Concorreu a cargos eletivos, como o de vice-governador do Paraná (1994) e de vice-prefeito de Toledo (1996), sem sucesso.
Foi alçado a diretor de Seguridade da Previ em 1998, eleito pelos funcionários do Banco do Brasil, tendo deixado o cargo em maio de 2002, para trabalhar na eleição do presidenteLula, administrando os recursos da campanha juntamente com o ex-tesoureiro Delúbio Soares de Castro. Ocupou o cargo de diretor de marketing do Banco do Brasil e antecipou sua aposentadoria após denúncias de envolvimento no caso do mensalão, em que teria autorizado a transferência de R$ 73 milhões do Fundo Visanet (administrado pelo Banco do Brasil) para as agências de Marcos Valério.
Em 1º de outubro de 2012, encontrava-se aparentemente fora do país, tendo deixado o território brasileiro no mês de julho, de acordo com a Polícia Federal. Voltou para o Brasil e votou no Rio de Janeiro.
<!--************CODE GEOCOUNTER************--> Please do not change this code for a perfect fonctionality of your counter religião e espiritualidade <!--************END CODE GEOCOUNTER************--> - Frei Clemente Rojão Ortodoxia Católica sem Frescuras!A misericórdia é grande, mas a penitência é braba!
<!--************CODE GEOCOUNTER************--> Please do not change this code for a perfect fonctionality of your counter religião e espiritualidade <!--************END CODE GEOCOUNTER************--> -100 Anos Em 20 de outubro de 2013 PÁGINA INICIAL > SÃO MARTINHO DE PORRES, UM SANTO LEIGO SÃO MARTINHO DE PORRES, UM SANTO LEIGO
<!--~-|**|PrettyHtmlStartT|**|-~--> 3 de Novembro São Martinho de Lima (ou de Porres), Confessor (+ Lima, 1639) Filho natural de um nobre espanhol e de uma panamenha de origem africana, ingressou aos 15 anos como oblato de um convento dominicano de Lima, no qual mais tarde professou como irmão leigo. Exerceu habitualmente os mais humildes serviços com despretensão e amor
<!--~-|**|PrettyHtmlStartT|**|-~--> HISTÓRIA DA SALVAÇÃO (178) 31º DOMINGO COMUM C PARA UMA NOVA HUMANIDADE!... "Hoje a salvação chegou a esta casaa..." A maior parte das pessoas não entende a palavra de Jesus, quando nos fala deste modo : - "Falta-te uma coisa: Vai vender o que
<!--~-|**|PrettyHtmlStartT|**|-~--> É de aconselhar que se leia primeiro toda a Liturgia da Palavra. 31º DOMINGO COMUM - ANO C ! A Liturgia da Palavra deste 31º Domingo Comum C, aponta para uma verdadeira e maravilhosa Transformação do Coração. O encontro com Cristo foi o motivo para um abrir do coração e das mãos. O gesto
<!--~-|**|PrettyHtmlStartT|**|-~--> NOVEMBRO, MÊS DAS ALMAS! *********** (03) - REFLEXÃO OPORTUNA ! (3-XI-2007) Nos tempos pré-Cristãos, os pagãos tinham o costume de celebrar com rituais próprios os seus mortos no fim das colheitas do Outono. Estes costumes pagãos, possivelmente, como tantos outros, influenciaram os Cristãos
“Um país que tem embargos infringentes, por exemplo, é um país burro — não pode existir vida inteligente num sistema em que, para cumprir a lei, é preciso admitir a possibilidade de processos que não acabam nunca” (Imagem: Dreamworks)
Artigo publicado em edição impressa de VEJA
CRÊ OU MORRE
E se de repente, um dia desses, ficasse demonstrado por A + B que o grande problema do Brasil, acima de qualquer outro, é a burrice?
Ninguém está aqui para ficar fazendo comentários alarmistas, prática que esta revista desaconselha formalmente a seus colaboradores, mas chega uma hora em que certas realidades têm de ser discutidas cara a cara com os leitores, por mais desagradáveis que possam ser.
É possível, perfeitamente, que estejamos diante de uma delas neste momento: achamos que a mãe de todos os males deste país é a boa e velha safadeza, que persegue cada brasileiro a partir do minuto em que sua certidão de nascimento é expedida pelo cartório de registro civil, e o acompanha até a entrega do atestado de óbito, mas a coisa pode ser bem pior que isso.
