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terça-feira, 11 de março de 2014

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Eduardo Guimarães tenta provar que não há censura na Venezuela. Pena que ele faltou às aulas de lógica básica…

BY LUCIANOHENRIQUE on 11 DE MARÇO DE 2014 • ( 0 )


No Brasil247, Eduardo Guimarães (um dos mais asquerosos promotores dos programas de censura à mídia e Internet do PT) lançou um texto chamado “A prova de que não há censura na Venezuela”. Evidentemente, estamos diante de um desastre lógico de proporções apocalípticas.

Em uma manobra da inversão da realidade, ele começa dizendo que “a maioria dos venezuelanos não tem liberdade de expressão no Brasil devido ao fato de que, por aqui, grandes redes de televisão, grandes jornais, grandes rádios ou mesmo grandes portais de internet literalmente censuram tudo que contradiga a versão da oposição ao governo da Venezuela”.

Vejamos algumas notícias da Internet provando que Guimarães, como sempre, mente:
UOL: “Embaixador da Venezuela vê golpe de estado em gestação por radicais” (matéria mostrando a voz do governo venezuelano)
Exame: “Venezuela denuncia golpe de estado na Ucrânia” (mais uma vez é dada a voz ao governo venezuelano)
BBC Brasil: “Protestos aprofundam crise econômica na Venezuela” (aqui é demonstrada uma visão negativa dos manifestantes)

Enfim, não existe nenhuma evidência de que a nossa imprensa privilegia um dos lados na questão das manifestações na Venezuela. A crise venezuelana é noticiada por que é um fato do mundo, e fim de conversa.

Mas o pior surge quando Guimarães afirma que os jornais fazem “censura” ao proibir a opinião do governo venezuelano. Como vimos, isso não passa de mentira deslavada. A mídia noticia os fatos, assim como as declarações dos governistas e oposicionistas.

Mas vamos supor, a título de argumento, que realmente a mídia nacional resolvesse deixar de publicar as declarações dos governistas da Venezuela. Isso não configuraria censura, no que diz respeito à censura estatal (que é a única censura moralmente passível de denúncia), até por que os órgãos de imprensa em questão… não são o estado.

Por isso, sempre que Eduardo Guimarães faz um cirquinho para dizer que a “mídia censura a opinião do governo venezuelano”, ele distorce de forma absurdamente torpe o conceito de censura para esconder aquilo que ele defende: censura governamental a partir do PT e dos chavistas, fazendo o uso do estado para censurar a opinião alheia.

A maior instância de fraude intelectual, todavia, vem ao final do texto, quando ele publica um texto chamado ” O Maduraço”, publicado em 8 de março no El Nacional.

Vamos ao texto que, segundo ele, seria a “prova” de que não existe censura na Venezuela:


Ontem, o senhor Maduro condecorou e exaltou postumamente os integrantes da Guarda Nacional Bolivariana que faleceram durante a violenta repressão lançada pelo governo contra os estudantes que tomaram as ruas para protestar contra a bancarrota social e econômica em que se encontra o país, e que afeta os setores mais pobres da sociedade.

O senhor Maduro também condecorou 57 integrantes da Guarda Nacional que, segundo as versões extraoficiais, foram feridos em consequência dos ataques de estudantes e de pessoas residentes da região, gente que saía do metrô rumo ao seu trabalho, idosos que iam comprar alimentos e trabalhadores que seguiam para o trabalho cotidiano.

Tão perigosa aglomeração composta por simples garotos menores de idade, estudantes magricelos e jovenzinhas nada musculosas, além de pessoas do povo famélico, empobrecida e cansada, causou à treinada, disciplinada e militarizada Guarda Nacional nada menos do que 57 feridos. Valha-nos Deus. Estamos tão mal [de policiais]? Por isso o contrabando e o narcotráfico nos ameaçam de morte.

Segundo Maduro, os sargentos foram assassinados pela extrema direita enquanto cumpriam seu dever de defender a paz. Que rapidez a de Nicolás [Maduro] para investigar por sua conta um fato de natureza tão complexa que exige de qualquer equipe de investigação do Cicpc [órgão de inteligência venezuelano] um tempo prudencial e um especial cuidado para montar corretamente as peças do quebra-cabeças policial.

Que pena que Maduro não estava em Dallas quando mataram o presidente Kennedy, porque o FBI e o governo norte-americano teriam poupado tempo e dinheiro.

Já Nicolás [Maduro] cometeu a imprudência e o presumível delito de revelar parte do resumo dos assassinatos ocorridos na esquina de Tracabordo, na Zona de Chacao [bairro de Caracas] – as duas balas são iguais, afirmou –, um ato que está expressamente proibido a qualquer funcionário que tenha acesso ao material.

