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quinta-feira, 8 de maio de 2014

Reinaldo Azevedo - Blog - VEJA.com



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Se em meu ofício, ou arte severa,/ Vou labutando, na quietude/ Da noite, enquanto, à luz cantante/ De encapelada lua jazem/ Tantos amantes que entre os braços/ As próprias dores vão estreitando —/ Não é por pão, nem por ambição,/ Nem para em palcos de marfim/ Pavonear-me, trocando encantos,/ Mas pelo simples salário pago/ Pelo secreto coração deles. (Dylan Thomas — Tradução de Mário Faustino)



08/05/2014 às 22:42

O governo petista não é omisso no caso da Venezuela; é cúmplice!



José Miguel Vivanco, diretor para a América Latina do Human Rights Watch, concede uma esclarecedora entrevista à VEJA.com sobre o papel do Brasil na América Latina quando se tem como foco a crise na Venezuela (ver post anterior). Seu cargo o obriga a ser comedido, moderado, embora ele diga o que precisa ser dito. Nós não precisamos desse comedimento e podemos chamar as coisas pelo seu nome.

Como esquecer Marco Aurélio Garcia — então assessor especial de Lula e hoje ocupando o mesmo cargo de aspone de Dilma —, com seu chapéu Panamá, embarcando num helicóptero que supostamente iria libertar pessoas sequestradas pelas Farc (os narcoterroristas colombianos), numa operação organizada por Hugo Chávez? Estava mais do que claro que o Beiçola de Caracas, que o Diabo já levou, atuava em parceria com o narcoterrorismo. Mas o Brasil estava lá, claro! A expedição não deu em nada!

Pior! O Exército colombiano apreendeu com as Farc armamento privativo das Forças Armadas Venezuelanas, o que evidenciava que Chávez estava armando a bandidagem. O Brasil se negou a reconhecer a evidência. Celso Amorim, então ministro das Relações Exteriores, disse que faltavam provas. A desmoralização veio quando o próprio presidente venezuelano reconheceu quer as armas eram, sim, de seu país. Mas inventou: elas teriam sido roubadas!

Chávez já havia fechado veículos de comunicação independentes e já tinha posto suas milícias para bater nos adversários, e o Lula presidente afirmou que, na Venezuela, havia “democracia até demais”. A intimidade é de tal ordem que João Santana, o marqueteiro do PT, foi emprestado para fazer a campanha de Chávez a uma das reeleições e a de Nicolás Maduro.

Dilma, como sabem, em parceria com Cristina Kirchner, promoveu a suspensão do Paraguai do Mercosul — que havia deposto, segundo a lei, o esquerdista Fernando Lugo — e aproveitou a falseta para levar a Venezuela para o bloco, desrespeitando o tratado do bloco, que exige que os países membros sejam democracias.

Na mais recente manifestação de indignidade, o Itamaraty participou de uma conspirata para impedir a então deputada de oposição, Maria Corina, de falar na OEA. O Panamá lhe cedeu a cadeira para que denunciasse a ditadura em seu país, e ela teve seu mandato cassado, acusada de servir a um governo estrangeiro.

Não para por aí. O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mantém um escritório na Venezuela que se dedica à nobre tarefa de justificar os descalabros econômicos do bolivarianismo. Achando pouco, essa frente avançada se dedica ainda a atacar as oposições da venezuelanas e brasileiras.

O governo petista está com as mãos sujas de sangue, sim! É conivente com um governo que massacra o seu próprio povo. O governo Dilma não é omisso. É cúmplice.Por Reinaldo Azevedo





08/05/2014 às 22:15

Human Rights Watch – “Crise na Venezuela coloca em xeque o papel do Brasil como líder”


José Miguel Vivanco, diretor da ong Human Rights Watch (Johan Ordonez/AFP)

Por Diego Braga Norte, na VEJA.com. Volto no próximo post.
Na madrugada desta quinta-feira, a Guarda Nacional Bolivariana (GNB) da Venezuela avançou sobre quatro acampamentos de estudantes em diferentes pontos de Caracas e deteve 243 jovens, numa ação que visa sufocar a pior onda de manifestações no país em algumas décadas. Desde as 3 horas, pelo horário local (4h30 de Brasília), centenas de policiais fortemente armados tomaram os locais onde os opositores mantinham uma resistência pacífica havia algumas semanas. A ofensiva só confirma as conclusões do relatório da ONG Human Rights Watch divulgado nesta segunda. A entidade civil documentou e denunciou abusos cometidos pelas forças de segurança sob o comando do governo. O documento adverte que as violações de direitos humanos não foram casos isolados, mas um padrão sistematicamente aplicado em diferentes locais do país – inclusive no interior de unidades militares.

Em entrevista ao site de VEJA, José Miguel Vivanco, diretor para a América Latina do Human Rights Watch, tocou em um ponto crucial para a crise na Venezuela: a pífia atuação de órgãos como a Organização dos Estados Americanos (OEA), União das Nações Sul-americanas (Unasul) e do Brasil – maior economia da América Latina e líder regional. Advogado com longa carreira em entidades que defendem os direitos humanos, Vivanco reconhece um pequeno avanço após as negociações intermediadas pela Unasul, sobretudo por causa dos primeiros diálogos entre governo e oposição. No entanto, segundo o advogado, o “sucesso ou o fracasso da iniciativa dessa organização está, em grande medida, nas mãos do governo brasileiro”, que vê sua posição de líder regional enfraquecer devido ao silêncio diante dos abusos.

O que a comunidade internacional poderia fazer para ajudar na crise da Venezuela? Quais seriam os papeis específicos de entidades como OEA e Unasul?
A comunidade internacional — particularmente os membros da Unasul que interagem com o governo venezuelano — deveria condenar energicamente os graves abusos que a Human Rights Watch documentou. Contudo, lamentavelmente, as organizações regionais como a OEA e a Unasul não têm desempenhado esse papel porque estão profundamente divididas. Existe um grupo importante de governos, que seja por razões econômicas ou afinidades ideológicas, entusiasticamente apoia o projeto político e o discurso do governo venezuelano. Esta defesa se ampara na soberania nacional e permite desqualificar qualquer crítica sobre direitos humanos como um esforço intervencionista e imperialista. Estes países, salvo contadas exceções, decidiram fazer vista grossa e consequentemente também têm evitado fazer pronunciamentos sobre a grave situação do país.

Como o senhor avalia a atuação destas duas instituições até o momento?
O papel da OEA na crise da Venezuela tem sido lamentável, graças ao bloqueio que a própria Venezuela tem sido capaz de colocar à atuação da organização, mobilizando seus aliados para evitar seu escrutínio. A reunião da OEA em fevereiro terminou com uma declaração patética que parece descrever a situação na Venezuela simplesmente como uma catástrofe natural, ao invés de responsabilizar o governo pelas graves violações. A Unasul, por sua vez, conseguiu ao menos enviar delegações de chanceleres que obrigaram o governo a dialogar com a oposição, algo que não se via na Venezuela há muitos anos. Entretanto, ainda não vimos resultados concretos. Para que esses sejam alcançados, os membros da Unasul devem abandonar as declarações genéricas e efetivamente enfrentar o debate sobre como trazer mudanças à realidade. Especificamente, deveriam insistir para que o governo de Maduro acabe com as violações, liberte as pessoas detidas ilegalmente, leve à Justiça os agentes de segurança do Estado e os grupos armados responsáveis por ataques a manifestantes desarmados, tome medidas para garantir o desarmamento de qualquer grupo em posse ilegal de armas, e, por fim, restabeleça a independência do judiciário.