Safadeza aleija, é claro, e sabemos perfeitamente quanto ela nos custa — basicamente, custa todo esse dinheiro que deveria estar sendo aplicado em nosso favor mas que acaba se transformando em fortunas privadas para os amigos do governo, ou é jogado no lixo por incompetência, preguiça e irresponsabilidade.
Mas burrice mata, e para a morte, como também se sabe, não existe cura. Ela está presente pelos quatro cantos da vida nacional. Um país que tem embargos infringentes, por exemplo, é um país burro — não pode existir vida inteligente num sistema em que, para cumprir a lei, é preciso admitir a possibilidade de processos que não acabam nunca.
Também não há atividade cerebral mínima em sociedades que aceitam como fato normal trens que viajam a 2 quilômetros por hora, a exigência de firma reconhecida, o voto obrigatório e assim por diante. A variedade a ser tratada neste artigo é a burrice na vida política. Ela é especialmente malvada, pois age como um bloqueador para as funções vitais do organismo público — impede a melhora em qualquer coisa que precisa ser melhorada, e ajuda a piorar tudo o que pode ser piorado.
A manifestação mais maligna desse tipo de estupidez é a imposição, feita pelo governo, e a sua aceitação passiva, por parte de quase todos os participantes da atividade política brasileira, da seguinte ideia: no Brasil de hoje só existem dois campos.
Um deles, o do governo, do PT, da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, é o campo do “bem”; atribui a si próprio as virtudes de ser a favor da população pobre, da verdadeira democracia, da distribuição de renda, da independência nacional e tudo o mais que possa haver de positivo na existência de uma nação.
É, em suma, a “esquerda”.
O outro, formado automaticamente por quem discorda do governo e dos seus atuais proprietários, é o campo do “mal”. A ele a máquina de propaganda oficial atribui os vícios de ser a “elite”, defender a volta da escravidão, conspirar para dar golpes de Estado, brigar contra a redução da pobreza e apoiar tudo o mais que possa haver de horrível numa sociedade humana.
É, em suma, a “direita”.
O efeito mais visível dessa prática é que se interditou no Brasil a possibilidade de haver um centro na vida política. Ou você está com Lula-Dilma ou vai para o inferno; “crê ou morre”, como insistia a Inquisição da Santa Madre Igreja.
Essa postura é um insulto à capacidade humana de pensar em linha reta, que continua sendo a distância mais curta entre dois pontos. O Brasil não é feito de extremos; isso simplesmente não existe em nenhum país democrático do mundo.
Abolir o espaço para um centro moderado é negar às pessoas o direito de pensar com aquilo que lhes parece ser apenas bom-senso, ou a lógica comum. Por que o cidadão não poderia ser, ao mesmo tempo, a favor do Bolsa Família e contra a conduta do PT no governo?
É dinheiro de imposto; melhor dar algum aos pobres do que deixar que roubem tudo. (O programa, aliás, foi criado por Fernando Henrique; de Júlio César para cá, passando por Franklin Roosevelt, dar dinheiro ou comida direto ao povão é regra básica de qualquer manual de sobrevivência política.)
“No Brasil 2013 Fernando Gabeira, Marina Silva e tantos outros que querem pensar com a própria cabeça são ‘de direita’” (Foto: Leonardo Soares / AE)
Qual é o problema em defender a legislação trabalhista e, ao mesmo tempo, achar que quem rouba deve ir para a cadeia? O que impediria alguém de ser a favor do voto livre e contra o voto obrigatório? Nada, a não ser a burrice que obriga todos a se ajoelharem diante do que o PT quer hoje, para não serem condenados como hereges.
É por isso que no Brasil 2013 Fernando Gabeira, Marina Silva e tantos outros que querem pensar com a própria cabeça são de “direita”, segundo os propagandistas do governo. Já Paulo Maluf, José Sarney etc. são de esquerda.
Ricardinho está em risco de vida. Pode morrer se não receber atendimento médico adequado, afirma a grande manchete de um matutino paulista.
Lendo esses dizeres, pensei que se tratasse talvez de algum jogador de futebol, em campeonato internacional. Mas não: é um dos cães da linhagem desenvolvida por um em si benemérito instituto de pesquisas médicas.
