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sexta-feira, 23 de maio de 2014

Reinaldo Azevedo - Blog - VEJA.com



Reinaldo Azevedo - Blog - VEJA.com











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Se em meu ofício, ou arte severa,/ Vou labutando, na quietude/ Da noite, enquanto, à luz cantante/ De encapelada lua jazem/ Tantos amantes que entre os braços/ As próprias dores vão estreitando —/ Não é por pão, nem por ambição,/ Nem para em palcos de marfim/ Pavonear-me, trocando encantos,/ Mas pelo simples salário pago/ Pelo secreto coração deles. (Dylan Thomas — Tradução de Mário Faustino)



23/05/2014 às 19:52

Moura assinou em 2005 atestado de pobreza para obter perdão judicial; cinco anos depois, já era milionário



O Brasil é mesmo uma terra de oportunidades. A maior prova é o deputado estadual petista Luiz Moura (SP), aquele que foi flagrado pela polícia numareunião com membros do PCC que buscava organizar ataques a ônibus. Ele é amigão do secretário dos Transportes da cidade de São Paulo, Jilmar Tatto, e de Alexandre Padilha, pré-candidato do PT ao governo de São Paulo (leia post).

Então… Moura foi condenado a 12 anos de prisão por vários assaltos. Também confessou que se envolveu com drogas. Não cumpriu pena, não! Fugiu. Ficou mais de 10 anos foragido.

Vieram a público os documentos de seu perdão judicial (íntegra aqui). O leitor tem de ler. Revela tanta coisa de Banânia!!! Dou destaque a um dos documentos: o atestado de pobreza!!! Vejam.


Retomo
Sim, leitor, o amigão de Tatto e Padilha assinou, no dia 5 de janeiro de 2005, um atestado de pobreza. Para obter o perdão judicial, faz sentido: afinal, cumpre demonstrar que o sujeito foragido não viveu do produto dos crimes cometidos.

Mas sabem como é o Brasil… Lembra o Velho Oeste dos filmes de bangue-bangue. É uma terra de oportunidades… Quatro anos depois, o homem pobre já era sócio da empresa Happy Play Tour — em 2010, segundo sua própria declaração, sua cota valia R$ 4 milhões.

Suas declarações de bens são controversas — a de 2012 é bem inferior à de 2010. Ambas, no entanto, são robustas. O coitadinho que assinou o atestado de pobreza em 2005 já estava assim em 2010:


Para encerrar este post
E que se note: ele obteve o perdão em 2005. Já era então, um “líder” dos perueiros e já “colaborava” com a gestão petista de Marta Suplicy na Prefeitura de São Paulo, em parceria com Jilmar Tatto.

Nunca antes na história de São Paulo!

Nunca antes na história deste país!Por Reinaldo Azevedo

Tags: Luiz Moura




23/05/2014 às 16:00

Deputado petista enche tanque com dinheiro da Alesp em seu próprio posto. Ou: Patrimônio de quanto mesmo?



Muito bem!

O deputado Luiz Moura, o amigão de Alexandre Padilha, tem um modo estranho de fazer as coisas. Em 2012, ele concorreu à Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos. Na sua declaração de bens, consta ser sócio do Auto Posto Podium Guaianazes, como se vê abaixo.




Muito bem. Deputado têm direito a uma cota de combustível. Apresentam nota, com o CNPJ do posto de gasolina. O deputado houve por bem encher o tanque no… Auto Posto Podium Guaianazes.




Afinal, quanto?
A propósito: quanto somam os bens do deputado Luiz Moura? Em 2010, candidato a deputado federal, ele declarou um patrimônio superior a R$ 5 milhões. Vejam.


Em 2012, candidato a prefeito de Ferraz de Vasconcelos, tinha ficado bem menos rico. Onde terá ido parar o resto do seu patrimônio?


Por Reinaldo Azevedo

Tags: Luiz Moura




23/05/2014 às 15:31

Promotoria pede à Justiça para afastar conselheiro do TCE Robson Marinho



Por Flavio Ferreira e Mario Cesar Carvalho, na Folha:
O Ministério Público pediu à Justiça o afastamento do conselheiro do TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) Robson Marinho nesta quinta (22). A Promotoria alega que documentos obtidos por autoridades da Suíça comprovam que Marinho recebeu propina para ajudar a multinacional francesa Alstom em contratos com o governo de São Paulo e, por isso, ele não deve permanecer no cargo de conselheiro do TCE-SP. O requerimento do Ministério Público aponta que as autoridades suíças apuraram em 2013 o saldo de US$ 3 milhões em conta da empresa estrangeira Higgins Finance, cuja propriedade é atribuída ao conselheiro do TCE e à mulher dele. A conta foi bloqueada em virtude das investigações. Vários documentos indicam que Marinho recebeu propina de 1998 a 2005, de acordo com a petição assinada pelos promotores Silvio Marques, José Carlos Blat, Marcelo Daneluzzi e Saad Mazloum.

Segundo a Promotoria, parte do suborno foi repassada pela Alstom a Marinho por meio da empresa estrangeira MCA, cujo ex-dono, Romeu Pinto Júnior, admitiu ter recebido valores da multinacional para pagar propinas. No seu depoimento à Promotoria, porém, Pinto Júnior não revelou os nomes dos beneficiários dos subornos. O pedido de afastamento de Marinho foi protocolado na 13ª Vara da Fazenda Pública, que vai agora vai decidir sobre o afastamento imediato do conselheiro.
(…)

Comento
Muito bem! O senhor Robson Marinho diz ser inocente. Então tá. Que, quando menos, se afaste do tribunal para organizar a sua defesa. A situação é insustentável. Ele ocupa um cargo num órgão de controle. É a instituição que está sendo arranhada. Se ficar evidenciada a sua inocência, que volte! “Ah, ele terá de provar que é inocente?” Esperem aí: não estamos diante de uma daquelas situações kafkianas, em que o sujeito nem sabe do que está sendo acusado. O doutor há de admitir que os indícios estão contra ele.Por Reinaldo Azevedo





23/05/2014 às 14:55

Deputado petista Luiz Moura: um dia reunido com membros do PCC; no outro, com Alexandre Padilha, o homem das amizades complicadas



Vejam esta foto:


Então… Como diz aquela música, “amigo é coisa pra se guardar/ debaixo de sete chaves…” E Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde e pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, é homem de muitos amigos. Um deles é o deputado estadual Luiz Moura.

