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segunda-feira, 12 de maio de 2014

Reinaldo Azevedo - Blog - VEJA.com







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Reinaldo Azevedo

Análises políticas em um dos blogs mais acessados do Brasil

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Se em meu ofício, ou arte severa,/ Vou labutando, na quietude/ Da noite, enquanto, à luz cantante/ De encapelada lua jazem/ Tantos amantes que entre os braços/ As próprias dores vão estreitando —/ Não é por pão, nem por ambição,/ Nem para em palcos de marfim/ Pavonear-me, trocando encantos,/ Mas pelo simples salário pago/ Pelo secreto coração deles. (Dylan Thomas — Tradução de Mário Faustino)



12/05/2014 às 15:03

Marco Aurélio defende que partidos que desviam verba do Fundo Partidário sejam punidos



“A lei prevê punição, inclusive chegando-se a não só ao recolhimento dos valores, como também, se for o caso, a suspensão na participação desses partidos no rateio do Fundo Partidário. Não há norma que autorize esse gasto. Esse gasto é um gasto esdrúxulo, extravagante.”

A fala acima é do ministro Marco Aurélio, do STF, e ainda presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Ele se refere ao uso de verba do Fundo Partidário, que é dinheiro público, para pagar advogados que atuam na defesa de políticos do PT e do PR que estão enrolados com a Justiça (leia post).

É um acinte! É o fim da picada! Pessoas envolvidas com o desvio de recursos públicos estão tendo as suas respectivas defesas pagas por… mais dinheiropúblico. Cadê os procuradores eleitorais? Cadê a OAB? Cadê a dita sociedade civil organizada? É o caso de fazer imediatamente uma denúncia ao TSE para que esse descalabro seja investigado, e os faltosos, devidamente punidos.


Por Reinaldo Azevedo





12/05/2014 às 7:21







12/05/2014 às 7:17

A BOÇALIDADE ATINGE O ESTADO DE ARTE NA TVE DO RIO GRANDE DO SUL. NO COMANDO, O PT DE TARSO GENRO, O POETA DE MÃO CHEIA



Bem, vamos lá. Vou publicar abaixo um vídeo, que me foi enviado por um leitor, e lhes peço, de saída, moderação nos comentários — aquela mesma que não tiveram essas pobres criaturas que vocês verão abaixo e, claro!, aqueles que as colocaram no ar. No dia 5 de maio, há uma semana, a TVE do Rio Grande do Sul— SIM, A TV EDUCATIVA — convidou um grupo chamado “Putinhas Aborteiras”. Elas se dizem partidárias do “anarcofunk”. Cantaram isto aqui, ó — advirto que são cenas fortes… Volto em seguida.



Voltei
Falo um pouco sobre a, por assim dizer, “arte” das moças. Não tenho nem raiva nem asco. Tenho é pena! Sempre que a ignorância consegue ser assim tão evidente, tão escancarada, tão alvar, como não perguntar o que terá dado de errado no meio do caminho? De algum modo, elas são vítimas. Nem que seja da própria estupidez. Como é? Se o papa fosse mulher, o aborto já teria sido liberado? Por quê? Isso quer dizer que todas as mulheres são, então, favoráveis ao aborto? Ou, pior, estão a sinalizar que o homem não deve ter, nessa questão, nem direito de voz nem de voto? Como conciliar essa sabedoria com a paternidade responsável?

“Ei, papa, levante o seu vestido/ quem sabe aí embaixo não está o Amarildo?” Não são versos nem anárquicos nem ousados. São apenas burros, desinformados. A Igreja esteve entre as instituições que mais pressionaram para que se chegasse aos assassinos do pedreiro.

Essas bobalhonas tão orgulhosas da própria burrice certamente não sabem que, a cada ano, 100 mil “Amarildos” morrem na África, na Ásia e no Oriente Médioapenas porque são… cristãos! Ignoram certamente que a Igreja Católica é o maior hospital do mundo, o maior orfanato do mundo, a maior rede de caridade do mundo, a maior escola do mundo… O trabalho dos cristãos salva milhares de vidas todos os dias. Mas isso é apenas informação. E elas não têm tempo para isso.

Santo Deus! Essas coitadas deveriam ler, sei lá, Marcuse para saber como o palavrão pelo palavrão, longe de ser um sinal de libertação, é a mais pura expressão do recalque. Na busca desesperada para ofender a “moral burguesa”, apenas se degradam. De resto, poderia haver nessa coisa que fazem alguma elaboração. Os versos, ainda que infames no conteúdo, poderiam ter alguma elaboração. É tudo de uma pobreza à altura da “mensagem”.

Eh, Tarso Genro!
Eis aí o Rio Grande do Sul governado por Tarso Genro, o teórico que, já lembrei aqui, escreveu um livro chamado “Lênin, Coração e Mente”. Foi o único homem no mundo a ter encontrado um “coração” no facinoroso.

Vejam lá! A emissora pública do Rio Grande do Sul leva ao ar um grupo que convida:
“Sou anarquista doida, pichadora e ‘vida loca’/
Não vem com moralismo, tu não vai calar minha boca/
Vem vandalizar, deixa de ser bundão/
Se rola prejuízo, é na conta do patrão”

Que perigo essas moças representam? Nenhum! A questão é saber se uma TV pública tem o direito de, com os impostos pagos pelos gaúchos, abrir espaço para uma turma que prega abertamente o vandalismo e a violência. Tem? Mais: a TVE do Rio Grande do Sul levaria ao ar um grupo que atacasse, por exemplo, espíritas, macumbeiros, muçulmanos ou judeus? Por que a agressão aos católicos é aceitável?

E notem que nem entro no tratamento demencial dispensado por essas moças àquestão do aborto. Aí, pobrezinhas!, é preciso coragem não para defender o assassinato de crianças, mas para enfrentar alguns livros.

Agora aguardo os próximos passos da TVE. Depois das “Putinhas Aborteiras”, há o risco de termos Tarso Genro declamando seus poemas numa espécie de “Sessão Privê”. E ele, então, poderia lambuzar a tela com delicadezas como esta:
“Quanto te esperei e quanto sêmen
inútil derramei até o momento”.

Vocês, gaúchos, botaram lá o poeta de mão cheia. E só vocês podem tirá-lo. Faltam cinco meses. O grupo “As Putinhas Aborteiras” transformou-se no emblema de um jeito de governar, acho eu. Tarso certamente não vai ficar ofendido de eu falar assim. Se ele acha que os gaúchos merecem pagar por isso e se ele considera que essa é uma boa atração para a sua TV Educativa, é sinal de que aprecia o trabalho. Não é de estranhar que o Estado seja o que mais resiste a pagar o piso salarial dos professores. Tarso nutre ideias muito próprias sobre o que seja “educação”.
*
Atenção! Gente que age nesse limite da provocação barata conta com o erro de seus supostos adversários para depois acusar jogo bruto. Assim, comentem com comedimento, por mais que o conjunto da obra seja asqueroso. Não aceitarei que se devolvam aqui as agressões que Tarso Genro permitiu que fossem levadas às casas dos gaúchos.Por Reinaldo Azevedo





12/05/2014 às 5:41

PT e PR contratam com verbas do Fundo Partidário justamente os escritórios de advocacia que defendem seus “enrolados” com a Justiça. É um acinte!


Rosemary, a amigona de Lula: Fundo Partidário paga a conta de advogado que, por coincidência, também a defende

Há dias, o ministro Marco Aurélio Mello, presidente do TSE, apontava o despudor com que o oficialismo usa a máquina pública para fazer campanha eleitoral, sem dar bola para a lei. Ele defendeu, por exemplo, que a presidente Dilma Rousseff fosse punida por ter usado, durante o Carnaval, o Palácio da Alvorada para cuidar da sua reeleição e de assuntos do PT. Mas foi voto vencido. No dia 30 de abril, Dilma não se fez de rogada. Recorreu à Rede Nacional de Rádio e Televisão e fez campanha eleitoral descarada — como se, de resto, não fosse também esse o caráter da publicidade das estatais e do próprio governo federal.

