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Reinaldo Azevedo - Blog - VEJA.com
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Se em meu ofício, ou arte severa,/ Vou labutando, na quietude/ Da noite, enquanto, à luz cantante/ De encapelada lua jazem/ Tantos amantes que entre os braços/ As próprias dores vão estreitando —/ Não é por pão, nem por ambição,/ Nem para em palcos de marfim/ Pavonear-me, trocando encantos,/ Mas pelo simples salário pago/ Pelo secreto coração deles. (Dylan Thomas — Tradução de Mário Faustino)
16/05/2014 às 20:15
“Os nossos adversários, o PT, estão fazendo a política do medo, a antítese da política, porque política é esperança (…). É tempo de ética, honradez… É tempo de Aécio Neves.”
A fala acima, informa a Folha, é do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, durante encontro do PSDB de São Paulo com o DEM de São Paulo.
Alckmin se referia, claro!, à campanha terrorista da propaganda partidária do PT, que dá a entender que a eventual vitória da oposição significaria o caos no país.
Referindo-se ao bloco adversário, afirmou Aécio: “Vocês imaginam esses partidos que hoje estão ao lado do PT quando o PT perder a eleição? Ao lado para defender ideias? Não! O que tem para amalgamá-los é o poder”.
Por Reinaldo Azevedo
Tags: Alckmin, Eleições 2014
16/05/2014 às 20:12
A defesa de José Dirceu recorreu ao pleno do Supremo Tribunal Federal contra a decisão do ministro Joaquim Barbosa, que lhe negou a autorização para trabalhar fora do presídio. O ministro lembrou, o que é fato, que a Lei de Execuções Penais concede esse benefício apenas depois do cumprimento de um sexto da pena. Segundo Barbosa, o trabalho também tem de ser adequado às habilidades do preso.
A defesa de Dirceu alega que se deve levar em conta o Código Penal e que, não havendo as condições adequadas para o exercício do regime semiaberto — prisão que seja uma colônia agrícola ou industrial —, o desejável é que o preso obtenha a autorização.
Vamos ver. A Papuda, de fato, não é uma colônia agrícola nem industrial, mas é conversa mole essa história de que Dirceu vive as condições do regime fechado. Não é, não. O ex-ministro e ex-deputado tem a vigilância relaxada e ampla liberdade de circulação, próprias do regime semiaberto, sim, senhores!
De resto, a licença para um preso em regime semiaberto trabalhar fora não é automática. Entre outros quesitos, analisa-se o comportamento do detento. O de Dirceu, dados os últimos eventos, não me parece dos melhores.
De resto, há poucos estabelecimentos para esse tipo de detenção no país, mas existem, sim. Por que não se pede a transferência de Dirceu para um deles? Mas ele quer ficar na Papuda, do companheiro Agnelo Queiroz. E gritar de lá: “Ah, isso não é uma colônia agrícola ou industrial. Quero trabalhar fora”, transformando o regime, então, em aberto, do albergado, quando o apenado é apenas obrigado a dormir na cadeia.Por Reinaldo Azevedo
Tags: José Dirceu
16/05/2014 às 19:32
Fernando Francischini (PR), líder do Solidariedade na Câmara, já afirmou que vai pedir a expulsão do deputado Luiz Argôlo (BA), singelamente tratado pelo doleiro Alberto Youssef como “Bebê Johnson”. Que coisa mais fofa! Sinto daqui o cheiro dois cosméticos infantis… Ah, tenham paciência! Saímos da esfera da crônica policial para a de costumes. Nesta sexta, ele já perdeu o cargo de vice-líder do partido na Casa.
O que este tal Argôlo — de quem, confesso, nunca tinha ouvido falar — ainda faz na Câmara? Vai ser cassado mesmo! O processo já foi aceito pelo Conselho de Ética. Por que não tem o bom senso de renunciar para evitar maiores constrangimentos a si mesmo e ao Parlamento brasileiro.
Alguém dirá que isso tudo tem a ver com financiamento privado de campanha; que, se fosse público, coisas assim não aconteceriam. Besteira! Essas coisas têm outra natureza. Quem quer manter esse tipo de promiscuidade não precisa de lei a orientá-lo; o seu negócio é justamente desrespeitar as leis.
Aliás, o Solidariedade não tem anunciar nada! Expulse e pronto! Ou imagina ainda alguma defesa possível para Luiz Argôlo, aquele que saltou direto da obscuridade para o Conselho de Ética e, dali, certamente para a cassação?
Argôlo tem o direito de ser amigo de quem quiser e de ser chamado, por esses amigos, de Bebê Johnson. Só não pode ser com dinheiro público.Por Reinaldo Azevedo
16/05/2014 às 19:14
Por Laryssa Borges, na VEJA.com. Volto no próximo post:
A Operação Lava-Jato da Polícia Federal apontou que o deputado Luiz Argôlo (SDD-BA) mantinha uma estreita relação com o doleiro Alberto Youssef, pivô de um megaesquema de lavagem de dinheiro. Agora, os desdobramentos das investigações indicam que o deputado não só participou da trama criminosa do doleiro, como o fez com dinheiro público. Segundo a PF, Argôlo usou passagens aéreas pagas pela Câmara para se reunir com Youssef. O político baiano responde a processo de cassação no Conselho de Ética da Casa.