O Brasil, por ser a maior economia da região, maior país e líder regional, poderia fazer algo além do que está fazendo?
Sem dúvida. A crise na Venezuela coloca em xeque o papel do Brasil como líder regional e global. É importante notar que estamos falando de graves violações de direitos humanos que estão sendo cometidas sistematicamente e com impunidade num país vizinho. Se o Brasil aspira assumir o papel de líder global, deveria adotar uma posição pública clara de reprovação aos abusos na Venezuela. Para começar, deveria liderar a Unasul para que insista que o presidente Maduro cesse as declarações que desqualificam seus opositores como fascistas ou golpistas. Prova disso é que membros das forças de segurança venezuelanas têm empregado as mesmas ofensas de cunho político ao castigar brutalmente os manifestantes.

Gostaria que o senhor fizesse um balanço da atuação do Brasil nesse caso. Brasília deveria mostrar um empenho maior para condenar a violência e os abusos contra os direitos humanos na Venezuela?
O silêncio do Brasil diante de fatos tão graves como os apontados em nosso trabalho, justificado pelo Itamaraty com argumentos históricos de não intervenção, defesa da soberania e preponderância da atuação de organismos internacionais, é de fato preocupante. Dada a inegável assimetria entre o Brasil e o restante dos membros da Unasul, parece que Brasília prefere manter silêncio e firmar posição frente à Venezuela por meio da Unasul. Devemos entender que o sucesso ou o fracasso da iniciativa dessa organização está, em grande medida, nas mãos do governo brasileiro.

A brutalidade promovida pelo Estado venezuelano chama a atenção, mas parece contar com uma “vista grossa” dos governos da região. O senhor concorda?
É evidente e lamentável que os Estados da região, salvo contadas exceções, apliquem dois pesos e duas medidas ao analisar a situação na Venezuela. É indispensável que se rompa essa dinâmica e que os governos entendam que o que se está em jogo aqui não são teorias sobre a democracia, nem teorias conspiratórias sobre possíveis golpes de Estado. O que se está em jogo é o livre exercício de direitos básicos da população venezuelana que se encontra protegida por obrigações jurídicas coletivas e valores universais que assumiram todos os governos democráticos.

Por Reinaldo Azevedo





08/05/2014 às 22:07

Polícia prende terceiro suspeito de linchamento no Guarujá



Por Felipe Frazão, na VEJA.com:
A Polícia Civil prendeu na noite desta quinta-feira o terceiro suspeito de ter linchado até a morte a dona de casa Fabiane Maria de Jesus, de 33 anos, no sábado, no Guarujá, no litoral de São Paulo. A mulher foi confundida com o retrato falado de uma suposta sequestradora de crianças e morreu depois de ser espancada. O pintor Carlos Alex Oliveira de Jesus, de 23 anos, estava foragido do bairro Morrinhos, onde o crime ocorreu, e foi preso no município vizinho de Peruíbe. Ele alegou que estava na cidade “a trabalho”. O suspeito foi apresentado pela polícia na Delegacia Sede do Guarujá ao lado do ajudante de serviços gerais Lucas Rogério Fabrício Lopes, de 19 anos, segundo dos agressores a ser preso. Lopes é conhecido pela alcunha de “Lagartixa”, e Oliveira, de “Pote”. Pela manhã, Lopes havia afirmado em depoimento à polícia que Oliveira, o “Pote”, teria sido executado por traficantes após o espancamento de Fabiane, mas a polícia o localizou em Peruíbe.

O delegado Luiz Ricardo Lara disse que testemunhas relataram à polícia que traficantes estão punindo os moradores que participaram do linchamento. Segundo relatos, algumas pessoas que participaram do linchamento “sumiram”. “Realmente, chegou ao conhecimento da Polícia Civil [que traficantes estão aplicando represálias]. Contudo, não há evidências objetivas dentro do inquérito de que algum dos suspeitos tenha sido sequestrado ou sofrido qualquer tipo de sevícia”, disse Lara.

A participação de cada um dos três presos (até o momento) aparece em vídeos gravados por testemunhas com telefones celulares. Denúncias anônimas e testemunhas ouvidas pela polícia auxiliaram na identificação dos suspeitos. Segundo investigadores, Lopes golpeou a cabeça de Fabiane com uma bicicleta e a arrastou pela rua. Oliveira amarrou as mãos e as pernas da mulher, desferiu chutes na vítima e bateu com a cabeça dela contra o chão. Ambos disseram estar “muito arrependidos”. Oliveira disse que estava sob efeito de cocaína. A polícia também apreendeu o pedaço de madeira que, segundo agentes, foi usado pelo eletricista Valmir Dias Barbosa, de 48 anos, para golpear a cabeça de Fabiane. Barbosa foi o primeiro detido e confessou o crime.

“A polícia está analisando as imagens e conseguindo individualizar a conduta de cada um daqueles que concorreram para a morte de Fabiane. Isso é de extrema importância para que a gente tenha sucesso na ação penal, caso eles venham a ser processados”, disse delegado Luiz Ricardo Lara, titular do 1º DP do Guarujá. Outros dois suspeitos tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça, mas não foram encontrados por policiais.Por Reinaldo Azevedo





08/05/2014 às 22:07

O Planalto se torna a mão que balança o berço da desordem



Quase 500 ônibus depredados no Rio de Janeiro. É o saldo de uma ação organizada por uma ala dissidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus, liderada por sujeito ligado a Anthony Garotinho, que contou com o apoio dos black blocs, de partidos de extrema esquerda e de outros desocupados da cidade, cuja tarefa é, na sua cabeça perturbada ao menos, “libertar os oprimidos”, não sem antes transformar a sua vida num inferno.

É claro que se trata de uma manipulação política absurda, escancarada, arreganhada, sem medo de parecer o que é. A confusão é do interesse objetivo de Garotinho, ainda que ele possa dizer que não comanda as vontades de seu aliado. Os extremistas de esquerda sempre acharam — é histórico — que o caos é seu aliado. É assim que eles entendem a política, e não há muito o que fazer a respeito. A teoria revolucionária leninista sempre acha que esses movimentos, que a turma avalia como “disruptivos”, fazem avançar a luta.

O nome disso? É claro que é impunidade. Atenção! Algo da mesma natureza aconteceu em São Paulo, ficando apenas alguns graus abaixo do que se viu no Rio. O MST (Movimento dos Sem Terra) e o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) promoveram a invasão e a pichação da sede de empreiteiras. Tudo com a brutalidade de sempre. E o que fez a presidente Dilma, que estava na capital paulista para inaugurar o inacabado Itaquerão? Ora, marcou um papinho com os lideres da baderna.

Se, para falar com a presidente, ou é preciso ser magnata ou é preciso sair por aí botando pra quebrar, então por que não botar pra quebrar? Já deu certo com o MST em Brasília e agora em São Paulo, em companhia dos “sedizentes” sem-teto, que sem-teto não são.

Se o crime passa a compensar e a ser uma forma de chegar perto da presidente da República, apresentando-lhe pessoalmente as reivindicações, é claro que se tonará um método consagrado de ação política.