Quem é mesmo Luiz Moura? É aquele senhor que foi flagrado pela polícia numa reunião que tinha o objetivo de combinar novos ataques a ônibus na cidade de São Paulo. E quem estava presente ao encontro? Justamente… o deputado! Havia nada menos de que 13 membros do PCC no local. Um assaltante de banco então foragido, que integrava a turma, tem condenações que somam SETENTA ANOS. O encontro acontecia da sede Transcooper, uma cooperativa de vans da qual o deputado é presidente de honra. Ele também é integrante da diretoria da Confetrans – Confederação Nacional das Cooperativas de Transporte – e da Fecotrans, que é a federação. Moura é um ex-presidiário condenado a 12 anos de cadeia por assaltos à mão armada. Não cumpriu a pena porque fugiu. Permaneceu 10 anos foragido e surgiu reabilitado, obtendo perdão judicial. No período em que permaneceu clandestino, juntou um patrimônio de R$ 5 milhões na área de transporte e postos de gasolina. Um empreendedor nato!

Padilha foi à festa de aniversário de Moura, que serviu ainda como uma espécie de pré-lançamento de sua candidatura ao governo do Estado. Acho superbacana esse trânsito todo do deputado petista, né? Num dia, ele está numa reunião com membros do PCC; no outro, com o candidato do PT ao governo do Estado, ex-ministro da Saúde e um dos principais nomes do partido. Convenham: as circunstâncias, não eu, acabam aproximando duas siglas: PT e PCC — este segundo se assume oficialmente como o partido do crime.

Mais algumas fotos da festança. Volto em seguida.


A partir da esquerda, Luiz Moura, Senival Moura e Padilha: tudo positivo, moçada!!!

Padilha não se contentou em comparecer: ele discursou com entusiasmo na festança

Amigo de fé, irmão camarada: o abraço amigo e palavras ao pé do ouvido

Tratou-se de um festão mesmo, coisa podre de chique, como se diz por aí


Amigos problemáticos
Padilha tem amigos esquisitos no PT. Como esquecer este vídeo, não é?



Encerro
As fotos estão na página do Facebook do fotógrafo do evento. Ele informa que, entre os petistas ilustres, estava o vereador Jair Tatto, irmão do deputado federal licenciado Jilmar Tatto, hoje secretário de Transportes da cidade de São Paulo. A família Tatto é ligada a isso que chamam “transporte alternativo” — cooperativas de vans e de ônibus. Um dos principais aliados dos Tatto é justamente Luiz Moura, que vem a ser o cara que estava na tal reunião com membros do PCC, onde se planejavam ataques a ônibus. Não obstante, na terça, Jilmar preferiu atribuir à PM parte do caos que tomou conta de São Paulo.

E isso tudo é apenas… fato!Por Reinaldo Azevedo





23/05/2014 às 14:51

Déficit nas contas externas em abril é de US$ 8,3 bilhões – recorde para o mês



Na VEJA.com:
O Brasil registrou déficit em transações correntes de 8,29 bilhões de dólares em abril, informou o Banco Central nesta sexta-feira. O desempenho é o pior para o mês desde o início da série histórica, em 1947. Os analistas esperavam um saldo negativo de 6,7 bilhões de dólares para o quarto mês do ano. As transações correntes são formadas pela balança comercial, pelos serviços e pelas remessas ao exterior.

Segundo o BC, o resultado de abril foi afetado por elevadas remessas de lucros e dividendos, ao mesmo tempo em que os investimentos produtivos de fora não cobriram o rombo, algo que se repete desde novembro passado. As remessas de empresas para as matrizes no mês foram de 3,29 bilhões de dólares, ante 2,54 bilhão em igual mês de 2013.

No ano, as contas externas acumulam um rombo de 33,47 bilhões de dólares, alta de 1,63% sobre o primeiro quadrimestre do ano passado. O déficit também registrou o maior valor para o período de janeiro a abril de toda a história.

Em doze meses até abril, ainda de acordo com o BC, o déficit em transações correntes somou 81,6 bilhões de dólares, ou 3,65% do Produto Interno Bruto (PIB).

Investimentos
O resultado das transações correntes não conseguiu ser compensado pelos Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) que somaram 5,23 bilhões de dólares em abril, abaixo dos 5,719 bilhões de dólares de igual período de 2013. No acumulado do quadrimestre, o IED somou 19,4 bilhões de dólares. No mesmo período do ano passado, o saldo do IED era de 18,98 bilhões de dólares.Por Reinaldo Azevedo





23/05/2014 às 6:17







23/05/2014 às 4:40

Deputado petista não explica o que fazia em reunião a que estavam presentes membros do PCC; Jilmar Tatto desconversa


Jilmar Tatto, o secretário petista que é aliado do deputado que participou de reunião com membros do PCC


Contei ontem aqui a encantadora história do deputado estadual do PT Luiz Moura. É aquele senhor que estava presente a uma reunião estourada pela polícia de pessoas que planejavam ataques a ônibus. Havia na turma nada menos de 13 membros do PCC. Entre eles, estava um dos homens que participaram do assalto ao Banco Central no Ceará, em 2005, de onde foram levados R$ 164,8 milhões.

A operação aconteceu em março, no auge dos ataques criminosos aos ônibus. A reunião ocorreu na sede de uma tal Transcooper, uma dita “cooperativa”, que tem autorização da Prefeitura para operar algumas linhas na cidade. A propósito: os ônibus que eram e são incendiados pertencem sempre às empresas tradicionais, nunca a essas “cooperativas”.

Muito bem! O deputado não quer saber de dar explicações. Disse que estava no local para tratar de assuntos dos cooperados e que não fala mais do assunto. Ocorre que 11 dos 13 membros do PCC não tinham ligação nenhuma com o empreendimento.