Apelidado pelo doleiro de “bebê Johnson”, Argôlo utilizou 18.188,85 reais de sua cota parlamentar da Câmara para emitir bilhetes aéreos em novembro do ano passado. A emissão de passagens é permitida em lei, mas os altos valores declarados em apenas um mês levantaram suspeitas da Polícia Federal, que há tempos monitorava as atividades de uma rede de doleiros no país. As investigações apontam que Alberto Youssef tinha um telefone exclusivo para falar com Argôlo.
No dia 26 de novembro do ano passado, o deputado comprou com dinheiro público um bilhete de Brasília para o Aeroporto de Congonhas (SP), no valor de 1.624,55 reais, para conversar pessoalmente com Youssef na capital paulista. O bilhete número 9572480.419740, da TAM, foi utilizado dias após Argôlo reclamar, em uma conversa no dia 19 de novembro, das dificuldades na entrega de dinheiro movimentado pelo esquema. Um interlocutor registrado como “LA”, que a Polícia Federal diz ser Argôlo, se queixa da quantidade de dinheiro: “Impossível eu ter errado. É aquele [sic] ‘num’ mesmo que te falei”. Na sequência, Youssef avisa que tentará resolver a situação: “Nao vou ficar doido agora, tranquilo, amanhã falo com ele e vemos entre nós. Não tem erro. Confere direito para não dar mais para alguém, só isso. E olhe lá de novo”.
Em março deste ano, Argôlo utilizou novamente os recursos da Câmara para comprar passagens e se encontrar com o doleiro. No dia 10 de março, um bilhete no valor de 826,57 reais foi emitido pela Avianca para o trecho entre Salvador e Brasília. Nos dias que antecedem a emissão do bilhete, o deputado cobra de Youssef o pagamento de 200.000 reais. Nas mensagens trocadas entre Argôlo e Youssef, monitoradas pela Polícia Federal, o parlamentar exige o pagamento: “200 hoje resolve”. Depois de novas cobranças, o doleiro diz que vai resolver: “Calma que eu estou resolvendo. Sei o que você está passando”.
No dia seguinte, 7 de março, nova pressão do parlamentar: “Me dá notícia, o que você tem para depositar hoje. Tenho vários compromissos”, diz em mensagem enviada a Youssef. No mesmo dia, o deputado volta a reclamar que o doleiro não enviou o dinheiro prometido e afirma que os recursos ainda não estão na conta bancária indicada por ele. “Não entrou ainda. Zero”, reclama. Na sequência, manda uma foto que a Polícia Federal acredita ser de um extrato bancário da conta que deveria ter recebido o depósito. A baixa qualidade da imagem não permitiu que os policiais identificassem os dados inseridos.
Argôlo continua com as cobranças até que, em 10 de março deste ano, parece perder a paciência. Nas mensagens, reclama que viajou exclusivamente para se encontrar com Youssef e que o doleiro, chamado de última hora para uma reunião com o presidente da UTC/Constran, Ricardo Pessôa, não pode recebê-lo. Argôlo também tinha um encontro agendado com Pessôa, cujo nome já aparecia nas anotações do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, também preso na Operação Lava-Jato. A passagem, paga pela Câmara, foi emitida pela Avianca. De acordo com a PF, as cobranças de Argôlo poderiam ocorrer porque “frequentemente Youssef mentia para seus clientes sobre as datas de entrega, de depósitos e de remessas de dinheiro.
Além das passagens aéreas, Argôlo também utilizou um telefone celular da Câmara para o envio das mensagens ao doleiro. Entre 14 de setembro de 2013 e 17 de Março de 2014, foram 1.411 mensagens trocadas entre os dois. A operadora Vivo confirmou à PF que o aparelho Black Berry utilizado por “LA” está registrado em nome da Câmara dos Deputados.Por Reinaldo Azevedo
Tags: Alberto Youssef, Luiz Argôlo
16/05/2014 às 18:07
Pois é, pois é… Recebi na Jovem Pan a informação de um pai indignado, morador de São Mateus, na Zona Leste de São Paulo. Na semana passada, as instituições públicas de ensino em que seus filhos estudam deixaram de comemorar o tradicional “Dia das Mães” para celebrar o inovador “Dia de quem cuida mim”.
O jovem pai, de 27 anos, tem dois filhos matriculados na rede municipal de ensino. O mais velho, de 5 anos, é aluno da EMEI Cecília Meireles, e o mais novo, de 3 anos, do CEI Monteiro Lobato, de administração indireta.
Ele afirma que conversou com a coordenadora pedagógica da EMEI e sugeriu que fossem mantidas as datas do “Dia dos Pais” e do “Dia das Mães”, além de incorporar ao calendário esse tal “Dia de quem cuida de mim”. Ele acha que essa, sim, seria uma medida inclusiva e não preconceituosa. A resposta que recebeu dessa coordenadora pedagógica foi a seguinte: “A família tradicional não existe mais”.
Isso quer dizer que, segundo a moça, família com pai, mãe e filhos acabou. É coisa do passado.
O produtor Bob Furya foi apurar. Tudo confirmado. A assistente de direção da Escola Municipal de Ensino Infantil Cecília Meireles afirmou que a iniciativa de criar “o dia de quem cuida de mim” partiu de reuniões do Conselho Escolar, do qual participam pais e professores e de reuniões pedagógicas entre os docentes.
O pai garante que não participou de consulta nenhuma. Ele assegura, ainda, ser um pai presente. E parece ser mesmo verdade. Para a escola, o fato de se criar “o dia de quem cuida de mim” permite a crianças órfãs, criadas por parentes ou por casais homossexuais que não se sintam excluídas em datas como o “Dia das Mães” ou o “Dia dos Pais”. Para esse pai, no entanto, trata-se do desrespeito à “instituição da família”.