Na segunda-feira, está previsto o início de mais uma greve política, aí sob o comando inequívoco do PSOL: dos professores das redes municipal e estadual do Rio. Acusam, de forma confusa, o não-cumprimento de acordos firmados pelo Estado e pela Prefeitura. Ainda voltarei a esse assunto, mas fica claro que estão forçando a barra porque o período, as vésperas da Copa do Mundo, é convidativo.

Dilma não vai falar com eles também? E se saírem por aí quebrando e pichando tudo? Aí rola um papinho? Por Reinaldo Azevedo





08/05/2014 às 21:35

A decisão de Barbosa e a cascata sobre a prisão de Dirceu


Joaquim Barbosa: ele revogou autorização para mensaleiro trabalhar fora. Só cumpriu a lei

Como vocês podem ler no post anterior, o ministro Joaquim Barbosa revogou a autorização para o mensaleiro Romeu Queiroz trabalhar fora.

Fato: a Lei de Execução Penal, no seu Artigo 37, estabelece:
Art. 37. A prestação de trabalho externo, a ser autorizada pela direção do estabelecimento, dependerá de aptidão, disciplina e responsabilidade, além do cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena.

Sem cumprir um sexto, não tem conversa! Está na lei. O Superior Tribunal de Justiça andou tomando decisões um tanto estranhas a respeito, mas, no STF, a decisão é que vale o que está no texto legal, conforme informa reportagem da VEJA.com.

Mais: como se pode verificar, essa história de que trabalhar fora é um direito automático é conversa mole. O juiz determinará se o preso faz ou não por merecer o benefício. Se é do tipo que usa celular na cadeia, que abusa de privilégios, que faz pouco caso da Justiça, que usa seus tentáculos que estão fora da cadeia para desmoralizar a Justiça, então a conclusão é uma só: não merece o benefício.

Regime fechado e regime semiaberto
E vamos parar de conversa mole. O que define o regime aberto ou semiaberto não é a possibilidade de trabalhar fora ou não, mas a disciplina da cadeia e algumas regalias de que desfruta o preso.

José Dirceu não tem ainda a autorização para trabalhar fora, mas é mentira que esteja em regime fechado como se diz por aí. As condições em que está detido são próprias do regime semiaberto. “Ah, mas ele não pode ainda trabalhar fora!” E daí? Não é isso que define a natureza do regime.

A verdade é que o nome “semiaberto” é errado. Também é um regime fechado, porém menos rígido. Se o juiz achar que o preso merece a concessão — trata-se de uma concessão —, então ele pode sair para trabalhar. “Pode”, entendem? Não quer dizer que seja uma imposição legal.Por Reinaldo Azevedo





08/05/2014 às 21:17

Barbosa revoga trabalho externo de mensaleiro



Laryssa Borges, de Brasília:
Relator do processo do mensalão, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, revogou nesta quinta-feira a decisão da Justiça de Minas Gerais que autorizava o ex-deputado Romeu Queiroz a trabalhar fora do presídio. Condenado a seis anos e seis meses de prisão em regime semiaberto, o ex-parlamentar havia recebido aval para trabalhar em sua própria empresa, na região metropolitana de Belo Horizonte. A decisão de Barbosa abre espaço para que autorizações de trabalhos externos de outros condenados pelo mensalão também possam ser revistas.

Barbosa afirmou que autorizar o trabalho imediatamente viola a Lei de Execução Penal, que prevê a necessidade de cumprimento de um sexto da pena antes de o condenado poder sair do presídio. Por lei, o trabalho externo só é autorizado quando o condenado tiver cumprido, no mínimo, um sexto da pena, mas o Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem jurisprudência que autoriza o trabalho independentemente da comprovação deste prazo. O Supremo, no entanto, tem decisões em sentido contrário, exigindo a comprovação de cumprimento prévio de parte da sentença.

A Lei de Execução Penal não prevê o trabalho externo como um direito automático dos condenados em regime semiaberto. Para pedir o benefício, o condenado precisa apresentar carta com proposta de emprego na unidade prisional onde estiver cumprindo pena, e o presídio encaminha uma assistente social ao local do emprego para fazer um relatório sobre as condições de trabalho.

Em janeiro, Queiroz conseguiu autorização da Vara de Execuções Criminais de Ribeirão das Neves (MG) para trabalhar fora do presídio José Maria Alkimin enquanto cumpre a pena imposta pelo Supremo. A defesa do mensaleiro havia apresentado oferta de trabalho para que Queiroz trabalhasse na própria empresa, a RQ Participações, onde já exerceu a função de diretor-presidente.

Estudo
Paralelamente, o ex-deputado conseguiu autorização judicial para estudar fora da cadeia. Ele cursará faculdade de Teologia. Na decisão que embasa o direito ao estudo, a juíza Míriam Chagas alega que o cumprimento de um sexto da pena neste caso não é necessário, já que “o principal elemento norteador do benefício se centra justamente na necessidade de ressocialização do condenado”. O presidente do STF, entretanto, ainda poderá aplicar o mesmo entendimento e revogar também essa decisão.

Por Reinaldo Azevedo





08/05/2014 às 19:59

Justiça quebra sigilo de contratos da Petrobras com a Camargo Corrêa



Por Daniel Haidar, na VEJA.com:
A Justiça Federal do Paraná determinou nesta quinta-feira a quebra do sigilo bancário da Petrobras e da Camargo Corrêa para serem investigados desvios de recursos da estatal originalmente destinados a obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, tocadas pela empreiteira. A abertura de informações financeiras é restrita a transações entre as duas empresas, e inédita na história da estatal. Serão remetidos para a Polícia Federal e o Ministério Público Federal as transações feitas entre Petrobras, Camargo Corrêa e a Sanko Sider. Também serão devassados os dados das transações entre Camargo Corrêa e Sanko Sider.

O objetivo é dimensionar os recursos desviados da refinaria Abreu e Lima. De acordo com o Ministério Público, Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, e o doleiro Alberto Youssef receberam cerca de 7,9 milhões de reais dos cofres da estatal. Isso foi feito por transferências do consórcio CNCC, comandado pela Camargo Corrêa, para a Sanko Sider – empresa que, após os recebimentos, fez depósitos em contas da MO Consultoria, empresa de fachada comandada por Youssef.

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal vão ter acesso a todas as transações bancárias feitas entre Petrobras, Camargo Corrêa e Sanko Sider no período de 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2013. Também vai ser feita a quebra integral do sigilo bancário de Paulo Roberto Costa, das suas filhas Arianna e Shanni Bachmann e dos genros Humberto Sampaio de Mesquita e Márcio Lewkowicz. De acordo com a Justiça Federal, os familiares podem ter sido usados para ocultação de recursos ilícitos. Essa suspeita foi reforçada pelo episódio de obstrução à Justiça, quando as filhas e os genros do ex-diretor da Petrobras esconderam papéis e arquivos que seriam apreendidos na operação Lava-Jato.

Também foi quebrado o sigilo bancário de Márcio Bonilho e Murilo Tena Barrios, sócios da Sanko Sider, e da empresa GFD Investimentos, outra firma comandada por Youssef.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Petrobras




08/05/2014 às 15:41

O Brasil do fim do mundo – Um dos linchadores diz que dois participantes da barbárie já foram executados pelo narcotráfico



Por Felipe Frazão, na VEJA.com:
O ajudante de pedreiro Lucas Rogério Fabrício Lopes, de 19 anos, que confessou ter participado da morte brutal da dona de casa Fabiane Maria de Jesus, de 33 anos, disse nesta quinta-feira à Polícia Civil que dois outros agressores foram executados por traficantes que atuam no bairro Morrinhos, no Guarujá (SP). Fabiane foi espancada até a morte no último sábado após ter sido confundida como uma suposta sequestradora de crianças na região.