Já contei aqui que o deputado estadual petista Luiz Moura é um ex-presidiário. Foi preso por assaltos a mão armada e condenado a 12 anos. Acabou fugindo da cadeia. No tempo em que ficou foragido, este grande empreendedor construiu um patrimônio, acreditem, de R$ 5 milhões, com participação em uma empresa de ônibus e em postos de gasolina.

Seu poder no, digamos, transporte alternativo e no PT cresceu muito na gestão da petista Marta Suplicy, quando ajudou a organizar o serviço de vans. Seu irmão, Senival Moura, vereador do PT, criou um sindicato de perueiros. A dupla é aliada política de ninguém menos do que Jilmar Tatto, atual secretário de Transportes da cidade. Tatto é aquele senhor que chegou a acusar a PM de fazer corpo mole durante a greve violenta de parte dos motoristas e cobradores da capital.

Essas informações talvez ajudem a explicar algumas coisas. O próprio Tatto, e isto é público, fez do chamado “transporte alternativo” — perueiros e cooperativas de ônibus — uma espécie de curral eleitoral. A polícia investiga faz tempo a infiltração do PCC no setor. O dinheiro para a aquisição de veículos de algumas cooperativas teria origem na organização criminosa.

Tatto diz que as suas relações com seu notório aliado são apenas institucionais. A propósito: o secretário já forneceu à Polícia a lista das empresas e cooperativas que prestam serviços à Prefeitura? É com essa gente que Fernando Haddad, “o homem novo”, administra a cidade de São Paulo. Isso ajuda a explicar muita coisa.Por Reinaldo Azevedo





23/05/2014 às 4:04

Guilherme Boulos, o coxinha extremista e interlocutor de Dilma e Haddad, ameaça o país com uma Copa sangrenta. É o novo queridinho dos engajados!


Guilherme Boulos, o coxinha extremista, não quer nem saber: ou tudo ou sangue


Guilherme Boulos, aquele coxinha extremista, oriundo de família rica, mas que decidiu fazer a revolução em lugar dos pobres e se transformou no queridinho dos engajados, reuniu nesta quinta 15 mil pessoas, segundo a PM, num protesto na Zona Oeste de São Paulo em favor de moradia. Ele é o chefão do MTST, o dito Movimento dos Trabalhadores Sem Teto. Bloquearam avenidas, causaram um congestionamento dos diabos, infernizaram a vida das pessoas. Mas a imprensa diz que a manifestação foi “pacífica”. Por enquanto ao menos. Boulos já deixou claro que, se o poder público não ceder às suas chantagens, vai correr sangue.

A sua turma invadiu um terreno privado nas imediações do Itaquerão, nomeou a área de Copa do Povo e de lá ninguém sai, assegura o rapaz. Hoje haverá uma audiência pública para tratar do assunto. Ele ameaça: “Se a opção da construtora e dos governos for tratar a questão como caso de polícia e buscar garantir posse sem nada para as famílias, vai haver resistência. Se querem produzir uma Copa com sangue, essa é a oportunidade que eles têm”.

Por que esse rapaz fala assim, com esse desassombro? Porque o prefeito Fernando Haddad já subiu num caminhão de som do seu movimento para discursar. Porque a presidente Dilma Rousseff, hoje a chefe da baderna nacional, já o recebeu depois de ele liderar invasões. Agora ele se tornou personagem frequente do noticiário e chega a conceder entrevistas, na linha papo social-cabeça, para o encantamento da ignorância deslumbrada.

E depois alguns idiotas se espantam que motoristas de ônibus descontentes com um reajuste de salário promovam o caos da cidade. Ora, por que não? Se o Guilherme, da família Boulos, pode, por que o Severino, da família Silva, não pode? Todos estão cometendo crimes. A questão é saber por que algumas práticas criminosas causam indignação, e outras, encantamento.

Considero, sim, que a eventual reeleição de Dilma fará um mal gigantesco ao país. E, por isso, eu poderia estar a aplaudir, em razão, digamos, de afinidades e “desafinidades” eletivas, esses movimentos de protesto contra a Copa. Mas não aplaudo! Sempre achei essa conversa de “educação e hospital padrão Fifa” uma besteira, uma bobagem. O país gastou uma soma razoável com a Copa — e poderia tê-lo feito sem roubalheira —, mas é uma conta energúmena achar que esse dinheiro contribuiria para minorar de forma significativa a pobreza.

Não é verdade que o Brasil gaste pouco com a área social. Ao contrário! Caso gastasse um pouco menos e houvesse um pouco mais de investimentos, haveria menos pobres e a necessidade de gastar ainda menos na área social, o que liberaria mais para investimentos e resultaria em ainda menos pobres. Entenderam a lógica? Investir pouco e torrar muito em custeio é o caminho da reprodução da pobreza, não da riqueza. Mas vá tentar explicar isso a um esquerdista estúpido. Se estúpido não fosse, esquerdista não seria.

A Folha publica nesta sexta um pequeno e precioso texto, de Gustavo Patu, Dimmi Amora e Filipe Coutinho. Reproduzo um trecho em azul:
Mesmo mais altos hoje do que o previsto inicialmente, os investimentos para a Copa representam parcela diminuta dos orçamentos públicos. Alvos frequentes das manifestações de rua, os gastos e os empréstimos do governo federal, dos Estados e das prefeituras com a Copa somam R$ 25,8 bilhões, segundo as previsões oficiais. O valor equivale a, por exemplo, 9% das despesas públicas anuais em educação, de R$ 280 bilhões. Em outras palavras, é o suficiente para custear aproximadamente um mês de gastos públicos com a área. A comparação deve ser relativizada porque haverá retorno, no futuro, de financiamentos. O Corinthians, por exemplo, terá de devolver os recursos que custearam o Itaquerão. Além disso, os gastos da Copa começaram a ser feitos há sete anos — concentrados nos últimos três.