Reportagem de Fabio Fabrini e Erich Decat, no Estadão desta segunda, informa que o PT e o PR contrataram, com verbas do Fundo Partidário — que é dinheiro público — os mesmos advogados que representaram, na esfera privada, seus respectivos mensaleiros e réus acusados nas operações Porto Seguro e Sanguessuga, deflagradas pela Polícia Federal.

O PT repassou R$ 40 mil mensais para os escritórios que defendem José Genoino e, vejam vocês!, Rosemary Noronha. Sim, trata-se da ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo — aquela que era amigona íntima de um certo Luiz Inácio Lula da Silva. O que dizem os escritórios? Ora, que prestaram serviços apenas ao partido e que defendem graciosamente os acusados na esfera privada, ou a preços bem baratinhos.

O uso da verba do Fundo Partidário é disciplinado pelo Artigo 44 da Lei 9.096, que é a Lei dos Partidos Políticos. E, obviamente, lá não está escrito que as legendas podem pagar advogados para os seus bacanas que estão enrolados com a Justiça. E que se note: qualquer indivíduo pode apresentar à Justiça Eleitoral a denúncia de malversação do fundo — e ela terá de investigar.

A reportagem do Estadão encontrou no papelório do PR três notas fiscais de R$ 42 mil cada emitidas pelo escritório de Marcelo Luiz Ávila Bessa — justamente o profissional que defendeu os mensaleiros Valdemar Costa Neto e o tal Bispo Rodrigues. O partido admitiu que o dinheiro teve mesmo essa finalidade.

Em 2012 e 2013, o PT pagou ao escritório Fregni-Lopes da Cruz R$ 485 mil em honorários de ações cíveis, conforme 15 notas fiscais apresentadas ao TSE. Em Brasília, essa mesma equipe defende José Genoino em processos de improbidade administrativa — um desdobramento na área cível do mensalão. O escritório diz que o dinheiro nada tem a ver com o ex-presidente do PT e que faz a sua defesa como… cortesia.

Quando estourou o caso Rosemary Noronha, muita gente estranhou o nomão do direito que a acompanhava — mão de obra barata é que não era. Quem atuou na sua defesa foi Luiz Bueno de Aguiar, que recebeu ao menos R$ 809 mil do PT nos últimos dois anos — dinheiro sempre originário do Fundo Partidário. Também ele diz que isso nada a tem a ver com Rosemary.

Vocês entenderam? E os patriotas ainda vêm falar em financiamento público de campanha. Vejam aí a lambança: os partidos já recebem do Tesouro uma bolada. Esse dinheiro tem carimbo. Só pode ser usado na atividade partidária propriamente. Mas quê… O PR admite ter pagado com ele os honorários dos advogados que defenderam seus mensaleiros. O PT, como sempre, nega de pés juntos — e seus contratados também.

Seria tudo uma coincidência. O partido usa dinheiro público para pagar os doutores, e estes, corteses e generosos que são, fazem a defesa gratuita dos petistas enrolados. A gente acredita em cada palavra, não é mesmo?Por Reinaldo Azevedo





12/05/2014 às 4:08

Serra como vice de Aécio? Vai ou não vai?


Aécio e Serra juntos, na campanha de 2010. Em 2014, a possibilidade da chapa puro-sangue

Já dá para saber, afinal, se José Serra vai mesmo ser o vice na chapa presidencial liderada pelo senador Aécio Neves, ambos do PSDB? Ainda não dá para saber nada. Qualquer que seja o palpite nesse caso, a chance de errar é rigorosamente igual à de acertar. Pode ser e pode não ser. Sim, eu acho que o partido sairia ganhando com isso, já escrevi aqui, porque Serra tem densidade eleitoral e é um nome nacionalmente respeitado e conhecido. O partido demonstraria uma união inédita, depois de sua última vitória presidencial, em 1998, e se faria uma chapa sem dúvida forte. Há mais: as circunstâncias podem jogar a favor: o ex-governador foi derrotado em 2012 por Fernando Haddad na disputa pela Prefeitura de São Paulo. A legião de leitores arrependidos, intuo, é imensa. O nome de Serra também transita com facilidade hoje no DEM, no Solidariedade e em setores do PMDB que vão apoiar Aécio.

Mas não é uma solução nem fácil nem simples. FHC se pronunciou a respeito — ou não se pronunciou — em entrevista à GloboNews e disse o óbvio: para que aconteça, é preciso que tanto Aécio como Serra queiram. Eles querem? Ainda não está claro. Há tucanos, democratas e membros do Solidariedade entusiasmados com a ideia.

Toda solução tem sempre prós e contras — e não seria diferente desta vez. A meu juízo, o lado favorável da balança pesa muito mais, mas é preciso que o PSDB faça uma escolha anterior ao nome: e ela atende pelo nome de “unidade”. Uma vez conquistada, a solução se torna natural se houver os tais “quereres”. Uma terceira alternativa, esta sim, só tem “contras”: o excesso de demora na escolha, o robustecimento da “hipótese Serra”, a manifestação de algum eventual bolsão de resistência e a desistência. Aí se acabará colhendo um resultado algo ruim do que, hoje, tem enorme potencial positivo.

Na quinta-feira, Aécio e Serra conversaram em São Paulo. Fizeram um balanço da disputa nos Estados, falaram sobre os aliados nesta empreitada de 2014, mas consta que ninguém se estendeu a respeito do assunto — ou por outra: não expressaram com clareza os seus respectivos quereres.

No dia 14 de junho, há a convenção do PSDB. É claro que, até lá, o vice tem de estar definido. O ideal é que essa escolha seja feita bem antes. Reitero aqui uma observação que já fiz: a oposição vive, inequivocamente, um bom momento — e a mais recente pesquisa Datafolha deixa isso claro. Se o segundo turno fosse hoje, Dilma venceria por 47% a 36%. Não é preciso ser bidu para concluir que 11 pontos, a esta altura do campeonato, dado o contexto, não dão ao PT a certeza da vitória — muito pelo contrário. Quando se considera o potencial de crescimento das oposições, o futuro sorri para os petistas muito menos do que eles poderiam imaginar há um ano.

Dilma não precisou se preocupar com o “vice”; vai de Michel Temer mesmo, ainda que este não leve consigo todo o PMDB, como é sabido. Eduardo Campos, do PSB, ao se juntar com Marina Silva, não deixou de marcar um tento politicamente positivo, independentemente do que se possa achar do pensamento da líder do ainda inexistente Rede. Que os tucanos tomem cuidado para que a sua escolha do vice também seja uma operação virtuosa.

Por Reinaldo Azevedo




12/05/2014 às 2:49

Ele continua na mira do PT e da Al Qaeda eletrônica. Como este senhor ousa cumprir a lei até com Dirceu?

Ai, ai. Vamos lá. O PT decidiu emitir uma nota sobre a decisão do presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, que negou a autorização para José Dirceu deixar a Papuda para trabalhar. Transcrevo a íntegra e comento.
“Ao obstruir novamente, de forma irregular e monocrática, o direito de José Dirceu cumprir a pena em regime semiaberto, o ministro Joaquim Barbosa comete uma arbitrariedade, tal como já o fizera ao negar a José Genoíno, portador de doença grave, o direito à prisão domiciliar. Mais ainda: apoiando-se em interpretação obtusa, ameaça fazer regressar ao regime fechado aqueles que já cumprem pena em regime semiaberto, com trabalho certo e atendendo a todas as exigências legais.
O PT protesta publicamente contra este retrocesso e espera que o plenário do STF ponha fim a este comportamento persecutório e faça valer a Justiça”.
Rui Falcão
Presidente Nacional do Partido dos Trabalhadores – PT

Comento
Raramente alguém disse antes tantas impropriedades em tão poucas palavras. O PT diz que a decisão de Barbosa é irregular. É mentira! Está absolutamente de acordo com o Artigo 37 da Lei de Execução Penal, que estabelece que o trabalho externo só pode ser permitido depois de cumprido um sexto da pena.