Lopes foi detido por policiais militares nesta madrugada e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. Preso no 1º Distrito Policial do Guarujá, ele admitiu ter dado duas pancadas com a roda de uma bicicleta na cabeça de Fabiane, conforme registrado em vídeos feitos pela multidão. Lopes também disse que outras pessoas que participaram do linchamento fugiram de Morrinhos. Os policiais fazem buscas por outros agressores identificados em vídeos feitos pela população.

Segundo investigadores, há relatos de que traficantes estariam aplicando castigos em moradores de Morrinhos em represália ao espancamento de Fabiane. “Soube que muitas pessoas que participaram do linchamento fugiram do Guarujá”, afirmou Lopes à polícia. No depoimento à polícia ao qual o site de VEJA teve acesso, Lopes apontou a participação de dois outros agressores, identificados como Alex, o “Pote”, e Pepê. Segundo Lopes, Pepê é seu vizinho e vestia uma bermuda de cor vinho no dia do espancamento. Ele usou um fio elétrico para amarrar Fabiane. Lopes disse que a mãe de Pepê foi até a sua casa e avisou que ele tinha sido morto por marginais.

Lopes disse ter “escutado boatos de que Alex (Pote) também sumiu, junto com Pepê, e deve ter sido morto por marginais”. Alex aparece nas imagens de bermuda preta e sem camisa amarrando as pernas da vítima, segundo Lopes. Eles jogavam futebol juntos no bairro. “Ele [Alex] agrediu muito a vítima e, a todo o momento, dizia ‘é ela mesmo, tem que matar’”, relatou. Segundo Lopes, crianças também participaram do linchamento: “Várias crianças estavam com madeira na mão e ameaçavam bater na vítima”.

O espancamento começou por volta das 14h15 de sábado, quando Lopes saiu de casa ao ouvir a gritaria e se envolveu no crime. Os boatos diziam que a mulher “arrancava o coração e os olhos de crianças para rituais de magia negra”, declarou. Quando era adolescente, Lopes chegou ser apreendido por seis meses na Fundação Casa por tráfico de drogas. Ele disse “estar muito arrependido, e que foi influenciado por boatos nas redes sociais e pessoas que estavam no local acusando Fabiane de matar crianças”.Por Reinaldo Azevedo





08/05/2014 às 15:32

Líder dos atos delinquentes do Rio é ligado a Anthony Garotinho


Ônibus depredado em Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro – JadsonMarques/Futura Press

Já há pelo menos 325 ônibus depredados no Rio, numa greve parcial de motoristas liderada por um certo Hélio Theodoro, conhecido como Hélio da Real, um dissidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus, que não apoia a paralisação. Este senhor é filiado ao PEN e é ligado ao deputado Anthony Garotinho, que deve disputar o governo do Rio.

E, claro, os baderneiros de sempre e os militantes profissionais já tomaram conta do movimento. Informa a V EJA.com:
“A página do grupo Anonymous informou, pouco depois da meia-noite, locais de garagens de empresas onde deveriam ocorrer protestos – e lugares onde, efetivamente, ônibus foram destruídos. Os mascarados do Black Bloc convocaram “a população” para apoiar a greve e programam uma manifestação no Centro, nesta quinta ou sexta-feira. A legitimidade da greve vai pelo ralo quando ocorrem, como esta manhã, tentativas de paralisar a cidade. Um grupo de cerca de 30 rodoviários tentou fechar as pistas da Avenida Brasil, sentido Centro. Houve também bloqueio de ruas importantes no Grajaú, Avenida Ayrton Senna (Barra da Tijuca), Rua Teodoro da Silva (Vila Isabel), Avenida Marechal Rondon (Sampaio), Rua Conde de Bonfim (Tijuca) e em uma série de vias próximas de garagens de empresas de ônibus.”

Eis aí. Infelizmente, o país não dispõe de uma lei que possa punir essa canalha com o rigor merecido. Ou dispõe: a Lei de Segurança Nacional. Mas aí nos falta outra coisa: líderes com coragem para fazer a coisa certa.

Por Reinaldo Azevedo

Tags: greves, Rio




08/05/2014 às 15:03

MST e MTST promovem atos delinquentes em São Paulo; Dilma leva a bagunça para dentro do Palácio, como de hábito


Pichação na sede da Odebrecht: Dilma decidiu premiar a delinquência

Dois movimentos se juntaram hoje para protestar em São Paulo, o MST — Movimento dos Sem Terra — e o MTST, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto. Este é a versão urbana daquele. As táticas são as mesmas: invasão de propriedade privada, depredação e violência. O chefão do MST é João Pedro Stédile, um economista que nunca passou dificuldade na vida. O líder com mais visibilidade do MTST é Guilherme Boulos, um rapaz de classe média alta que decidiu se dedicar, vamos dizer, à causa. Ok. A origem social não determina as escolhas. Lênin, o líder da revolução russa, era filho de um alto funcionário do czar. O pai de Trotsky era um rico latifundiário. E os filhos, no entanto, estão na origem do terror comunista, que viria a responder por algo em torno de 150 milhões de mortos. Ainda é a ideologia que mais matou na história da humanidade.

Por que destaco a origem social desses supostos líderes? Porque é preciso distinguir a causa justa da manipulação política. O Brasil conta com programas de reforma agrária e de construção de moradias. Tanto os sem-terra como os ditos sem-teto são interlocutores ativos no estado brasileiro num e noutro. É sabido que o Ministério do Desenvolvimento Agrário está praticamente entregue ao MST. O tal MTST tem direito a uma cota de casas populares construídas pelo Poder Público. Terra e casas são distribuídas preferencialmente a seus militantes, o que é um absurdo.

Nesta quinta, os dois grupos se juntaram para ocupar os prédios de três grandes construtoras em São Paulo: Odebrecht, OAS e Andrade Gutierrez. Faziam reivindicações específicas de sua área e protestavam contra a Copa do Mundo. As respectivas sedes das empresas foram pichadas. As manifestações mais agressivas foram suspensas depois que a presidente Dilma, que está em São Paulo para inaugurar o inacabado Itaquerão, convidou os líderes dos protestos para um encontro.

É uma irresponsabilidade, senhora presidente da República! Mais uma vez, a chefe do estado brasileiro cede ao jogo da truculência. Cometeu o desatino de receber líderes do próprio MST em Brasília depois de uma tentativa de invasão do STF, no dia 12 de fevereiro. Trinta policiais ficaram feridos então. No dia seguinte, num ato político do movimento, estiveram presentes representantes do PT, do PSB, do PSOL e do próprio governo federal.

E agora o mais patético: o governo tem um chamado “interlocutor” para dialogar com estes que se dizem “movimentos sociais”. É o senhor Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência da República. Confesso a vocês que nunca entendi até onde ele é um negociador ou um incitador da violência. Não custa lembrar que, até outro dia, este senhor estava a fazer especulações sobre a natureza social dos rolezinhos, tentando lhes emprestar um caráter de guerra racial. Carvalho tentou transformar uma manifestação que era para dar beijo na boca, para lembrar o poeta Augusto dos Anjos e com o perdão da palavra, na véspera do escarro da luta de todos contra todos.