“O beagle Ricardinho, de sete anos, um dos patriarcas da linhagem de cães desenvolvida pelo Instituto Royal, pode morrer se não receber atendimento médico adequado, afirmam os cientistas da entidade. O animal tem insuficiência renal e descalcificação óssea decorrente da doença. Além disso, tem uma prótese no maxilar – o que deixa seus dentes caninos superiores colados aos inferiores”. (“Folha de S. Paulo”, 25-10-13).
Coitado! Psicologicamente, ouve-se de todas partes a sirene das ambulâncias!
Na verdade, este cão é um serviçal do homem. Faz parte de um Instituto de Pesquisa Médica. Nada contra que se tenha cuidado com ele, desde que não seja pelos motivos que abaixo constam. Reconheço que ele não é um vira-lata qualquer.
“Os animais não existem para eles mesmos mas para servir”, já reconhecia o grego Epicteto. Isto eleva seu nível como criatura de Deus. Narra, no mesmo periódico paulista, João Pereira Coutinho que o filósofo Roger Scruton escreveu um livro a respeito (Animal Rights and Wrongs, editora Continuum, 224 págs.) que ajuda a explicar o tratamento dos cães como humanos, e defender esta conduta. “O fenômeno explica-se com o declínio da religião nas sociedades ocidentais: quando os homens acreditavam que eram os seres superiores da criação, ninguém pensava nos ‘direitos’ ou na ‘sensibilidades’ dos bichos. Nós, e apenas nós, tínhamos sido criados à imagem e semelhança do Pai. Não havia como confundir um ser humano com um batráquio.” (“Folha de S. Paulo”, 22-10-13).
A que absurdos chegaremos com o declínio da religião? E a coerência como fica?
No Laboratório do prof. Zeng Kui na Carolina do Norte um rato, logo apelidado de Super-Rato, resistiu a uma bateria de injeções de células cancerosas, sem ficar com câncer. Metade de seus filhotes herdou a resistência ao câncer; eles estão espalhados pelos grandes laboratórios de pesquisa do câncer no mundo. “É fácil imaginar a extensão do desastre se o Super-Rato tivesse sido roubado por ativistas antes que pudesse ser multiplicado”. (“Veja”, 30-10-13).
Gostaria que um ecologista convicto, e favorável aos direitos dos animais, dissesse se concorda ou discorda do seguinte silogismo: Todo animal tem direitos; Ora, os insetos são animais; portanto, não se pode matar mosquitos, baratas, pulgas etc. Se discorda, onde fica sua coerência? Se concorda, como ficam os princípios — se é que os há — da proteção aos animais? Ou os insetos não são animais? Seriam vegetais ou minerais? Tudo se pode provar a partir de uma premissa errada. Ó ecologista, se sua casa tem baratas não vou lá…
Recentemente, a Anvisa decidiu analisar a legislação que trata do uso de cobaias, e a Câmara dos Deputados acelerou a votação de um projeto de lei que tipifica como crime todos os atos contra a vida, saúde ou integridade mental e física de cães e gatos.
Voltemos a Ricardinho. É claro que desejamos que sobreviva, mas colocamos este desejo em sua adequada hierarquia. E se morrer, enterre-se sem mais. Convém esclarecer a esta altura: nada temos contra que o leitor ou a leitora alimentem em sua residência um fiel Totó ou uma graciosa Mimi. É apenas uma questão de bom senso, e repúdio ao igualitarismo.
Tudo o que á exagerado é insignificante, dizia um pensador francês. É o caso dos “direitos” dos animais. Apenas uma observação: não é um exagero, mas um absurdo.
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Leo Daniele é colaborador da Agência Boa Imprensa (ABIM)
Coitado do Caetano Veloso! Ele é capaz de compreender o alcance até estético da truculência fascista e anônima dos black blocs, mas é contra a publicação de biografias que não sejam autorizadas pelos biografados ou seus descendentes. Não só. Acha que, quando autorizada, o biografado tem de ser remunerado. Agressão à liberdade de expressão? Nãããooo!!! Se o texto for publicado graciosamente na Internet, aí tudo bem! Caetano, então, só não reconhece o direito autoral do biógrafo, do pesquisador, do escritor, do jornalista… E faz essa defesa, para escândalo da lógica, no bojo de uma lei que defende o… direito autoral!
