfrenta a oposição dos EUA e de países europeus, que consideram o referendo ilegal e impuseram sanções contra a Rússia — sanções que têm sido ignoradas por Putin.
O referendo foi convocado por autoridades pró-Moscou na península depois da destituição do presidente Viktor Yanukovich, que se seguiu a meses de protestos contra seu governo. Em Kiev, manifestantes ocuparam as ruas depois que Yanukovich preferiu se aproximar de Putin e abrir mão de um acordo de associação com a União Europeia.
Desde fevereiro, tropas russas tomaram controle da Crimeia, onde o país mantém uma base naval, em Sebastopol. A versão oficial do Kremlin é que as tropas são forças de autodefesa que não respondem diretamente ao controle russo.Por Reinaldo Azevedo
Tags: Criméia, Rússia, Vladimir Putin
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17/03/2014 às 17:38
Uma camiseta em defesa do “encino”!!!
Por Bianca Bibiano, na VEJA.com:
Na última sexta-feira, Taynara Santos, moradora de Brazlândia, publicou em seu Facebook uma foto da camiseta de uniforme recebida por seu irmão, que estuda no Centro de Ensino Médio 01, mantido pelo governo do Distrito Federal. Na camiseta, a palavra “ensino” aparece grafada como “c” — “encino”: a imagem virou motivo de piada na rede social, com quase 10.000 compartilhamentos. “Olha só o nível da camiseta distribuída pelo GDF às escolas públicas. Estão ‘ENCINANDO’ direitinho”, brincou.
Procurada pelo site de VEJA, a Secretaria de Educação do Distrito Federal admitiu que as camisetas foram distribuídas aos estudantes em suas escolas. Ainda assim, o órgão tentou se eximir de responsabilidade, afirmando que os uniformes são produzidos pela Fábrica Social, centro de capacitação profissional vinculado ao governo.
Em sua página do Facebook, porém, a Fábrica Social afirma, por meio de nota, que as 2.800 camisetas produzidas por ela e entregues ao Centro de Ensino Médio 01 não contêm erros ortográficos. A rede escolar do Distrito Federal atende cerca de 445.000 estudantes, segundo o Censo Escolar de 2013.Por Reinaldo Azevedo
Tags: Distrito Federal, Educação
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17/03/2014 às 15:25
O discurso de Che na ONU e a renitente tara pelo inventor do lema do Viagra… Ou: Pervertidos morais na Cuba de 1964 ou na Venezuela de 2014
Guevara no detalhe da foto que virou ícone: assassino, fedorento e amado
Há tipos que me dão uma preguiça monumental, gigantesca mesmo! E, quando fico com preguiça, posso endurecer e perder a ternura.
Admiradores de Che Guevara, por exemplo, me deixam com preguiça! Admiram por quê? Deve ser alguma fixação de fundo sexual, sei lá eu. Sabem como é… Aqueles olhos ternos da foto de Alberto Korda… E olhem que a imagem que entrou para a história é só um pedaço da foto original. Alguém foi lá e reparou no moçoilo, pinçou o rosto do bruto e o transformou num ícone. Há na fixação em Che, com todo respeito, uma espécie de boiolagem ideológica (se alguém achou a expressão grosseira, fique com “amor viril ideológico), uma vez que mais os, digamos, “moços revolucionários” do que as moças admiram o “Porco Fedorento”, que odiava com igual fervor duas categorias: banhos e seres humanos. O inventor “avant la lettre” (ou “avant la chose”) do lema perfeito para remédio contra impotência (“Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás”) continua a despertar paixões. Ao ponto.
Publiquei neste domingo um post em que chamava a atenção para um texto de apoio publicado na VEJA, junto com a reportagem que informa os privilégios de que José Dirceu e seus amigos petistas gozam na cadeia.
Esse texto de apoio dá destaque a um trecho do discurso que Che Guevara fez na ONU em 1964, em que exalta os fuzilamentos em Cuba. Mais do que isso: o “revolucionário” trata do assunto com orgulho e tenta explicar por que os assassinatos que ele pratica são diferentes dos praticados por outros. Junto com o post, publiquei um vídeo.
Ora, ora, ora… Até parece ser essa a primeira vez que trato do assunto. Já escrevi a respeito num post do dia 17 de abril do ano passado. Já publiquei neste blog A ÍNTEGRA DESSE DISCURSO DE GUEVARA.
Há, sim, um pequeno engano: no vídeo que foi ao ar neste post de domingo, não há o trecho sobre o fuzilamento. Alguns leitores apontaram isso. Outros, ora vejam!, acharam que ali estava a prova de que tanto a VEJA como eu próprio havíamos fraudado a verdade e atribuído a Guevara algo que não dissera. Santo Deus! Ninguém precisa piorar Guevara, nem no cheiro nem na moral. Sua alma não fedia menos do que seu corpo. Imaginem se, CINQUENTA ANOS DEPOIS, eu me atreveria a inventar um discurso que não existiu.
Um leitor, achando que me engana, escreve:
“Talvez eu seja um dos mais ferrenhos antipetistas, mas devemos ser fieis à verdade. Ou estou surdo, ou meu portunhol é tão ruim que em momento algum, neste tempo de discurso, ouvi de Che Guevara que eles fusilavam continuariam fusilando. Penso, que apesar de tudo, devemos ser amantes da verdade. Sou seu fã, meu caro Ricardo Azevedo, mas nessa eu realmente discordo, por não ter ouvido, nestes 6mins20segs. a declaração que está no texto acima. Respeitosamente.”
Bem, vamos lá. Em primeiro lugar, em português, os fuziladores “fuzilam” com “z”, não com “s”. Em segundo, o “Ricardo Azevedo” talvez seja seu “caro”, o “Reinaldo”, certamente, não; em terceiro, estou me lixando se você é antipetista ou não. Não penso nisso quando escrevo. Eu não penso que “devemos ser amantes da verdade, apesar de tudo”. A única coisa decente a fazer é ser amante da verdade ANTES DE TUDO”.
Bem, aqui está a fala do Porco Fedorento exaltando os fuzilamentos. Ele trata do assunto quando responde ao discurso do representante da Venezuela na ONU.
Já expliquei o contexto e explico de novo. Em 1964, a Venezuela era uma democracia, governada por Raúl Leoni, que havia sido eleito em 1963. Sucedia outro governo igualmente sufragado pelo povo, em 1958. Até esse ano, o país havia conhecido apenas nove meses de um governo saído das urnas, entre fevereiro e novembro de 1948.
Muito bem! O governo democrático da Venezuela enfrentava a luta armada de vários grupos terroristas, que se inspiravam em Cuba. E o que fez a ditadura cubana? Acusou, ora vejam!, o governo venezuelano de praticar genocídio… Houve excessos das forças de segurança, admitidos pelo próprio governo, que os condenou. Mas, obviamente, não havia morticínio em massa. Tratava-se apenas de uma das muitas fraudes históricas perpetradas pelas esquerdas.