Retomo
Há, evidentemente, uma grande diferença entre gastar bastante na área social e gastar de forma adequada. Mas esse tipo de debate não viceja na demagogia. O país é hoje refém de grupelhos extremistas que os petistas, na sua, digamos, ânsia inclusiva, transformaram em interlocutores privilegiados. E com eles é assim: ou tudo ou sangue.Por Reinaldo Azevedo





23/05/2014 às 3:56

Minha coluna na Folha: “O nome da baderna é Dilma”



O PT é um partido da ordem. Ocupa postos-chave na administração que lhe conferem a responsabilidade de manter em funcionamento a sociedade do contrato. Ocorre que esse partido tem a ambição de ser também o monopolista da desordem e, por isso, conserva no Planalto um ministro como Gilberto Carvalho. O secretário-geral da Presidência é o encarregado de fazer a tal “interlocução” com os ditos “movimentos sociais”.

Segundo, por exemplo, a ótica perturbada dos coxinhas vermelhos do PSOL e assemelhados –os revolucionários do Toddynho com Sucrilhos–, os petistas fariam, na verdade, um trabalho de cooptação das massas, apropriando-se de sua energia revolucionária e sacrificando-a no altar do capital. É só tolice barulhenta, mas alguns empresários de cabeça oca e bolso cheio de grana do BNDES concordam, a seu modo, com a tese e saúdam o petismo por supostamente conter o povo. Até parece que trabalhador, deixado à sua própria sorte, escolhe Karl Marx em vez de TV LED.

Quem está certo? Os Robespierres de si mesmos ou os oportunistas do subsídio? Ninguém! Os petistas nem sugam a energia revolucionária do povo (isso não existe!) nem a ordenam. Hoje e desde sempre, instrumentalizam insatisfações em favor do fortalecimento do aparelho partidário, que cobra da sociedade uma espécie de taxa de proteção. A prática é mafiosa: “Votem em nós, ou não tem mais Bolsa Família”. “Votem em nós, ou não tem mais Bolsa BNDES.” Adiante.
(…)
Não há grupo baderneiro com viés de esquerda que não tenha sido levado ao Palácio do Planalto para conversar. O método consagrado para ser ouvido na República obedece à gradação dos celerados: quebrar, incendiar, invadir, bater e –como esquecer o cinegrafista Santiago Andrade?– matar.
(…)
Não há escapatória: o atual nome da baderna é Dilma Rousseff. É quem, podendo mandar muito, não manda nada. Por quanto tempo mais?

Leia a íntegra da coluna aqui

Por Reinaldo Azevedo





22/05/2014 às 19:17

Quatro mensaleiros têm cassada autorização para trabalhar fora. É a lei!



Na VEJA.com. Comento em seguida:
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, suspendeu nesta quinta-feira a autorização concedida pela Vara de Execuções Penais (VEP) aos ex-deputados Valdemar Costa Neto (PR), Pedro Corrêa (PP) e Bispo Rodrigues e ao ex-tesoureiro do extinto PL (hoje PR) Jacinto Lamas para trabalhar enquanto cumprem pena pela condenação do julgamento do mensalão.

A decisão de Barbosa segue a mesma diretriz adotada para outros mensaleiros presos que haviam conseguido autorização de trabalho externo, como o petista Delúbio Soares, o ex-deputado Romeu Queiroz, o ex-advogado de Marcos Valério, Rogério Tolentino. O magistrado também já negou pedido do ex-ministro José Dirceu para trabalhar fora do Centro de Internamento e Reeducação (CIR), onde cumpre pena.

Em sua decisão, Barbosa repetiu o entendimento que, assim como os demais condenados no mensalão, os quatro ainda não cumpriram um sexto da pena, condição necessária para que possam ter o direito de trabalhar fora do presídio da Papuda.

Por lei, a autorização para o trabalho externo depende do cumprimento prévio de um sexto da pena. Porém, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem jurisprudência que autoriza o trabalho independentemente da comprovação deste prazo. O Supremo, por sua vez, tem decisões em sentido contrário, exigindo a comprovação de cumprimento prévio de parte da sentença.

Comento
É isso aí. Existe uma coisa chamada Lei de Execução Penal. O Artigo 37 diz que é preciso cumprir um sexto da pena para ter direito de trabalhar fora. Esses caras já cumpriram? Não! Então acabou!Por Reinaldo Azevedo

Tags: Mensalão




22/05/2014 às 17:43

José Eduardo Cardozo chuta a democracia



José Eduardo Cardozo é petista e ministro da Justiça. Até aí, tudo bem. As coisasse complicam quando, como ministro da Justiça, ele decide atuar como um petista e, como petista, atuar como ministro da Justiça. Cardozo, para todos os efeitos, é um homem de estado, e os homens de estado não podem se comportar como chefes de facção, como líderes de milícia, como militantes políticos. Afinal, Cardozo é ministro de quem é petista e de quem não é; de quem votou na presidente Dilma e de quem não votou.

Muito bem! Exercendo prerrogativas verdadeiramente sagradas na democracia — como o direito à crítica e o direito de fazer oposição —, o pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, criticou a atuação do governo na área de segurança pública. O senador lembrou, por exemplo, que “87% de tudo que se gasta em segurança pública no Brasil hoje vêm dos Estados e municípios. Apenas 13% da União. A União, que tem responsabilidade de cuidar das nossas fronteiras, de coibir o tráfico de drogas e o tráfico de armas, é, hoje, quem menos gasta.”

Trata-se apenas de um fato. Cardozo pertence ao governo. Ele tem todo o direito de responder, de contraditar um dos líderes da oposição no Brasil, mas não da forma como o fez.

Em vez de contestar os números, o ministro procurou desqualificar Aécio. Disse que a atuação do senador na área é “pífia”; qualificou suas propostas de “patéticas” e ainda tentou fazer graça, dizendo que o tucano mora no Rio, como a indicar que não cumpre a sua função.

É um despropósito! É um absurdo! Cardozo desrespeita os eleitores de Minas, que o elegeram senador por esmagadora maioria. Demonstra um entendimento estúpido do que seja a democracia. A entrevista de Aécio está na Folha. É crítico, sim, sem ser desrespeitoso. Cardozo, ao contrário, é só desrespeitoso sem fazer a crítica, o que seria natural.

Dilma é a legítima presidente do Brasil porque eleita segundo as regras. Obteve 55.752.529 votos, mas atenção! Em 2010, o Brasil tinha 134 milhões de eleitores. Atenção, ministro Cardozo: na eleição passada, deixaram de votar na presidente, entre os eleitores de Serra, os brancos, os nulos e as abstenções, 78.247.471 pessoas.