A nota petista afirma ainda, em tom de crítica, que a decisão foi monocrática, tomada por uma única pessoa. E daí? Barbosa tem a competência legal para decidir sozinho. Só submete a questão ao plenário se quiser.

Outra impropriedade: mesmo sem trabalhar, Dirceu continua em regime semiaberto. É uma mentira deslavada afirmar que esteja em regime fechado.

Quarta bobagem: a referência Genoino está errada. Barbosa decidiu segundo critérios técnicos — ou o certo teria sido tomar uma decisão arbitrária, ao arrepio do que dizem os especialistas? E se fosse o contrário? E se juntas de cardiologistas tivessem afirmado que o petista não poderia enfrentar o regime semiaberto e Barbosa tivesse ignorado o parecer?

Voltemos ao ponto. O trabalho externo é uma das possibilidades do regime semiaberto, mas não é ele que define se o regime é fechado ou não. O PT faz essa confusão de maneira deliberada para espalhar a falsidade de que o ex-ministro e deputado cassado por corrupção estaria preso de modo arbitrário.

Por que o PT não demonstra que Barbosa está desrespeitando o Artigo 37 da Lei de Execução Penal? Não demonstra porque não pode, porque não é fato. E lá está escrito que o benefício do trabalho externo só pode ser concedido depois de cumprido um sexto da pena e que a concessão depende do comportamento do preso.

Será que Dirceu tem ao menos uma nota cinco nesse quesito? A resposta é “não”. Na quarta-feira, foi visitado pela filha em condições absolutamente irregulares, numa parceria absurda com o governo do Distrito Federal, que permitiu que a moça furasse a fila de familiares e entrasse nas dependências da Papuda em carro oficial e com chapa fria. Presidiário tão indisciplinado vai receber o benefício por quê?

A propósito: a ação do governo do Distrito Federal vai ficar por isso mesmo? O uso de bem público em favor de interesses privados caracteriza improbidade administrativa.

Por Reinaldo Azevedo





12/05/2014 às 2:45


Por Natuza Nery, na Folha:
Buscando evitar o caos aéreo na Copa do Mundo, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) lança hoje um pacote de punições previstas para empresas aéreas, donos de jatinhos e até pilotos que descumprirem regras e horários de pousos e partidas. O presidente da agência, Marcelo Guaranys, 36, antecipou à Folha uma série de multas e penalidades que visam coibir distúrbios que atrapalhem passageiros e torcedores no Mundial –e que seguirão valendo após o torneio.

A companhia ou o responsável por um avião que não usar seu horário de voo ou que, deliberadamente, utilizá-lo no momento errado levará uma multa de R$ 12 mil a R$ 90 mil. Dependendo da gravidade, poderá até perder a permissão para pousar nos demais aeroportos do país.

Questionado se as ações configuram um “pacote de maldades”, ele disse: “Maldade é você operar um voo fora do horário e atrapalhar o planejamento para a Copa”.
(…)

Por Reinaldo Azevedo





11/05/2014 às 6:20



Cidinha nos deixou tão cedo! Minha prima, minha amiga, minha comadre, minha leitora, minha crítica. Que sorte a nossa, a dos que pudemos desfrutar de sua companhia, de sua alegria, de sua inteligência, de sua bondade! Dê aí uma desarrumada no Céu, “cumádi”, que nunca mais será aborrecido!

Por Reinaldo Azevedo





11/05/2014 às 6:05
LEIAM ABAIXO


A TROPA DO PT: eles ameaçam de morte, xingam, provocam, querem bater. Na raiz da delinquência, está o dinheiro público do governo e das estatais;
Datafolha: 61% são contra o voto obrigatório! Ótima notícia!;
TCU quer investigar barbeiragem bilionária de Dilma no setor elétrico;
Vamos deixar de fantasias conspiratórias! Eu não tirei post nenhum do ar!!!;
Em meio a escândalos, Petrobras anuncia lucro 30% menor no 1º trimestre;
Barbosa faz a coisa certa e veta trabalho externo para Dirceu;
Greves ameaçam parar o Rio no mês da Copa do Mundo;
Eike: de homem de ouro a Geni do Brasil;
Justiça determina quebra de sigilos fiscal e bancário de Eike Batista;
É impossível haver Legislativo bom com um estado gigante e tentacular;
Atuação do Congresso é reprovada por um terço dos brasileiros;
Números do Datafolha, acreditem, acenam com uma possível derrota de Dilma;
Minha coluna na Folha desta sexta: “Fabiane e a maçã envenenada”;
Dirceu e Agnelo Queiroz debocham da Justiça: filha de mensaleiro fura fila de visita em carro oficial, com placa fria, cedido pelo governo do DFPor Reinaldo Azevedo


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11/05/2014 às 5:59
A TROPA DO PT: eles ameaçam de morte, xingam, provocam, querem bater. Na raiz da delinquência, está o dinheiro público do governo e das estatais


Leiam este comentário enviado ao blog no dia 6.



Como esse, chegam dezenas por dia. É disso para pior. O vocabulário é bem mais agressivo, as ameaças são mais, como posso dizer?, escatológicas e se estendem à minha família. E elas costumam ter um padrão também, já observei aqui. Noventa por cento delas têm ao menos uma destas três abordagens (havendo aquelas que juntam as três): a) anunciam que a hora está chegando; b)falam em tiro na cabeça; c) sugerem alguma forma de violação de caráter sexual, em que o adversário é sujeitado, humilhado, estuprado. A coisa mereceria um estudo sociopsicológico:

a) A “hora chegando” é um conceito essencialmente fascista; os vingadores, ungidos pela história, se vingam de seus inimigos e os exterminam fisicamente. O discurso-símbolo é aquele feito por Goebbels no dia 10 de fevereiro de 1933, 11 dias depois de Hitler ter sido nomeado chanceler: “Um dia nossa paciência vai acabar e calaremos esses judeus insolentes, bocas mentirosas!”.

b) O “tiro na cabeça” tem um duplo apelo: 1) é um modo clássico de executar pessoas condenadas por crimes de guerra — e isso quer dizer que essa gente se sente, de fato, numa guerra; 2) o tiro na cabeça significa, simbolicamente, um apagamento das ideias dos adversários. O cérebro, que abriga o conteúdo reprovável, será destruído por uma bala.

c) A violação de caráter sexual — e suas variantes — remete à emasculação, à castração do adversário. Creiam: quem apela a essa metáfora precisa apenas das circunstâncias adequadas para se tornar um estuprador: de mulher, homem, criança ou bicho.

Estamos falando de uma horda. Ocorre que ela não é formada ao acaso, não, e conta com um centro irradiador, financiado por dinheiro público. Quem indica os alvos a serem atacados são aqueles que se orgulham de ser chamados de “blogs sujos”: páginas na Internet financiadas pelo governo federal e por estatais para difamar membros do Judiciário, líderes da oposição, a imprensa e os jornalistas independentes. Eleitos os alvos, a rede petralha se encarrega, então, de dar início ao linchamento.

Joaquim Barbosa
Joaquim Barbosa, ministro do STF e seu presidente até novembro, já foi saudado pelos petistas como o “herói negro nomeado por Lula”. Quando ficou claro que ele se limitaria, em todo o processo do mensalão, a seguir a lei, então se transformou no traidor e no demônio de plantão. A rotina foi a mesma: os blogs sujos passaram a disparar as palavras de ordem, e a fascistada, nas redes sociais, com perfis falsos ou verdadeiros, se encarregou e se encarrega da rede de difamação, que logo evolui para a ameaça.