Pois bem: o governo democrático da Venezuela reagiu à acusação, lembrando que o governo cubano era notório, ele sim, por fuzilar seus adversários. E é então que o Porco Fedorento, o “Chancho”, o poeta do homicídio, aquele que descreveu com incrível prazer o movimento de uma bala que penetra de um lado do crânio e sai do outro (e ele era médico); aquele que confessou ter roubado um relógio de um homem que acabara de matar; aquele que acreditava que o homem deveria se transformar “numa fria e implacável máquina de matar”, motivado pelo ódio, eis que um vagabundo desse naipe afirma o seguinte na ONU (a partir do 36º segundo):
“Nós temos que dizer aqui o que é uma verdade conhecida, que temos expressado sempre diante do mundo: fuzilamentos, sim! Fuzilamos, estamos fuzilando e seguiremos fuzilando até que seja necessário. Nossa luta é uma luta até a morte. Nós sabemos qual seria o resultado de uma batalha perdida e os vermes também têm de saber qual é o resultado da batalha perdida hoje em Cuba. E vivemos nessas condições por imposição do imperialismo norte-americano. Isso, sim, mas assassinatos não cometemos, como comete neste momento a polícia política venezuelana que, creio, recebe o nome de Digepol se não estou mal informado. Essa polícia cometeu uma série de atos de barbárie, de fuzilamentos, ou melhor, de assassinatos, e depois atirou os cadáveres em alguns lugares (…)”
A íntegra do discurso do vagabundo, em espanhol, está aqui. Na sequência, acreditem, ele critica o governo da Venezuela por aquilo que chama censura à imprensa. Em 1964, não só não havia imprensa livre em Cuba como os adversários do regime eram fuzilados, o que ele confessa.
Poucas falas retratam com tanta precisão o horror moral da esquerda armada, e de seus herdeiros intelectuais, como essa. Notem que Che Guevara não acredita na existência de adversários, mas de “vermes”. Ora, se vermes são, então podem e devem ser eliminados. Seus fuzilamentos são parte da luta; os dos outros, crimes. Mais: ele diz que mata porque venceu e proclama que o outro lado faria a mesma coisa se tivesse vencido; logo, sua fala legitima tanto a própria brutalidade como a alheia. E pensar que os partidários desses pulhas ficam hoje, por aí, a arrotar a sua moral vitimista, cobrando reparações. Tivessem ganhado aqui a batalha, Che Guevara informa o que teriam feito com os adversários — e não haveria, por certo, “Comissão da Verdade”. Antes que algum cretino se assanhe a dizer que estou defendendo tortura, digo: “Uma ova!”. Defendem a tortura, o assassinato e o fuzilamento os que perfilam com Che Guevara, não eu. Só estou evidenciando o que queriam aqueles anjos da morte.
Cinquenta anos depois, Nicolás Maduro, em nome de ideais derivados daquele Porco Fedorento, continua a fuzilar pessoas nas ruas. E, herança do mesmo chiqueiro moral, diz que o faz em nome da “revolução bolivariana”, que ele ameaça radicalizar. Luiz Inácio Apedeuta da Silva lhe dá integral apoio. Dilma também. Vale dizer: ambos legitimam a morte de pessoas que só estavam protestando contra uma fraude eleitoral escancarada.
Assim, quando vejo as Dilmas, os Lulas e alguns fantasmas morais do passado a se levantar e a pedir justiça e reparação, indago: em nome de quais valores? “Ah, mas e o deputado Rubens Paiva?” O que tem ele? Foi vítima da brutalidade do regime, tem de ter a sua história contada, e o Estado tem de assumir a sua culpa, como, aliás, aconteceu. Mas nem ele nem ninguém mudam a história de um tempo, mudam os valores que estavam em conflito. E que, atenção!, ainda estão!
Cadê os nossos cultores da verdade, os nossos heróis da reparação, para enviar uma mensagem de solidariedade ao povo venezuelano e seus mortos? Estão calados em seu túmulo moral. Sabem por quê? Porque boa parte dessa gente acha que Maduro tem mais é de fuzilar mesmo. Porque boa parte dessa gente acha que Che Guevara estava certo. Porque boa parte dessa gente acha que humanos são os seus companheiros. Os adversários são apenas “vermes” que merecem morrer.
Encerro
Sobrou alguma dúvida?Por Reinaldo Azevedo
Tags: Che Guevara, Cuba, Venezuela
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194 COMENTÁRIOS
17/03/2014 às 6:39
LEIAM ABAIXO
— A tática de Eduardo Campos, a crítica a Dilma e a pergunta: dá para ser lulista e oposicionista ao mesmo tempo?;
— Afirmar que Dirceu está em regime fechado é coisa de gente ignorante e de má-fé. Não é matéria de opinião. É só uma mentira!;
— Mesmo que Putin acabe anexando a Crimeia, ele perdeu, mas a inépcia de Obama e dos líderes europeus pode fazer dele um vencedor;
— Sentença judicial diz que Maluf tratou pessoalmente de dinheiro em conta no exterior que ele sempre negou ser sua;
— A Venezuela, Dilma, Mujica, o “Porco Fedorento” e um fundamento moral dos esquerdistas: pode matar pessoas nas ruas, desde que sejam as pessoas certas…;
— O avião sumido, o que se escreveu aqui e a ação deliberada e criminosa;
— O Mané Garrincha, de Brasília, estádio mais caro do país, tem indícios de superfaturamento de R$ 431 milhões;
— Eduardo Cunha: PT não tem projeto de aliança, mas de hegemonia;
— Despesa para conter luz e combustível já é igual a gastos sociais;
— Justiça suspende licitação bilionária de ônibus do DF, talvez a mais cheia de vícios e ilegalidades da história. Agnelo Queiroz atingiu o estado da arte!;
— CADEIA DE GENTE DIFERENCIADA – Dirceu, na Papuda, tem até podólogo à disposição;
— PT quer esmagar o PMDB, diz Pedro Simon;
— Táxis fora do corredor: mais uma decisão estúpida da Prefeitura de SP, com o aval do Ministério Público;
— Convidado a falar no Congresso, Tuma Jr. tem a casa alvejada por tiros;
— Depredação da Ceagesp – E lá foi a PM, coitada!, arcar com a irresponsabilidade dos políticos!Por Reinaldo Azevedo
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17/03/2014 às 6:27
A tática de Eduardo Campos, a crítica a Dilma e a pergunta: dá para ser lulista e oposicionista ao mesmo tempo?
Parece que Eduardo Campos, governador de Pernambuco e pré-candidato do PSB à Presidência, resolveu mesmo bater de frente com a presidente Dilma Rousseff. Neste domingo, voltou a criticar duramente a petista, em viagem ao interior de Pernambuco. Durante um ato político em Surubim, afirmou que ela distribui cargos entre aliados como quem divide bananas e laranjas e disse ser preciso evitar que o país derreta na inflação e no populismo.
A estratégia de Campos, nessa pré-campanha eleitoral é, sim eficaz. Até a página 13. A partir da 14, não se sustenta e, no limite, joga água no moinho do lulismo, do petismo e do continuísmo. Se, por um lado, ele representa uma novidade em relação a pleitos passados porque é alguém que se descolou na nave-mãe, por outro lado, caso fosse cem por cento eficaz na sua pregação, acabaria trazendo Lula de volta.
Com acerto, o peessebista percebeu que existe no ar certa sensação de enfaro, de saco cheio. São poucos os que acham o governo muito ruim. Mas não são tantos os que o consideram muito bom. Tudo vai ficando ali, pela linha da mediocridade. Desta vez, o clima não é hostil a mudanças. Quando o pré-candidato do PSB afirma que ninguém aguenta outros quatro anos de Dilma, vocaliza uma percepção muito viva em alguns setores da sociedade, especialmente os ligados à economia real, à área produtiva. É, sem dúvida, um bom achado para essa fase inicial. Não mais do que isso.