Tenha compostura, meu senhor! Essa gente também paga o seu salário.

De resto, ministro Cardozo, no ano passado, o governo federal investiu em presídios 34,2% menos do que em 2012: caiu de R$ 361,9 milhões para R$ 238 milhões. E tal queda se deu num ano em que a violência explodiu no país.

Fale menos e trabalhe mais, ministro!Por Reinaldo Azevedo





22/05/2014 às 15:50

Ônibus param em 4 cidades da Grande SP. E greve cessa na capital



Na VEJA.com:
Enquanto na capital paulista a greve de motoristas e cobradores ficou restrita pela manhã a funcionários de uma empresa, a viação Santa Brígida, a população de quatro cidades da Grande São Paulo enfrenta problemas na circulação de ônibus nesta quinta-feira: Osasco, Diadema, Itapecerica da Serra e Embu das Artes. Em São Paulo, os veículos da Santa Brígida começaram a sair das garagens por volta de 11 horas. Na madrugada, ônibus da viação Gato Preto chegaram a ser impedidos por uma hora de sair da garagem, mas agora circulam normalmente. Houve também uma tentativa de fechar o terminal Cachoeirinha, na Zona Norte, mas a ação foi frustrada por funcionários que trabalham no local.

Sem se identificar, motoristas e cobradores que voltaram ao trabalho disseram que aguardam o resultado de uma reunião que será realizada entre a categoria e o prefeito Fernando Haddad (PT) para excluir a possibilidade de novas greves. O trânsito da capital paulista sofre os reflexos da paralisação: a cidade registrou recorde de 172 quilômetros de congestionamento às 9h48 desta manhã – 68 quilômetros acima da média para o dia e horário.

Em Osasco, uma viação que conta com 177 ônibus está inteiramente paralisada. Já a viação Urubupungá, que também opera na cidade, tem 80% da frota na rua e atende linhas intermunicipais. Alguns motoristas da empresa também cruzaram os braços e abandonaram os coletivos. As informações são da Prefeitura de Osasco, que afirma que as duas empresas atendem diariamente cerca de 140.000 usuários nas 45 linhas do município. Já em Diadema, no ABC paulista, motoristas e cobradores protestam e pedem aumento salarial. Na empresa Mobibrasil todos os funcionários estão em greve e 230 ônibus estão retidos na garagem. Cerca de 400 motoristas e cobradores protestando em frente ao local. Eles pedem reajuste e equiparação salarial. A viação atende principalmente os municípios de Diadema e São Bernardo do Campo.

Em Itapecerica da Serra, a assessoria de imprensa da EMTU afirma que há paralisação total nas linhas da viação Miracatiba, que opera 48 linhas. Na cidade, o transporte é feito por vans de cooperativas. A Prefeitura tenta agendar uma reunião para negociar com manifestantes. Todas as linhas da empresa Viação Miracatiba, que servem o município, foram afetadas e estão paralisadas. Segundo a empresa, não há previsão de negociação ou normalização das atividades. Embu também é afetada pela paralisação.

Obrigatoriedade
O sindicato patronal obteve liminar na quarta-feira que obriga cada linha de ônibus a circular com no mínimo 75% de sua capacidade em São Paulo. Se a decisão não for cumprida, será aplicada multa. Paralelamente, o Ministério Público Estadual abriu dois inquéritos para apurar responsabilidades.Por Reinaldo Azevedo

Tags: ônibus




22/05/2014 às 15:42

Todo mundo sobe na pesquisa Ibope das datas confusas. Então é preciso prestar atenção às sutilezas



Ai, que preguiça!, disse Macunaíma ao vir à luz. Eu sou uma pessoa dada a certos formalismos e acredito na informação que os institutos de pesquisa prestam ao TSE. O Ibope informou ao tribunal que começara a fazer uma pesquisa para a eleição presidencial no dia 15, registrada no dia 17, com o encerramento do campo no dia 22 — e o dia 22, salvo melhor juízo, é hoje. Ocorre que o resultado já foi divulgado, o que faz supor que o campo, então, terminou antes. Quando?


O resultado é este que vocês veem — reproduzo um gráfico publicado na Folha Online.


Os questionários foram aplicados enquanto estava no ar a propaganda política terrorista do PT — que foi tirada do ar pelo próprio TSE. Convenham: não é exatamente o melhor momento para fazer uma pesquisa. A anterior do instituto incorreu no mesmo vício.

Boataria
O Ibope está em campo desde o dia 15, segundo informação oficial, mas a boataria corre solta desde o dia 18 — na verdade, começou a circular no mercado financeiro no dia 17: Dilma teria subido; Aécio teria caído ou ficado igual. Vamos ver.

Comparado o Ibope consigo mesmo, todo mundo subiu — e, proporcionalmente, os dois candidatos de oposição cresceram mais. Ocorre que não é assim que são as coisas. A referência das pessoas que acompanham esse assunto é a pesquisa anterior do Datafolha, do começo deste mês. Aécio e Campos aparecem nos dois institutos com o mesmo índice: 20% e 11%. Dilma, no entanto, aparece no Ibope com três pontos percentuais a mais do que no Datafolha: 40% a 37%.

Imediatamente, plasma-se uma espécie de “verdade”: a oposição teria parado de crescer, e Dilma, começado a subir. Especialistas dizem o óbvio: não se comparam pesquisas de institutos diferentes. Ocorre que a média das pessoas, como se sabe, não é formada de especialistas.

Há certa suspeição a cercar institutos de pesquisa. O Ibope, por exemplo, trabalha para o governo federal — fez um contrato para pesquisas quantitativas, cujo conteúdo é considerado “sigiloso”. Isso, por si, matematicamente falando, não macula a sua isenção. Ocorre que é bom não misturar carne com leite nessas coisas, não é?

Quanto mais transparentes forem as práticas, melhor para quase todo mundo. Fazer pesquisa enquanto está no ar o horário político de um partido não concorre para essa transparência. Fazer o campo em período diferente do informado também não.