Dilma Rousseff, a que recebe baderneiros, precisa ficar atenta para saber se seu colaborador realmente colabora para diminuir as tensões sociais ou se é um incitador de protestos, de olho, quem sabe, na substituição da candidatura do PT à Presidência da República. Mais uma vez, simbolicamente, Dilma vai levar a baderna para dentro do Palácio, deixando claro que a violência é um meio aceitável de reivindicação. Esta senhora está, na prática, criando as condições para um país ingovernável, seja ela a eleita, seja outro.Por Reinaldo Azevedo





08/05/2014 às 6:27
LEIAM ABAIXO


Marina Silva, o melhor cabo eleitoral do PT;
A justa homenagem do Supremo a Ayres Britto;
Um petista é sempre um aristocrata, mesmo na cadeia;
Muito cuidado para não jogar fora a criancinha junto com a água suja!;
O lentíssimo Renan da CPI da Petrobras se mostrou serelepe para instalar a CPI contra a oposição;
Janot: indicativos de regalias aos mensaleiros são claros;
Boko Haram – O mundo ignora a ação de milícias islâmicas que matam 100 mil cristãos por ano;
Putin recua porque, de fato, não pretende ocupar o Leste da Ucrânia; só queria demonstrar que está no jogo;
MARCO AURÉLIO MELLO – Lei que censura jornalistas não vale mais do que a Constituição. Hora de a Abert recorrer ao Supremo com uma ADI!;
Renan combina estratégia arrasa-CPI com Planalto; Eduardo Cunha diz não abrir mão de comissão mista e afirma haver “malfeitos” na Petrobras;
A DELINQUÊNCIA POLÍTICA DISFARÇADA DE MILITÂNCIA. OU: ELE É A CARA DOS BLOGS SUJOS;
Oposição pede que Procuradoria-Geral abra inquérito para apurar improbidade administrativa de DilmaPor Reinaldo Azevedo


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08/05/2014 às 4:58
Marina Silva, o melhor cabo eleitoral do PT


Marina Silva: ela se comporta como a juíza da política e dos políticos

Não há coisa mais cretina do que a soberba. E é pior quando parte de alguém que faz uma espécie de profissão de fé na humildade ou que a exerce com tal voracidade que chega a ser concupiscente. Eis Marina Silva, a candidata a vice na chapa de Eduardo Campos (PSB) e líder da Rede, o partido inexistente mais arrogante do Ocidente. Marina concede uma entrevista à Folha que está na edição desta quinta. E lá está o título da página: “PSDB de Aécio tem o cheiro da derrota no 2º turno”. Não é um exagero nem uma simplificação. Ela realmente disse isso. Em que medida é um movimento combinado com Campos? Não se sabe. Quando se trata de Marina, nunca se sabe! Parece-me, no entanto, que, desta feita, ela pode estar obedecendo a uma estratégia conjunta — a tal lógica da diferenciação.

Só para esclarecer: por que falo em soberba? Em primeiro lugar, porque não me parece que seja a hora de os dois candidatos de oposição resolverem se enfrentar. Há cinco meses inteiros ainda até a eleição. Nas condições atuais, Dilma venceria no primeiro turno. Basta pensar: e se Aécio Neves responde na mesma moeda? Acontece o quê? Os petistas aplaudirão o bate-boca de pé. Essa tontice de Marina tem um quê de desonestidade intelectual e política porque parte da certeza de que aquele que foi atacado não vai responder — e acho, se querem saber, que não deve mesmo. Em segundo lugar, Marina é soberba porque parte do princípio de que ninguém ocupa a sua altitude moral e, pois, ela pode ser juíza do processo político e sair por aí a julgar os vivos e os mortos.

A Folha publica um texto sobre a entrevista e há endereço para um vídeo. Não assisti. Mas suponho que, se Marina tivesse dito algo de relevante — além do ataque à outra candidatura de oposição —, o jornal teria aproveitado num texto de mais de 5 mil toques. Se não está ali, é porque não há. Segundo Marina, Eduardo Campos é diferente de Aécio Neves. É certo que sim! Em quê? Ela exemplifica: ambos divergem sobre maioridade penal. E isso nem chega a ser exatamente verdadeiro. A proposta do PSDB mantém a dita-cuja em 18 anos, mas abre a possibilidade de a Justiça considerar exceções no caso de crimes hediondos. E pronto! Aí está a diferença.

Marina, ora vejam, expressa o seu entendimento de voto útil, que viola a história: “O PSDB sabe que já tem o cheiro da derrota no segundo turno. E o PT já aprendeu que a melhor forma de ganhar é contra o PSDB”. Ela se esquece de que o PSDB venceu duas eleições para a presidência no primeiro turno, e o segundo colocado era um petista — no caso, Lula!

Até agora, como se sabe, Marina não conseguiu transferir seus votos para Campos, mas ela prefere fazer especulações sobre a viabilidade do outro candidato que disputa o terreno oposicionista. Em certo sentido, convenham, o pleito difícil de explicar é o do PSB, que se diz oposição a Dilma, mas não a Lula. De tal sorte a candidatura está ancorada nesse fundamento que o ex-governador de Pernambuco seria obrigado a sair da disputa se o ex-presidente decidisse tomar o lugar de Dilma na chapa. Campos, está dado, não se opõe a um modo de governar, mas a uma pessoa.

Marina fala ainda como a senhora do progressismo e do avanço social. Depois verei o vídeo. No Acre, por exemplo, ela é governo, junto com Tião Viana (PT). Estou curioso para saber o que ela pensa sobre a exportação de haitianos para São Paulo. Ela já se importou bastante com bagres para ser tão silente sobre seres humanos, não é?

Ah, sim: segundo fiquei sabendo, em São Paulo, a chefe da Rede tende a apoiar a candidatura de Vladimir Safatle, do PSOL, ao governo do estado. Aí estão as suas afinidades. É mesmo uma pessoa diferenciada. A Folha informa que, antes da entrevista, ela passou beterraba nos lábios porque tem alergia a batom. O mundo é estranho. Eu sou alérgico a gergelim. E ela também nega que tenha falado diretamente com Deus, como andou espalhando por aí o presidente Lula. O Altíssimo, parece, se manifestou diretamente no seu coração.

Não deixa de ser um privilégio, né?Por Reinaldo Azevedo

Tags: Eleições 2014, Marina Silva


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08/05/2014 às 3:36
A justa homenagem do Supremo a Ayres Britto


A fotografia de Ayres Britto, ministro aposentado do Supremo, passou a integrar a galeria de ex-presidente do tribunal. Neste blog, discordei muitas vezes de Britto; concordei com eles outras tantas. Uma coisa, no entanto, é certa: tanto num caso como no outro, eu lhe reconhecia independência intelectual. Não há um só ato seu que não tenha concorrido para fortalecer a democracia e o estado de direito. A ele devemos também uma compreensão verdadeiramente iluminada sobre o valor da liberdade de imprensa. Abaixo, a foto da solenidade e o texto publicado no site do STF.

A foto do ministro aposentado Ayres Britto foi incluída na galeria de ex-presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), em tradicional cerimônia realizada na noite desta quarta-feira (7), no Salão Branco da Corte. Ele foi o 43º ministro do regime republicano a presidir o STF.