É bem verdade que nem ele nem os demais artistas que estão com ele nessa patuscada se pronunciaram. A porta-voz dessa nova frente de censores é Paula Lavigne, ex-mulher de Caetano e chefona do tal movimento “Procure Saber”. A lista de apoiadores da patranha é grande — há gente lá de que nem eu nem ninguém nunca ouvimos falar. Nem precisavam ser tão ciosas de sua intimidade, que já está naturalmente resguardada pela irrelevância. Mas há também cabeças coroadas da MPB: Chico Buarque (não há causa autoritária que este senhor não endosse, e faz tempo!), Milton Nascimento, Roberto Carlos (o que censura até livro sobre a Jovem Guarda), Djavan. Digam-me: alguém, alguma vez, se interessou em conhecer detalhes da vida de Djavan? Nem quando ele cantou“Mais fácil aprender japonês em braille/ do que você decidir se dá ou não”, eu me interessei em quebrar a metáfora para tentar entender o que ele quis dizer…
É o fim da picada! A Constituição brasileira, que acaba de fazer 25 anos, assegura a ampla liberdade de expressão em dois artigos: o 5º e o 220. Mas o Artigo 20 do Código Civil exige a autorização prévia para a publicação de biografias. Com base nele, juízes têm determinado o recolhimento de livros, o que é coisa própria de ditaduras, não de democracias. Os tais artistas, que se reuniram para mudar a lei dos direitos autorais (nem vou entrar no mérito neste texto), passaram a defender, de quebra, a manutenção da restrição — a palavra final acabará sendo do Supremo.
“Ah, então você defende que qualquer um possa escrever qualquer coisa sobre qualquer pessoa, sem restrições?” É evidente que não! Existem leis para coibir e para punir a injúria, a calúnia e a difamação. E elas não valem apenas para o que é divulgado na imprensa. Alcançam também os livros. Se um biógrafo incorrer numa dessas faltas, que arque com o peso do Código Penal — além de eventuais ações indenizatórias na área cível. Por que diabos precisamos de uma lei que, na prática, permite até mesmo a censura prévia?
A culpa deles, as nossas culpas
Pois é… Há muito tempo eu enrosco com os nossos “cantores” e, de maneira geral, os nossos “artistas” e “celebridades” que opinam sobre tudo e qualquer coisa. O mais eloquente deles é mesmo Caetano Veloso. Não há assunto no plano material ou espiritual sobre o qual ele não tenha uma opinião, que costuma ser acatada pela imprensa como o “magister dixit”. O mesmo se diga sobre áreas do conhecimento: estética, ciências, filosofia, religião… Se Caetano falou, falado está. Só ele? Não! Na campanha eleitoral de 2010, Chico Buarque, por exemplo, deu uma abalizadíssima opinião sobre política externa — segundo ele, o governo tucano falava grosso com a Bolívia e fino com os EUA. Hoje que falamos grosso com os EUA e fino com a protoditadura boliviana, ele deve estar feliz.
A ditadura militar ainda nos faz muito mal, sim. Mas de um modo muito mais amplo do que supõem alguns. Além dos problemas que lhe eram intrínsecos — e eu os conheço de perto porque tomei muita borrachada —, há um outro, que perdura na cultura brasileira. Pouco importava a bobagem que dissesse, ou que ainda diga, o idiota de plantão, logo ele era, e é, alçado ao panteão dos pensadores se, afinal, estivesse, ou esteja, se manifestando contra “a ditadura”. Assim, opor-se ao regime militar se tornou uma espécie de selo de qualidade do pensamento.
E o mecanismo se renova. Como a ditadura já vai ficando distante de nós, novas “causas” vão juntando novos idiotas, que pontificam com a autoridade dos sábios sobre os mais variados assuntos. A profundidade da ignorância que exibem chega a ser comovente. Ou não vimos, não faz tempo, um grupo de artistas globais a proclamar a maior quantidade de besteiras jamais reunidas num só vídeo sobre a usina de Belo Monte? Nada escapou: história, física, geografia, matemática… Tudo falecia diante da ignorância propositiva, convicta, sincera!
Não me desviei do assunto. Vocês verão que não! Por que estamos, de algum modo, surpresos com a defesa que aqueles artistas fazem da censura? Porque, no Brasil (não é só aqui, mas, por aqui, é mais!), artista logo ganha o estatuto de pensador. Mais do que isso: sua glossolalia ideológica — e eles não têm a obrigação de ser especialistas na área — logo é tomada como uma expressão de uma política alternativa. Querem um exemplo? Caetano Veloso, Chico Buarque e Wagner Moura têm uma receita para o Rio: Marcelo Freixo. Freixo é do PSOL, o partido que comanda a greve dos professores do Rio em parceria, agora admitida, com os black blocs. Boa parte da chatice de boa parte do cinema nacional decorre do fato de que cineastas costumam ter mais programas de governo na cabeça do que boas ideias para… cinema.
