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22/11/2013 às 19:14 \ Direto ao Ponto
Ele deveria ter lido a manchete
- (Foto: Reynaldo Stavale)
22/11/2013 às 19:13 \ Feira Livre
Grandes Textos: Sarney e o Brejal dos Guajas (Parte X)
Publicado no Jornal do Brasil em janeiro de 1988 e retirado do Saite Millôr Online
MILLÔR FERNANDES
Parte X
Aqui vão, leitores, apenas mais algumas pequenas observações sobreBrejal Dos Guajas, obra-prima inigualável. O único livro que conheço errado da primeira à última linha. Reitero meu pedido ao governo José Aparecido para que lute por tombar (também) esse livro, transformando-o em patrimônio da humanidade. Os dadaístas num tão cum nada.
Tags: Brejal dos Guajas, Jornal do Brasil, José Sarney, Millôr Fernandes, Saite Millôr Online, Sir Ney
22/11/2013 às 13:45 \ Opinião
‘Notas sobre o fim do mensalão’, de Fernando Gabeira
Publicado no Estadão
FERNANDO GABEIRA
Depois de um duro dia de trabalho, liguei a TV para assistir aos debates no Supremo. Sou amarrado em debates. Sinto falta deles no Brasil de hoje.
Como não se fazem mais, qualquer coisa me diverte. Dormi num sítio em Olhos D’Água e ouvi um velho rádio de pilha na escuridão do Cerrado. Às vezes os locutores diziam bobagens monumentais. Eu ria um pouco e me sentia mais próximo do sono. Engraçadas ou não, eram vozes humanas chegando pelos ares, fazendo-me companhia naquela solidão que antecede o primeiro cantar dos galos.
Era fascinante ver os juízes debatendo algo que me parecia lógico. Uma vez dada a sentença, as pessoas passariam a cumprir a sua pena, exceto as que estavam pendentes de um recurso infringente. Gostei muito do infringente, mas ouvi outras coisas mais interessantes, como reflexo intempestivo. Fui um pouco mais longe na pesquisa para constatar que tempestivo é comum na linguagem jurídica, é algo oportuno, que corre dentro de um ritmo adequado.
Tags: cadeia, distrito Federal, Estadão, Fernando Gabeira, José Dirceu, José Genoíno, mensalão, Papuda, punho cerrado, Supremo Tribunal Federal
22/11/2013 às 8:29 \ Opinião
‘Valério, braço erguido, punho cerrado’, um artigo de Demétrio Magnoli
Publicado no Globo
DEMÉTRIO MAGNOLI
Marcos Valério reencontrou-se com José Dirceu e José Genoino no avião da Polícia Federal estacionado na Base Aérea da Pampulha, em Belo Horizonte. Braço esquerdo erguido, punho cerrado, o operador principal do mensalão virou-se para os fotógrafos enquanto subia as escadas da aeronave. Na sua conta do Twitter, ele também se declarou um preso político.
21/11/2013 às 21:49 \ Vídeos: Entrevista
Marco Antonio Villa e os jornalistas de VEJA comentam a vida dos petistas na cadeia, a reação do Partido dos Trabalhadores, a fuga de Henrique Pizzolato e os próximos passos do julgamento.
Tags: Augusto Nunes, Carlos Graieb, debate, julgamento do mensalão, Marco Antonio Villa, presídio da Papuda, Reinaldo Azevedo, vídeo
21/11/2013 às 18:01 \ Direto ao Ponto
O exército fantasma do comandante Dirceu foi dizimado sem ter entrado em combate
ATUALIZADO ÀS 18H01
Em agosto de 2005, despejado da chefia da Casa Civil pela descoberta da grande roubalheira, José Dirceu resolveu assumir ostensivamente o comando do colosso paramilitar aquartelado na imaginação sempre fértil do guerrilheiro de festim diplomado em Cuba. “Vou percorrer o país para mobilizar militantes do PT, dos sindicatos e dos movimentos sociais”, ameaçou o ainda deputado federal num encontro da companheirada em São Paulo. “Temos de defender o governo de esquerda do presidente Lula do golpe branco tramado pela elite e por conservadores do PSDB e do PFL”.
Um ataque de tropas lideradas por José Dirceu só consegue matar de rir, registrou o post que desmontou a dupla tapeação: o que o orador pretendia defender com a entrada em ação do exército fantasma era o próprio mandato parlamentar. O comandante sem comandados passou as semanas seguintes mendigando votos até entre os contínuos da Câmara, amargou a cassação em dezembro e caiu fora do Congresso chamando o porteiro de “Vossa Excelência”. Encerrada a ofensiva inaugural que não houve, as tropas invisíveis a olho nu foram recolhidas ao acampamento imaginário.
Ali ficaram até agosto de 2012, quando o chefe do esquema criminoso decidiu intimidar o Supremo Tribunal Federal às vésperas do início do julgamento do mensalão. “Todos sabem que este julgamento é uma batalha política”, reincidiu o general da banda podre no congresso nacional de uma certa União da Juventude Socialista. “Essa batalha deve ser travada nas ruas também, porque senão a gente só vai ouvir uma voz, a voz pedindo a condenação, mesmo sem provas. É a voz do monopólio da mídia. Eu preciso do apoio de vocês”.