A crítica, progressivamente mais dura e aberta, que o governador faz a Dilma convive, não obstante, com elogios rasgados ao governo Lula, de quem foi aliado incondicional e ministro. Em 2010, ele dinamitou as pretensões presidenciais de seu então aliado Ciro Gomes em favor da candidata do PT, essa tal “que ninguém aguenta mais”. Hoje, curiosamente, os irmãos Gomes, Cid e Ciro, estão fechados incondicionalmente com a presidente, e Campos foi para a oposição.
E cabe, então, a pergunta: a gestão Lula foi mesmo tão boa como diz Campos? As dificuldades essenciais do governo Dilma foram meticulosamente construídas, organizadas e planejadas por seu antecessor. A presidente pode, sim, tê-las extremado em razão de traços de comportamento e de temperamento e de incompetência específica, mas nem inventou nada nem destruiu nada. O que mudou substancialmente foi a conjuntura internacional.
Onde estava Campos quando Lula, com uma das mãos, demonizava as privatizações e, com a outra, ia abrindo o caixa para alguns potentados do capitalismo sem risco? Na boca de Campos, Dilma surge como aquela que dilapidou uma herança bendita. Nessa perspectiva, o pré-candidato do PSB se oferece como o nome que reúne as melhores condições para ser o verdadeiro continuador de Lula. Ao se negar a enfrentar o lulo-petismo e se colocar como seu caudatário e herdeiro competente, Campos intenta uma operação que me parece impossível. Basta que Lula venha a público e diga: “Ok, o Eduardo diz que fiz um grande governo. Quero dizer que minha continuadora é Dilma”
E poderia ser ainda pior: se o pré-candidato do PSB conseguisse destroçar a reputação de Dilma a ponto de inviabilizá-la como candidata, Lula e parte substancial do PT dariam graças a Deus: aí seria ele o candidato! Não vejo como Campos possa ser lulista e oposicionista ao mesmo tempo.
É evidente que os petistas prefeririam que Campos não estivesse na disputa, o que contribui para empurrar a eleição para o segundo turno. Mas não vejo muitas virtudes nesse discurso. Até porque inexiste, como todo mundo sabe, a transferência automática de votos. O eleitorado, no fim das contas, vota em quem bem entender. E Campos vai para a urna com a informação de que Lula fez um governo impecável. Como transferir, depois, essa turma para o lado oposicionista caso ele não esteja, como não deve estar, como o adversário final de Dilma?Por Reinaldo Azevedo
Tags: Dilma, Eduardo Campos, Eleições 2014
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205 COMENTÁRIOS
17/03/2014 às 6:23
Afirmar que Dirceu está em regime fechado é coisa de gente ignorante e de má-fé. Não é matéria de opinião. É só uma mentira!
Reportagem da revista VEJA desta semana informa que José Dirceu e os mensaleiros petistas têm alguns privilégios na cadeia. Vai acontecer o quê? Há gente dizendo que Dirceu está em regime fechado e que isso é ilegal.
Vamos à primeira questão: só se a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal e o Ministério Público tomarem alguma providência. O governo do DF, liderado pelo petista Agnelo Queiroz, não vai fazer nada. Até porque o próprio governador foi visitar Dirceu secretamente. Depois disso esperar o quê?
Quando à afirmação de uns e outros de que Dirceu estaria em regime fechado, trata-se de uma rematada bobagem, de uma estupidez sem limites, de ignorância mesmo ou de má-fé. É coisa de gente que escreve a primeira bobagem que lhe dá na telha, no intuito de servir à causa, sem nem fazer uma pesquisa.
O que caracteriza o regime fechado ou semiaberto não é poder trabalhar ou não, mas a natureza da instituição prisional, que tem menos vigilância, que é menos rigorosa. São alas distintas. Dirceu está na ala reservada aos presos do semiaberto, que tem esse nome, mas é um regime também fechado.
De fato, no regime semiaberto, o preso pode ter — pode, não quer dizer que deva — algumas licenças que não se concedem a quem está no regime fechado: uma delas é trabalhar fora. Mas essa é uma licença que a Vara de Execuções Penais concede se achar pertinente. O juiz não é obrigado a aceitar o pedido. Mais: a concessão pode ser suspensa ou revogada se ficar provado que o preso desrespeitou regras e normas. Aconteceu com Delúbio Soares.
A reportagem da VEJA, que traz imagens dos mensaleiros presos, informa que Dirceu fez da biblioteca do presídio uma espécie de escritório privado, ao qual bem poucos presos têm acesso; que ele e os outros petistas recebem visitas em horários diferenciados; que não comem as quentinhas servidas aos demais, mas uma comida especialmente feita por dois detentos, que cuidam de um cardápio especial. Mais: os petistas usam uma sala adaptada como refeitório, distinguindo-se dos outros abrigados na Papuda. Têm acesso a perfumes importados e a lanches do McDonald’s. Dirceu já foi atendido até por seu podólogo.
A Vara de Execuções Penais, não custa lembrar, ainda apura se o ex-ministro usou um celular no presídio, o que é proibido. Ele nega. Quem disse ter conversado com ele ao telefone foi ninguém menos do que o secretário da Indústria, Comércio e Mineração da Bahia, James Correia, subordinado do governador petista Jaques Wagner. Atenção! James é amigo pessoal de Dirceu.
Para quem já foi o segundo homem mais poderoso do país, esses privilégios nem parecem grande coisa. Ocorre que eles são vedados aos demais presos. E o Brasil, até que não seja revogada ao menos, é uma República. É evidente que se trata de concessões inaceitáveis.
E reitero: a acusação de que ele está preso ilegalmente, em regime frechado, é só uma boçalidade. Ou é coisa de quem não sabe do que está falando ou de quem sabe e está fazendo militância partidária.Por Reinaldo Azevedo
Tags: José Dirceu, Mensalão
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80 COMENTÁRIOS
17/03/2014 às 4:25
Mesmo que Putin acabe anexando a Crimeia, ele perdeu, mas a inépcia de Obama e dos líderes europeus pode fazer dele um vencedor
Apurados 75% dos votos até esta madrugada, consta que nada menos de 95,7% dos que votaram optaram por anexar a Crimeia à Federação Russa. Assim, a república continuaria a ser autônoma, podendo legislar por conta própria sobre muitos assuntos, como hoje, mas subordinada à Rússia, não mais à Ucrânia. Os números são dignos de uma eleição na Coreia do Norte, onde o ditador Kim Jung-Un vence tudo com 100% de adesão.
Seriam os números verdadeiros? Não há por que duvidar de que a anexação à Rússia conta, sim, com a aprovação da maioria — afinal, a península conta com 58% de pessoas de origem russa. Cerca de 25% são ucranianos, e estimam-se em 12% os tártaros. Os tais 95,7% fazem sentido?
Façamos uma conta elementar. A imprensa russa afirma que 82% das pessoas aptas a votar compareceram. Sendo verdade, 18% não quiserem participar do pleito. É de supor que sejam pessoas contrárias à anexação. Assim, de cada 100 moradores da Crimeia que poderiam votar, só 82 teriam comparecido. Dada a percentagem oficial, o que se está a afirmar é que 78,5 de cada grupo de 82 deram um voto pró-Rússia. É evidente que a adesão parece um tanto exagerada. Vamos ver: ainda faltam os outros 25% dos votos.
Vladimir Putin preparou o terreno. Tanto o Parlamento da Rússia como o Parlamento local da Crimeia aprovaram a anexação, esperando apenas o referendo legitimador. Uma comissão de representantes da república autônoma já se prepara para levar o resultado a Moscou. O presidente russo pode agora, sem disfarce, enviar tropas à Crimeia, consolidando, então, a anexação. Se o fizer, é possível que não encontre resistência.