O ministro passou a ser alvo de considerações como esta:



Um certo Sérvolo Aimoré-Botocudo de Oliveira, escreveu o seguinte no Facebook (segue a mensagem como lá estava):
JOAQUIM BARBOSA SEU DESGRAÇADO. VOCÊ VAI MORRER DE CÂNCER OU UM TIRO NA CABEÇA. E QUEM VAI MANDAR FAZER ISSO SÃO SEUS “AMIGOS”. SÃO OS SENHORES DO NOVO ENGENHO. SEU CAPITÃO DO MATO. SEU INFÂME. SEU TRAIDOR. TIREM AS MÃOS DOS NOSSOS HEROIS!

Os “nossos heróis” — no caso, deles — são os mensaleiros José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares. Pois bem. Temendo pela segurança de Barbosa, a direção do STF acionou a Polícia Federal e chegou ao autor das ameaças: Sérvolo de Oliveira e Silva. Quem é ele? É secretário de Organização do Diretório do PT de Natal e, pasmem!, membro da Comissão de Ética do partido no Rio Grande do Norte — imaginem o que não fazem os que não pertencem à dita-cuja… Ah, sim: também é assessor do vereador Fernando Lucena na capital potiguar. Lucena, obviamente, é do PT.

Ele sumiu do mapa. Começou a ser investigado pela PF em fevereiro. Desde esse mês, saiu de circulação para, segundo consta, “cuidar de assuntos pessoais”. Juliano Siqueira, o presidente do partido no Estado, afirma: “Esse cara apareceu aqui no começo do ano. Mandaram de Brasília. Mas nem sei quem é”. Entendo!!! “Mandaram de Brasília”??? Quem “mandaram”, cara-pálida? Foi a Direção Nacional do partido?

O que diz Sérvolo?
VEJA localizou o tal Sérvolo. Confirma a publicação das mensagens, mas diz: “Se eu quisesse matar mesmo, apesar de ele merecer (!!!), eu não iria fazer uma ameaça de morte na Internet”. SEM ESSA! Quem adere a esse comportamento delinquente pode não ter a coragem de exercitar a violência, mas está convidando os que têm a fazê-lo. E sempre há os “corajosos” que não covardes o bastante, não é mesmo? Pensem nos casos brutais de que tivemos notícias recentemente. Uma corrente na Internet contra um indivíduo, famoso ou não, poderoso ou não, pode ter consequências trágicas. De resto, incitar a violência é crime.

Aloysio Nunes
Sérvolo é só parte de uma legião. Na terça-feira, vimos a patuscada armada por um conhecido militante-arruaceiro petista chamado Rodrigo Grassi Cademartori, conhecido como “Rodrigo Pilha”, que tem um blog na Internet e era, até há menos de um mês, assessor parlamentar da deputada Erika Kokay (PT-DF). As câmeras do circuito interno do Senado registram com precisão o que aconteceu.
- o tal abordou o senador para lhe fazer perguntas como suposto blogueiro;
- Aloysio respondeu a tudo calmamente;
- o rapaz começou a insultá-lo, acusando-o de envolvimento com o cartel do metrô;
- o senador o chamou de cafajeste;
- “Pilha” confessa, então, que era só uma armação para fazer um vídeo e postar na Internet e chama do tucano “para a porrada”;
- chegou a jogar uma garrafa d’água contra o senador;
- foi detido pela segurança do Senado e solto em seguida.

Assistam ao vídeo. Volto em seguida.



Rodrigo Grassi é especialista em provocação. Na condição de assessor da deputada Kokay, perseguiu e agrediu com ofensas o ministro Joaquim Barbosa — aquele, sabem?, ameaçado de morte pelo tal Sérvolo. Vamos relembrar o vídeo:



Atenção! A deputada Kokay saiu, então, na prática, em sua defesa, afirmando que ele ofendeu o ministro fora do seu horário de trabalho. Depois, acabou afastando-o de seu gabinete, ao menos oficialmente. Republico trecho de reportagem de VEJA sobre esse cara (em azul):
Defensor da ditadura cubana, Grassi comandou a tropa que hostilizou a blogueira Yoani Sánchez quando ela visitou o Congresso Nacional, iniciou uma confusão após provocar o ex-deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e ajudou a organizar “protestos” contra o deputado Marco Feliciano (PSC-SP). Também fez questão de passar o dia na porta da Superintendência da Polícia Federal quando os mensaleiros se entregaram no ano passado.
Uma de suas estratégias é insuflar manifestantes em protestos, sem que fique evidente a ligação dos atos com o PT e o gabinete de Érika Kokay. As duas mulheres que também hostilizam Barbosa no vídeo são Andreza Xavier e Maria Luiza Rodrigues, amigas do assessor parlamentar.
Na descrição do vídeo que publicou com a perseguição a Barbosa, Grassi define o presidente do STF como “fascista” e, orgulhosamente, anuncia que o colocou “para correr”. No vídeo, em português sofrível, ataca: “Ele precisa (sic) de andar com muitos seguranças”.
Grassi recebe da Câmara dos Deputados cerca de 4.800 reais por mês. Porque o militante-profissional continua sendo bancado pelo dinheiro público é uma pergunta que a deputada Érika Kokay deveria responder.


Rodrigo Grassi: cerveja, lancha, vida boa, dinheiro público e agressão a quem considera adversário: são os nossos bolivarianos (Facebook)



Retomo
Atenção! Gente como Sérvolo e esse tal Grassi são, digamos assim, a linha de choque de uma prática bem organizada, sistemática, metódica, que tem nos chamados “blogs sujos” (e também alguns veículos impressos) a sua expressão supostamente inteligente. É nessas páginas, financiadas por estatais como Caixa Econômica Federal, Petrobras e Banco do Brasil — além dos anúncios do governo propriamente — que os “inimigos” são eleitos. Elas fornecem a suposta munição — no mais das vezes, injúria, calúnia e difamação — para que a tropa ataque na rede e, como se nota, se necessário, na ação física também.

É estupefaciente que o dinheiro público seja usado para financiar coisas assim. E que se note: já nem se trata de patrocinar páginas simpáticas ao governo ou que comunguem de seus valores ideológicos. Nada disso! Trata-se de dar suporte a panfletos dedicados a fazer a defesa do PT e a difamar qualquer um que seja considerado “um inimigo”. Ora, o dinheiro que financia essa canalha também pertence aos ofendidos. Com que direito é escandalosamente privatizado? Normal, não é?, quando se tem uma presidente da República que usa a Rede Nacional de Rádio e Televisão para fazer política partidária e proselitismo eleitoral. Foi tudo planejado junto com a Secretaria de Comunicação do governo, hoje a cargo de Thomas Traumann — a mesma que distribui as verbas de publicidade para os patriotas fazerem o trabalho sujo. Quando não é assim, estão por aí a pedir cabeças de jornalistas aos veículos de comunicação. E pedem mesmo! Não têm nenhum pudor.

Hora dessas, um dos talibãs do petismo põe em prática, para valer, o que seus mestres indiretamente recomendam, financiados com dinheiro público. Como se nota, eles estão perdendo qualquer noção de limite. E vão se tornar mais violentos e mais virulentos à medida que as eleições se aproximam. Imaginem do que essa gente não é capaz se for derrotada na eleição presidencial.

Eu não sei se essa gente deixa o poder em 2014. Tomara que sim! Se não for agora, será um dia. E estejam certos de que a sua história será contada no detalhe. O banco de dados já é gigantesco. O Terceiro Reich era mais ambicioso e violento do que o PT. E deu no que deu. Os “judeus” com os quais Goebbels prometeu acabar naquele fevereiro de 1933 venceram.
Texto publicado originalmente às 21h44 deste sábado

Por Reinaldo Azevedo

Tags: ideologia, PT, violência


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578 COMENTÁRIOS


11/05/2014 às 5:56
Datafolha: 61% são contra o voto obrigatório! Ótima notícia!


Pesquisa Datafolha feita na quarta e na quinta mostra que 61% dos eleitores brasileiros são contra o voto obrigatório. É uma coisa boa em si. Só não escrevo que é um “bom sinal” porque isso necessariamente quereria dizer que vejo aí um sintoma de algo maior e mais importante. Não tenho dados para tanto. O meu ponto é outro: sempre que a população conclui, na sua maioria ao menos, que um direito não se impõe e que não se pode punir alguém por não exercê-lo, acho que se está no bom caminho. A ideia de que a democracia deva obrigar alguém a votar é uma estupidez, um contrassenso.

