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quarta-feira, 12 de março de 2014

Reinaldo Azevedo - Blog - VEJA.com



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Reinaldo Azevedo

Análises políticas em um dos blogs mais acessados do Brasil

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Se em meu ofício, ou arte severa,/ Vou labutando, na quietude/ Da noite, enquanto, à luz cantante/ De encapelada lua jazem/ Tantos amantes que entre os braços/ As próprias dores vão estreitando —/ Não é por pão, nem por ambição,/ Nem para em palcos de marfim/ Pavonear-me, trocando encantos,/ Mas pelo simples salário pago/ Pelo secreto coração deles. (Dylan Thomas — Tradução de Mário Faustino)



12/03/2014 às 17:22
Acidente aéreo – Não faço questão de contestar a Interpol ou especialistas de qualquer área. Só quando acho necessário, em benefício da lógica. Ou: Alguns sinais


Andei tomando pancadas de alguns leitores enfezados porque afirmei que não faz sentido, com os dados que há — e com os que não há — descartar uma ação terrorista no caso do desaparecimento do avião da Malaysia Airlines. “Quer saber mais do que a Interpol?”, pergunta um. “Agora você começou a contestar os especialistas em aviação?”, chuta o outro. Olhem, em regra, a resposta é “não” num caso e “não” no outro. Mas, se necessário, pode ser “sim” e “sim” — se as conjecturas e hipóteses de uns e de outros e de outros afrontarem a lógica elementar.

Eu nunca afirmei, por óbvio, que foi um ato terrorista. E nunca o fiz porque se sabe muito pouco a respeito. O que continuo a sustentar é que a aeronave dispunha de mecanismos de localização e de fornecimento de informações técnicas que, tudo indica, estavam desligados. Agora vem a informação (ver post anterior) de que uma mensagem transmitida aos controladores de voo pouco antes de o avião sumir dos radares indicava que tudo andava bem. A propósito: uma informação importante como essa deveria ter circulado praticamente junto com a do desaparecimento do aparelho. Por que se fica sabendo disso apenas cinco duas depois? Será apenas mais um boato, a exemplo daquela história de que o voo havia se desviado da rota?

Há um outro dado importante. Mike Mckay, um trabalhador de uma plataforma marítima de petróleo, na costa do Vietnã, diz ter visto um aparelho em chamas, em local e horário compatíveis com o avião da Malaysia Airlines. Ele enviou um e-mail à empresa reportando o acontecido, o que foi confirmado pelo jornalista Bob Woodruff, da rede ABC. Mckay indica onde ele estava naquele dia e a possível distância do evento que diz ter presenciado.



Segundo Mckay, havia um único objeto em chama, não destroços. Como informa o leitor Gonçalo Osório, a China publicou três fotos de satélite com três grandes objetos boiando — um deles com mais de 22 metros de comprimento — a mais ou menos 120 milhas náuticas a sudeste do último ponto de transmissão do transponder. Cada milha náutica tem 1.852 metros. Se isso tudo for compatível com a observação do Mckay e com as coordenadas que deu, talvez se esteja chegado a alguma coisa.

Sobre as imagens do satélite chinês, observa, no entanto, Gonçalo Osório:
“O problema é que essas fotos foram feitas pelo satélite no dia 9, cerca de 26 horas depois do desaparecimento do avião — ou seja, a deriva pode ser muito maior ainda. Como eu não conheço as cartas de vento e correntes de superfície do Golfo da Tailândia, não sei calcular (mas tem muito comentarista teu esperto que deve ser capaz). Li num site especializado que as correntes de superfície, lá, costumam ser de Leste para Oeste, o que derrubaria a utilidade dessas fotos feitas pelo satélite chinês. Como aquela é uma das regiões de águas mais poluídas do planeta, devido à intensa navegação comercial, não se pode afirmar nada com certeza”Por Reinaldo Azevedo

Tags: acidente aéreo, aviões


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12/03/2014 às 16:15
Revelada última mensagem do avião que desapareceu


Na VEJA.com. Volto no próximo post.
As equipes de resgate iniciaram nesta quarta-feira o quinto dia de trabalhos de busca pelo avião da Malaysia Airlines desaparecido na madrugada de sábado com 239 pessoas a bordo. Enquanto o mistério sobre o sumiço do avião se aprofunda, a revelação da última mensagem de rádio emitida da aeronave aos controladores de voo indica que tudo estava normal a bordo minutos antes do avião desaparecer. “Tudo bem, entendido”, foi a mensagem de rádio enviada pelo comando da aeronave, de acordo com autoridades da Malásia.