Os ministros que tratassem de inocentar os culpados, advertiu. Caso ousassem enxergar a montanha de provas e evidências que incriminavam o declarante e seus comparsas, o comandante não hesitaria em sublevar a imensidão de “companheiros das forças progressistas e dos movimentos populares”.
Qualquer torcida organizada de time de futebol tem mais militantes que o PT, replicou a coluna em outro post. Assembleias organizadas por sindicalistas pelegos são menos concorridas que reunião de condomínio. Sem duplas sertanejas, cerveja, tubaína e mortadela, as celebrações do Dia do Trabalho juntariam menos gente que quermesse de lugarejo. Todos os movimentos sociais morreriam de inanição uma semana depois de suprimida a mesada federal. O palavrório beligerante, portanto, era só mais um blefe do jogador falastrão. E se o STF resolvesse pagar para ver?
Foi o que fez o ministro Joaquim Barbosa. E então o embuste virou cinza, feito vampiro de filme B confrontado com um crucifixo. Dirceu estava entrincheirado no sítio em Vinhedo quando foi condenado à prisão. Estava de sunga branca numa praia da Bahia quando soube que seria obrigado a bronzear-se no pátio da cadeia. Para livrar-se da traseira do camburão, entregou-se espontaneamente à Polícia Federal. Mas nenhum canastrão de nascença resiste à tentação do patético. E Dirceu achou uma boa ideia posar para as câmeras com o punho esquerdo cerrado apontando para o céu.
Excitados pelo gesto do comandante, enfim deram as caras nas ruas os combatentes dispostos a matar ou morrer pelo guerreiro do povo brasileiro. Como atesta a imagem abaixo, cabem numa foto. Pelo que se vê, não amedrontam nem um destacamento de escoteiros aprendizes. Seriam neutralizados em poucos minutos por qualquer pelotão que agrupasse um oficial psiquiatra e meia dúzia de enfermeiros armados de tranquilizantes e camisas-de-força.
- (Foto: Ivan Pacheco)
Tags: exército imaginário, farda, guerrilheiro de festim, José Dirceu, matar de rir,mensalão, praia, prisão, sunga
21/11/2013 às 18:00 \ Direto ao Ponto
21/11/2013 às 17:53 \ Feira Livre
Grandes Textos: Sarney e o Brejal dos Guajas (Parte IX)
Publicado no Jornal do Brasil em janeiro de 1988 e retirado do Saite Millôr Online
MILLÔR FERNANDES
Parte IX
Pra não dizerem que tenho má vontade, terminada a ingente tarefa de análise da 1ª página do Brejal, realizo a tarefa ingentíssima de copidescar a mesma. Como bom copy, respeitei o estilo do autor, mudando léxico e sintaxe só quando fundamental. Fiz também ligeiras alterações de sentido, preparando a base lógica do futuro. Coisa que o autor não soube fazer, nem no Brejal, nem no Brasil.
Tags: Brasil, Brejal dos Guajas, escola, José Sarney, Millôr Fernandes, Saite Millôr Online, Sir Ney, telégrafo
21/11/2013 às 16:40 \ Opinião
‘Indignai-vos!’, de Mara Gabrilli
MARA GABRILLI
Quando abri o jornal e vi o José Dirceu se apresentando na Policia Federal de São Paulo para ser encaminhado ao Presídio da Papuda, chorei de emoção.
Chorei por ter visto esperança na ética e na justiça deste país. Chorei pelo meu pai, que já faleceu e foi vitima do esquema de corrupção montado em Santo André, que funcionou como uma espécie de laboratório do mensalão. Todos diziam, inclusive um dos irmãos de Celso Daniel, o prefeito assassinado. que o dinheiro extorquido dos empresários era levado pelo Homem do Carro Preto para as mãos do “chefão”. Chorei por perceber que, com a punição de quem rouba o dinheiro público (e com isso rouba a saúde do pobre brasileiro), estamos começando a extirpar essa peste que é a corrupção.
21/11/2013 às 10:53 \ Opinião
‘A oposição desconectada’, editorial do Estadão
Publicado no Estadão
Perto de 2/3 dos entrevistados na mais recente pesquisa eleitoral do Ibope querem que o próximo presidente mude “totalmente” ou “muita coisa” na maneira de governar o País. Mas, no menos favorável dos cenários para Dilma Rousseff, apenas 1/3 votaria em candidatos oposicionistas se a eleição fosse agora. Com a agravante de que, só por uma mudança a esta altura inconcebível do quadro sucessório, nenhum deles estará nas urnas eletrônicas em outubro do ano que vem. São os adversários da candidata de Lula em 2010, José Serra e Marina Silva, ele com 17% das intenções de voto, ela com 15%, indicando que devem a sua relativa popularidade ao recall ─ a lembrança da eleição passada.
Tags: Aécio Neves, Dilma Rousseff, Eduardo Campos, eleições, Fernando Henrique Cardoso, Ibope, José Serra, Marina Silva, oposição, pesquisa, recall
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"Eu tenho uma obrigação: eu tenho de governar".Dilma Rousseff, sem explicar por que ainda não começou.
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