Não! Não estou aqui a advogar que cada um deva ficar no seu quadrado. Ao contrário da turma do “Procure Saber”, eu sou um árduo defensor dos Artigos 5º e 220 da Constituição. Só estou aqui a afirmar que precisamos parar com essa mania de achar que artistas carregam a iluminação política. Eles serão bons ou maus, iluminados ou não, apenas na arte que fazem. É o que interessa. Caetano é uma besta política E eu gosto de várias músicas suas, não é de hoje. Há reinterpretações que fez, como a de “Fera Ferida”, de Roberto Carlos (outra besta política), que são magistrais. Só não se deve levar a sério o que ele pensa como ser político. No caso e no momento, este senhor, em companhia de outros, está defendendo a censura.
Lá vou eu...
Mas a gente não aprende — e isso vale também para a imprensa. Nunca li um livro de Luiz Ruffato. Embora a minha área original de interesse seja a literatura, tenho dedicado meu tempo à política. Meu interesse pela literatura fincou morada no século 19, com raras exceções. Não porque eu seja chique demais. Não sou! É que cansei dos truques dos contemporâneos, geralmente mais ocupados com o “modo de dizer” o nada do que com o algo a dizer, mais ocupados em expor a própria alma do que as almas deste vasto mundo. E esse pode não ser o caso de Ruffato — logo, não expresso um juízo de valor sobre a sua obra.
Mas lamento o discurso que fez em Frankfurt. E não apenas porque há reducionismos que não resistiriam a um cotejo mínimo com a história e com os fatos. Lamento porque o domínio que o levou a ter aquele palco privilegiado foi, até onde sei, a sua produção literária, não o aporte que ele possa agregar em matéria de leitura sociológica ou histórica sobre o Brasil — matéria em que demonstrou ser de uma anemia profunda.
Pouco me importa se a sua fala constrangeu também Marta Suplicy e Michel Temer, políticos que não estão entre os meus prediletos. Pouco me importa se também os petistas são gostaram de seu discurso — afinal, imagina-se ainda, lá fora, que o Brasil está prestes a ser uma Suíça. Pouco me importa que seu destempero verbal tenha desagradado também às esquerdas — esquerdistas não são, necessariamente, o oposto privilegiado a qualificar as minhas opiniões; na verdade, o que eles acham do mundo me interessa muito pouco.
O que não faz sentido é um escritor brasileiro, ainda que fosse um novo Machado de Assis, aproveitar um evento sobre livros para fazer um discurso político como um arauto da nacionalidade a anunciar: “Isto é o Brasil”. Para que o fizesse, precisaria estar munido de uma força representativa que, obviamente, não tem. E poucos se dão conta de que, então, o seu desabafo, ou que nome tenha, foi também um primor do autoritarismo. “Ah, o Reinaldo e as esquerdas criticando juntos…” O Reinaldo fala o que quer e não se importa com o que os outros falam — à esquerda, ao centro, à direita… Ruffato denunciou, por exemplo, um certo genocídio de índios… Só se for aquele que os tupis promoveram contra… outros índios!
Volto ao ponto central
Artistas valem pela arte que produzem, qualquer que seja ela. Escrevo isso até em defesa do que há de bom na obra de Caetano Veloso e de outros tontos que estão com ele na empreitada censória. E cabe também a nós tratar com mais cuidado o domínio da política, que é onde se cuida de questões como direitos individuais e liberdade de expressão. Durante um largo tempo, tomamos como pensadores profundos gente que não ia além da opinião ligeira, da idiossincrasia ou do rancor convertido em norte ético.
No que concerne às biografias, encerro tomando emprestada uma observação da jornalista Mônica Waldvogel no Twitter. A restrição pela qual lutam esses artistas não vai proteger apenas as suas respectivas vidas (irrelevantes — esse adjetivo é meu, não dela). Ela resguardaria também a biografia de torturadores, de assassinos, de malfeitores. Um biógrafo ou jornalista, vejam vocês, teria de pedir tanto a Roberto Carlos e Caetano Veloso como a Fernandinho Beira-Mar e Marcola a autorização para narrar a sua saga.