A aparente tranquilidade da comunicação adiciona mais um ingrediente de mistério ao sumiço do voo MH370. Autoridades da Malásia revelaram a última comunicação do avião em uma entrevista coletiva realizada em Pequim para os parentes dos 154 chineses que estão entre os passageiros desaparecidos. Quando o avião atingiu o limite entre o espaço aéreo da Malásia e Vietnã, o controle aéreo malaio anunciou que estava entregando o controle do voo para as autoridades de Ho Chi Min, mas o avião desapareceu.

Indignada com a condução das investigações pelas autoridades malaias, a China subiu o tom das críticas e pressiona os malaios para agilizar as buscas e dar respostas concretas. O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, afirmou que as informações, que são conflitantes, sobre a trajetória de voo do avião eram “muito caóticas”. Apesar de a última localização do Boeing 777 ter sido sobre o Mar do Sul da China, a área de busca foi ampliada para as águas de ambos os lados da península da Malásia.

Em outra confusão, nesta quarta, o chefe da Força Aérea da Malásia, Rodzali Daud, negou declarações atribuídas a ele na imprensa local de que o avião da Malaysia Airlines foi monitorado pelo radar militar no Estreito de Malaca, que fica no extremo oeste em relação à rota planejada. A informação teve origem no jornal malaio Berita Harian, nesta terça. Segundo o jornal, o último sinal do voo MH370 teria sido detectado por radares militares sobre o Estreito de Malaca, entre Sumatra e a Malásia, às 2h40 de sábado pelo horário local – a aeronave estaria perto da ilha de Pulau Perak, na costa oeste da península onde fica a Malásia.

Sem conseguir dar respostas às famílias dos passageiros e à comunidade internacional, resta aos malaios o otimismo. O ministro de Defesa da Malásia, Hishammuddin Hussein, disse que as equipes de busca “nunca perderão a esperança”. Após cinco dias, Hussein reconheceu, no entanto, que nada tinha sido encontrado.

Neste momento, uma frota internacional de 42 embarcações e 39 aviões vasculha uma superfície de 27.000 milhas náuticas quadradas (cerca de 92.600 quilômetros quadrados, área um pouco menor que o estado de Pernambuco), em uma operação da qual participam Austrália, China, Estados Unidos, Filipinas, Índia, Indonésia, Malásia, Nova Zelândia, Singapura, Tailândia e Vietnã.

O voo MH370 decolou no sábado de Kuala Lumpur e deveria chegar em Pequim depois de seis horas de voo, mas desapareceu do radar cerca de uma hora depois da decolagem. No avião, viajavam 239 pessoas: 227 passageiros, incluídos dois menores, e uma tripulação de doze malaios.Por Reinaldo Azevedo

Tags: acidente aéreo, avião


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12/03/2014 às 14:51

Mais derrotas para o governo: deputados chamam para esclarecimentos Graça Foster e cinco ministros, inclusive Gilberto Carvalho



Por Marcela Mattos, na VEJA.com:
Depois de sofrer uma derrota na noite desta terça-feira, com a criação de uma comissão para investigar denúncias de pagamento de propina para a Petrobras, o governo Dilma Rousseff deu novos sinais de que perdeu o controle de sua base na Câmara dos Deputados. Nesta quarta, com os votos do chamado “blocão”, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle aprovou uma série de requerimentos chamando ministros e a presidente da Petrobras, Graça Foster, para prestar esclarecimentos sobre denúncias em suas áreas. Outras comissões também convidaram integrantes do primeiro escalão do governo para ir ao Congresso, em mais uma articulação que pressiona e constrange o Palácio do Planalto.