Em nota, afirma a Secretaria de Educação: “Hoje em dia, a família é composta por diferentes núcleos de convívio e, por isso, algumas escolas da Rede Municipal de Ensino decidiram transformar o tradicional Dia dos Pais e das Mães no Dia de quem cuida de mim.”
Não dá! Você que me lê. Pegue o registro de nascimento do seu filho. Ele tem pai? Ele tem mãe? Ou ele tem, agora, cuidadores?
Qual é a função da escola? É aproximar os pais, não afastá-los. O que é? A escola pública vai agora decretar a extinção do pai? A extinção da mãe? A democracia prevê o respeito às minorias. Querem integrar os pais homossexuais? Muito bem! Os avôs? Muito bem! Extinguir, no entanto, a figura do pai e da mãe, transformando-os em cuidadores é uma ideia moralmente criminosa.
Nessas horas, sei bem o que dizem: “Ah, lá estão os conservadores…”. Não se trata de conservadorismo ou de progressismo. Todo mundo sabe que boa parte das tragédias sociais e individuais tem origem em famílias desestruturadas.
Uma pergunta: declarar o fim da família tradicional é o novo objetivo da gestão de Fernando Haddad?Por Reinaldo Azevedo
Tags: Fernando Haddad, Prefeitura de SP
16/05/2014 às 17:08
Ah, mas que coisa surpreendente!
Está em curso em São Paulo um troço chamado “encontro de blogueiros progressistas”. Entende-se por “blogueiros progressistas” os blogueiros petistas. A Prefeitura de São Paulo, como já informei aqui, deu R$ 50 mil para o evento.
Adivinhem quem passou por lá… Luiz Inácio Lula da Silva, o Apedeuta da democracia. Falou por uma hora e oito minutos. Quem mais apanhou na sua fala perturbada, para gente perturbada, foi, claro, “a mídia”.
“Mídia”, na boca deles, é o que comumente se entende por jornalismo, e jornalismo é, na boca deles, propaganda, que é o que fazem os blogueiros petistas, boa parte deles financiada por propaganda do governo federal e por estatais.
Adivinhem quem foi saudado logo no discurso inicial… Sim, este humilíssimo blogueiro. Um dos chefões do evento, ao ver chegar o prefeito Fernando Haddad — o que só prova quão progressistas eles são —, não teve dúvida: “O Reinaldo Azevedo criticou o patrocínio da Prefeitura; se o Reinaldo Azevedo criticou, então o senhor está no caminho certo”. Não sei se as palavras foram assim educadinhas, mas o sentido foi esse. Foi aplaudido.
Viram só? Virei, para eles, referencial às avessas do que é certo. Que graça! Se eu jurar que a Lei da Gravidade existe, eles vão jurar que não! Se eu sustentar que dois mais dois são quatro, eles dirão que isso é coisa da mídia golpista.
Vira-lata
Huuumm… Será que Emir Sader estava lá, aquele que chamou os sem-teto de “vira-latas”. Ele tem um blog ou algo assim. E é, sem dúvida, “progressista”. Sua característica mais petista é “hortografia”. Dia desses, escreveu um texto sobre a “expoliação”. Um gênio da raça. Também é ele “marxista” da linha “grouchista”. Um gênio. Tentou ser ministro da Cultura. Lula pediu que ele estudasse gramática primeiro.
Brasileiro tem de andar “de a pé”
Meu pai, que já morreu, tinha um conselho para que as pessoas mantivessem a boa saúde: “Andar de a pé”. Sim, ele gostava desse encontro muito particular de preposições.
Lula decidiu aderir à escola do Rubão. Falando sobre as obras de mobilidade, ou a falta delas, o Babalorixá de Banânia afirmou que é “babaquice” chegar de metrô dentro do estádio e que o brasileiro não tem problema de andar a pé até os estádios.
É, Rubão diria “de a pé”. Mas não foi presidente da República nem chefão de partido. Trocava mola de caminhão.Por Reinaldo Azevedo
16/05/2014 às 16:40
Por Laryssa Borges, na VEJA.com:
Ex-advogado do PT e patrono de uma resolução que tenta amordaçar o Ministério Público Eleitoral durante o pleito de outubro, o novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro José Antonio Dias Toffoli, defendeu nesta sexta-feira que o Congresso Nacional adote um teto como limite para gastos de políticos e partidos com campanhas eleitorais. A manifestação do ministro está em sintonia com a tese de redução do custo das disputas e de diminuição da dependência das legendas de doações privadas, primeiros passos para a implantação da sonhada proposta petista de financiamento público de campanha.
“Não havendo teto, é livre aos partidos autoestabelecerem o teto. Ainda tenho esperança de que o Congresso Nacional aprove lei estabelecendo teto para presidente, senador, governador, deputado federal, deputado distrital e deputado estadual”, disse ele. “Se é livre, o céu é o limite”, completou ele, que articula com os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), uma forma de levar o tema à votação.
No Supremo Tribunal Federal (STF), Corte da qual Toffoli também faz parte, já há maioria para se implantar um novo modelo de financiamento de campanhas políticas no Brasil. Até o momento, seis ministros consideram que empresas não poderão mais financiar campanhas eleitorais nem injetar recursos no caixa de partidos políticos. O julgamento está paralisado por um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes e dificilmente a regra será aplicada no pleito de outubro.