Os números do Datafolha são absolutamente coerentes com a, como direi?, realidade da vida. Vejam.



Quanto maior a escolaridade, maior é a rejeição à imposição: 53% (ensino fundamental), 63% (ensino médio) e 71% (ensino superior). A opinião contrária à obrigatoriedade também aumenta de acordo com a renda: 64% (até dois salários mínimos); 66% (de 2 a 5); 68% (de 5 a 10); 71% (mais de 10). Que se note: o repúdio é grande em todas essas categorias, mas é maior, como era de se esperar, entre os mais instruídos e mais prósperos. Essas pessoas são sempre mais intolerantes com os arroubos autoritários do estado.

A reportagem da Folha ouve dois analistas sobre os números. Um vê uma manifestação de “descrença preocupante”. Outro acha que o eleitor se sente impotente diante do poder público. Eu não acho nada disso. Penso que o eleitor descobriu que não faz sentido que um ato de vontade seja imposto pelo chicote estatal, ora bolas!

A obrigatoriedade e a afinidade eletiva
Vejam o que acontece quando os números são filtrados pelas afinidades eletivas: os eleitores de Dilma são os mais conformados com o voto obrigatório — não por acaso, na pesquisa eleitoral, ela lidera entre os mais pobres e menos instruídos (por enquanto ao menos). Gente menos informada e mais exposta ao arbítrio de terceiros acaba sendo mais tolerante com as imposições do Estado. A rejeição aumenta bastante entre os eleitores de Aécio Neves e Eduardo Campos. Esse dado, diga-se, desautoriza a tal hipótese da “descrença”: ora, justamente o grupo que está apostando na mudança — e, portanto, alimenta a crença numa reviravolta política — é mais refratário à obrigatoriedade.

E que se note: eu torço para Dilma perder a eleição — e não vejo por que alguém deva inferir o contrário. Olhando os números, pode-se pensar que o voto volitivo acabaria sendo ruim para Aécio e Campos já que seus respectivos eleitorados são os que mais rejeitam o voto obrigatório. Ocorre que uma coisa não implica outra. Ser contra a obrigatoriedade não é sinônimo de não querer votar.

A propósito: a imposição do voto não deixa de ser uma espécie de conforto para os políticos brasileiros. Seria útil à democracia, à população é à política que eles fossem compelidos a convencer o eleitorado de que vale, sim, a pena EXERCER UM DIREITO.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Eleições 2014, voto obrigatório


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11/05/2014 às 5:08
TCU quer investigar barbeiragem bilionária de Dilma no setor elétrico


Quando se for fazer o devido inventário da herança maldita do petismo, a barbeiragem cometida no setor elétrico certamente disputará os primeiros lugares. E tudo pra quê? Pra nada! A presidente Dilma, num ato genuinamente seu — essa besteira, ao menos, não se pode atribuir ao legado de Lula —, afetando ares de grande especialista e czarina da energia, decidiu baixar o preço da energia no porrete. E um dos caminhos foi a antecipação da renovação das concessões, que obrigou o Tesouro a um desembolso bilionário para consertar a burrada. E não foi falta de aviso. Agora o TCU quer investigar a contribuição bilionária do governo federal ao erro. Leiam o que informam Danilo Fariello e Bruno Rosa no Globo:
*
O Tribunal de Contas da União (TCU) quer apurar o impacto financeiro da Medida Provisória (MP) 579 – de redução na conta de luz com a criação de regras para antecipação da renovação de concessões do setor elétrico – no déficit atual das empresas. A crise nas companhias resultou na necessidade de aportes bilionários do Tesouro Nacional e num empréstimo de R$ 11,2 bilhões, que elas afirmam, agora, ser insuficiente.

Segundo o ministro José Jorge, relator da auditoria em curso no Tribunal sobre o setor elétrico, a iniciativa de aferir esse impacto resultou na audiência pública promovida pelo TCU na última quinta-feira para debater regras e prejuízos no setor. “Pedi à área técnica para comparar o efeito da antecipação da renovação das concessões para o que seria uma renovação natural na data de vencimento dos contratos, porque a antecipação pode ter agravado o problema”, disse Jorge ao GLOBO.

O ministro lembrou que o aporte do Tesouro ao setor elétrico estava inicialmente previsto em R$ 3,3 bilhões, tendo passado para R$ 5 bilhões e depois para R$ 12 bilhões, sem que se saiba ao certo qual será a conta final. As distribuidoras de energia, por exemplo, já sinalizam que precisarão de mais R$ 7,9 bilhões para fechar o resto do ano.

O governo federal editou em 2012 a MP 579, convertida no ano seguinte na lei 12.783, com a regra de antecipação da renovação dos contratos a vencer de geradoras e transmissoras de energia e redução na tarifa. As empresas que aderiram tiveram redução da receita, mas também pagamento de indenizações dos investimentos ainda não amortizados.

O governo antecipou os vencimentos, entre outros motivos, para obter uma redução de 20% nas contas de luz. No entanto, Cesp, Cemig e Copel não aderiram ao modelo e mantiveram os contratos originais até o vencimento. Isso, junto com a estiagem, dizem analistas, afetou o setor.

O TCU deverá avaliar como a decisão afetou o fluxo de caixa das empresas, que consideram os aportes do Tesouro Nacional insuficientes e obtiveram empréstimo de R$ 11,2 bilhões, via Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), para sanar dívidas causadas pela falta de contratos de longo prazo e agravadas pelo cenário climático.

Segundo Jorge, a Secretaria de Fiscalização de Desestatização e Regulação de Energia e Comunicações (Sefid) do TCU deverá avaliar também outros aspectos que podem ter levado à crise das distribuidoras. No fim de 2012, o governo cancelou um leilão de energia justificando que as necessidades das distribuidoras no ano seguinte seriam atendidas pela “energia proveniente das usinas cujas concessões serão prorrogadas”, intenção que acabou frustrada sem a adesão integral das empresas.
(…)Por Reinaldo Azevedo

Tags: Eletrobras, Governo Dilma, TCU


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10/05/2014 às 20:27
Vamos deixar de fantasias conspiratórias! Eu não tirei post nenhum do ar!!!


Que coisa doida! A VEJA desta semana traz uma reportagem sobre um petista que andou publicando por aí que o ministro Joaquim Barbosa merece levar um tiro na cabeça. Publicarei um post a respeito daqui a pouco sobre as delicadezas de que essa gente é capaz, identificando o centro nervoso de práticas assim: está lá no Palácio do Planalto.

Muito bem! Sei lá por quê, espalhou-se a história de que o texto teria saído no meu blog e de que eu o teria retirado do ar. Como estou sem escrever há quase 24 horas, chegam-me as conjecturas mais estapafúrdias.

Dei-me esse resguardo porque morreu uma pessoa muito querida, da minha família, e eu estava sem cabeça. Sei lá como começou essa história da suposta retirada do post. Perguntei às pessoas que fazem a homepage da VEJA.com se, se por engano, tinham lincado a reportagem ao meu blog. Que elas tenham registrado lá, não!

Daqui a pouco, digo o que penso a respeito e trago algumas informações adicionais que dizem respeito a este blog propriamente. Aguardem um pouquinho.Por Reinaldo Azevedo

Tags: imprensa


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09/05/2014 às 21:47
Em meio a escândalos, Petrobras anuncia lucro 30% menor no 1º trimestre


Por Talita Fernandes, na VEJA.com. Volto ao tema mais tarde.
A Petrobras anunciou nesta sexta-feira um lucro de 5,393 bilhões de reais no primeiro trimestre, queda de 30% em relação aos 7,69 bilhões de reais de igual período de 2013. O anúncio acontece em meio a uma série de escândalos nos quais a estatal está envolvida. No Congresso, oposição e governo discutem a formação de duas CPIs que vão apurar casos como pagamento de propina, corrupção e problemas em projetos da petroleira, como a compra da refinaria de Pasadena, no Texas (que provocou um prejuízo de mais de 1 bilhão de dólares para a estatal), e a construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco. Ex-diretores da petroleira também estão sendo investigados por meio da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, que investiga lavagem de dinheiro. Na comparação com o último trimestre do ano passado, o lucro da estatal encolheu 14% – a empresa registrou 6,281 bilhões de reais de outubro a dezembro de 2013.