O primeiro revés do dia ocorreu após votação de um pedido do PSDB convidando Graça Foster para explicar contratos da Petrobras firmados com a empresa SBM Offshore. A Câmara montou uma ofensiva para investigar o caso: um grupo de congressistas vai à Holanda apurar a denúncia, revelada em reportagem de VEJA, de que funcionários e intermediários da Petrobras receberam pelo menos 30 milhões de dólares, de 2007 a 2011, para favorecer contratos com a empresa holandesa SBM Offshore – maior fabricante de plataformas marítimas de exploração de petróleo do mundo. O esquema, relatado por um ex-funcionário do escritório da SBM em Mônaco, movimentou mais de 250 milhões de dólares e envolveu outros países, como Itália, Malásia e Iraque. Os documentos sobre o caso foram enviados ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos e ao Ministério Público da Holanda.

Em seguida, a Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara também aprovou requerimento do DEM chamando o novo ministro da Saúde, Arthur Chioro, para prestar esclarecimentos sobre o programa Mais Médicos. E não parou aí: na sequência, votou as convocações dos ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), Manoel Dias (Trabalho), Jorge Hage (Controladoria Geral da União) e Aguinaldo Ribeiro (Cidades). Outras comissões também convidaram ministros para ir ao Congresso: Moreira Franco (Aviação Civil), Edison Lobão (Minas e Energia), Paulo Bernardo (Comunicações), Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e Marco Antonio Raupp (Ciência E Tecnologia).

Os requerimentos aprovados, no entanto, são distintos. Quatro ministros – Carvalho, Dias, Hage e Ribeiro – foram “convocados”, o que torna a presença obrigatória. Os demais casos são “convites”, ou seja, o comparecimento é facultativo.

No caso de Foster, como ela comanda uma estatal, os parlamentares não podem obrigá-la a comparecer. Algoz do Palácio do Palácio do Planalto nas últimas votações, o líder do PMDB, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), propôs um acordo: “Se a presidente da Petrobras não comparecer no prazo constitucional [de 30 dias] que é dado para a vinda de ministros, nós convocaremos o ministro Edson Lobão [Minas e Energia]”.

Já Chioro irá à Câmara na próxima quarta-feira. O deputado Mendonça Filho (DEM-PE) pediu sua convocação, mas um acordo com o PT acabou transformando a ida do ministro em convite – cuja data poderia ser negociada. O ministro será ouvido sobre o regime de contratação dos médicos cubanos pelo governo brasileiro. Autor do requerimento, Mendonça Filho disse que o objetivo é ouvir o ministro sobre a possível prática de trabalho escravo envolvendo os médicos cubanos que atuam no Brasil. “Países que mantiveram parceria similar com o programa, além de não terem firmado contratos coletivos, não havia diferença entre o valor dos salários pagos aos médicos participantes, diferentemente do que está ocorrendo no Brasil”, afirmou.

Segundo a Agência Câmara, as convocações de Carvalho, Dias e Hage foram requeridas pelos deputados Fernando Francischini (SDD-PR) e Carlos Brandão (PSDB-MA). Eles vão prestar informações sobre denúncias de envolvimento em irregularidades de ONGs que mantêm relação com os ministérios.

Ribeiro deverá ser ouvido sobre o andamento das obras de mobilidade urbana, a resolução do CONTRAN que obriga autoescolas a utilizarem simuladores de direção, além da sistemática utilizada pela pasta para os empenhos de emendas parlamentares.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Governo Dilma, PMDB


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68 COMENTÁRIOS


12/03/2014 às 14:01
Até que enfim a Justiça Eleitoral põe um freio na vergonhosa campanha eleitoral de Skaf com recursos da Fiesp, do Sesi e do Senai. Ou: Onde está a Apple de Skaf? Onde está a sua Microsoft?


Já critiquei aqui a campanha eleitoral desavergonhada que Paulo Skaf faz na televisão com recursos da Fiesp e, pior ainda, do Senai e do Sesi — uma parte do dinheiro do chamado “Sistema S” é pública. Como todo mundo sabe e ele próprio não esconde, será o candidato do PMDB ao governo de São Paulo. Ao chamar para si, como se fosse obra pessoal, o trabalho de uma federação e de dois braços da indústria, um voltado à formação de mão de obra técnica e outro à educação de modo mais geral, privatiza o que não lhe pertence, fere a lei eleitoral de maneira explícita e frauda os fundamentos da disputa política.