“Nessas eleições, diante do processo [de convenções partidárias] se iniciar em 10 de junho, evidentemente que não há tempo hábil de se aplicar. Este é um tema que ficará para discussão futura”, disse Toffoli. Pela atual legislação, empresas podem doar até 2% do faturamento bruto do ano anterior à eleição. No caso de pessoas físicas, a limitação é de 10% do rendimento do ano anterior ao pleito.
Lei flexível
Defensor de uma legislação eleitoral mais flexível, o ministro afirmou que a Corte eleitoral deve coibir abusos praticados por candidatos, mas considera que atualmente a Justiça aplica multas por práticas irregulares menores, como manifestações por meio do microblog Twitter. “[Temos que] evitar o abuso, mas evitar o abuso que é realmente abuso”, defendeu. “A Justiça eleitoral tem que ser como árbitro de futebol. Quando jogador dá carrinho por trás, o árbitro dá cartão. Mas, se em cada dividida você aplicar falta, o jogo fica chato. A Justiça eleitoral, quanto menos aparecer nesse processo, melhor”, disse.Por Reinaldo Azevedo
Tags: José Antônio Dias Toffoli, TSE
16/05/2014 às 15:15
Cleber Benvegnú escreve artigos no jornal “Zero Hora”, de Porto Alegre. Mantém um blog no site do jornal. Pensa o que pensa — e, obviamente, lê o que ele escreve num e noutro lugares quem quer.
Pois não é que um sujeito, sabe-se lá quem, descobriu seu telefone pessoal? Depois de mais de 10 ligações, Cleber decidiu gravar a conversa. É preciso ouvir para crer.
O tal, que se disse funcionário aposentado da Receita Federal (???), resolveu cobrar de Cleber o que chama de “isenção”. A gente sabe como é: quando um petista, filiado ou não, cobra a tal “isenção” da “mídia”, o que ele quer é que o articulista, a exemplo da turma a soldo, se comporte como um soldado do partido.
Mais: quem disse que um jornalista tem de ser “isento” no sentido abordado pelo patrulheiro? Eu, por exemplo, sou independente. Penso o que penso. Mas não sou isento de minhas convicções, de minha visão de mundo, de minhas escolhas ideológicas. Quem pratica jornalismo opinativo, aliás, tem é a obrigação de dizer o que pensa.
O que um jornalista não pode fazer — pratique o jornalismo informativo, analítico ou de opinião — é mentir. E a mentira corre solta por aí hoje em dia, especialmente nos blogs sujos, financiados com dinheiro público, seja com verba do governo federal, seja com verbas de estatais.
Ouçam a asquerosa patrulha exercida pelo dito “funcionário aposentado da Receita”. Volto depois para encerrar.
Encerro
Acho que Cleber deveria processá-lo por assédio moral. Mas isso é com ele. Peço a vocês, especialmente aos gaúchos que identificarem o nome do vivente, que não o revelem aqui. Não é o nome do cara que interessa, mas a prática. Até porque eles não são um, mas uma legião, como os demônios.Por Reinaldo Azevedo
Tags: patrulha ideológica, PT
16/05/2014 às 14:59
Há certos erros que um político com a experiência de Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco e candidato do PSB à Presidência, não pode cometer. Nesta quinta, com o estado de Pernambuco entregue à bandidagem em razão da lamentável e absurda greve da Polícia Militar, o político postou numa rede social uma foto sua, num jatinho, em companhia da mulher e do filho Miguel, de apenas três meses, com a mensagem: “São Paulo, lá vamos nós!”.
Aconteceu o óbvio. O candidato começou a ser bombardeado com mensagens indignadas, lembrando o que estava em curso em seu Estado. Ok. Ele não é mais governador, mas a Polícia Militar estava sob seu comando até outro dia. A foto foi logo excluída. Campos atribuiu as duas iniciativas à sua assessoria: a de postar e a de retirar.
É bom que ele saiba que está todo mundo de olho, não é?, a começar do PT. Entro no site do partido dos “companheiros”. Vejam qual é um dos destaques:
A Força Nacional de Segurança atua, por exemplo, na Bahia, do petista Jaques Wagner. Obviamente, o PT nunca fez esse estardalhaço. A intenção é evidente. O partido quer deixar claro que, na terra de Campos, quem garante a segurança pública é Dilma.
Por Reinaldo Azevedo
Tags: Eduardo Campos, Eleições 2014
16/05/2014 às 6:09
— Hoje é o primeiro dia das muitas dores de cabeça que Dilma terá com a Copa. Prepare-se, soberana!;
— Prefeitura de SP financia encontro de blogueiros que só falam bem do PT e se dizem “progressistas”;
— Haddad e o cercadinho: o bom gerente de um dos círculos do infernoPor Reinaldo Azevedo
16/05/2014 às 5:55
Os protestos contra a Copa do Mundo se misturaram, em algumas capitais, notadamente São Paulo e Rio, a manifestações de categorias profissionais em greve. País afora, com boa vontade, devem ter reunido umas 20 mil pessoas— 15 mil delas em São Paulo, entre professores da rede municipal em greve, sem-teto e a turma do protesto propriamente. Pois é… Só na pequena Macapá, 20 mil pessoas foram ao Marco Zero do Equador para receber a taça do mundial, que já percorreu, desde 2013, 150 mil quilômetros, em 90 países. Em junho, chega a São Paulo. Assim, a capital do Amapá pode ter reunido mais gente para ver a taça do que o Brasil inteiro para se opor a isso ou àquilo.