Não estou entre aqueles que querem proibir divulgação de pesquisas. Acho isso obscurantista. Mas acho também que a gente precisa debater que instituto faz o quê. Acho um excesso de licenciosidade prestar serviços de “inteligência” ao governo e depois fazer pesquisas eleitorais cujos resultados são de interesse desse mesmo governo.

“Você está insinuando que o Ibope manipulou os dados?” Eu nunca insinuo nada. Eu só afirmo. E eu afirmo que o que vai acima não caracteriza uma boa prática — nem técnica nem política.Por Reinaldo Azevedo





22/05/2014 às 6:11







22/05/2014 às 4:49

É o fim da picada! Deputado estadual do PT, um ex-presidiário e aliado do secretário de transportes de Haddad, participou em março de reunião com membros do PCC que, segundo a Polícia, planejavam ataques a ônibus



Atenção, leitores! A história que vem agora é do balacobaco! No primeiro dia da greve dos motoristas de ônibus em São Paulo, na terça, eu tinha recebido uma informação certa, mas não consegui a prova, de que, no dia 17 de março, no auge dos incêndios a ônibus em São Paulo, a 6ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Facções Criminosas e Lavagem de Dinheiro havia estourado uma reunião na sede da Cooperativa Transcooper, em Itaquera, na Zona Leste, em que membros do PCC planejavam as ações criminosas. Sabem quem estava presente ao encontro? Ninguém menos do que o deputado estadual petista Luiz Moura (PT-SP), que estaria lá na condição de “convidado”. É este senhor aqui.


Luiz Moura, deputado estadual do PT: presente a uma estranha reunião


Muito bem! Ontem, critiquei duramente no blog o secretário de Transportes da cidade, Jilmar Tatto. Em vez de tentar articular uma resposta para o caos da cidade, ele concedeu uma entrevista atacando a PM, acusando-a de fazer corpo mole, como se policiais militares pudessem sair por aí conduzindo ônibus. Eu tinha, sim, a informação certa sobre a participação do tal deputado naquela reunião da bandidagem, mas não a prova. Mesmo assim, não os deixei na mão. Publiquei, então, o que segue em azul:

“ (…) Terei eu de lembrar que Jilmar Tatto tem dois aliados importantes que são, digamos assim, ligados à área de transporte? Um é o deputado estadual Luiz Moura, um ex-presidiário que não cumpriu os 12 anos a que estava condenado porque se tornou um fugitivo. Hoje, é deputado petista. Outro é Senival Moura, vereador, também do partido, irmão de Luiz.
O agora deputado estadual se fez líder dos perueiros, uma área que a família Tatto conhece muito bem.”

E lembrei, então, trecho de uma reportagem da VEJA publicada em 2006, a saber (em azul):
Há três semanas, a polícia prendeu Luiz Carlos Efigênio Pacheco, presidente da Cooper Pam, uma das principais cooperativas de perueiros da capital paulista, suspeita de ligação com a organização criminosa. Conhecido como “Pandora”, o perueiro é acusado de ter financiado, com dinheiro de lotações, uma tentativa frustrada de resgate de preso de uma cadeia de Santo André (região do ABC paulista), em março passado. Detido, ele negou pertencer ao crime organizado, mas admitiu a infiltração do PCC no setor perueiro e disse que foi por ordem de Jilmar Tatto, ex-secretário de Transportes da prefeita Marta Suplicy, que sua cooperativa incorporou integrantes da organização criminosa.

Rasgando o verbo
A informação que eu tinha estava certa. Em entrevista ao programa do apresentador José Luiz Datena, da Band, Márcio Airth, secretário de comunicação do governo de São Paulo, rasgou o verbo. A operação aconteceu mesmo! A reunião da bandidagem, de fato, estava em curso, e o objetivo era planejar novas ações contra ônibus na cidade. Um dos “convidados” para o evento era o deputado estadual petista Luiz Moura, ex-presidiário (condenado a 12 anos) e ex-fugitivo, que se reinventou como líder dos perueiros, que foi como conheceu Jilmar Tatto, ligado ao setor.

Aith foi adiante e afirmou que, em março, no curso da investigação dos ataques, a polícia solicitou diretamente a Tatto a relação de empresas que atuam no setor de transportes público. “Ele [Tatto] é o primeiro a dizer que a polícia é truculenta e se excede, mas, quando interessa a ele barrar uma investigação, como de fato ele barrou, ao não responder ao delegado, ele fica quieto. A polícia poderia investigar muito mais se o deputado Jilmar Tatto tivesse feito o trabalho dele, respondido ao ofício e chamado a atenção do colega deputado dele para que não comparecesse a locais que não são recomendáveis a qualquer pessoa pública”.

Nas moscas, né?

Tatto falou no mesmo programa e disse que nunca soube da reunião. Pois é… Soube, sim, né, secretário? O senhor sabe que sim! A informação lhe foi passada pela própria polícia. O secretário não revelou por que não passou a lista que a Polícia lhe pediu. Limitou-se a dizer: “Eu falo por mim”. E desconversou: “Não me parece adequado, num momento desses, tentar imputar a mim qualquer atitude, ação de atrapalhar investigação. Ao contrário, estou inteiramente à disposição”.

Então tá. Entre os convocados para aquela reunião a que compareceu o deputado estadual petista estava, ora vejam, Carlos Roberto Maia, vulgo Carlinhos Alfaiate, ladrão de bancos então foragido. Ontem, a imprensa não conseguiu achar Luiz Moura. 

Tudo gente fina!Por Reinaldo Azevedo





22/05/2014 às 4:15

Para 73%, protestos geram mais prejuízos do que benefícios; apoio a Copa no Brasil divide opiniões



Na Folha:
Com a greve de motoristas e cobradores de ônibus em São Paulo, o humor dos paulistanos em relação aos protestos em geral parece ter entrado em acelerada mutação. De cada 10 moradores da cidade, 7 afirmam que os protestos geram mais prejuízos que benefícios. Seja para eles mesmos (69%), seja para o conjunto da sociedade (73%). São números altos. Em levantamentos anteriores, essas avaliações críticas nunca haviam predominado. Apesar disso, ainda há uma estreita maioria, 52%, que apoia as manifestações.