Estados Unidos e União Europeia dizem não reconhecer a consulta como legal — e, pois, não reconhecem também seu resultado. Prometem severas sanções à Rússia. Mas quais? De saída, descartem-se as armas. É improvável que a Crimeia provoque um confronto militar entre, de um lado, a Rússia e, de outro, as potências ocidentais.
A verdade lastimável em tudo isso é que nem a Europa nem os Estados Unidos contavam com a agressividade de Putin nessa questão. Imaginaram que ele protestaria, sim, mas que, na hora “h”, não iria às últimas consequências. E ele foi. A Rússia não é o Irã. Não se trata de um país que possa ser marginalizado no concerto das nações, até porque tem lá o seu assento no Conselho de Segurança da ONU.
A verdade é que a situação jamais deveria ter chegado a esse ponto. Adianta pouco agora chorar sobre o leite derramado. Viktor Yanukovich já era carta fora do baralho quando foi deposto pelo Parlamento da Ucrânia. As eleições regulares certamente levariam para o poder um governante pró-Ocidente. Nessa hipótese, a perda para Putin teria sido total. Deram-lhe a chance de exercitar o nacionalismo russo, posar de grande herói e ainda sair com a Crimeia de troco. Mesmo que acabe anexando a república, ele perdeu. Mas a inépcia de Obama e dos líderes europeus tende a fazer dele um vencedor.Por Reinaldo Azevedo
Tags: Criméia, Rússia, Ucrânia, Vladimir Putin
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17/03/2014 às 3:53
Sentença judicial diz que Maluf tratou pessoalmente de dinheiro em conta no exterior que ele sempre negou ser sua
Por Flávio Ferreira e Mário Cesar Carvalho, na Folha:
Pressionado pelo Deutsche Bank a revelar a origem de US$ 200 milhões que movimentou no exterior, o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) tratou pessoalmente com advogados encarregados de dar explicações ao banco e admitiu que controlava uma das empresas que administraram os recursos, segundo documentos obtidos pelas autoridades da Ilha de Jersey. Desde que a existência desse dinheiro foi revelada, há quase 13 anos, Maluf nunca reconheceu publicamente ser o proprietário dos recursos. Em todas as manifestações sobre o caso, sua defesa insiste que ele “não tem e nunca teve contas no exterior”.
Mas a sentença da corte da Ilha de Jersey, que no ano passado condenou empresas da família Maluf a devolver à Prefeitura de São Paulo US$ 32 milhões (equivalentes a R$ 75 milhões), descreve em detalhes tratativas dele e de seus advogados com o Deutsche Bank e não deixa dúvidas sobre sua ligação com os recursos encontrados em Jersey. As autoridades da ilha concluíram que o dinheiro foi desviado de obras construídas quando Maluf foi prefeito de São Paulo, de 1993 a 1996. O Deutsche Bank começou a fazer questionamentos sobre a origem dos recursos de Maluf em 1999, quando uma nova lei contra a lavagem de dinheiro em Jersey obrigou os bancos a se informar melhor sobre os seus clientes.
(…)Por Reinaldo Azevedo
Tags: Maluf
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16/03/2014 às 6:15
LEIAM ABAIXO
— A Venezuela, Dilma, Mujica, o “Porco Fedorento” e um fundamento moral dos esquerdistas: pode matar pessoas nas ruas, desde que sejam as pessoas certas…;
— O avião sumido, o que se escreveu aqui e a ação deliberada e criminosa;
— O Mané Garrincha, de Brasília, estádio mais caro do país, tem indícios de superfaturamento de R$ 431 milhões;
— Eduardo Cunha: PT não tem projeto de aliança, mas de hegemonia;
— Despesa para conter luz e combustível já é igual a gastos sociais;
— Justiça suspende licitação bilionária de ônibus do DF, talvez a mais cheia de vícios e ilegalidades da história. Agnelo Queiroz atingiu o estado da arte!;
— CADEIA DE GENTE DIFERENCIADA – Dirceu, na Papuda, tem até podólogo à disposição;
— PT quer esmagar o PMDB, diz Pedro Simon;
— Táxis fora do corredor: mais uma decisão estúpida da Prefeitura de SP, com o aval do Ministério Público;
— Convidado a falar no Congresso, Tuma Jr. tem a casa alvejada por tiros;
— Depredação da Ceagesp – E lá foi a PM, coitada!, arcar com a irresponsabilidade dos políticos!;
— Beltrame admite: “Temos problemas de guerra no Rio”;
— CARTEL DE TRENS – CADE finalmente admite o que este blog informou fartamente no dia 13 de agosto do ano passado!;
— Minha coluna desta sexta na Folha: “Viva a guerra!”;
— Na reforma ministerial, Dilma troca seis por meia dúzia;
— “Música do Dia” na página de Dilma no Facebook: “Medo de Avião”. Fim da picada!;
— Crise de energia produz rombo de R$ 12 bilhões para o contribuinte pagar;
— Há 22 dias, CCJ do Senado rejeitou uma PEC contra a impunidade de menores assassinos; o governo federal, seus ministros e 11 senadores são culpados pela impunidade;
— O “MENOR” PROTEGIDO POR ELES – “Ele arrancou o aplique da cabeça dela com toda força. Bateu no rostinho dela. Pude ver todas as marcas no enterro. O corpo todo ferido. No vídeo, ela pede desesperada para não ser morta. Pude ouvir a vozinha dela suplicando: ‘Pelo amor de Deus, não me mate’”Por Reinaldo Azevedo
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16/03/2014 às 6:05
A Venezuela, Dilma, Mujica, o “Porco Fedorento” e um fundamento moral dos esquerdistas: pode matar pessoas nas ruas, desde que sejam as pessoas certas…
A artista gráfica venezuelana Calavera teve um ideia simples, objetiva, clara e eficiente: confeccionou cartazes que lembram o que diziam ontem alguns líderes latino-americanos e o que dizem hoje; o que chamavam, no passado, de “ditadura” e o que chamam, no presente, de democracia. Ainda que haja alguma imperfeição na análise (já explico por quê), as peças são poderosas. Expõem, de maneira desconcertante, a duplicidade moral das esquerdas. As estrelas dos cartazes são os presidentes Dilma Rousseff (Brasil), José “Pepe” Mujica (Uruguai) e Cristina Kirchner (Argentina). Vejam as imagens. Volto em seguida.
Dilma e Mujica são ex-presos políticos. Na sua biografia oficial, consta que combateram a ditadura militar de seus respectivos países. É o passado que aparece em preto e branco, na metade à esquerda da montagem. Vemos ali forças de segurança reprimindo manifestações de rua. O tempo passou, os dois abandonaram a luta armada e se tornaram presidentes da República por intermédio do voto direto. E, ora vejam, são apoiadores incondicionais de uma ditadura, não exatamente militar, mas militaresca.
Que se note: mesmo os regimes militasres mais discricionários da América Latina não contaram com milícias civis armadas em larga escala, como as que atuam hoje na Venezuela. Havia, sim, grupos paramilitares assassinos — e isso é lixo político e moral, como sabe qualquer pessoa razoável. Mas tinham um alcance menor do que o esquema montado pelo chavismo na Venezuela. Em 21 anos, a ditadura militar brasileira fez, em números superestimados, 424 vítimas — incluindo os guerrilheiros do Araguaia. Por razões comprovadamente políticas, são 293 as vítimas. Houve tortura, assassinatos, desaparecimentos. Não se trata de dizer se é muito ou pouco. É só absurdo! Quem, já rendido, morreu nas mãos do estado foi vítima de um crime. Mas sigamos. Em pouco mais de um mês — os protestos na Venezuela começaram no dia 4 de fevereiro —, o próprio governo admite que já morreram 28 pessoas.