O dado veio dentro do intervalo das expectativas do mercado, que variava entre lucro de 3,8 bilhões de reais a 7,1 bilhões de reais. O número foi influenciado negativamente pelo Programa de Demissão Voluntária (PDV). Em nota divulgada no início da semana, a Petrobras disse que o resultado dos primeiros três meses deste ano teria um impacto negativo de 1,6 bilhão de reais, provocado pelas demissões. Contudo, a estatal espera que o programa gere uma economia de pelo menos 13 bilhões de reais entre 2014 e 2018. Também nesta semana a empresa revelou que o número de empregados inscritos no programa de demissão voluntária atingiu 8.298, o equivalente a 12,4% de seu efetivo total. A previsão é de que 55% dos desligamentos ocorram ainda em 2014.

Além do efeito causado pelo PDV, o lucro da estatal continua sendo limitado pelos recorrentes prejuízos apurados pela área de Abastecimento da Petrobras em função da necessidade de importação de petróleo e derivados. Responsável pela atividade de importação de combustíveis e posterior revenda no mercado doméstico a preços inferiores aos praticados no exterior, o segmento acumulou prejuízo de 4,808 bilhões de reais entre janeiro e março de 2014, aumento de 13% em relação ao resultado negativo do primeiro trimestre de 2013. A importação de petróleo e derivados, responsável por forte impacto nas contas da estatal, manteve-se elevada, em 783 mil barris por dia (bpd) no primeiro trimestre, ante 780 mil bpd no trimestre anterior e 860 mil bpd um ano antes.

Combustíveis
No âmbito positivo, o reajuste dos combustíveis, válido desde 1º de dezembro do ano passado, contribuiu para elevar a receita de vendas da estatal em 1% em relação ao último trimestre de 2013, para 81,545 bilhões de reais. No final de 2013, o governo, controlador da Petrobras, autorizou um aumento de 4% na gasolina e de 8% para o óleo diesel. Apesar do aumento, o mercado calcula uma defasagem média de 10% em relação ao mercado externo para a gasolina e de 16% para o óleo diesel. O resultado da Petrobras só não foi menor porque o câmbio tem favorecido a estatal. Depois de o dólar ter alcançado 2,45 reais no ano passado, a moeda estrangeira recuou frente ao real e tem se mantido entre 2,20 e 2,30 reais nos primeiros meses deste ano.

Pasadena
No balanço, a estatal divulgou dados sobre a produção da refinaria de Pasadena, pivô da CPI e da série de investigações que surgiram sobre a estatal. “Quanto ao desempenho do nosso parque de refino no exterior, a carga total processada foi de 165 mil bpd, 6% menor que o realizado no trimestre anterior (175 mil bpd) devido à parada programada da refinaria de Okinawa ocorrida em fevereiro. A refinaria de Pasadena continua processando acima de 100 mil bpd em função da disponibilidade de petróleo não convencional (tight oil) a preços competitivos, associado à eliminação de gargalos operacionais em suas instalações. Por fim, o custo unitário de refino no exterior reduziu 18% do 4T13 para 1T14.”

Endividamento
A alavancagem líquida da Petrobras, medida pela relação entre endividamento líquido e patrimônio líquido, fechou o primeiro trimestre de 2014 em 39%, estável em relação ao final do ano passado, mas novamente acima do patamar de 35% desejado pela estatal. O balanço mostra que o nível de endividamento da companhia não para de crescer. A dívida bruta da companhia encerrou o mês de março em 308,1 bilhões de reais, superando o patamar inédito de 300 bilhões de reais. Apenas durante o trimestre, a dívida da companhia cresceu 40,3 bilhões de reais, principalmente em função de duas captações externas que somaram mais de 13 bilhões de dólares.

O volume de recursos da estatal, incluindo montante em caixa e títulos públicos federais, também cresceu, basicamente devido às captações externas. O montante saltou de 46,257 bilhões de reais em dezembro passado para 78,478 bilhões de reais ao final de março deste ano.

Investimentos
Os investimentos da Petrobras somaram R$ 20,584 bilhões entre janeiro e março deste ano, montante 4,1% superior ao registrado no mesmo período de 2013. A maior parte dos investimentos foi direcionada à área de Exploração e Produção (E&P), com o equivalente a R$ 13,243 bilhões (64% do total). Na sequência aparecem as áreas de Abastecimento, com aporte de R$ 4,985 bilhões (24% do total) no período, e de Gás e Energia, com R$ 1,147 bilhão (6% do total).Por Reinaldo Azevedo

Tags: Petrobras


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09/05/2014 às 16:56
Barbosa faz a coisa certa e veta trabalho externo para Dirceu


Por Laryssa Borges, na Veja.com:
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, vetou nesta sexta-feira o pedido do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu para trabalhar fora do presídio da Papuda, no Distrito Federal, enquanto cumpre pena pela condenação no julgamento do mensalão. Relator do processo na Corte, Barbosa sustentou que o petista ainda não cumpriu o mínimo de um sexto de sua pena – sete anos e onze meses –, um requisito para conseguir o benefício, segundo a Lei de Execução Penal. No caso de Dirceu, seria preciso cumprir ao menos 1 ano, 3 meses e 25 dias de prisão no regime semiaberto – com possibilidade de descontar os dias remidos por trabalho ou estudo.

Por lei, a autorização para o trabalho externo depende do cumprimento prévio de um sexto da pena. Porém, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem jurisprudência que autoriza o trabalho independentemente da comprovação deste prazo. O Supremo, por sua vez, tem decisões em sentido contrário, exigindo a comprovação de cumprimento prévio de parte da sentença. Nesta quinta-feira, por exemplo, Barbosa revogou a permissão de outro mensaleiro, Romeu Queiroz, para trabalhar fora do presídio em Minas Gerais – o que deverá ser replicado para os demais menaleiros que conseguiram o benefício.

“Ausente o pressuposto objetivo para a concessão do benefício (não cumprimento de 1/6 da pena) e por ser absolutamente contrários aos fins da pena aplicada (…) indefiro o pedido”, disse Barbosa na decisão sobre o pedido de Dirceu. Em sua decisão, o magistrado contesta ainda a interpretação frequente do STJ de que o cumprimento de um sexto da pena não seria necessário e afirma que as decisões daquele tribunal “violam frontalmente o disposto no artigo 37 da Lei de Execução Penal”. “Ao eliminar a exigência legal de cumprimento de uma pequena fração da pena total aplicada ao condenado a regime semiaberto, as VEPs e o Superior Tribunal de Justiça tornaram o trabalho externo a regra do regime semiaberto, equiparando-o, no ponto, ao regime aberto, sem que o Código Penal ou a Lei de Execução Penal assim o tenham estabelecido. Noutras palavras, ignora-se às claras o comando legal, sem qualquer justificativa minimamente aceitável”, afirmou.

Em resposta à Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal já havia rejeitado a principal tese petista, segundo a qual ele estaria sendo prejudicado por ser o único mensaleiro a não ter tido autorizado o pedido de trabalho externo. Dirceu tem oferta para trabalhar no escritório do criminalista José Gerardo Grossi.

Para Barbosa, o fato de Grossi não permanecer em seu escritório durante todo o expediente, por exemplo, dificultaria a fiscalização de Dirceu durante a jornada de trabalho. “Ademais, para fins de reeducação, o apenado já vem executando atividade similar dentro do sistema prisional”, onde tem feito cursos de Direito Constitucional e trabalhado dentro da biblioteca da Papuda. Na avaliação do ministro, “não há, assim, motivo para autorizar a saída do preso para executar serviços da mesma natureza do que já vem executando atualmente, considerada a finalidade do trabalho do condenado”, que é educativa e produtiva, conforme a Lei de Execução Penal.

