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Bruno Braga
Thursday, January 03, 2013
Submetida a uma “pesquisa” nos anos 40 vem a público com detalhes horríveis sobre o abuso que sofreu do pai.
- Autor. Brian Fitzpatrick.
- Data da publicação. 17 de Outubro de 2010.
- Tradução. Bruno Braga.
- Fonte. WND [http://www.wnd.com/2010/10/213213/].
WASHINGTON – Uma vítima da “pesquisa” do sexologista Alfred Kinsey durante os anos 1940 faz um protesto perturbador: seu pai foi pago por Kinsey, considerado universalmente o “pai da revolução sexual”, para estuprá-la e relatar para ele as agressões.
Aproximadamente 70 anos depois de ser molestada – repetidas vezes – por seu próprio pai, “Esther White” (pseudônimo) fala com a esperança de levar o Congresso a investigar a polêmica pesquisa. “White” disse que estaria disposta a depor pessoalmente no Capitol Hill se a investigação resultar na abertura dos arquivos do Instituto Kinsey para um minucioso exame público.
“Ele estava me estimulando a ter orgasmos e marcando o tempo com um cronômetro”, contou “White” ao WND. “Eu não gostava, tinha convulsões, mas ele não se importava. Ele disse que todas as garotinhas faziam isso com os seus pais, e que elas só não comentavam”.
“White” tinha sete anos quando o pai começou a abusar dela.
“Não há dúvida de que Kinsey quebrou uma série de leis, que conspirou para violar leis e conduzir suas falsas pesquisas”, afirmou Matt Barber, professor de Direito e Reitor da Liberty University School of Law.
Os livros de Kinsey de 1948 e 1953 - a respeito do comportamento sexual humano - têm tabelas de informação sobre reações sexuais de crianças de até 2 meses de idade. Várias tabelas registram o tempo necessário para as crianças estarem estimuladas a alcançar o “orgasmo”, e outras registram quantos orgasmos a criança atinge em dados períodos de tempo.
- Dados de “Esther White” teriam sido utilizados neste quadro do primeiro livro de Kinsey, apesar de o livro estar focado no comportamento sexual masculino.
“Kinsey não era um estudioso legítimo. Ele não era objetivo”, disse Janice Crouse, PhD, chefe do Beverly LaHaye Institute, “think tank” na “Concerned Women for America”. “Em vez disso ele buscou pessoas que poderiam produzir os resultados que ele queria... Ele estava muito interessado em mudar os costumes sexuais... Ele acreditava que qualquer ato sexual entre adultos conscientes, e mesmo entre crianças, era aceitável e até saudável”. Kinsey e seus pesquisadores foram amplamente reconhecidos por terem redefinido a moralidade sexual nos Estados Unidos.
- “Esther White”.
“White” disse que Kinsey “seduziu” seu avô - que se tornou amigo pessoal dele durante os estudos na Universidade de Indiana - para participar da pesquisa, e que seu avô, em contrapartida, recrutou dois de seus filhos para molestarem as próprias filhas para Kinsey. Ela descreveu Kinsey como “insano”, “mau” e como um “Satã encarnado”.
“White” contou que seu pai e seu avô foram pagos por Kinsey, e que Kinsey estava ciente do que seu pai estava fazendo com ela. “White” recorda que seu pai filmou algumas daquelas sessões e enviou os vídeos para Kinsey. Ela também testemunhou Kinsey entregando um cheque para seu avô.
“Em 1943, quando tinha 9 anos”, “White” contou ao WND, “eu encontrei uma folha de papel com quadros gravados, na qual meu pai marcava as coisas que estava fazendo comigo. Ele agarrou a folha para longe de mim e a colocou em um envelope pardo”.
“Tinha a forma de pequenas caixas no canto esquerdo – embaixo - da página e uma lista de considerações descrevendo os atos sexuais. Ele deveria marcar, tivesse ele feito ou não”.
“Uma das anotações incluía as palavras ‘orgasmo cronometrado’. Eu não sabia o que significava ‘orgasmo’. Então eu perguntei, e ele me disse. Era por isso que ele estava usando um cronômetro”.
- Dados de “Esther White” também teriam aparecido na tabela do livro de Kinsey sobre o comportamento sexual feminino, de 1953.
“Meu pai filmou o que ele fez comigo. Eram vídeos caseiros, a câmera era uma daquelas manuais (“wind-up types”)... Acho que ele os enviou para Kinsey”.
“Kinsey me entrevistou, ele me fez algumas perguntas, coisas do tipo, se eu amava a minha família. Meu pai tinha me dito o que eu deveria responder, nós queríamos passar uma boa impressão. Eu descobri mais tarde que nós tínhamos que passar uma boa impressão porque estávamos sendo pagos por isso”.
- “Esther White” com 9 anos.
“Quando Kinsey estava prestes a sair, meu avô disse, “E o cheque?” Kinsey respondeu, “Eu quase esqueci”, e eu o vi entregando um cheque para o meu avô. Kinsey disse, “Eu fiz a emissão para ambos porque não sabia quem iria receber o dinheiro”. Isso foi no inverno de 1943.
Em 1981 a pesquisadora Judith Reisman, PhD, começou a levantar questões sobre como Kinsey coletou dados. Desde então a Universidade de Indiana – base do Instituto Kinsey para pesquisa sobre sexo, gênero e reprodução – tem negado continuamente que Kinsey recrutou molestadores de crianças para conduzir suas pesquisas.