O atual presidente do Tribunal, ministro Joaquim Barbosa, declarou que o trabalho de Ayres Britto na Suprema Corte é “um exemplo para todos”. Ele enalteceu a ética e o saber jurídico do ministro aposentado e lamentou o fato de sua presidência ter sido encerrada antecipadamente, em novembro de 2012, por imposição constitucional, quando ele completou 70 anos.

“A presidência do ministro Ayres Britto foi esplendorosa e evidenciou a todo o país a sua devoção à causa pública. O seu saber jurídico e humanístico, a justeza de seus posicionamentos, sua excepcional cordialidade e alegria resplandecem no STF por meio de seu legado, não apenas durante a presidência, mas também por meio dos relevantes casos julgados sob sua relatoria”, ressaltou Barbosa.

Em discurso improvisado e emocionado, Ayres Britto agradeceu aos ministros com os quais trabalhou. “São todos competentíssimos e pude aprender muito com eles”, afirmou. O ex-presidente do STF também declarou sua felicidade por ter trabalhado na Suprema Corte, lembrando que foi “feliz, totalmente feliz” nesta Casa.

O evento contou com a presença de ministros do STF, magistrados e políticos, além de amigos e familiares de Ayres Britto.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Ayres Britto, STF


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08/05/2014 às 3:11
Um petista é sempre um aristocrata, mesmo na cadeia


Há dias a Comissão de Direitos Humanos da Câmara, sob o diligente comando de petistas, é claro!, foi visitar José Dirceu na Papuda. Sabem como é… Faz-se necessário saber como vive esse varão de Plutarco, se está sendo maltratado, essas coisas. Encontraram-no vibrando com a partida entre o Real e o Atlético de Madrid, numa cela diferenciada, maior do que a dos outros, que não é obrigado a dividir com ninguém. Em algum canto, conta haver uma goteira, coisa tratada como crime de lesa- humanidade em alguns círculos.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirma em documento enviado ao Supremo Tribunal Federal que há, sim, evidências de que os mensaleiros recebem tratamento diferenciado na prisão: “Há indicativos bastante claros que demandariam uma atitude imediata das autoridades”, escreve.

Em março, em duas reportagens, a VEJA revelou que os mensaleiros petistas gozam de claros privilégios na cadeia. Dirceu, por exemplo, passa a maior parte do tempo na biblioteca, área a que poucos detentos têm acesso. Lê livros e faz, sei lá como chamar, monografias. O esforço lhe rende dias a menos na prisão. Também a comida seria diferenciada. Os horários de visitas não seguem as normas. Delúbio Soares, por sua vez, é o rei do Centro de Progressão Penitenciária. Desfruta até de uma feijoada no fim de semana, privilégio não concedido aos presos sem pedigree. Segundo os círculos dirceuzistas, informações como essas têm origem na tal “mídia golpista”, mancomunada com Joaquim Barbosa, o demônio. Pois é…

A gente percebe que o padrão dos petistas dentro de uma cadeia não é diferente daquele seguido fora dela. Não importa o lugar onde estejam os companheiros, a sua concepção de vida e de mundo é, digamos assim, aristocrática, distinta do reles igualitarismo republicano. Sempre que são flagrados numa falcatrua qualquer, qual é o padrão? Eles tentam nos convencer de que estavam empenhados numa operação de salvação do Brasil e que os eventuais malfeitos são parte desse processo de mudança. Ou por outra: seus crimes têm de ser vistos por uma ótica diferenciada.

Tome-se o exemplo do mensalão: tudo seria, dizem, caixa dois de campanha, uma imposição de um sistema com o qual não compactuariam, que teriam herdado, o que os teria forçado, imaginem!, a seguir os hábitos e costumes de seus adversários. Entenderam? Até mesmo quando eles admitem se igualar aos outros nos vícios, tentam nos provar que é por superioridade do espírito.

Ora, por que presos tão especiais seriam tratados como o resto da ralé, os simplesmente humanos, né?

Por Reinaldo Azevedo

Tags: José Dirceu, Mensalão, Rodrigo Janot


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08/05/2014 às 2:27
Muito cuidado para não jogar fora a criancinha junto com a água suja!


A VEJA.com publica uma reportagem de Daniel Haidar informando que 121 parlamentares da atual legislatura receberam doações LEGAIS de empresas que estão sendo, de algum modo, investigadas pela Operação Lava Jato. Há lá gente para todos os gostos, de todos os partidos, de centro, de direita, de esquerda, de cima, de baixo, de “entre”… A informação existe e tem de ser publicada. Reservo-me a licença de fazer algumas ponderações.

Primeira questão importantíssima: uma operação de investigação não pode ser confundida com uma sentença judicial. Não se trata de dar uma de Poliana, mas de reconhecer o óbvio. Depois da investigação, a polícia pode chegar à conclusão de que nada aconteceu. E pronto! Assim, é preciso que esses 121 políticos não sejam tratados como suspeitos.

Em segundo lugar, noto que o problema de Alberto Youssef não estava no dinheiro que operava na legalidade, mas na ilegalidade. Parece-me que quem está disposto a servir de modo escuso a quem o financia não vai assinar, literalmente, um recibo, não é? A declaração da doação é um recibo. Se é para fazer safadagem, melhor receber a grana pelo caixa dois. Aí, nós, os jornalistas, não teremos como pegar no pé de ninguém.

Os mais cínicos podem supor que é de tal sorte grande a lambança no Brasil que o Congresso seria uma verdadeira quadrilha multipartidária. Isso não é verdade. Existem, certamente, bandidos por lá. A gente sabe que isso é verdade. Mas vejo na lista dos que receberam doações de empresas investigadas nomes de pessoas sabidamente honradas. “Ah, eu que não ponho a mão no fogo por ninguém”, dirá alguém. Não se trata disso. Enquanto não sei de nada que desabone a figura, ela goza da minha confiança. E não será uma doação legal feita por uma empresa que vai mudar isso, ainda que esta mesma empresa tenha feito negócios, em algum momento, com Youssef.

Financiamento público
Cada tempo tem a sua “doxa”, não é?, ditada por quem exerce a hegemonia política. Hoje, a hegemonia ainda está com o petismo, e a “doxa” da hora é o financiamento público de campanha — que, tudo indica, acabará vindo, o que representará um desastre sem precedentes na política brasileira.

Vamos ver: com ou sem financiamento privado de campanha, as empresas poderiam estar sendo investigadas pela Operação Lava Jato, certo? Se elas fossem proibidas de fazer doação legal, os parlamentares não estariam na tal lista, embora nada impedisse que se fizessem as doações ilegais. Ou alguém tem alguma dúvida que a proibição dessas doações ensejará uma migração maciça de recursos para o caixa dois?

Eu sempre me preocupo quando alguém que declarou o dinheiro que recebeu, segundo a legislação vigente, fica numa situação mais difícil do que aquele que recebeu a grana no escurinho do cinema. Entre a transparência e a falta dela, a transparência tem de vencer. Entre o claro e o obscuro, o claro. Entre o honesto e o desonesto, o honesto. Ou alguém acredita que há quem se eleja gastando apenas o próprio dinheiro?Por Reinaldo Azevedo

Tags: financiamento de campanha


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08/05/2014 às 1:37
O lentíssimo Renan da CPI da Petrobras se mostrou serelepe para instalar a CPI contra a oposição


Que serelepe este senador Renan Calheiros (PMDB-AL)! Nesta quarta, ele determinou que senadores e deputados indiquem até o fim da semana que vem seus representantes para a instalação de duas CPIs mistas: a da Petrobras e a do Metrô de São Paulo e do Distrito Federal. Como é sabido, a oposição recolheu as assinaturas para o primeiro requerimento, e a base governista, para o segundo. Notem que, embora os dois processos estivessem em estágios distintos, Renan os igualou, atendendo, claro!, a um pedido do governo. Então o PT já se conformou e já de barato que vai mesmo haver uma comissão formada por deputados e senadores?

