Banner

SMA

Nossa Senhora



Rio de Janeiro


sexta-feira, 16 de maio de 2014

Começando a fazer o diabo - opiniao - versaoimpressa - Estadão







9:08 • 16 MAIO DE 2014

RECEBA O ESTADO EM:



BUSCAR





AGORA NO ESTADÃO










Você está em Opinião
Começando a fazer o diabo

14 de maio de 2014 | 2h 10



inCompartilhar3


O Estado de S.Paulo


Costumam dar em nada os protestos e as ações da oposição junto à Justiça Eleitoral contra as manifestações públicas da presidente Dilma Rousseff que mal disfarçam sua condição de peças de campanha pelo segundo mandato. A mais recente e explícita delas foi a da véspera do Primeiro de Maio, quando a candidata declarada anunciou em rede nacional um aumento de 10% nos valores do Bolsa Família e correção de 4,5% da Tabela doImposto de Renda. Além disso, prometeu manter a política de valorização do salário mínimo, só faltando acrescentar "se for reeleita".




Mas, apesar da transgressão impune das regras que demarcam o campo da propaganda a cada ciclo eleitoral e da resignação de muitos diante dessas recorrentes violações, não pode passar como "mais do mesmo" o que ocorreu na segunda-feira no município baiano de São Francisco do Conde, a 60 quilômetros de Salvador, em um evento do governo Dilma - a inauguração oficial do câmpus da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), uma instituição federal, em funcionamento desde fevereiro doano passado.

Tanto que o Planalto estava representado pelos ministros da Educação, Henrique Paim, e da Igualdade Racial, Luiza Barros. Ao seu lado, como convidado com direito a discurso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Até aqui, tudo bem. Ninguém lhe fará a injustiça de ignorar o seu empenho pela melhoria da qualidade de vida da população negra e a valorização dos vínculos históricos e culturais entre o Brasil e a África. Com a loquacidade que lhe é peculiar, ele poderia açambarcar a festividade inteira e mais o resto do dia falando disso.

Mas Lula preferia assegurar para a sua causa o apoio dos cerca de mil presentes - em meio aos quais se destacavam embandeirados militantes petistas e funcionários paramentados de vermelho. Mais ainda, queria as atenções do número incomparavelmente maior de cidadãos aos quais a mídia eletrônica e os jornais levariam as suas palavras. Daí, com um descaramento que desafia até mesmo os seus afamados padrões, ser toda outra a causa a que dedicaria o seu verbo - a reeleição de Dilma. Certa vez ela disse, como deve ter aprendido com o mentor, que "podemos fazer o diabo quando é hora de eleição". E nisso ele tornou a provar que ninguém o supera.

Quem o ouvisse, sem saber das circunstâncias de sua fala, poderia achar que já começara a temporada de sagração dos candidatos às eleições de outubro e que ele discursava na convenção do PT que homologaria o nome da presidente em busca de mais quatro anos de poder - formalizando dessa vez o que Lula mandou o partido fazer, primeiro em fevereiro de 2013, depois na semana atrasada, para calar os companheiros que sonhavam com a sua volta. O desavisado ouvinte também podia imaginar que a campanha já tinha começado e Lula estava no seu lugar preferido, entregue ao que mais o gratifica: um palanque e um comício.

"Nunca vi", arengou, recorrendo ao seu advérbio de estimação, "baterem tanto na presidente Dilma como estão batendo agora." Fundindo a disputa de 2010 com a deste ano, disparou que "batem na Dilma porque acham que não é possível este país eleger esta mulher e ainda mais reeleger esta mulher, para desgraça deles". Foi de caso pensado: o eleitorado feminino, à parte quaisquer outros fatores, tende a ser menos dilmista; daí a esperteza de apresentar os projetos políticos de sua afilhada como símbolo da ascensão da mulher no Brasil. Mas ele não perdeu tempo para assumir a paternidade de suas aspirações.

"A Dilma, além de ser uma mulher inteligente e competente", derramou-se, "é uma de nós." Caso alguém não tenha entendido o que isso significa, traduziu: "Ela está lá porque nós quisemos e vai ficar lá porque nós queremos". O plural majestático não foi uma figura de retórica. Além de reiterar a sua ascendência sobre a candidata, foi um aviso a aliados e adversários de que virá com tudo para reelegê-la. Fazer campanha em ato oficial será café-pequeno, como mostram suas declarações ao jornal A Tarde: "Tenho às vezes impressão de que tem gente querendo fazer caixa 2 fazendo denúncia contra a Petrobrás".








Cabos de aço, laços, acessórios, cintas, cordas e correntes
Resultado comprovado e seguro no tratamento do álcool e das drogas










Siga o Estadão





Grupo Estado

Copyright © 2007-2014
Todos os direitos reservados
WebmailEstadao.com.br
TópicosPortais
Prêmio de MídiaO Estado de S. Paulo
Siga o Estadão










_

Nenhum comentário:

"A Revolução Francesa começou com a declaração dos direitos do homem, e só terminará com a declaração dos direitos de Deus." (de Bonald).

Obedeça a Deus e você será odiado pelo mundo.








-O coletivismo é a negação da liberdade, porquanto a sede da liberdade é o indivíduo. Tanto é que a pena mais severa na história da humanidade é a privação da liberdade. A essência da liberdade é una e indivisível e daí a designação do sujeito como "indivíduo".

Aluízio Amorim

Filósofa russa Ayn Rand :



“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.”



Ayn Rand nasceu em São Petersburgo em 1905