“Kinsey não era um pedófilo de forma alguma. Ele não executou experimentos com crianças; ele não contratou, não colaborou ou persuadiu qualquer pessoa para executar experimentos com crianças”, de acordo com um documento de 1990, citado na seção “Alegações sobre os dados da infância no livro ‘Comportamento sexual do homem’, de 1948” do website de Kinsey [http://www.kinseyinstitute.org/about/controversy%202.htm].
“Kinsey nunca realizou experimentos sobre as reações sexuais de crianças ou empregou ou treinou qualquer pessoa para realizá-los”, escreveu o ex-diretor do Instituto, John Bancroft, MD, em um artigo de 2005, “O trabalho de Alfred Kinsey, 50 anos depois”, disponível no website do Instituto Kinsey [http://www.kinseyinstitute.org/publications/PDF/Intro%20to%20Female%20vol.pdf].
No entanto, pelo menos um dos diretores do Instituto Kinsey se afasta desta linha, de acordo com Barber. O sucessor de Kinsey, Paul Gebhard, PhD, assumiu a liderança do Instituto quando Kinsey morreu, e conduziu a organização de 1956 a 1982.
“O colega de Kinsey, Gebhard, reconheceu que eles estavam coordenando com diretores de creches, operadores, pais e avós dessas crianças, para obterem a tão falada pesquisa”, contou Barber ao WND. “Ele admitiu que estavam colaborando conscientemente com pessoas que molestavam crianças, e que estavam fazendo uso do fruto da árvore envenenada na pesquisa de Kinsey”.
“Há um ‘antes de Kinsey’ e um ‘depois de Kinsey’”, continua Barber, “Infelizmente vivemos em um mundo pós-Kinsey que, como cultura, tem sofrido tremendamente por causa dele... A Suprema Corte citou a pesquisa de Kinsey no processo ‘Romer, Lawrence Vs. Texas’ e em outras decisões que têm a ver com a orientação sexual. Estas decisões são fundamentadas em informações fraudulentas de Alfred Kinsey e de seus pervertidos”. A pesquisa de Kinsey tem sido utilizada para mudar a legislação sobre sexo ao redor do mundo.
Crouse contou ao WND que as pessoas hoje “pensam que ele é o guru da pesquisa, que conhece tudo sobre sexo. Apenas alguns acadêmicos compreendem como ele era fraudulento”.
“Ele tinha uma amostragem muito limitada, não seguia o procedimento acadêmico correto para obter amostras legítimas. Ele utilizou uma quantidade extraordinária de histórias pessoais sobre o comportamento sexual. Era um pseudo-cientista, uma fraude, embora seu trabalho ainda seja citado na academia”.
“O público não percebe que as pessoas avaliadas no estudo de Kinsey não eram normais em relação ao americano médio. Eram prostitutas, criminosos, os únicos dispostos a se envolverem em uma pesquisa nojenta como esta. Não era uma pesquisa legítima de maneira alguma. Este tem sido um dos maiores embustes perpetrados contra o povo americano na nossa história”.
“White” compara a pesquisa de Kinsey à pesquisa do governo norte-americano sobre sífilis na Guatemala, nos anos 1940, que provocou uma enxurrada de pedidos de desculpas da administração Obama no dia 01 de Outubro.
“Acredito que experimento feito com verba pública é um problema recorrente”, White conta ao WND. “Foi o que aconteceu com Kinsey. Experiência científica. Eles não se importam com as pessoas, o que interessa são as estatísticas. Eu era apenas uma estatística, assim como as pessoas da Guatemala”.
Reisman assinalou que o governo norte-americano se desculpou pelo que foi feito na Guatemala, “mas aquilo já havia acabado há muito tempo”.
“Isso tudo foi feito nos Estados Unidos e ainda está sendo utilizado para destruir nossas leis e a nossa moralidade”, ela disse. “Ele ainda é o pai da revolução sexual e de tudo o que flui dela. E a pobre ‘Esther’ se levanta e diz ‘E eu, e todas as pessoas com as quais foi feito isso?’”
Robert Knight, diretor de um documentário de 1995 – “As crianças da tabela 34” (tradução livre para “The Children of Table 34”) – que abordou a polêmica Kinsey, disse que o testemunho de “Esther” “arranha a superfície de um dos maiores e mais duradouros escândalos do século XX”.
“Milhões têm sido feridos pela falsa visão da sexualidade germinada de forma criminosa por Alfred Kinsey e seus associados”, disse Knight. “Se a história de ‘Esther’ e de outras vítimas fossem amplamente conhecidas, o castelo de Kinsey desabaria, levando com ele a educação sexual instituída, que é dedicada a estuprar a inocência das crianças, enchendo-as de preservativos e empurrando-as para uma clínica de aborto ou para um bar gay”.
Reisman observa que o perito responsável no processo que questiona a Proposição 8 (iniciativa) – pró-casamento tradicional – da Califórnia citou Kinsey.
“É como citar Mengele para perícia médica, e todo mundo simplesmente aceita isso”, disse Reisman. “O Instituto Kinsey publica um novo estudo sobre orgasmos de crianças e todo mundo simplesmente aceita isso. Sinto-me como se estivesse no ‘Alice no País das Maravilhas’”.
Knight disse que os pesquisadores de Kinsey “ajudaram e foram cúmplices de abusos de crianças”.
“As mãos deles estão sujas e precisam ser expostas”, disse Knight, atualmente escritor sênior do Coral Ridge Ministries. “É tão terrível que eles não podem admitir. É esmagador. Assim a farsa continua”.
Reisman contou ao WND que o Instituto Kinsey está com tanto medo de ser processado pelas vítimas das pesquisas de Kinsey que constantemente ameaça destruir os seus arquivos se for levado ao tribunal.
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