Coisa nenhuma! Na sessão conjunta entre Câmara e Senado, o partido apresentou um questionamento para tentar impedir a comissão mista, o que tem deixado os deputados, especialmente do PMDB, muito irritados. Os petistas querem que as lambanças na estatal sejam investigadas só no Senado, cuja comissão será formada por 13 membros — apenas três deles são da oposição. Nesse caso, a base aliada já apresentou seus nomes. Trata-se de uma verdadeira tropa de choque para blindar a Petrobras de qualquer investigação.

Os petistas não pararam por aí: recorreram à Presidência do Senado com uma argumentação, vênia máxima, ridícula. Sustentam que a CPI do Senado tem prevalência sobre a mista e argumentam que é o que dispõe o Código de Processo Penal: havendo duas investigações simultâneas sobre um mesmo assunto, prevalece a primeira desde que o juiz seja o mesmo. Vamos ver: 1) CPIs não são reguladas pelo CPP; 2) não seria a primeira vez a haver duas comissões de inquérito sobre o mesmo assunto; 3) ainda que a argumentação fizesse sentido, os “juízes” são distintos, tanto é que Senado e Congresso têm competências também distintas.

Mas o PT não quer nem saber. Os senadores Humberto Costa (PE) e Gleisi Hoffmann (PR) organizaram, vamos dizer assim, a resistência. Como a oposição retirou as indicações para a comissão do Senado, os petistas cobram agora que Renan faça as nomeações. Os oposicionistas já afirmaram que não pretendem participar dessa CPI.


Renan: hostil à CPI da Petrobras e beijinhos para a comissão contra a oposição

Então vamos ver o que sobra, na base de perguntas e respostas. Haverá a CPI Mista do Metrô? Haverá. O Planalto não abre mão, e o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (AM), deixa claro que se trata, sim, de uma retaliação. Haverá a CPI Mista da Petrobras? Haverá, e Dilma sabe disso, embora tente retardá-la o máximo. A oposição vai indicar apenas 5 dos 32 membros, mas o que o Planalto teme são os peemedebistas que não rezam segundo a sua cartilha. O líder do partido na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), por exemplo, já confirmou que vai participar. E anunciou os nomes de outros deputados: Lúcio Vieira Lima (BA), irmão de Geddel Vieira Lima — hoje um peemedebista na oposição —, Sandro Mabel (GO) e João Magalhães (MG), todos tidos como rebeldes. Haverá a CPI da Petrobras só no Senado? Esta, por enquanto, é incerta, mas não improvável.

Com 10 das 13 vagas de uma CPI no Senado e 27 das 32 de uma CPI Mista, por que o governo teme tanto uma investigação, a ponto de recorrer a algumas caneladas? Uma coisa é certa: o Planalto deve saber muito mais do que sabemos.

Copergas, não Comgás
Atenção! A empresa que realiza obras no entorno da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e que está na mira dos petistas para tentar atingir Eduardo Campos é a Copergas, não a Comgás, como eu disse aqui, reproduzindo fala de um petista que esteve com Dilma. De novo: a Comgás, que atua apenas no São Paulo, não tem nada a ver com a refinaria. Quem realiza a obra é a Companhia Pernambucana de Gás.Por Reinaldo Azevedo

Tags: CPI da Petrobras, Renan Calheiros


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08/05/2014 às 1:01
Janot: indicativos de regalias aos mensaleiros são claros


Na VEJA.com:
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou documento nesta quarta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) no qual afirma que há indicativos claros de tratamento diferenciado concedido aos mensaleiros que cumprem pena no Distrito Federal, entre eles, o ex-ministro José Dirceu. Entre esses indicativos, ele citou o fato de os presos terem recebido visitas em horários diferenciados no Complexo Penitenciário da Papuda, administrado pelo governo Agnelo Qureiroz (PT). O procurador ressaltou ainda depoimento no qual outros presidiários relataram que os condenados do mensalão recebem café da manhã diferenciado. “Há indicativos bastante claros que demandariam uma atitude imediata das autoridades”, disse.

Em duas edições, VEJA revelou uma série de mordomias de Dirceu e Delúbio Soares na Papuda. Dirceu passa a maior parte do dia no interior de uma biblioteca onde poucos detentos têm autorização para entrar. Lá, ele gasta o tempo em animadas conversas, especialmente com seus companheiros do mensalão, e lê em ritmo frenético para transformar os livros em redações, o que lhe pode garantir dias a menos na cadeia. O ex-ministro só interrompe as sessões de leitura para receber visitas – incluindo um podólogo –, muitas delas fora do horário regulamentar e sem registro oficial algum, e para fazer suas refeições, especialmente preparadas para ele e os comparsas.

Já o ex-tesoureiro petista detém forte influência no Centro de Progressão Penitenciária. Os benefícios, considerados irregulares pelo Ministério Público do Distrito Federal, incluem até refeições especiais, como feijoada aos finais de semana, o que é proibido para todo o restante da população carcerária. Outro exemplo da influência de Delúbio dentro do CPP ocorreu quando o petista teve sua carteira roubada. Ele chamou o chefe de plantão, que determinou que ninguém deixasse a ala do centro de detenção até que a carteira, os documentos e os 200 reais em dinheiro fossem encontrados.

Comandada pelo PT, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara realizou uma diligência até a Papuda com o objetivo de negar a existência de benefícios aos condenados no julgamento do mensalão e, dessa forma, evitar sanções aos mensaleiros. A intenção era pressionar pela liberação do trabalho externo para Dirceu, mas o tiro saiu pela culatra: os deputados encontraram Dirceu assistindo um jogo de futebol em TV de plasma e conferiram que sua cela é maior e mais equipada que a dos demais detentos – possui micro-ondas, chuveiro quente e uma cama melhor.

Dirceu está sendo investigado pela Justiça por ter usado um celular dentro da cadeia do secretário da Indústria, Comércio e Mineração do governo da Bahia, James Correia, no dia 6 de janeiro.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Delúbio Soares, José Dirceu, Mensalão, PT


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07/05/2014 às 15:38
Boko Haram – O mundo ignora a ação de milícias islâmicas que matam 100 mil cristãos por ano


A milícia islâmica Boko Haram, que sequestrou mais de 200 meninas na Nigéria, promoveu um massacre que fez entre 150 e 300 mortos, não se sabe ao certo, no estado de Borno, nordeste do país (ver post). É um dos braços da Al Qaeda no continente.

Digam-me aqui: desde quando as milícias islâmicas aterrorizam o mundo, muito especialmente países africanos? O que fez a comunidade internacional diante do massacre de mais de 400 mil cristãos em Darfur, no Sudão? O mais curioso é que, nos centros influentes de pensamento da Europa e dos Estados Unidos (e até nas universidades brasileiras, que não são influentes), fala-se numa certa “islamofobia”, que ninguém, até agora, conseguiu definir direito o que é ou identificar.