Em seu despacho, o ministro ainda critica duramente a oferta de trabalho feita por Grossi ao principal condenado no escândalo do mensalão e afirma que “é lícito vislumbrar na oferta de trabalho uma mera ‘ação de complacência entre companheiros’”. “É de se indagar: o direito de punir indivíduos definitivamente condenados pela prática de crimes, que é uma prerrogativa típica do Estado, compatibiliza-se com esse inaceitável tradeoff entre proprietários de escritórios de advocacia criminal? Harmoniza-se tudo isso com o interesse público, com o direito da sociedade de ver os condenados cumprirem regularmente as penas que lhes foram impostas?”, questiona ele.

Mordomias
A decisão contrária ao trabalho a José Dirceu foi divulgada no mesmo dia em que o jornal Folha de S. Paulo revelou que as mordomias do ex-ministro da Casa Civil na prisão continuam: sua filha, Joana Saragoça, foi flagrada furando a fila de visitas na Papuda com a ajuda de um funcionário da Subsecretaria do Sistema Prisional.

Nesta semana, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já havia encaminhado documento ao Supremo no qual apontava “indicativos claros” de tratamento diferenciado concedido aos mensaleiros na cadeia. Entre esses indicativos, ele citou o fato de os presos terem recebido visitas em horários diferenciados na Papuda, administrada pelo governo Agnelo Queiroz (PT). O procurador ressaltou ainda depoimento no qual outros presidiários relataram que os condenados do mensalão recebem café da manhã diferente. “Há indicativos bastante claros que demandariam uma atitude imediata das autoridades”, disse.

Em duas edições, VEJA revelou uma série de mordomias que Dirceu e Delúbio Soares desfrutam na Papuda. Dirceu passa a maior parte do dia no interior de uma biblioteca onde poucos detentos têm autorização para entrar. Lá, ele gasta o tempo em animadas conversas, especialmente com seus companheiros do mensalão, e lê em ritmo frenético para transformar os livros em redações, o que lhe pode garantir dias a menos na cadeia. O ex-ministro só interrompe as sessões de leitura para receber visitas – incluindo um podólogo –, muitas delas fora do horário regulamentar e sem registro oficial algum, e para fazer suas refeições, especialmente preparadas para ele e os comparsas.

Já o ex-tesoureiro petista detém forte influência no Centro de Progressão Penitenciária. Os benefícios, considerados irregulares pelo Ministério Público do Distrito Federal, incluem até refeições especiais, como feijoada aos finais de semana, o que é proibido para todo o restante da população carcerária. Outro exemplo da influência de Delúbio dentro do CPP ocorreu quando o petista teve sua carteira roubada. Ele chamou o chefe de plantão, que determinou que ninguém deixasse a ala do centro de detenção até que a carteira, os documentos e os 200 reais em dinheiro fossem encontrados.

Comandada pelo PT, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara realizou uma diligência na Papuda com o objetivo de negar a existência de benefícios aos condenados no julgamento do mensalão e, dessa forma, evitar sanções aos mensaleiros. A intenção era pressionar pela liberação do trabalho externo para Dirceu, mas o tiro saiu pela culatra: os deputados encontraram Dirceu assistindo a um jogo de futebol em TV de plasma e conferiram que sua cela é maior e mais equipada que a dos demais detentos – possui micro-ondas, chuveiro quente e uma cama melhor.

Em resposta à Comissão, a própria Vara de Execuções Penais desconstruiu o argumento de que Dirceu estaria sendo penalizado pelas autoridades judiciárias por não ter recebido aval para o trabalho externo. Conforme a VEP, ao contrário do que alega a militância petista, o regime semiaberto não garante o direito ao trabalho externo, e sim à possibilidade de o detento ser ser contemplado com esse benefício. “O regime semiaberto não se caracteriza pela existência de benefícios externos, os quais, na forma do artigo 35 do Código Penal, podem ser autorizados de forma excepcional. O trabalho ao sentenciado, como regra, é interno, mesmo no regime semiaberto. O sentenciado José Dirceu cumpre pena no regime semiaberto com estabelecimento adequado ao regime prisional fixado na sentença”, informou a VEP em ofício enviado à Câmara dos Deputados.

Dirceu está sendo investigado pela Justiça por ter usado um celular dentro da cadeia do secretário da Indústria, Comércio e Mineração do governo da Bahia, James Correia, no dia 6 de janeiro.Por Reinaldo Azevedo

Tags: José Dirceu, Mensalão


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09/05/2014 às 15:41
Greves ameaçam parar o Rio no mês da Copa do Mundo


Por Pâmela Oliveira, na VEJA.com:
A quinta-feira sem ônibus no Rio de Janeiro foi um exemplo, em escala reduzida, do que um grupo planeja para o mês da Copa do Mundo na cidade. O período que antecede a competição, com grande visibilidade internacional, estimula diversas categorias a concentrar para maio e junho suas reivindicações, com ameaças de greve. Estão no grupo uma parte dos rodoviários, professores das redes municipal e estadual, policiais civis e militares e vigilantes. Diante da possibilidade de causar algum transtorno, páginas dos grupos Black Bloc e Anonymous no Facebook estimulam todo e qualquer protesto.

A adesão de manifestantes de plantão, mascarados e outros grupos radicais já tem um grito de guerra. O “não vai ter copa” foi substituído, nas trocas de mensagens em redes sociais, pelo “não vai ter paz na Copa”. A tática dos manifestantes é apoiar e intensificar qualquer movimento que possa inflar os protestos contra a realização da competição e os governos municipal, estadual e federal. As greves também são a forma de retomar a mobilização, esvaziada desde a morte do cinegrafista Santiago Andrade, que resultou na prisão de dois manifestantes.

Nesta sexta-feira, os vigilantes têm protesto marcado às 15h, na Candelária. Uma hora antes, grevistas da categoria vão caminhar da Candelária até o Maracanã. Professores das redes municipal e estadual anunciaram uma paralisação a partir desta segunda-feira. Policiais Civis estão dispostos a cruzar os braços e o governo não aprovar a incorporação de uma gratificação de 850 reais aos salários, no dia 15. Na lista dos que podem entrar em greve às vésperas do Mundial ainda estão as polícias Civil e Federal.

O resultado da paralisação dos ônibus na quinta-feira deixa claro que o objetivo de uma parte dos manifestantes não é só reivindicar. Piquetes para impedir a saída de veículos resultaram em 467 veículos depredados. Nas redes sociais, grupos contrários à realização da Copa no país comemoraram e listaram outras categorias que estão em greve, como os vigilantes, parados desde 24 de abril. “A luta do povo está roubando a cena. Viva”, dizia uma publicação do grupo Anonymous no Facebook.

Professores
A nova greve dos professores, após nove meses da última paralisação da categoria, pode ser um problema não só pela interrupção das aulas de milhares de alunos. A greve aumenta o risco de protestos violentos, como os que transformaram as ruas do Centro do Rio em praças de guerra no ano passado. A preocupação não está nas manifestações dos profissionais da educação, mas na adesão dos Black Blocs, que em outubro receberam o “apoio incondicional” do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe).Por Reinaldo Azevedo

Tags: greves, Rio


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09/05/2014 às 15:32
Eike: de homem de ouro a Geni do Brasil


Ser empresário no Brasil é um inferno. Conhecendo a legislação e as exigências, os empreendedores brasileiros merecem ser alçados ao panteão dos heróis. Se não é poderoso o bastante para ter uma estrutura gigantesca só para cuidar dos nós burocráticos, pode passar boa parte do seu tempo cuidando do emaranhado fiscal, por exemplo — e pagando impostos.

