Dilma sanciona Hino à Negritude. Ou: Agora é oficial: temos dois países dentro do Brasil | Rodrigo Constantino - VEJA.com
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Rodrigo Constantino
Análises de um liberal sem medo da polêmica
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02/06/2014 às 11:45 \ Racismo
Dilma sanciona Hino à Negritude. Ou: Agora é oficial: temos dois países dentro do Brasil
Unidos, não separados, contra o racismo.
A segregação do miscigenado povo brasileiro em duas categorias raciais continua com toda força. A presidente Dilma sancionou lei que oficializa o Hino à Negritude, uma aberração que, em nome do combate ao racismo, divide os brasileiros em raças.
A letra é de autoria do professor Eduardo Oliveira, ex-vereador da cidade de São Paulo, líder do movimento negro no Brasil e um dos principais articuladores do Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB). A proposta de oficializar tal hino é velha. Em 2007, ela voltou a ser debatida no Legislativo por meio de um projeto de lei de autoria do deputado Vicentinho (SP), atual líder da bancada do PT na Câmara.
A letra fala em Mãe-África e em povo negro, um coletivismo injustificável. O pan-africanismo ignora a existência de inúmeras tribos e povos que nada têm em comum além da geografia. Um negro brasileiro pode ter muito mais afinidade ideológica e cultural com um branco brasileiro do que com um negro africano. Existem indivíduos, com suas diversas características que criam sua identidade. A “raça” é apenas mais uma, entre tantas. Para os racialistas, é a única que importa. Diz a letra:
Que saibamos guardar estes símbolos
De um passado de heróico labor
Todos numa só voz
Bradam nossos avós
Viver é lutar com destemor
Para frente marchemos impávidos
Que a vitória nos há de sorrir
Cidadãs, cidadãos
Somos todos irmãos
Conquistando o melhor por vir
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez
Resta perguntar: somos todos irmãos? Mesmo? Inclusive os irmãos brancos? Então que tal preservar o Hino Nacional e considerar que somos todos brasileiros vivendo sobre o mesmo solo e sob as mesmas leis, que deveriam ser igualmente válidas para todos? E se criassem um Hino à Branquitude, seria visto como algo desejável? Faz sentido combater o racismo destacando a “raça” e criando dois países dentro do mesmo Brasil, um negro e outro branco?
Rodrigo Constantino
Tags: Dilma
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5 Comentários
Samuel -
02/06/2014 às 12:11
Ridículo, todo mundo pode ter orgulho de suas raízes culturais sem precisar de tais bobagens. Já frequentei grupos de cultura alemã e o máximo que eu via eram danças e música típica, se tocar o “Deutschland Über Alles” a maioria não saberá o que é.
Guilherme Rabelo -
02/06/2014 às 12:09
Inacreditável.
Se o ditado diz que o povo unido jamais será vencido, o governo está fazendo questão de segregar todo mundo. Brancos, negros, sul, sudeste, nordeste, trabalhadores, desempregados, sem teto. Quanto mais segregado, mais fraco o povo fica…
Cristina -
02/06/2014 às 12:06
Esse pessoal,deveria passar uns meses na querida mama áfrica pra ver o que é bom….guerras tribais…milhares de etnias se massacrando…esse pessoal não sabe a sorte que deu,quando seus ancestrais vieram parar aqui!!!!EXISTE coisa pior que o Brasil—-áfrica e oriente médio____ATRASO TOTALLLLLLL
Tonio Cunha -
02/06/2014 às 12:06
O Brasil, apos 20 anos de governos socialistas, não me venham dizer que FHC não é socialista, esta voltando atras na historia. Não conseguimos nos afirmar como um povo mestiço, que verdadeiramente somos, e caminhamos para uma pais segregado, graças a politicas de afirmação, que afirma somente o quanto atrasados somos. Logo estaremos discutindo, e provavelmente defendendo nossas raízes muçulmanas. Que Ala nos proteja dos petistas.
Alberto Linhares -
02/06/2014 às 11:56
Presidenta!!! Isto é que eu chamo de não ter o que fazer. Não é a toa que a senhora é a “Mãe do Pibinho”.
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