Nesse estrito sentido, é claro que o tal “dia internacional de protesto contra a Copa” foi um fiasco. Houve manifestações violentas no Rio e em São Paulo, onde agências bancárias foram depredadas, e uma revendedora de automóveis, inclusive os veículos, foi depredada. O repúdio à violência — ou o medo mesmo — impede a adesão de cidadãos comuns. Gente decente não acha que se deve sair quebrando tudo por aí.
O movimento contra a Copa, portanto, deu com os burros n’água. Ocorre que, desde junho, não é preciso juntar milhares de pessoas para parar uma avenida: bastam algumas dezenas. Como a Polícia Militar só age em último caso, as cidades vão ficando reféns de minorais extremistas. Em São Paulo, por exemplo, 20 black blocs foram detidos, acusados de portar coquetéis molotov e martelos. Logo serão soltos — se é que já não foram. Não há lei que possa mantê-los presos, por incrível que pareça. Ou melhor: até há, mas não será aplicada.
O Planalto comemorou as manifestações magras; tomou-as como um sinal de refluxo do movimento contra a Copa, mas está ainda ressabiado porque não está certo de que ele não possa renascer com força. Então é melhor ser discreto. A bem da verdade, nas jornadas de junho, poucos foram os protestos realmente grandes. O que incomoda desde sempre e faz o Poder Público bater cabeça é a violência. As autoridades brasileiras ainda não encontraram a resposta adequada para ela.
Clima de baixo-astral
Os maquiavéis de segunda linha do governo, saibam, nunca viram com maus olhos a violência dos extremistas. Ao contrário: em certa medida, devem considerá-la útil porque isso tira das ruas os militantes que não são profissionais. O problema do governo, no entanto, é outro. Estamos a 28 dias do início da Copa do Mundo, e não há entusiasmo nas ruas. Ao contrário: muita gente que não põe pano preto na cara nem porta coquetéis molotov está com o saco cheio dessa história e acha mesmo que, em vez de se dar a tal desperdício, o Brasil deveria é cuidar melhor de saúde e educação — o tal “padrão Fifa”.
Assim, a dificuldade maior da Soberana (na verdade, o seu temor) nem é a minoria extremista. Nessas horas, o risco é sempre a maioria silenciosa, ou, ao menos, a expressiva massa de silenciosos que pode concordar com os postulados que animam os incendiários, sem, no entanto, aderir às suas práticas. Na imaginação lulo-petista, a esta altura, os brasileiros estariam exultantes, orgulhosos, matando de inveja o Brasil de Garrastazu Médici. E, no entanto, isso não está acontecendo nem vai acontecer. É claro que todo mundo vai torcer para que no Brasil seja campeão. Mas isso nada tem a ver com o governo. E só por isso Dilma não vai discursar no jogo inaugural.
Texto publicado originalmente às 4hPor Reinaldo Azevedo
16/05/2014 às 5:53
Leiam trecho da minha coluna na Folha:
Aloizio Mercadante, ministro da Casa Civil, confessou a esta Folha, em entrevista publicada na quarta-feira, que o governo segura as tarifas para controlar a inflação. Chamou tal prática de “política anticíclica”, o que certamente deixou de cabelo em pé economistas gregos e troianos, guelfos e gibelinos, liberais e desenvolvimentistas, carnívoros e herbívoros. A originalidade de seu pensamento econômico sempre foi assombrosa.
Estou certo de que, ao fazer a revelação, experimentou no cérebro o mesmo frêmito que Pestana, a personagem de Machado de Assis de “Um Homem Célebre”, experimentava na ponta dos dedos quando sentia que a grande obra estava a caminho –a definitiva, aquela que o alçaria ao panteão dos gênios… E, no entanto, coitado do Pestana!, lá lhe saía mais uma polca. Seguiu até o fim da vida condenado a fazer… polcas!
O Pestana da Dilma julgou que estava tendo uma grande ideia: “Agora levo as oposições para o ringue, faço-as defender a correção de tarifas de combustíveis e energia, e a gente, em seguida, as acusa de inimigas dos pobres e de defensoras da inflação”. Ninguém caiu no truque porque é óbvio demais. E ainda restou a suspeita de que Mercadante estava no conto errado de Machado. Teria ficado melhor no papel de Simão
Bacamarte, o médico de loucos, que não batia bem dos pinos. Quem teve de contestá-lo foi Guido Mantega, que, para incredulidade geral, negou que os preços estejam represados. A que extremos nos leva o petismo, não é mesmo? Entre a verdade indecorosa e a mentira decorosa! Nos dois casos, os propósitos não são bons. É um concerto de Pestanas.
(…)
Íntegra aqui
Por Reinaldo Azevedo
16/05/2014 às 4:33
Pois é…
Vocês sabem muito bem o que penso dos métodos empregados pelos autointitulados “sem-teto” reunidos no MTST, o tal movimento liderado pelo coxinha e radical-chique Guilherme Boulos, o dublê de filósofo, psicanalista e líder revolucionário. Escrevi um post a respeito deste senhor, que já foi transformado em herói por setores da imprensa que não conseguem resistir ao charme de alguém que abre mão dos bens materiais… Setores da nossa imprensa não suportam é gente que, não tendo os tais bens, queiram conquistá-los. A mentalidade tacanha de certas áreas do pensamento acha nobre que aquele que os tem possa escolher não tê-los, mas considera uma traição que aquele não os tem escolha conquistá-los. Ou por outra: desprezamos os que enriquecem com o suor do seu rosto, mas enxergamos poesia em quem, suando muito, empobrece. Não sei se pegaram o sentido irônico da coisa…
Pois bem. Eu não pego leve com essa gente, não! Não gosto nada! Não é da minha turma. Eles não gostam muito do governo Dilma; eu também não. Mas não gostamos por motivos diferentes. Sou muito duro com seus postulados boçais e com suas práticas ilegais. Mas chamar de vira-lata??? Ah, isso, eu nunca fiz! E não fiz porque não acho. E também porque, de resto, nem costumo usar essa expressão como ofensa. Uma das minhas cadelas é a Pipoca. Vira-lata de tudo. Vira-lata como sou. De sangue misturado. Eu gosto de vira-latas em sentido estrito.