Pois bem! O juiz Luiz Guilherme da Costa Wagner concedeu um liminar proibindo as suas absurdas — na forma e na quantidade — aparições na TV, incluindo voz e imagem. Skaf não poderá, por exemplo, ser um narrador em off dos feitos dessas entidades.

Na representação, a Procuradoria Regional Eleitoral pede a suspensão da veiculação da propaganda, a condenação do presidente da Fiesp por propaganda eleitoral antecipada e o pagamento de uma multa de R$ 34 milhões — valor correspondente às inserções.

Segundo as contas da Justiça, no ano passado, Skaf apareceu na TV por, pasmem!, 97 horas e falou no rádio por 119 horas.

A defesa de Skaf apelou a uma tese ridícula e afirmou que Steve Jobs e Bill Gates também recorrem a meios de comunicação. Bem, o magistrado lembrou o óbvio: Jobs nunca foi candidato a nada, e Gates não é. A propósito: onde está a Apple de Skaf? Onde está a sua Microsoft? Em qual endereço? Tenham paciência!

Segundo lugar
Skaf já foi “socialista” da linha PSB. Hoje é peemedebista da linha… bem, da linha PMDB. Aparece em segundo lugar nas pesquisas eleitorais em São Paulo sem nunca ter disputado o cargo nem de síndico — eleição corporativa não vale. É evidente que alcançou esse lugar em razão dessa exposição absurda, financiada por dinheiro que não lhe pertence e que está sendo usado em benefício de um projeto político pessoal e de um partido.

Já li a respeito análises para todos os gostos. Há quem diga que sua candidatura é ruim para Geraldo Alckmin porque retira votos, digamos assim, da ala um pouco mais conservadora do eleitorado. Há quem diga que é ruim para Alexandre Padilha porque os eventuais descontentes com o PSDB, mas um tanto ressabiados com o PT, têm onde se ancorar. Não custa lembrar que Celso Russomanno deu trabalho aos petistas em 2012 — foi preciso demonizá-lo para valer. Tendo até a me inclinar mais para a segunda leitura. Como acho que a eleição de um petista em São Paulo seria desastrosa, Skaf até poderia cumprir um papel importante para afastar esse risco.

Ocorre que, nessa matéria, tem de valer a lei, não essas feitiçarias calculistas. O senhor Skaf que desista da sua candidatura e, aí sim, apareça na televisão o quanto quiser. A exposição, na forma conhecida, era degradante para a Fiesp, para o Sesi, para o Senai e para a política.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Eleições 2014, Fiesp, Paulo Skaf, PMDB


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12/03/2014 às 6:01
LEIAM ABAIXO


Você já tinha até comprado o Anapyon para preparar a garganta para vaiar Dilma? Esqueça! Ela não vai discursar na abertura da Copa! Guarde o gogó para gritar “gooolll” e deixe a vaia para as urnas;
O dinheiro de Amarildo e a ONG ligada a Freixo: “Nunca uma dor foi tão bem cafetinada”;
Cracolândia, Rocinha, Alemão: O estímulo à desordem começa a render frutos. E vai piorar!;
Senadora americana acusa CIA de espionar congressistas;
Avião sumido – Interpol descarta atentado terrorista com base em quê?;
Assim falou o Zaratustra de Higienópolis, imitando o mestre do Kung Fu: “Melhor o PMDB brigando com o PT, Gafanhoto! A Petrobras agradece!”;
Cunha era mais forte do que imaginava Dilma; crise arranha Michel Temer, que sai enfraquecido do embate;
PMDB fortalece Cunha e agrava crise com o governo;
Maduro mata o 22º manifestante, e Dilma diz a 367ª besteira. Ou: Por que ela, ao menos, não fica calada?;
“O PMDB só me dá alegrias”, diz Dilma;
A tolice que Lula disse La Repubblica, então, foi outra, não aquela publicada pelo jornal italiano;
Os mistérios também técnicos do avião que está desaparecido. Crescem indícios de uma ação terroristaPor Reinaldo Azevedo


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12/03/2014 às 5:20
Você já tinha até comprado o Anapyon para preparar a garganta para vaiar Dilma? Esqueça! Ela não vai discursar na abertura da Copa! Guarde o gogó para gritar “gooolll” e deixe a vaia para as urnas


Vocês se lembram deste momento?