O aspecto religioso dos ataques promovidos por milícias islâmicas na África ou no Oriente Médio desaparece depressa, é logo ignorado. A Igreja Católica e as demais denominações cristãs parecem incapazes de denunciar com a devida gravidade o que está em curso. Ao contrário até: na imprensa ocidental, a esmagadora maioria das notícias acaba tendo um viés anticristão por causa, vamos dizer, da “agenda progressista de costumes”. No mundo, nenhuma escolha pessoal é, hoje em dia, tão mortal como o cristianismo. Nos 45 dias que se seguiram à deposição de Mohamed Morsi, no Egito, pelo menos 200 cristãos da minoria copta foram assassinados. E a matança continua.

Em 2012, escrevi aqui, 105 mil pessoas foram assassinadas no mundo por um único motivo: eram cristãs. O número foi anunciado pelo sociólogo Maximo Introvigne, coordenador do Observatório de Liberdade Religiosa, da Itália. E, como é sabido, isso não gerou indignação, protestos, nada. Segundo a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), 75% dos ataques motivados por intolerância religiosa têm como alvos os… cristãos. Mundo afora, no entanto, o tema quente, o tema da hora, em matéria de religião — e não é diferente da imprensa brasileira —, é a chamada “islamofobia”.

Existe islamofobia? Sem dúvida. Muitas vezes, no entanto, entra nessa categoria a justa reação de países ocidentais à tentativa de comunidades islâmicas de impor seus costumes à revelia da legislação dos países democráticos que as abrigam. O dado inquestionável, no entanto, é que a “islamofobia” gera, quando muito, manifestações de preconceito — em si mesmas odiosas. Já a “cristofobia” causou a morte de 105 mil pessoas só em 2012. Há lugares em que ser cristão é, com efeito, muito perigoso: Nigéria, Paquistão, Mali, Somália e… Egito — especialmente depois da chamada “revolução islâmica”, ou “Primavera”, na linguagem, vamos dizer assim, floral da deslumbrada imprensa ocidental.

Mas este não é um assunto “quente”. Se algum extremista cretino atacar um muçulmano no Ocidente, aí o debate pega fogo — e não que a indignação seja imerecida. Mas cumpre perguntar: por que a carne cristã é tão barata no imaginário da imprensa ocidental?

Há cristãos sendo crucificados na Síria por jihadistas que promovem a guerra civil contra Bashar Al Assad. Há poucos dias, ao saber disso, consta, o papa chorou. Ocorre que a comunidade internacional, o papa inclusive, tem de fazer mais do que chorar. Quem financia o Boko Haram? Quem dá dinheiro às milícias islâmicas que aterrorizam a África?

É preciso que se chame a atenção para o caráter religioso dessa guerra. A Nigéria, com mais de 170 milhões de habitantes, tem uma discreta maioria de cristãos na comparação com os muçulmanos: 49% a 48%, mais ou menos. Não se tem notícia de milícias cristãs armadas. Reitere-se: o confronto que mais mata hoje na Nigéria e no mundo é religioso, não étnico. E os islâmicos estão na ofensiva terrorista.

Por Reinaldo Azevedo

Tags: islamismo, Nigéria


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140 COMENTÁRIOS


07/05/2014 às 14:39
Putin recua porque, de fato, não pretende ocupar o Leste da Ucrânia; só queria demonstrar que está no jogo


O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou o recuo dos 40 mil soldados que estavam fazendo treinamento militar perto da fronteira com a Ucrânia. Mais do que isso: pela primeira vez, expressou apoio às eleições ucranianas. Isso significa que as sanções impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia estão dando resultado? Eis uma daquelas situações em que a resposta é “sim” e “não”.

Ele já provocou o suficiente, e certamente o resultado agora passará a ser contraproducente. A lógica indica que não há razão para Putin querer ocupar o leste da Ucrânia, o que jamais seria reconhecido pela comunidade internacional. A Rússia seria eternamente vista como um país invasor. O presidente russo, durante todo esse tempo, cuidou apenas da sua reputação; de recuperar uma certa grandeza do “império russo”, que não existe mais.

Desde sempre, ele queria a Crimeia, de quem ninguém mais fala. Ponto! Ele já anexou um pedaço de outro país. O mundo até condescendeu porque sempre entendeu que a região, afinal, pertence à Rússia. O resto era só um arreganhar de dentes para demonstrar que ele está no jogo e dispõe de recursos para cutucar o Ocidente: no caso, o gás.

Como saldo, resta o quê? Que outro governante exerce hoje, em relação a seu povo, o papel que Putin desempenha na Rússia? Pensem, assim, num misto de líder populista, nacionalista, autoritário, popular e moralista… Eis Putin. Enquanto promovia desordem no leste da Ucrânia, tomava medidas para tentar proibir o palavrão no país.

Pode ser que um dia aconteça, tomara!, mas o fato é que a Rússia nunca foi uma democracia. E não seria com Putin, um ex-agente da KGB, a polícia secreta dos comunistas, que chegaria lá.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Rússia, Ucrânia, Vladimir Putin


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60 COMENTÁRIOS


07/05/2014 às 5:38
LEIAM ABAIXO


MARCO AURÉLIO MELLO – Lei que censura jornalistas não vale mais do que a Constituição. Hora de a Abert recorrer ao Supremo com uma ADI!;
Renan combina estratégia arrasa-CPI com Planalto; Eduardo Cunha diz não abrir mão de comissão mista e afirma haver “malfeitos” na Petrobras;
A DELINQUÊNCIA POLÍTICA DISFARÇADA DE MILITÂNCIA. OU: ELE É A CARA DOS BLOGS SUJOS;
Oposição pede que Procuradoria-Geral abra inquérito para apurar improbidade administrativa de Dilma;
PT indica Chinaglia para vice-presidência da Câmara;
Câmara aprova projeto de lei que libera biografias não autorizadas;
Renan marca sessão para instalar CPI mista da Petrobras;
A morte de Fabiane e o Brasil bárbaro;
Padilha quer aliança com Maluf e mensaleiro em SP;
Coronel Malhães — Entendi: a verdade só é verdadeira se coincidir com a versão dos… donos da verdade;
Caseiro de coronel assassinado no Rio, agora, nega participação no crime;
José Serra, vice de Aécio Neves: será que isso é possível?;
A GRANDE CAIXA-PRETA – Diretoria da Petrobras, da qual Graça Foster também fazia parte, omitiu riscos sobre negócio no Japão;
Para garantir apoio do PTB, Dilma põe TESOUREIRO DO PARTIDO numa vice-presidência da… Caixa!!!;
Doleiro pagou gado a deputado Luiz Argôlo, indica PF;
Embaixadas alertam turistas sobre protestos na Copa;
Renan desperdiça tempo e dinheiro do Senado e do STF. Argumentação é absurda!Por Reinaldo Azevedo


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"A Revolução Francesa começou com a declaração dos direitos do homem, e só terminará com a declaração dos direitos de Deus." (de Bonald).

Obedeça a Deus e você será odiado pelo mundo.








-O coletivismo é a negação da liberdade, porquanto a sede da liberdade é o indivíduo. Tanto é que a pena mais severa na história da humanidade é a privação da liberdade. A essência da liberdade é una e indivisível e daí a designação do sujeito como "indivíduo".

Aluízio Amorim

Filósofa russa Ayn Rand :



“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.”



Ayn Rand nasceu em São Petersburgo em 1905