Mas Emir Sader usou a expressão para ofender mesmo. Sim, este esbirro menor do petismo; este “inteliquitual” do apedeutismo esquerdopata, dado a espancar as ideias com a mesma sem-cerimônia com que espanca a “inculta & bela”, este pensador à beira do analfabetismo — como já demonstrei aqui tantas vezes —, este neoburguês do petismo, acreditem, chamou, no Twitter, os sem-teto que protestaram em Itaquera de vira-latas. Vejam:
Como vocês sabem, membros da Gaviões da Fiel impediram que os manifestantes chegassem perto do Itaquerão. Reparem com que alegria este senhor trata do assunto — ousaria dizer que há mesmo um indiscreto incentivo ao confronto. Emir Sader não é um homem, mas um país mental. Daí que eu o tenha apelidado de “Emirados Sáderes”. E arremato com um e-mail que me mandou certa feita o querido Nelson Motta, por ocasião do lançamento de um livro deste gigante. Diz tudo e bem, como sempre:
Reinaldo,
O novo livro dos Emirados Sáderes se chama A Nova Toupeira – Caminhos da Esquerda Latinoamericana. Deve ter sido escrito na primeira pessoa. Será autobiográfico? Ou de confissões? É ou não é o país da piada pronta? Grande abraço do leitor militante,
NelsonPor Reinaldo Azevedo
Tags: Emir Sader
15/05/2014 às 20:46
Manifestante incendeia a bandeira do Brasil no Centro de SP – Foto: Miguel Shincariol/AFP
Na VEJA.com. Volto no próximo post.
A Polícia Militar prendeu vinte black blocs na noite desta quinta-feira durante protestos contra a realização da Copa do Mundo, na região da Avenida Paulista, em São Paulo. Segundo a PM, o grupo de mascarados foi detido com coquetel molotov e martelos. No início da noite desta quinta, cerca de 1.200 manifestantes se reuniram na Praça do Ciclista com panfletos e faixas contra o Mundial. A Avenida Paulista está completamente interditada no sentido Consolação. De acordo com a PM, há outros dois pontos de concentração de manifestantes, um na altura do Masp, outro na Praça Roosevelt, no Centro da capital paulista.
Por volta das 19h15, alguns vândalos encapuzados depredaram vidraças, montaram barricadas com sacos de lixo incendiados e picharam calçadas. Uma loja da Hyundai foi destruída. A polícia usou bombas de efeito moral para tentar dissipar os baderneiros. Mais cedo, uma manifestação organizada por professores da rede municipal de São Paulo seguiu da Vila Mariana, na Zona Sul de São Paulo, em direção ao prédio da Prefeitura, na região central da capital. A marcha interditou totalmente a Avenida 23 de Maio, no sentido centro.
Rio
No Rio de Janeiro, três manifestações começaram no fim da tarde. Depois de votar pela continuação da greve iniciada na segunda-feira, cerca de 800 professores caminharam até a Central do Brasil, onde um grupo já protestava contra a Copa do Mundo. Os rodoviários, que reivindicam melhores condições de trabalho e aumento de salário, desistiram de fazer uma nova paralisação nesta semana, mas também organizaram um ato no Centro. Antes, porém, de se aproximar dos dois outros grupos, liderados por dezenas de mascarados, decidiram se dispersar. Lideranças do movimento disseram que não são contra a realização do Mundial e preferiram evitar um possível tumulto.
Em Brasília, um grupo de 150 pessoas marchou da rodoviária até o estádio Mané Garrincha, palco de jogos da Copa. Não houve registro de confusão.Por Reinaldo Azevedo
15/05/2014 às 20:33
Os policiais militares e bombeiros de Pernambuco acabam de decretar o fim da greve. Não levaram os 30% a 50% de reajuste (a depender da patente) como queriam, mas obtiveram, sim, benefícios extras.
- um bônus de R$ 500 que vinham recebendo será incorporado ao salário;
- a partir de junho, terão 14% de reajuste (terceira parcela de um acordo negociado em 2011);
- promessa de um plano de carreira;
- benefícios extras na assistência à saúde.
A greve já tinha sido considerada ilegal, com multa de R$ 100 mil por dia à associação de policiais que liderava a manifestação.
Por Reinaldo Azevedo
Tags: Polícia Militar
15/05/2014 às 20:17
A greve da Polícia Militar de Pernambuco é política, sim, porquanto toda paralisação do trabalho, especialmente de servidores, tem essa característica. Mas é política também porque se sabe que o Estado pretende ser uma das vitrines de Eduardo Campos, candidato do PSB à Presidência da República. Se a bagunça se instaura por lá, como é o caso, e se o governo federal, como também é o caso, é obrigado a intervir com a Força Nacional de Segurança, é evidente que o ex-governador sai mal na fita. Afinal, aquela é a Polícia Militar que seu sucessor herdou. Certamente as lideranças grevistas farejaram que esse era um bom momento para aplicar uma espécie de chantagem.