Não me surpreende: a esquerda sempre soube ser mais letal. Ora, como ignorar que os grupelhos extremistas no Brasil, meia dúzia de gatos pingados, mataram pelo menos 120 pessoas — nessa lista, não estão mortos em combate, não! Essas 120 pereceram em ataques terroristas. E aqui lembro a única imperfeição da arte de Calavera, embora isso não diminua a pertinência do seu trabalho: os que hoje protestam na Venezuela estão, de fato, pedindo democracia. Não era o caso de Dilma. Não era o caso de Mujica. Eles eram terroristas e pretendiam implementar em seus respectivos países uma ditadura comunista.
Assim, a luta do povo venezuelano, hoje, é muito mais moral do que eram a de Dilma e a de Mujica. Eles queriam ditaduras com sinal trocado. A população da Venezuela quer um regime democrático. No passado, era possível repudiar a “luta” da dupla também por bons motivos, Tratava-se do confronto de forças opostas em si, mas combinadas na malignidade. No caso venezuelano, no entanto, não: opor-se às reivindicações da população corresponde a renegar o regime de liberdades públicas. Ou por outra: Dilma e Mujica continuam a se alinhar com a ditadura.
A VEJA desta semana traz uma excelente reportagem sobre a Venezuela. Um dos textos, sobre Che Guevara, o “Porco Fedorento”, vai ao ponto. Ilustra de modo inequívoco, a farsa moral esquerdista. Observem como a linha de, vá lá, raciocínio de Che é a que orienta hoje a escolha de Dilma, Mujica, Cristina e outros “líderes” latino-americanos. Reproduzo o texto, publico um vídeo e volto para encerrar.
*
Imagine qual seria a reação se, em 1974, o general presidente do Brasil Emílio Garrastazu Médici ocupasse a tribuna diante da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, e afirmasse: “Temos que dizer aqui o que é uma verdade conhecida. Torturas, sim! Temos torturado: torturamos e vamos continuar torturando enquanto for necessário”.
Médici seria, justamente, execrado como um ditador. Em dezembro de 1964, porém, o argentino Ernesto Guevara, que, com o apelido de “Che”, ajudou Fidel Castro no triunfo do golpe comunista em Cuba, foi à ONU e confessou: “Nosotros tenemos que decir aquí lo que es una verdad conocida: fusilamientos, sí, hemos fusilado; fusilamos y seguiremos fusilando mientras sea necesario”.
Já se passavam seis anos da tomada do poder pelos comunistas em Cuba, e Guevara confessava que continuava em plena operação e sem data para arrefecer sua máquina de assassinatos políticos na prisão de La Cabaña. Seis anos de execuções sumárias de vítimas que chegavam ao paredão exauridas, pois delas se tirava até parte do sangue para transfusões.
Seis anos, e dissidentes continuavam a ser fuzilados. Guevara foi o único guerrilheiro a matar muito mais gente de mãos atadas e olhos vendados do que em combate — que, ao contrário da lenda, ele evitava ainda mais do que o banho. Qual foi a reação naquele instante em que permaneciam na audiência uma maioria de representantes de países “não-alinhados”, eufemismo para “pró-soviético”? Guevara foi aplaudido por 36 segundos.
No New York Times do dia seguinte, o redator, mesmerizado, fingiu que não ouviu a confissão de assassinato de Guevara, descrito como “versátil”, “economista autodidata” e “revolucionário completo”. A duplicidade ética não é uma exclusividade das esquerdas. Apenas elas são inexcedíveis nesse truque que, apesar de velho, ainda funciona. O ensurdecedor silêncio enquanto jovens mártires venezuelanos são torturados e mortos nas ruas é prova disso.
Para encerrar
Vejam esta foto.
Este que está pondo a venda nos olhos do rapaz que vai ser executado é Raúl Castro quando jovem. O tarado moral é hoje presidente de Cuba. Era um dos mais eloquentes na solenidade que marcava um ano da morte de Chávez, há alguns dias. Foi nesse evento que Nicolás Maduro convocou as milícias armadas a sair às ruas.
Com o apoio de Dilma.
Com o apoio de Mujica.
Com o apoio de Cristina, entre outros.
Não é que esses gênios morais sejam contra matar gente. Eles se opõem a que se matem apenas as pessoas erradas, entenderam?Por Reinaldo Azevedo
Tags: Cristina Kirchner, Dilma, José Mujica, Venezuela
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16/03/2014 às 6:03
O avião sumido, o que se escreveu aqui e a ação deliberada e criminosa
Quando a Interpol descartou a hipótese atentado ou de ato criminoso no sumiço do avião da Malysian Airlines, afirmei aqui, num post do dia 11, não entender os motivos. Descartava por quê? Eu achava, ao contrário, que cresciam os indícios de uma ação criminosa. Como já lhes contei, apanhei pra caramba: “Esse aí é metido a falar até de avião”. Escrevi, então, que não entendia nada de aviação — embora converse com quem entende — e que a minha hipótese se sustentava na lógica dos fatos.
Muito bem! Como vocês já devem ter lido, o premiê da Malásia, Najib Razak, afirmou que já dá para sustentar, com razoável grau de certeza, que uma ação deliberada desligou o sistema de comunicação do avião. O governo trabalha agora com a hipótese muito provável de que a pessoa que fez isso estava no comando da aeronave e a desviou da rota. Especialistas americanos suspeitam dos próprios pilotos.
Pois é… Então reproduzo em azul o que escrevi no dia 11. Releiam:
Então tá bom. A Interpol está propensa a descartar que o Boeing 777, da Malaysia Airlines, tenha sido vítima de um atentado terrorista. Tomara. Mas descarta por quê? Li, li, li e não consegui entender. O que parece é que uma parte dos indícios não corrobora a possibilidade. Mas e as outras?
Volto a duas das questões propostas ontem neste blog pelo leitor Gonçalo Osório. Retomo em seguida:
1) Todo bicho desse porte (imagine: 350 toneladas de peso de decolagem, dependendo do modelo) tem uma coisa chamada ELT — emergency locator transmiter. Como o nome em inglês diz, é um sinal de rádio de emergência, que é acionado sem interferência do piloto e que pode ser captado por outros aviões, navios e satélites. Ninguém captou nada. Como assim? O ELT não funcionou? Não se sabe.
2) O Boeing 777, assim como aquele Airbus da Air France que se acidentou na rota Rio-Paris, dispõe de um treco chamado ACARS (outra sigla em inglês). Para compreensão do leigo, é como a telemetria de carros de Fórmula 1: sensores a bordo detectam tudo o que acontece com motores, equipamentos de navegação, atitude do avião em voo, o escambau, e transmitem a intervalos de segundos essas centenas de informações para o fabricante (a Boeing) e para o operador (a Malaysia). No caso do Air France, por exemplo, sabia-se, durante os sete minutos entre o avião sair da altitude de cruzeiro e se espatifar na água, que várias coisas estavam ocorrendo: não eram defeitos técnicos, mas o ACARS transmitiu a rápida perda de altitude, por exemplo, e as diversas configurações dos computadores de bordo. Cadê as informações do ACARS do B777 da Malaysia? A Boeing e a companhia até agora nada disseram.