Os dados são da pesquisa Datafolha realizada na terça-feira (20) na cidade, no primeiro dia da greve de ônibus que tumultuou todo o sistema de transporte no município. Conforme a amostra, esses resultados são comparáveis com os de duas pesquisas de 2013. Uma feita em junho, logo após a explosão da enorme onda de manifestações pelo país, outra em setembro. Nas duas ocasiões anteriores, o apoio dos paulistanos aos protestos era bem maior. Em junho, 89% aprovavam. Em setembro, 74%.

Há, porém, diferenças entre os protestos de junho e o que começou na terça (20). No ano passado, milhares de pessoas de diferentes origens iam para as ruas com um leque diversificado de interesses: redução das tarifas do transporte, fim da violência policial, melhoria da educação e da saúde e combate à corrupção, entre outros. Os atos de 2013 começaram sob a coordenação do Movimento Passe Livre, mas aos poucos, conforme cresciam, essa liderança ia se diluindo. A cidade parava por causa das enormes passeatas.

Agora, o protesto foi feito por um grupo específico: empregados de empresas de ônibus. O interesse declarado –frustração com um reajuste de 10% do salário– diz respeito só à categoria. E a liderança do movimento, pelo menos até agora, é clandestina, já que a diretoria do sindicato não tem relação com a greve. Outra diferença: o que faz a cidade parar não são as pessoas na rua, mas os ônibus estacionados de forma a bloquear algumas vias.

COPA
O Datafolha também investigou temas relacionados à realização da Copa do Mundo no Brasil neste ano. O dado que mais chama a atenção é o alto percentual de paulistanos que acreditam haver corrupção na organização do evento, 90%. Os paulistanos estão divididos em relação à conveniência de fazer a Copa no Brasil: 45% são a favor; 43%, contra. Como a margem de erro é de quatro pontos (foram ouvidas 819 pessoas), trata-se de um empate técnico.
(…)Por Reinaldo Azevedo





21/05/2014 às 22:25

PF diz haver suspeita de atuação de “organização criminosa” na Petrobras



Por Andréia Sadi e Severino Motta, na Folha:
Relatório da Polícia Federal que faz parte do inquérito que apura a compra da refinaria de Pasadena (EUA) afirma haver a suspeita da existência de uma “organização criminosa no seio da empresa Petrobras” que patrocinaria desvio de recursos públicos para o exterior e consequente “retorno de numerário via empresas offshore”. Encaminhado ao juiz Sergio Moro, da Justiça Federal do Paraná, o documento informa que o suposto esquema serviria de base para “pagamento de propinas e abastecimento financeiro de grupos criminosos envolvidos no ramo petroleiro”. Segundo o texto, de 22 de abril, apura-se a possível participação do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa em irregularidades na compra da refinaria do Texas.

Ex-diretor da Petrobras, ele foi preso na Operação Lava Jato em março. Nesta segunda, ele foi solto após decisão do Supremo Tribunal Federal. Costa também foi representante da Petrobras no comitê interno da refinaria de Pasadena.
(…)Por Reinaldo Azevedo

Tags: Petrobras




21/05/2014 às 21:38

Ônibus – Tratamento dispensado ao banditismo vai determinar se assistiremos, de novo, ao caos



Os motoristas e cobradores que estavam em greve — liderados por uma ala dissidente do sindicato dos motoristas — decidiram pôr fim à paralisação a partir desta quinta. As negociações ainda estão em curso. A polícia decidiu abrir inquérito, com base do Artigo 262 do Código Penal, para apurar responsabilidades. Estabelece o texto:
Art. 262 – Expor a perigo outro meio de transporte público, impedir-lhe ou dificultar-lhe o funcionamento:
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos.
§ 1º – Se do fato resulta desastre, a pena é de reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.

Obviamente, dada a gravidade do que se viu, trata-se de uma pena branda. Mas que, ao menos, se apurem as responsabilidades.

Mas que fique claro: não pode a Polícia investigar de um lado, e a Prefeitura, como é mesmo?, “abrir diálogo” de outro. Não, ao menos, com lideranças capazes de fazer o que se viu na cidade. Segundo Gilberto Carvalho, o caminho é o papinho. Ele está acostumado a passar a mão na cabeça de quem depreda de forma contumaz a ordem pública.

Meus caros leitores — e eleitores! Eu estou pouco me lixando se o espetáculo degradante a que assistimos nestes dois dias é bom ou ruim para os partidos A, B ou C. Não estou nem aí se a truculência colabora com este ou com aquele candidatos. Eu não faço campanha eleitoral. Eu não faço campanha política.

Acho inaceitável que a população seja usada de instrumento de manobra e chantagem de sindicalistas e de arruaceiros. Não gosto da gestão de Fernando Haddad e considero, sim, que isso é péssimo pra ele. Mas não vou ser condescendente com atos terroristas e que só punem os pobres. De resto, avalio que outros artigos do Código Penal foram feridos. Por mim, essa gente seria enquadrada mesmo é na Lei 7.170, conhecida por Lei de Segurança Nacional. Sabotagem contra instalações de transporte rende pena de 3 a 10 anos de cadeia.

Ocorre que o PT não tem nenhuma ideia melhor do que puxar o saco de arruaceiros, que são reverenciados pela legenda. Ou, em meio ao caos, não vimos o secretário Jilmar Tatto (Transportes) a atacar a Polícia Militar, e o prefeito Fernando Haddad a criticar o governo do Estado?

O tratamento que será dispensado a atos de banditismo vai determinar se teremos ou não ações semelhantes no futuro; se alguns gatos-pingados vão ousar de novo fazer 12 milhões de pessoas reféns de sua irresponsabilidade.Por Reinaldo Azevedo

Tags: greves, ônibus




21/05/2014 às 21:17

Grevistas prometem encerrar paralisação de ônibus nesta quinta



Na VEJA.com. Volto no próximo post.
Após dois dias de caos na cidade de São Paulo, dissidentes do sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus aceitaram encerrar a paralisação à meia-noite. O impasse sobre o percentual de reajuste salarial para a categoria persiste, mas os grevistas se comprometeram a liberar a saída dos ônibus das garagens na madrugada desta quinta-feira. Como não há uma liderança clara entre os dissidentes, o fim da greve é tratado com cautela pelas autoridades e encarado como uma promessa.