As PMs do Brasil inteiro são uma bomba-relógio desde que foi apresentada a PEC 300, com a qual a então candidata à Presidência, Dilma Rousseff, se comprometeu. E o que diz essa Proposta de Emenda Constitucional? Que os salários dos policiais militares do Brasil inteiro serão igualados aos do Distrito Federal, os mais altos do país. Um policial tem um salário-base na faixa de R$ 4.200.
A pressão em favor da equiparação começou em 2008, quando Lula editou uma Medida Provisória elevando bastante o salário da PM do DF. Atenção! Na capital federal, é a União que arca com os custos da corporação. Fez-se, então, uma grande solenidade, num estádio de futebol, com o Apedeuta falando pelos cotovelos, na buliçosa presença do então governador, José Roberto Arruda — sim, aquele mesmo do saco de dinheiro; pouco tempo depois, ele cairia em desgraça. O gesto demagógico criou uma pressão estados afora. Surge, então, a PEC 300. Como boa parte dos estados quebraria, deu-se um jeito: o texto estabelece que, caso um estado não consiga arcar com a equiparação dos salários, a União o fará.
Reitero: a campanha eleitoral de Dilma acusou o tucano José Serra de não se comprometer com a sua aprovação. De olho nas contas, Serra não se comprometeu mesmo. Ficou subentendido que Dilma, se eleita, lutaria pela PEC 300. Até Michel Temer, então candidato a vice, entrou na parada, recebendo lideranças dos policiais. Eleita, Dilma deixou o assunto pra lá.
Em Pernambuco, PMs e bombeiros pedem aumento salarial de 50% para praças (soldados a subtenentes) e de 30% para oficiais. Atualmente, um soldado da PM recebe salário de R$ 2.409, enquanto um coronel tem remuneração de R$ 13.600.Por Reinaldo Azevedo
Tags: Pernambuco, Polícia Militar de SP
15/05/2014 às 19:57
Em que vai dar essa história da denúncia? Existindo estado de direito, em nada. Com todo o respeito, decisão da Justiça, a gente acata, sim, mas também debate. Eu quero que terroristas e torturadores de qualquer tempo se danem. Numa democracia, eles se danam segundo a lei.
Os crimes do Riocentro, sejam lá quais forem os seus autores, já prescreveram. Essa história de “crimes contra a humanidade”, da forma como se tenta emplacar no Brasil, é só exercício do direito criativo. A propósito: o terrorismo também é um crime contra a humanidade. Não é verdade que todos os anistiados em 1979, por exemplo, tenham cumprido pena antes. Há gente que saiu do Brasil sem prestar contas por seus atos. Matar um inocente num regime ditatorial não é diferente de matar um inocente numa democracia. Ou será que é?
Não se cuida, desta vez, é bom que fique claro, da Lei da Anistia, que é de 1979. Os autores do atentado do Riocentro não foram “anistiados” porque o crime é de 1981, posterior à lei. Se o Estado, por esta ou aquela razão, não conseguiu chegar aos autores e puni-los, passados 33 anos, nada mais pode ser feito. Parece-me impossível que essa decisão não seja derrubada em instância superior.
Violar a legislação, ou ignorá-la, para punir pessoas que consideramos más — ou que, efetivamente, são más — piora o mundo em vez de melhorá-lo. Quando se sacrifica a legalidade para tentar fazer justiça, abre-se caminho para novas ilegalidades porque, nesse caso, vai se depender sempre do arbítrio de quem manda.
O estado de direito não admite exceções. Ou estado de direito não é. Reitero: os terroristas e torturadores que se danem. Mas só podem se danar dentro da lei.Por Reinaldo Azevedo
15/05/2014 às 19:37
Na VEJA.com. Volto no próximo post.
Passados 33 anos do atentado a bomba no Riocentro, cinco militares e um ex-delegado estão, pela primeira vez, na condição de réus pela explosão. A juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, da 6ª Vara Federal, aceitou denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o coronel da reserva Wilson Luiz Chaves Machado, os generais reformados do Exército Nilton de Albuquerque Cerqueira e Newton Cruz, o general reformado Edson Sá Rocha, o major reformado Divany Carvalho Barros e o ex-delegado Claudio Antonio Guerra. Em sua decisão, a juíza destacou que os crimes não prescreveram por tratar-se de tortura, homicídio e desaparecimento de pessoas cometidos por agentes do Estado – portanto, crimes contra a humanidade.
A explosão de duas bombas no Riocentro ocorreu na noite de 30 de abril de 1981, quando era realizado no local um show para comemorar o 1º de Maio. O ato foi planejado por integrantes de uma ala “linha-dura” do regime militar, contrária à abertura política que se iniciava. Os explosivos acabaram, acidentalmente, detonados dentro de um automóvel Puma usado pelos dois militares escalados para executar o atentado: o capitão Wilson Machado e o sargento Guilherme Pereira do Rosário, então lotados no Destacamento de Operações e Informações do 1º Exército (correspondente ao que hoje é o Comando Militar do Leste). Uma das explosões matou Rosário.
De acordo com a denúncia aceita pela Justiça Federal do Rio, o grupo responderá por tentativa de homicídio, associação em organização criminosa, transporte de explosivos, favorecimento pessoal e fraude processual. A denúncia foi elaborada por um grupo de promotores do Grupo de Justiça de Transição do MPF.