Tudo indica, então, que o transponder da aeronave estava desligado. Por quê? Com que propósito? Mera falha técnica? Já se sabe que o avião estava fora da rota. Num cenário em que nada se sabe, em que se escreve muitas vezes por dia a palavra “mistério”, um avião fora da rota, com o transponder desligado, é incompatível, por exemplo, com terroristas no comando da aeronave?
Do ponto de vista estritamente lógico, não!Por Reinaldo Azevedo
Tags: aviação, terrorismo
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16/03/2014 às 5:55
O Mané Garrincha, de Brasília, estádio mais caro do país, tem indícios de superfaturamento de R$ 431 milhões
Por Felipe Coutinho, na Folha:
A reforma do estádio Mané Garrincha, a arena mais cara da Copa do Mundo, tem indícios de superfaturamento de R$ 431 milhões, segundo análise do Tribunal de Contas do Distrito Federal. Segundo levantamento feito por técnicos do tribunal, o superfaturamento é resultado de uma série de irregularidades, como compra indevida de material, cálculo equivocado no custo de transporte, além de abono de multa pelo atraso na entrega da obra e atraso na solicitação de descontos na cobrança de impostos prevista em lei.
Os contratos analisados pela área técnica do tribunal dão pistas de como o custo do estádio dobrou desde o início da obra, passando de R$ 700 milhões, em 2010, para os atuais R$ 1,4 bilhão. Um dos exemplos para entender o gasto excessivo “sem mais esforços”, segundo os técnicos, é o cálculo de transporte de materiais pré-moldados no canteiro de obras. A fábrica dessas peças fica a 1,5 km do estádio, na capital federal, mas o custo de transporte foi calculado como se tivessem sido transportados de Goiânia a Brasília, uma distância de 240 km.
O custo de transporte cobrado do governo do DF foi de R$ 592 por metro cúbico desses materiais, quando para os auditores deveria ser de apenas R$ 3,70. Somente neste caso, o prejuízo estimado foi de R$ 879 mil. ”Sem mais esforços, percebe-se que os custos foram superestimados, pois o transporte de pré-moldados ocorre dentro do próprio canteiro de obras. A utilização de custo de transporte Brasília-Goiânia’ é totalmente inadequada para o serviço, não merecendo comentários adicionais para a reprovação do método”, diz o relatório. O superfaturamento de R$ 431 milhões em discussão pelo tribunal é o somatório das irregularidades apuradas em cinco processos. Os valores apontados na auditoria ainda podem aumentar porque o cálculo foi feito com base em análise de julho de 2013.
(…)
Por Reinaldo Azevedo
Tags: Agnelo Queiroz, Brasília, Copa do Mundo de 2014
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16/03/2014 às 5:47
Eduardo Cunha: PT não tem projeto de aliança, mas de hegemonia
Por Natuza Nery, na Folha:
Pivô da mais tensa crise de Dilma Rousseff com o Congresso, o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), afirmou abertamente à Folha o que muitos aliados do governo dizem nos bastidores: “A presidente faz política, mas a má política, a política do confronto.” Expoente do “blocão”, grupo de congressistas de diversos partidos que, em votações, se posiciona contra o governo, ele reserva críticas fortes ao PT: diz que a sigla “não tem projeto de aliança, mas de hegemonia”. Leia trechos da entrevista:
Folha – Dilma aceitou dois nomes do PMDB para ministérios. A bancada está satisfeita?
Eduardo Cunha – A presidente não aceitou dois nomes do PMDB, ela indicou dois nomes dela. Se for do PMDB, será por acaso. A bancada abriu mão, disse que não queria indicar, não indicou.
Não indicar significa romper?
Rompimento é outra coisa. Continuamos na base. O PMDB não vai participar de votação que prejudique as contas públicas. O que a gente colocou é que havia especulação pública por cargos. Como se o PMDB estivesse brigando para ter mais cargo, menos cargo. Aquilo estava incomodando a bancada. A decisão foi: cansamos de sermos bancados como fisiológicos.
(…)
Quem provocou a crise?
O presidente do PT, quando quer colocar na gente pecha de fisiologista atrás de cargos e outros tipos de favores.
(…)
Na última reunião de Dilma, Lula e equipe, ficou definido como estratégia isolar o sr.
Não é uma superdimensão do meu papel? Será que não estão buscando centrar no inimigo algo que não existe para disfarçar a raiz do verdadeiro problema? Quando Rui Falcão [presidente do PT] fala em chantagem, toma lá, dá cá, o que ele tem a dizer do que eles oferecem a outros partidos para cooptar? Ou você acha que determinado partido deixou aliança porque foi convencido, achou bonito, ou porque foi cooptado? Isso não é toma lá, dá cá?
Existe risco de rompimento?
Só a convenção pode dizer.
Os ministros que cuidam da articulação são hábeis?
Quem cuida da articulação política? Preciso saber primeiro, é bom me informar. Não sei quem está fazendo articulação. Se alguém não está fazendo, é porque a presidente não delegou. É uma variação daquele filme: Atenção, senhores passageiros, o articulador político sumiu’.
Dilma não faz política?
Faz política, mas a má política, a política do confronto.
Como fazer para o PMDB perder a imagem de fisiológico?
É ter um candidato a presidente e ganhar eleição.
Então a bancada é só metade fisiológica?
Da minha parte pode entregar todos, se for essa a vontade da bancada. A bancada até quis deliberar isso, se você quer saber. Optar por entregar os cargos aí sim significa ruptura. Os espaços mínimos que o PMDB ocupa no governo, inferiores ao que tinha com Lula quando nem fazia parte da aliança eleitoral, assim são porque apoiamos a eleição. Isso não é fisiológico. O que é fisiológico é fazer toma lá, dá cá. Por isso temos que disputar a presidencial.
E há candidato?
Infelizmente, não.Por Reinaldo Azevedo
Tags: Eduardo Cunha, Eleições 2014, PMDB
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16/03/2014 às 5:45
Despesa para conter luz e combustível já é igual a gastos sociais
Por Raquel Landim, na Folha:
Os gastos para evitar reajustes na conta de luz, na gasolina e no diesel às vésperas das eleições presidenciais podem chegar a R$ 63 bilhões neste ano, conforme cálculo feito pelo CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura) a pedido da Folha. O valor disparou em proporção do PIB (Produto Interno Bruto) no governo da presidente Dilma Rousseff, saindo de 0,29% em 2011 para 1,19% neste ano.
Para especialistas, os subsídios drenam o caixa da Petrobras, derrubando os investimentos e o preço das ações da estatal, prejudicam o setor de etanol com a concorrência desleal entre álcool e gasolina e estimulam o consumo de eletricidade em época de risco de racionamento. A Petrobras não comenta. O Ministério de Minas e Energia sustenta que o socorro ao setor elétrico é um empréstimo, já que o Tesouro será ressarcido nos próximos cinco anos.
Os desembolsos desses subsídios serão feitos, direta ou indiretamente, pela Petrobras (R$ 42 bilhões), que banca a diferença entre os preços dos combustíveis praticados no exterior e no Brasil, pelo Tesouro (R$ 13 bilhões), que vai cobrir parte do rombo das distribuidoras de energia, e pelos bancos (R$ 8 bilhões) que financiarem a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).