Grevistas, representantes de empresas e do poder público passaram a tarde de hoje reunidos na Delegacia Regional do Trabalho. As empresas se recusam a renegociar o aumento fixado em 10% para a categoria. O fim da paralisação ficou condicionado a uma reunião com o prefeito Fernando Haddad (PT), que será cobrado para reabrir as negociações.

O sindicato patronal obteve liminar nesta quarta que obriga cada linha de ônibus a circular com no mínimo 75% de sua capacidade amanhã. Se a decisão não for cumprida, será aplicada multa. Paralelamente, o Ministério Público Estadual abriu dois inquéritos para apurar responsabilidades.

Nesta quarta, o paulistano sofreu pelo segundo dia seguido com os efeitos da paralisação dos motoristas e cobradores de ônibus. Ao longo do dia, foram bloqueados catorze dos 28 terminais de ônibus da cidade – às 19 horas, nove terminais continuavam fechados. Com ônibus estacionados nas garagens e o rodízio municipal de veículos suspenso, o trânsito na capital paulista voltou a ficar complicado: foram registrados até 178 quilômetros de vias congestionadas. Ontem, nesse mesmo horário, o índice era de 261 quilômetros, recorde no ano.Por Reinaldo Azevedo





21/05/2014 às 20:55

Otávio Cabral vai assessorar Aécio. E o que diz o JEG, o Jornalismo da Esgotosfera Governista. Ou ainda: PT 9 X PSDB 2


Otávio Cabral: ele deixa a redação da VEJA para assumir nova empreitada


Eu poderia deixar quieto, mas não deixo. Cada um tem seu estilo, eu tenho o meu. E gosto de fatos. Otávio Cabral, jornalista de VEJA, um profissional de altíssimo gabarito, vai deixar a redação para trabalhar na assessoria do pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves.

Os espadachins da reputação alheia, os idiotas, os ressentidos e os bandidos disfarçados de jornalistas já começaram a gritar: “Olhem lá, um jornalista da VEJA trabalhando para Aécio”. Uma ova!

No que concerne à revista, Cabral passará a ser um “ex-VEJA”, sem que o respeito profissional de que ele é merecedor seja minimamente arranhado. Eu, que o conheço, estou certo de que ele vai fazer um excelente trabalho em sua nova jornada.

Não, Cabral não é o primeiro! Márcio Aith, hoje na secretaria de Comunicação do governo Alckmin, já trabalhou na VEJA. Quando entrou na assessoria da campanha eleitoral de José Serra, em 2010, estava na Folha.

Aí, aquela turma que tem os dois pés no chão e as duas mãos também, para citar Ivan Lessa, relincha: “Ah, estão vendo? A revista só fornece assessores para o PSDB…”. É mesmo? Então vai uma lista de profissionais que são ex-VEJA ao lado dos políticos que eles decidiram assessorar (nem todos, hoje, permanecem na mesma função):

1 – João Santana – Lula, Dilma, Palocci e Delcídio Amaral;

2 – Thomas Traumann – porta-voz de Dilma e, depois, ministro de estado da “presidenta”;

3 – Luiz Rila – José Dirceu e campanha do Lindbergh Farias;

4 – Luciano Suassuna – Alexandre Padilha;

5 – Eduardo Oinegue – Patrus Ananias e Alexandre Padilha;

6 – Ronaldo França – Dilma;

7 – Chico Mendez – campanha do Fernando Pimentel ao governo de Minas;

8 – Lula Costa Pinto – Agnelo Queiroz;

9 – Mario Rosa – várias consultorias ao governo e ao PT (Palocci, Dirceu, Agnelo…)

E devo estar esquecendo alguns nomes. Como se nota, nos nove casos listados acima, jornalistas que passaram por VEJA foram assessorar políticos do… PT!!! No topo, digamos assim, da cadeia alimentar do poder, o marqueteiro do partido e um ministro de estado.

Será que, por isso, VEJA pode ser considerada, afinal, uma redação petista, já que tantos assessores de nomes estrelados do partido passaram por sua redação?

Ora, vão catar coquinho! Se uma, duas ou mais das pessoas listadas acima fizeram coisas impróprias — não sei de nada; falo apenas em tese —, isso não se deve nem ao fato de terem passado por VEJA nem de terem assessorado ou assessorarem ainda hoje os petistas. São profissionais dignos como quaisquer outros, só que fazendo outro trabalho, que não o jornalismo, que tem um código de ética distinto de uma assessoria.

Desejo boa sorte a Cabral em sua nova empreitada e espero que demonstre a competência que conhecemos.

Todos os profissionais que citei aqui fizeram escolhas conhecidas, públicas, às claras. Feio, asqueroso, coisa de bandido — aí, sim — é uma outra prática.

Coisa de bandido é receber dinheiro de governos e de estatais para fazer a defesa de partidos políticos, de governantes e de candidatos — dedicando-se, adicionalmente, a atacar a imprensa independente — e não contar isso aos leitores.

Feio é ser sustentado pela máquina pública, fazer campanha político-eleitoral e se dizer um jornalista independente e progressista. Aí, não. Gente assim não é jornalista, não é independente nem é progressista. É só um pau-mandado, exercendo a mais antiga profissão do mundo: é só pagar, e eles fazem. Não importa o quê. Começam cedendo a honra. Aí o resto vai é fácil.Por Reinaldo Azevedo








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"A Revolução Francesa começou com a declaração dos direitos do homem, e só terminará com a declaração dos direitos de Deus." (de Bonald).

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-O coletivismo é a negação da liberdade, porquanto a sede da liberdade é o indivíduo. Tanto é que a pena mais severa na história da humanidade é a privação da liberdade. A essência da liberdade é una e indivisível e daí a designação do sujeito como "indivíduo".

Aluízio Amorim

Filósofa russa Ayn Rand :



“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.”



Ayn Rand nasceu em São Petersburgo em 1905