De certo modo, é bom que esse debate esteja em curso. Expõe de forma dramática o atraso mental daqueles que um dia foram feitos heróis da resistência. E é bom que esses heróis morram de uma overdose de realidade. Só não devemos começar a erigir outros…Por Reinaldo Azevedo
O proletariado servir-se-á da sua dominação política para arrancar progressivamente todo o capital da burguesia, para centralizar todos os meios de produção nas mãos do Estado, isto é, do proletariado organizado.
Marx & Engels, O Manifesto Comunista
Ou seja, a maior definição de esquerdismo é inchaço estatal. Observem que define o Estado como o proletariado organizado. Ora, e quem é o proletariado organizado senão o partido? A equação diabólica comuna é
ESTADO = PROLETARIADO ORGANIZADO = PARTIDO COMUNISTA
Ou seja, a ditadura do proletário é a ditadura do partido comunista. E ponto final.
Agora, você acha que um operário comum seria ministro de Estado? De jeito nenhum. Portanto os poderosos eram os membros do partido comunista QUE É O PROLETÁRIO. É porcaria nenhuma, sabemos, mas esta é a definição marxista mais rigorosa. Sim, Stálin, Proskiobischev, Malenkov, Suslov, Beria, Kaganovitch, Molotov, Mikoyan, Andreiev, Voroschilov, Iagoda, Iezov, Abakumov, Kruschev eram proletários... Da mesma maneira com que nunca foram trabalhadores os senhores Lula, Dirceu, Genoíno, Vacarezza, Rosemary Noronha, Cunha, Berzoini, Carvalho, Marta, Haddad-IPTU...
Na União Soviética era comum a piada que os prisioneiros, inclusive os prisioneiros políticos, que iam para os campos de trabalhos forçados do Gulag eram como punição "promovidos a se tornarem a classe dirigente, que era a classe trabalhadora". Pois é. Se, na teoria, quem manda são os trabalhadores, trabalhar no Gulag é tornar-se a elite dirigente do pais. Mesmo os antigos aristocratas czaristas longevos...
Quando o PT fala do Estado brasileiro em primeira pessoa não é ato falho não. É apenas o marxismo mais ortodoxo.
A transparência, a publicidade e o acesso às informações oficiais são direitos elementares de qualquer cidadão numa sociedade subordinada aos princípios democráticos. No Brasil, a norma está escrita na Constituição e regulamentada por uma lei específica que não deixa margem a dúvida: o interesse público deve sempre servir como referência número 1 na hora de decidir o que pode ou não ser divulgado pelos governos.
A prática, porém, tem revelado um paradoxo. A Lei de Acesso à Informação, que está completando dois anos de existência, é celebrada como um avançado instrumento para garantir a transparência das ações de governo, mas, ao mesmo tempo, vem sendo sistematicamente usada em sentido inverso — para dificultar o acesso, evitar a publicidade e continuar mantendo em segredo assuntos que podem constranger determinadas autoridades, quase sempre envolvidas com o mau uso do dinheiro dos contribuintes.
A Força Aérea Brasileira gasta milhões de reais por ano para operar uma frota de jatos à disposição das autoridades. Os aviões deveriam ser usados exclusivamente em deslocamentos de serviço. Vez por outra, descobre-se que um político menos diligente requisitou uma aeronave para ir a um jogo de futebol, ao casamento de um amigo ou para levar a família a uma praia paradisíaca.
Existe uma lenda segundo a qual um ex-presidente da República, que se comporta como se ainda fosse o presidente da República, até hoje solicita o helicóptero oficial para pequenas viagens. Quem faz isso? Com que frequência? Quanto se gasta? Se depender do governo, o contribuinte jamais saberá.
Como não saberá como altos funcionários torram milhões de reais por ano nos cartões corporativos, as condições em que foram concedidos os milionários financiamentos do BNDES a países como Venezuela e Angola e os detalhes do acordo que permitiu a chegada dos médicos cubanos. Em todos os casos, há dinheiro público envolvido. Em todos os casos, há suspeita de irregularidades. São, porém, apenas alguns exemplos de assuntos que continuarão escondidos do público porque o governo se recusa a liberar as informações.
-O coletivismo é a negação da liberdade, porquanto a sede da liberdade é o indivíduo. Tanto é que a pena mais severa na história da humanidade é a privação da liberdade. A essência da liberdade é una e indivisível e daí a designação do sujeito como "indivíduo".
Aluízio Amorim
Filósofa russa Ayn Rand :
“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.”