Quando o capitalismo brasileiro vira papelório no mercado financeiro, no entanto, aí temos amarras de menos. Basta conversar com quem conhece. A frequência com que alguns tubarões lucram milhões — e pode chegar a bilhões, não é? — em razão de informações privilegiadas chega a ser espantosa. É o caso Eike? Não sei. Que se apure. Alguns figurões que andam por aí estariam na cadeia nos EUA há muito tempo.

Antes que prossiga, faço aqui uma ressalva importante. Sinto certo desconforto ao perceber que o antes “homem de ouro” virou a “Geni do Brasil”. É preciso tomar cuidado, sim, para que o ressentimento não seja maior do que o sentido de justiça. Dito isso, sigamos.

Se Eike fez o que não pode, que seja punido. Mas noto que, na relação com o ex-bilionário, muita gente foi enganada mais por si mesma do que por ele, não é? Não entendo nada de petróleo. Não conheço a rotina das apostas nessa área. Mas sempre esteve tão claro para mim que ele havia se tornado multibilionário vendendo esperanças! E não havia ingênuos naquele jogo.

Reitero: isso não exclui eventuais ações ilegais, criminosas etc. Apenas chamo a atenção para o fato de que alguns dos que se querem agora suas vítimas foram também protagonistas. No mais, lei nele!Por Reinaldo Azevedo

Tags: Eike Batista


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09/05/2014 às 15:14
Justiça determina quebra de sigilos fiscal e bancário de Eike Batista


Por Daniel Haidar, na VEJA.com:
O empresário Eike Batista teve os sigilos bancário e fiscal quebrados pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Transações bancárias de março de 2013 a maio de 2014 vão ser examinadas a pedido do Ministério Público Federal (MPF), que investiga com a Polícia Federal se o ex-bilionário cometeu os crimes de lavagem de dinheiro, uso indevido de informação privilegiada e realização de operações financeiras simuladas. Também vai ser analisada a evolução patrimonial de Eike de 2012 a 2013.

O Ministério Público também tinha requisitado a expedição de mandados de busca e apreensão na casa do empresário. O objetivo era coletar documentos e eventuais provas na residência de Eike e em outros endereços. Neste momento, a ordem de busca foi negada. Eike também é investigado em outros dois processos criminais na 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

No mesmo processo criminal, o juiz Flávio Roberto de Souza, especializado em lavagem de dinheiro e crimes financeiros, determinou o bloqueio de 122 milhões de reais de Eike, depositados em 14 bancos no Brasil. Não foram bloqueados recursos do empresário no exterior. O bloqueio de bens é uma medida preventiva para garantir que, caso Eike venha a ser considerado culpado, esses valores sirvam de reparação, de acordo com o juiz Flávio Roberto de Souza.

O processo foi aberto para investigar suspeita de obtenção de vantagem indevida por Eike com a venda de ações da Óleo e Gás Participações (OGP), antiga OGX Petróleo. Uma das suspeitas é de que ele tenha se beneficiado ilegalmente da venda de papéis da empresa em maio do ano passado, antes de ser divulgado ao mercado que a empresa não produziria o óleo prometido em alguns campos de petróleo sob exploração. Depois das vendas, o fracasso na exploração desses campos foi divulgado ao público em geral e os papéis sofreram forte queda na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).

A hipótese sob investigação é de que Eike, como controlador, se utilizou indevidamente de informação privilegiada nessas vendas de ações. Em agosto do ano passado, ele também vendeu papéis em transações que estão hoje sob suspeita. Nos dois episódios, ele teria lucrado 122 milhões de reais com as operações, de acordo com a estimativa inicial feita pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Por isso é esta a soma – 122 milhões de reais – bloqueada por ordem judicial. Ele tem, atualmente, cerca de 180 milhões de reais em bancos brasileiros.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Eike Batista


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09/05/2014 às 15:11
É impossível haver Legislativo bom com um estado gigante e tentacular


A boa notícia para o Congresso e, em certa medida, para o Brasil é que os que reprovavam o trabalho do Legislativo em agosto de 2013 eram 42% e, agora, são “apenas” 34%. É claro que não é um número bom e que muita gente por lá dá mau exemplo. Mas não sei se pode ser muito diferente.

Tendo a achar que a ação dos políticos é mal avaliada em todos as democracias do mundo — ainda que as sem-vergonhices em solo nativo possam ser maiores do que as de outros lugares. Especialmente nestes tempos de redes sociais, com todo mundo devidamente armado de seu “meio particular de comunicação”, as chances de expressão de descontentamentos são gigantescas.

Esse é o espírito do tempo. Mas há mais do que isso. Dado o tamanho do estado brasileiro; dado o tamanho do Executivo brasileiro; dados os superpoderes de que dispõe o governo brasileiro, é impossível o Congresso ter uma avaliação muito diferente dessa aí.

Não que o Poder seja apenas vítima. Há, sim, muitos larápios por lá, mas os há em toda parte. O problema é que o Legislativo no Brasil existe para ficar de pires na mão. As relações de troca fazem parte da própria natureza do processo. Quem nomeia os cargos da “estatal X”? O deputado ou senador “Y”. Quem indica a cúpula do “Ministério Tal”? O parlamentar “qual”. E assim por diante. O mesmo se dá com a distribuição de verbas do Orçamento.

Atenção! Não existe Legislativo eficiente com um estado desse tamanho! Ele será sempre um Poder subordinado, a manter com o Executivo uma relação corrompida, ainda que possa não ser, em muitos casos, corrupta. A avaliação do Congresso é sempre ruim, mesmo quando a do presidente da República está nos píncaros da glória. E, no entanto, convenham: o Parlamento que mais envergonha o povo é justamente aquele que vive de joelhos, certo? Aliás, não me parece acidental que a avaliação tenha melhorado um pouco justamente quando o prestígio da presidente não anda lá essas coisas…Por Reinaldo Azevedo

Tags: Congresso, Datafolha


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09/05/2014 às 14:51
Atuação do Congresso é reprovada por um terço dos brasileiros


Na Folha Online. Comento no próximo post.
Pouco mais de um terço dos brasileiros (34%) avalia a atuação do Congresso Nacional como ruim ou péssima. E já foi pior. Em agosto de 2013, na pesquisa anterior do Datafolha sobre o parlamento, a taxa de reprovação alcançava 42%. A redução de oito pontos na má avaliação não significa um aumento do percentual de aprovação do trabalho dos deputados federais e dos senadores. O índice dos que julgam a atuação dos congressistas como boa ou ótima praticamente não mudou. Apenas oscilou de 13% para 14%.

A título de comparação, a presidente Dilma Rousseff tem hoje 35% de avaliação positiva. É o segundo pior índice da petista desde a posse, em janeiro de 2011 -acima apenas dos 30% apurados logo após os protestos de junho de 2013. Mesmo assim, o governo Dilma tem mais que o dobro da aprovação do Congresso. A avaliação do Congresso Nacional varia pouco conforme as regiões do país, o porte do município do entrevistado, sua idade ou religião.

Destoa um pouco entre os mais escolarizados e os mais ricos. No grupo dos que têm ensino superior, a reprovação chega a 45%. Já o índice mais baixo de aprovação está entre os que têm renda familiar mensal acima de 10 salários mínimos, o recorte mais alto da amostra. Nesse universo, só 8% julgam o trabalho dos congressistas como bom ou ótimo.
(…)

Por Reinaldo Azevedo

Tags: Congresso


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"A Revolução Francesa começou com a declaração dos direitos do homem, e só terminará com a declaração dos direitos de Deus." (de Bonald).

Obedeça a Deus e você será odiado pelo mundo.








-O coletivismo é a negação da liberdade, porquanto a sede da liberdade é o indivíduo. Tanto é que a pena mais severa na história da humanidade é a privação da liberdade. A essência da liberdade é una e indivisível e daí a designação do sujeito como "indivíduo".

Aluízio Amorim

Filósofa russa Ayn Rand :



“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.”



Ayn Rand nasceu em São Petersburgo em 1905