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2 DE JANEIRO DE 2014
O cálculo foi feito subtraindo o valor de mercado que possuía a Petrobras em 2008 do valor que possui hoje. Em reais, a perda chegaria a quase 120 BILHÕES.
Por Marlos Ápyus
O tema foi abordado em artigo de J.R. Guzzo para a revista Exame no último 25 de dezembro. O cálculo foi feito subtraindo o valor de mercado que possuía a Petrobras em 2008 do que possui hoje. Em reais, a perda chegaria a quase 120 BILHÕES.
Num país onde há o hábito de respeitar as leis sobre o funcionamento das companhias que vendem ações ao público, e as regras do jogo existem para ser cumpridas, como estariam se sentindo os acionistas de uma empresa que perdeu mais de 50 bilhões de dólares de seu valor de mercado entre 2008, quando a cotação de suas ações estava no pico, e hoje?
(grifos nossos)
O articulista também chama a atenção ao fato de a estatal ter perdido de 2012 para cá a metade do que valia nas bolsas de valores. E que nada disso se deve ao mercado, mas a decisões políticas que foram tomadas pelo seu maior acionista; no caso, o governo brasileiro.
E se, por causa disso, há perdas para os demais acionistas (e mesmo para o sócio majoritário, que teoricamente é o povo, representado pelo governo), ninguém é culpado, principalmente quem provocou o problema. Sumiram 50 bilhões de dólares? É, sumiram. Paciência.
O país em questão é o Brasil, a companhia gigante é a Petrobras e quem está levando na cabeça é o povo brasileiro, quer o cidadão tenha ou não ações da empresa. Seria difícil encontrar outra área na qual o governo tenha aproveitado tantas oportunidades de errar como aconteceu com a Petrobras durante as administrações de Lula e de Dilma Rousseff.
(grifos nossos)
O artigo segue listando alguns exemplos que colaboraram para a formação deste quadro lamentável:
A empresa, por ordem do governo, fez negócios ruinosos, como uma “sociedade” com a Venezuela de Hugo Chávez na construção de uma refinaria em Pernambuco — um conto do vigário no qual os venezuelanos até hoje não colocaram um único bolívar.
Mais que tudo, a Petrobras se tornou uma ferramenta de política econômica do governo, que a utilizou abertamente para conter a inflação; obrigou-a a segurar os preços dos combustíveis, o que leva a empresa ao excelente negócio de comprar petróleo no exterior e vendê-lo aqui por preço mais baixo do que gastou na compra.
(grifos nossos)
Com o ano de eleições que se inicia, as esperanças de melhora do quadro são escassas:
A companhia precisa, com urgência, aumentar sua produção diária — mas para isso tem de arrumar dinheiro, 25 bilhões de dólares só em 2014, e os investidores não gostarão de ver parte desse dinheiro usada para segurar os preços da gasolina num ano eleitoral. Dias duros pela frente, portanto.
(grifos nossos)
Grande parte do discurso do marketing petista vendeu seus candidatos como verdadeiros guardiões da coisa pública, principalmente das grandes estatais como a Petrobras. O tempo vem provando que tudo não passou de uma promessa de campanha. Perde a companhia, perdem seus acionistas, perdem todos os brasileiros.
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