A procuradora-geral da república se atreverá a chamar a atenção [de Maduro] publicamente?

Enquanto se ocupava de exaltar postumamente os dois sargentos da Guarda Nacional que morreram durante os choques, o senhor maduro fazia vista grossa para os vinte venezuelanos assassinados por comandos policiais e grupos paramilitares que atuam à margem da lei e para os quais os crimes e desmandos não têm lei nem castigo. Esses vinte mortos não são seres humanos, pertencem à escoria de direita fascista e, portanto, é bom que tenham morrido.

Porém, responda, senhor Maduro: o senhor está seguro e em sua consciência não tem dúvida de que esses vinte assassinatos foram cometidos pelo que chama de “direita fascista? E se não for assim? E se o senhor, como todo ser humano, se engana? Não estaria o senhor encobrindo presumivelmente esses crimes?

O que ao senhor incomoda, senhor Maduro, é reconhecer publicamente que os que saíram à rua para protestar estão fartos de passar fome pela permanente escassez de alimentos, por ver morrerem seus familiares porque o senhor foi inepto na importação de medicamentos assim como no cuidado de dotar hospitais de equipamentos, em enfrentar a insegurança descontrolada que enche os necrotérios com centenas de cadáveres, em acabar com o narcotráfico que corrompe os jovens nas favelas, em deixar que as escolas caiam no abandono, em arrasar as terras cultiváveis e converter os camponeses em mendigos urbanos.

O senhor odeia os estudantes e mandou reprimi-los porque os jovens gritavam as demandas do povo contra a pobreza, a escassez, a fome, o inferno e a corrupção. Falavam pelo povo, expunham ao mundo a indigência e o abandono em que o senhor mantém hoje este país que um dia foi próspero e formoso.

Que o texto é crítico em relação a Maduro, quanto a isso não há dúvida alguma. Mas não é um texto assertivo o suficiente para uma crítica. É um texto polido, que faz questionamentos demais e afirmações de menos. Com exceção do último parágrafo, parece até uma cítica simulada para fingir imparcialidade.

Como exemplo, veja a seguinte afirmação: “Porém, responda, senhor Maduro: o senhor está seguro e em sua consciência não tem dúvida de que esses vinte assassinatos foram cometidos pelo que chama de ‘direita fascista?’”. O que parece ser uma afirmação inocente contém o frame dizendo que “se de fato fossem da ‘direita fascista’, não haveria problema em matar os vinte jovens venezuelanos”.

Guimarães diz: “E, creia-me, leitor, o ataque do El Nacional é um dos mais suaves que se faz ao governo venezuelano.”.

Bom, eu não não acredito em absolutamente nada do que Guimarães diz. O tal “ataque” do El Nacional parece coisa encomendada pelo próprio governo, por conter frames que interessam ao governo, empacotados em uma simulação de crítica. Mas se é assim, por que Guimarães não trouxe os “ataques mais fortes”? Detalhes…

Novamente, vamos supor, a título de argumento, que de fato o texto do El Nacional é um ataque ao governo de Maduro, e, portanto, seria um texto passível de censura dos chavistas. Ainda assim, poderíamos atribuir a publicação do texto a uma falha do mecanismo de censura chavista.

Sim, essas falhas existem, pois não é possível censurar tudo. Por exemplo, em uma época em que o governo era pródigo ao censurar filmes com sexo e violência na TV, deixaram passar o filme Calígula, na TV Gazeta, à meia-noite. Era normal, por exemplo, ver um par de seios censurado em um filme, e, dias depois, no mesmo horário, um nu frontal. Sim, algumas coisas “escapam” da censura…

Eis que vemos o gravíssimo erro lógico de Guimarães. Ele confundiu ausência de evidência (em um contexto específico) com evidência de ausência (em um contexto geral). E este é um erro lógico inadmissível para qualquer conhecedor de lógica básica.

Vamos a algumas notícias, no entanto, que refutam a tese de Guimarães:



Enfim, temos evidência de censura praticada por Maduro. E, como sabemos, para a censura existir, basta que ela seja praticada pelo governo. A existência da censura como uma prática governamental não depende de uma prática censória absoluta e infalível. Supostas falhas na aplicação da censura não provam sua inexistência, assim como um dia de sol em uma região não prova a inexistência de chuvas por lá.

Tudo isso, é claro, não passa de lógica básica, que Guimarães não se furta em ignorar para lançar mais uma torpe instância de propaganda chavista financiada com dinheiro público.


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Tags:chavismo, eduardo guimarães, esquerdismo, estado inchaço, marxismo,petralhas, PT, socialismo, totalitarismo, venezuela
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