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domingo, dezembro 08, 2013
- Delegado Tuma Junior deverá ser ouvido no Congresso Nacional
Pelo que vi neste domingo, a grande imprensa brasileira continua rendendo homenagens ao falecido Nelson Mandela e publicando abobrinhas que não têm o mínimo interesse jornalístico. Em compensação ignora solenemente as denúncias muitos graves formuladas pelo ex-Secretário Geral de Justiça do governo Lula, delegado Romeu Tuma Junior, em seu livro "Assassinato de reputações: um crime de Estado" e que foi objeto de reportagem-especial da revista Veja desta semana, conforme se pode conferir em posts abaixo deste.
Amanhã, segunda-feira, a semana começa quente no Congresso Nacional quando líderes oposicionistas deverão protocolar pedidos para que o delegado Tuma Junior compareça ao Congresso para ser ouvido. Assim, os grandes jornais e redes de televisão não terão como fugir da raia, embora reste provado o que tenho afirmando reiteradamente aqui neste blog: as redações da grande mídia são controladas totalmente pelo “jornalismo companheiro”, isto é, gente que cumpre missão do Foro de São Paulo. Deve-se acrescentar que os donos dos grandes veículos de comunicação fazem conveniente vistas grossas de olho nos caraminguás oficiais.
Salva-se apenas a revista Veja que já revelou a movimentação de parlamentares que desejam ouvir de viva voz no Congresso Nacional o autor do “livro-bomba”, conforme se pode verificar nesta matéria:
O líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), quer que Romeu Tuma Júnior, ex-secretário nacional de Justiça, fale à Câmara sobre as revelações feitas por ele em livro que chega às livrarias nesta semana e publicadas em primeira mão pela edição de VEJA que está nas bancas.
Entre outras informações, Tuma Júnior afirma ter descoberto a existência de uma conta, nas Ilhas Cayman, utilizada para movimentar recursos do mensalão. Ele também dá detalhes do caso Celso Daniel e do uso da máquina do governo para a montagem de dossiês contra adversários durante o governo Lula.
Nesta segunda-feira, Caiado vai apresentar um requerimento convidando Tuma Júnior a comparecer à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara para levar os documentos que possui. Como não ocupa mais cargo público, o ex-secretário nacional de Justiça não é obrigado a comparecer.
"Vou ter de contar com a boa-vontade dele", afirma o líder do DEM. Caiado também cogita levar um grupo de parlamentares para um encontro a portas fechadas com Romeu Tuma Júnior, caso a proposta de uma audiência pública não seja aceita.
O deputado também afirma que uma alternativa seria cobrar informações diretamente das autoridades envolvidas nos episódios. No caso das Ilhas Cayman, Caiado estuda propor a criação de uma comissão para visitar o paraíso fiscal e obter informações sobre a conta revelada pelo ex-secretário.
Mas o líder do DEM reconhece que o depoimento de Tuma Júnior seria essencial: "Esse é o principal, porque ele mostraria o caminho das pedras", diz o parlamentar. Do site da revista Veja
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