“Já não se ignora mais que a prática de tortura e homicídios contra dissidentes políticos naquele período fazia parte de uma política de Estado, conhecida, desejada e coordenada pela mais alta cúpula governamental. Os fatos narrados na denúncia encontram-se, em tese, dentro desse contexto, na medida em que, segundo a tese do MP, a ser submetida ao contraditório, o atentado a bomba descrito fazia parte de uma série de outros quarenta atentados a bomba semelhantes ocorridos no período de um ano e meio, direcionados à população civil, com o objetivo de retardar a reabertura política”, afirma o despacho da magistrada.Por Reinaldo Azevedo
15/05/2014 às 19:07
Na VEJA.com:
O Ministério Público do Trabalho ameaça pedir a interdição das obras do Itaquerão. Uma fiscalização na manhã desta quinta-feira constatou algumas irregularidades que podem provocar a paralisação dos trabalhos, a três dias do último evento-teste no estádio do Corinthians antes da entrega à Fifa – no domingo, o Corinthians vai enfrentar o Figueirense, às 16 horas, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro. O estádio vai receber a primeira partida da Copa do Mundo de 2014, dia 12 de junho, entre Brasil e Croácia.
Nesta quinta, operários foram flagrados usando equipamentos de segurança de forma irregular. Segundo o Ministério Público do Trabalho, não basta o empregador oferecer os equipamentos, é preciso fiscalizar e cobrar que os funcionários os utilizem de forma correta. “Já tínhamos feito uma visita aqui há um mês e os problemas continuam. Se for o caso, podemos interditar novamente”, disse o procurador Roberto Ribeiro Ponto.
Três operários já morreram nas obras da Arena Corinthians, dois deles quando um guindaste caiu sobre parte da estrutura erguida em novembro de 2013. Na ocasião, os operários Fábio Luiz Pereira, de 42 anos, e Ronaldo Oliveira dos Santos, de 44 anos, foram atingidos pela grua que afundou no terreno. As mortes foram instantâneas. Em março deste ano, Fábio Hamilton da Cruz, de 23 anos, despencou das estruturas provisórias do estádio, foi socorrido e morreu no hospital.
No último dia 11 de abril, o Itaquerão teve parte de suas obras liberadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) depois de terem sido paralisadas em 31 de março, dois dias depois da morte de Fabio Hamilton da Cruz.Por Reinaldo Azevedo
15/05/2014 às 19:05
Na VEJA.com:
Com policiais militares e bombeiros em greve, diversas cidades de Pernambuco vivem um dia de pânico nas ruas, com ondas de saques, roubos e oito homicídios registrados em Recife na madrugada desta quinta-feira. Com medo de assaltos, comerciantes fecharam as portas na região metropolitana de Recife e turistas foram orientados a permanecerem nos hotéis.
O governador João Lyra Neto (PSB) pediu auxílio do governo federal para tentar controlar a situação. Nesta quinta-feira, o Ministério da Justiça autorizou o envio de homens da Força Nacional de Segurança Pública e do Exército, que já desembarcaram em algumas regiões do Estado. O ministro José Eduardo Cardozo viajou ao Estado para uma reunião com o governador.
O governo estadual informou que o Exército assumiu o comando da segurança em todo o território de Pernambuco, coordenando, inclusive, as ações da Secretaria de Defesa Social (SDS) e das polícias Civil e Militar. A decisão segue os termos do Acordo de Cooperação Federativa firmado entre a União e o Estado. O número de homens disponibilizados pelo Ministério da Justiça não foi divulgado.
As escolas estaduais irão encerrar as aulas às 17h. Estudantes que cursam o período noturno foram dispensados. A Reitoria da Universidade Federal de Pernambuco decidiu que as aulas ficarão suspensas enquanto durar a greve. A Universidade Federal Rural de Pernambuco colocou vigilantes nos pontos de ônibus. A Universidade Católica de Pernambuco suspendeu as aulas nesta quinta-feira – na sexta, a universidade estará fechada.
O município de Abreu e Lima, na região metropolitana, decretou ponto facultativo. O comércio foi alvo de arrombamentos nesta manhã, com invasões de lojas, supermercados, empresas e até concessionárias de veículos. Um ônibus foi incendiado e um veículo dos Correios destruído. Nas rodovias, também houve saques de cargas de caminhões.
Na capital, shoppings intensificaram o esquema de segurança e algumas lojas, que possuem vitrines voltadas para a rua, não abriram as portas. “Prefiro ter prejuízo por não abrir a colocar a vida dos funcionários em risco”, afirmou Mariana Navarro, dona de uma loja de cosméticos no Shopping Recife, em Boa Viagem.
“Alertamos os turistas para não saírem. Tememos que eles sejam assaltados ou expostos à violência. Não temos como oferecer passeios. Eles estão no hotel, aproveitando a piscina, mas reclamam de estarem trancados”, afirmou Marcelo Nascimento Correia, gerente do Hotel Continental Pernambuco.
Reinvindicações – PMs e bombeiros pedem aumento salarial de 50% para praças (soldados a subtenentes) e de 30% para oficiais. Atualmente, um soldado da PM recebe salário de 2.409 reais, enquanto um coronel tem remuneração de 13.600 reais.
O governo pernambucano diz que, neste momento, não pode negociar reajuste salarial, já que a legislação impede esse tipo de promoção dentro do período de 180 dias antes das eleições. O Tribunal de Justiça (TJ) de Pernambuco considerou ilegal a greve e determinou o retorno imediato dos grevistas ao trabalho, sob pena de multa diária de 100.000 reais.
Por Reinaldo Azevedo
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