A câmara, que pertence às empresas e atua na regulação do mercado, vai captar recursos para ajudar as distribuidoras, com o compromisso de que as tarifas de luz serão reajustadas a partir de 2015 para pagar os empréstimos. “O rombo no setor de energia seria suficiente para dobrar os investimentos públicos, uma das grandes frustrações do país”, diz Mansueto de Almeida, especialista em finanças públicas. No ano passado, o governo investiu R$ 63,2 bilhões, incluindo o Minha Casa, Minha Vida.
Os gastos para evitar o encarecimento da energia são quase iguais aos da assistência social, incluindo o Bolsa Família (R$ 62,5 bilhões), e superam os desembolsos com seguro desemprego e abono salarial (R$ 46,4 bilhões).
(…)Por Reinaldo Azevedo
Tags: combustíveis, energia elétrica
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15/03/2014 às 20:30
Justiça suspende licitação bilionária de ônibus do DF, talvez a mais cheia de vícios e ilegalidades da história. Agnelo Queiroz atingiu o estado da arte!
Agnelo Queiroz: talvez a licitação mais absurda história republicana
Por Marcela Mattos, na VEJA.com:
A Justiça Federal acatou pedido do Ministério Público e suspendeu, em decisão liminar, uma licitação bilionária conduzida pelo governo do petista Agnelo Queiroz para substituir as empresas de ônibus que controlam todo o transporte do Distrito Federal (DF). O juiz Antônio Cláudio Macedo da Silva, titular da 8ª Vara, suspendeu os repasses de recursos do BNDES e do Finame – Agência Especial de Financiamento Industrial – a contratos que beneficiaram a Viação Piracicabana e a Viação Marechal. As ações serviam para favorecer o fundador da companhia aérea Gol e dono de grupo de transportes coletivos, Nenê Constantino. A sentença foi proferida na última sexta-feira. Ao todo, foram licitadas cinco bacias, com a previsão de troca de toda a frota de ônibus. O negócio renderia aos empresários do setor quase 10 bilhões de reais em dez anos.
A suspensão foi baseada na participação do escritório dos advogados Guilherme Gonçalves e Sacha Reck no processo, responsáveis por elaborar os julgamentos de habilitação e classificação em nome da Comissão de Licitação ao mesmo tempo em que advogavam para empresas participantes – e vitoriosas – do edital. A Justiça Federal acatou denúncia que afirmava que a atividade de consultoria do escritório na licitação “ultrapassou a função de mera consultoria, atuando como efetivos julgadores dos atos relacionados ao processo licitatório” e concluiu que o advogado Sacha Reck participou na elaboração da ata de apresentação dos envelopes.
Além disso, a empresa que iniciou os trabalhos de elaboração do edital, a Logitrans, tem entre seus diretores o pai do advogado Sacha Reck, Garrone Reck. A atuação dos dois já era conhecida: por ato idêntico ao praticado no DF, os dois tiveram os bens bloqueados a pedido do Tribunal de Justiça do Paraná e estão sendo investigados no Estado por improbidade administrativa e fraudes em licitação.
Além do direcionamento do edital, ficou constatado o superfaturamento das tarifas em razão da ausência de competitividade. O parecer aponta ainda que documentos essenciais para o processo licitatório foram sonegados dos órgãos fiscalizadores. Na contestação, o governo do Distrito Federal alegou que as propostas vencedoras eram vantajosas e considerou irrelevantes as ações contra Sacha e Garrone Reck.
Na decisão, o juiz Antônio Cláudio da Silva fez duras críticas à condução da licitação. “Com efeito, são inúmeras irregularidades que comparecem no processo licitatório. E a primeira pergunta que se impõe é: qual tipo de administração pública queremos? Transparente ou patrimonialista?”, disse em seu parecer. “No Brasil que já promoveu o impeachment de um presidente da República sem abalar as instituições políticas do Estado Democrático de Direito na carta de 1988; que já trocou de padrão monetário diversas vezes, mas alcançou a dignidade da cidadania monetária, venho repetindo o absurdo de um processo licitatório que não pode ocorrer no coração da República”, continuou.
O conflito de interesses está demonstrado e só vem a confirmar a fragilidade dessa licitação. O pior de tudo é que a promessa de melhoria de transporte não acontece. O edital beneficia os empresários, mas não a população”, afirmou a deputada distrital Celina Leão (PDT-DF), autora da ação civil pública contra o processo licitatório.Por Reinaldo Azevedo
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15/03/2014 às 20:17
CADEIA DE GENTE DIFERENCIADA – Dirceu, na Papuda, tem até podólogo à disposição
DENTRO DA PAPUDA – Condenado a sete anos e onze meses de prisão por crime de corrupção, o ex-ministro José Dirceu passa a maior parte do tempo na biblioteca do presídio
José Dirceu está na cadeia. Mas não tem muito do que reclamar. Reportagem publicada na revista VEJA desta semana, com fotos exclusivas que retratam a rotina do presidiário mais ilustre da Papuda, informa que o ex-ministro tem direito a alimentação especial, horários diferenciado de visitas e, vejam só!, podólogo!. Leiam trecho da reportagem de Rodrigo Rangel.
*
Ninguém em sã consciência pode imaginar que um criminoso condenado, privado temporariamente da liberdade, cumprindo pena em uma cadeia povoada por milhares de outros tipos de bandidos, leve uma boa vida. No máximo, a vida pode ser um pouco menos amarga. O homem que aparece acima foi um dos mais influentes parlamentares do Congresso, o ministro mais poderoso do governo Lula e um dia alimentou o sonho de substituir o chefe no Palácio do Planalto. Na foto, José Dirceu de Oliveira e Silva, ex-presidente do PT, ex-chefe da Casa Civil e condenado por liderar um dos maiores esquemas de corrupção da história política do Brasil, é apenas o preso número 95?413 em uma cena que agora faz parte da rotina dele e de outros mensaleiros.
Num país em que a impunidade de gente poderosa sempre foi uma tradição, a imagem tem um magnífico valor simbólico. Reforça que é possível colocar e manter corruptos influentes na cadeia. Reforça que os ladrões de dinheiro público não estão acima da lei. Reforça que as instituições democráticas funcionam apesar da pressão e da tentativa recorrente de sabotá-las. A imagem, porém, também serve para advertir que, apesar de tudo isso, a vigilância tem de ser permanente.
É a primeira vez que o ex-ministro é mostrado dentro da penitenciária, num ambiente que foi cuidadosamente preparado para recebê-lo. Para fugir da rotina lúgubre do cárcere, José Dirceu, visivelmente mais magro, com os cabelos aparados e usando roupa branca, como determina o regulamento do presídio, passa a maior parte do dia no interior de uma biblioteca onde poucos detentos têm autorização para entrar. Lá, ele gasta o tempo em animadas conversas, especialmente com seus companheiros do mensalão, e lê em ritmo frenético para transformar os livros em redações, o que lhe pode garantir dias a menos na cadeia.
O ex-ministro só interrompe as sessões de leitura para receber visitas, muitas delas fora do horário regulamentar e sem registro oficial algum, e para fazer suas refeições, especialmente preparadas para ele e os comparsas. Os 10?326 presos da Papuda recebem marmitas produzidas em escala industrial por uma empresa prestadora de serviços. Já os mensaleiros têm direito a um cardápio próprio. O Brasil, como se sabe, também é a terra dos privilégios.
(…)
Para ler a continuação dessa reportagem compre a edição desta semana de VEJA no IBA, no tablet, no iPhone ou nas bancas
Por Reinaldo Azevedo
Tags: José Dirceu, Mensalão
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15/03/2014 às 18:55
PT quer esmagar o PMDB, diz Pedro Simon
Na sexta, na minha coluna na Folha, publiquei um texto intitulado “Viva a guerra!”, sobre a crise entre o PMDB e o PT. Leem-se lá afirmações como estas (em azul):
(…)
Ignorar que o conflito em curso é também expressão das tentações hegemônicas do petismo, como deixam claro os palanques estaduais, corresponde a abandonar o jornalismo em benefício da fofoca ou do cumprimento de uma tarefa. O PMDB é o próximo alvo dos petistas caso Dilma se reeleja. O poder, como o entendem os companheiros, só pode ser exercido quebrando a espinha do principal aliado.
A essência da proposta de reforma política do PT, por exemplo, que está prestes a ser feita no tapetão do STF por iniciativa da turma de Luís Roberto Barroso –refiro-me ao financiamento público de campanha–, busca, no médio prazo, destroçar o PMDB. É uma aspiração compatível com os marcos teóricos da companheirada. Só não vê quem não sabe. Finge não ver quem já sabe.
(…)
Retomo
Ainda que por outros caminhos e com uma inflexão ideológica muito diferente da minha, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) chega à mesma conclusão: a crise em curso é fruto do esforço petista para esmagar seu principal aliado. Leiam a entrevista concedida pelo senador à repórter Marcela Mattos, da VEJA.com.
*
Aos 84 anos, o gaúcho Pedro Simon é um dos políticos que mais conhecem o PMDB, partido que ajudou a criar em 1980 como sucessor do antigo MDB, agremiação de oposição à ditadura militar após o golpe de 1964. Simon coleciona histórias em sua vida pública: foi ministro da Agricultura, governador do Rio Grande do Sul e está há três décadas no Senado. Foi um dos poucos políticos peemedebistas a votar contra os governos Lula e Dilma Rousseff. Hoje, com planos de deixar a vida pública no final do ano, ele vê com ceticismo a ameaça do seu partido de deixar o barco petista e romper a aliança com Dilma: “Podia até ter o rompimento, mas a expectativa dos cargos é muito grande para mudar de lado. Hoje o governo está tão misturado ao PMDB que não é fácil em uma convenção querer mudar os rumos”. Simon afirma não simpatizar com o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), líder da bancada na Câmara, que comanda uma rebelião na base governista. Mas admite méritos ao colega pelas derrotas impostas ao Palácio do Planalto: “É o tipo da coisa que nunca se conseguiu mexer. Mas ele jamais vai ser meu representante, não identifico nele coisa nenhuma”. Leia trechos da entrevista ao site de VEJA.
Qual a avaliação do senhor essa rebelião do PMDB?
O grande erro do PMDB é não se colocar como um grande partido. Nós elegemos governadores pelo Brasil, temos o maior número de filiados e a segunda maior bancada do Congresso. Mas o PMDB, ao longo dos últimos anos, corta as próprias pernas para não caminhar.
De que forma o partido se prejudica?
Nós não vamos ter candidato a presidente da República, embora o [Michel] Temer venha demonstrando o controle no governo ao ajudar a Dilma a não implodir. Enquanto isso, o PT faz uma aliança conosco, mas não nos deixa governar ou participar. O PT quer esmagar, quer esvaziar o PMDB. Na reforma ministerial, por exemplo, as trocas dos mais importantes ministérios foram feitas sem nos avisarem. E mais: temos o líder do partido no Senado, Eunício Oliveira, candidato ao governo no Ceará com ampla maioria nas pesquisas, e a Dilma quer colocar como ministro tampão apenas para tirá-lo do páreo porque ela quer apoiar o Ciro Gomes e o irmão dele. Isso é grosseiro. É uma paulada que está sendo dada no PMDB. Mas o partido permite isso e não se impõe.
O PMDB, então, tem parcela de culpa na crise?
Estamos sim em uma crise, mas, com toda a sinceridade, não acho o PMDB culpado. O PT está jogando baixo: quer crescer para 120 deputados na Câmara e nos deixar com 40. Isso não é uma política de aliança, é uma política de subserviência. Os outros partidos apenas fazem figuração. Mas o PMDB, principalmente o do Senado, tem sido chamado de fisiologista. Eu sou um dos integrantes do PMDB que mais têm restrições à cúpula do partido. Eu acho que eles se entregam fácil para o governo, perde méritos por cargo, não apresenta candidato, tem mil coisas. Mas o que está havendo é o PT querendo massacrar o PMDB. De governo importante, hoje só temos o Rio de Janeiro, e agora os petistas já estão na disputa. O fisiologismo é do PT.
No final das contas, o que o PMDB quer com essa rebelião?
Nossos ministérios, principalmente Turismo e Agricultura, são uma piada. Turismo, aliás, acho que nem ministério deveria ser. Temos sim o de Minas e Energia, que é importante, mas só temos o ministro. Nem o chefe de gabinete é nosso. Afinal, quem é que manda? O PT também se queixa, está uma revolta total com a presidente. Não acho que a briga por ministérios seja fundamental, mas a Dilma quis fazer. No momento em que ela nomeia um monte de ministros do PT e começa a fazer leilão dos cargos, pedindo indicação de nomes, ela fez descaradamente uma discriminação com outros partidos. Se o PMDB estivesse se vendendo, tinha de pelo menos ganhar um valor maior. Mas é bem verdade que o partido perdeu a capacidade de luta e está se acomodando.
Como o sr. acha que o PMDB deveria reagir?
Agora nós estamos correndo contra o tempo. Podia até ter o rompimento, mas a expectativa dos cargos é muito grande para mudar de lado. Hoje o governo está tão misturado com o PMDB que não é fácil em uma convenção querer mudar os rumos. Não temos como fazer uma candidatura própria em tão pouco tempo. Todo mundo está com a bandeira [do partido] no bolso. Ninguém ergue a bandeira. Tem de esperar a Dilma se eleger, para então se reunir para dizer o que nós iremos apoiar. Não se pode nem dar palpite. O PMDB está em um mato sem cachorro. Pode até ganhar mais ministérios, mas isso não resolve nada.
A atuação do Eduardo Cunha representa a vontade do partido?
Eu nunca gostei muito do Eduardo Cunha. Ele sempre quer fazer esquema, é muito mal comentado. Ele quer ministério, quer ser ouvido, mas os pleitos dele são normais. Mas não o identifico com as causas ou bandeiras do PMDB. As pessoas têm muita restrição a ele e ao modo dele de fazer política. Isso causa um certo desconforto, ele não se identifica com a área mais progressista do partido e não é o líder que a linha mais antiga do partido gostaria. Mas isso não significa que ocasionalmente ele não represente a posição do partido contra a prepotência da presidente. Sozinho, ele consegue formar um bloco e convocar dez ministros de uma vez. Não me lembro na história do Congresso da convocação de dez ministros na mesma Casa em um só dia. É o tipo da coisa que nunca se conseguiu mexer. Mas ele jamais vai ser meu representante, não identifico nele coisa nenhuma.
Essa crise pode ter algum beneficio?
Não é bom nem para o PMDB nem para a Dilma. Com isso acontecendo, é enorme o tempo que vai se perder nessa composição, nessa costura, e nas madrugadas para dialogar e resolver isso. Sem contar as escolhas precipitadas dos ministros, que Dilma faz pela indicação, não pela qualidade ou competência. Acho que ninguém ganha.
O sr. será candidato neste ano?
Eu acho que não. Eu estou muito velho. Para mim, o Senado não vai fazer falta. Cansei disso, foram 32 anos. Uma vida.
Por Reinaldo Azevedo
Tags: Pedro Simon, PMDB
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