Pois é…

Já sei. Muitos de vocês já tinham até comprado Anapyon (ainda existe?) só para preparar o gogó e vaiar a Dilma Rousseff, presidente do Brasil, e o Joseph Blatter, presidente na Fifa, na abertura da Copa, em São Paulo, e no encerramento, no Rio? Podem esquecer! Não vai haver discursos. Mantenham a garganta limpa e higienizada para comemorar os gols da Seleção Brasileira e, espero eu, o título. Então só restou mesmo vaiar a Dilma nas urnas. Vocês sabem como.

Em entrevista à agência alemã DPA, Blatter falou sobre a sua decisão de suspender os discursos justamente ao comentar as vaias que ele e Dilma receberam na Copa das Confederações, em junho de 2013: “Não dá para saber o que vai acontecer [se haverá ou não protestos durante a Copa]. Não sou profeta. Estou convencido de que a situação se tranquilizou. Vamos fazer a cerimônia de uma maneira que não aconteçam discursos”.

A Fifa tentou negar depois que a decisão tenha alguma relação com o risco de vaias. Mas não é preciso ser muito bidu, não é?, para entender os motivos. Uma decisão como essa não é tomada sem uma avaliação objetiva da situação. E o risco de uma vaia estrepitosa certamente foi considerado altíssimo. Ainda que a entidade seja a dona do campeonato e decida quem fala e quem não fala, não se muda assim a cerimônia oficial sem um prévio entendimento com o Palácio do Planalto — que, claro, diz ignorar a decisão.

Uma sonora vaia em julho — a três meses da eleição — seria devastadora para a campanha eleitoral de Dilma. Haja, depois, horário eleitoral para tentar compensar o desagaste. Imaginem a audiência da cerimônia de abertura. E, no caso, meus caros, não tem barriga-me-dói, como se diz em Dois Córregos: é a vaia sair, ela tem de ir ao ar, com toda a sua convincente sonoridade.

Aliás, na era digital, com telões, celulares etc., a simples exibição da imagem de Dilma pode desencadear manifestações de, digamos, agravo. Mas é evidente que o desgaste é muito menor do que não conseguir falar. E a presidente não chega a ser, assim, um Rui Barbosa ou um Padre Vieira, que nunca perdiam o fio.

A Fifa diz que pode ainda rever a decisão. Claro que sim! É o tipo de coisa que pode ser decidida até minutos antes do evento. Tudo vai depender de como as coisas caminham até lá. Mas não há muitas razões para a população achar que a saúde, a educação, os transportes e a segurança pública atingiram, finalmente, o tal “Padrão Fifa”.

É impressionante o que conseguiu a incompetência gerencial do PT! Como já observei aqui, aquele que deveria ser o grande trunfo de Dilma neste 2014 está se mostrando uma das maiores pedras que ela tem no caminho. Sem a Copa do Mundo, ela estaria numa situação mais confortável. Lula achou que já tinha dado o pão e que complementaria a sua obra com o circo. A população, no entanto, começou a pedir um pão de mais qualidade. Não deixa de ser um avanço.

Por Reinaldo Azevedo


Tags: Copa do Mundo, Eleições 2014, Fifa, Governo Dilma


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12/03/2014 às 4:29
O dinheiro de Amarildo e a ONG ligada a Freixo: “Nunca uma dor foi tão bem cafetinada”


Cidinha Campos: deputada quer que o dinheiro de Amarildo…


… fique com a família de Amarildo, não com a ONG ligada a Marcelo Freixo (acima)

Reproduzi aqui no domingo uma reportagem de Gabriel Castro, da VEJA.com, que informa que apenas 20% do dinheiro arrecadado para a família de Amarildo foi realmente entregue a sua mulher e filhos; os outros 80% ficaram com o tal DDH (Instituto de Defensores de Direitos Humanos), aquela ONG ligada ao deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL). A também deputada estadual Cidinha Campos (PDT-RJ) me enviou um e-mail comentando o assunto, e eu lhe propus que escrevesse um artigo para o blog, que segue abaixo. Cidinha anuncia que vai recorrer ao Ministério Público contra a apropriação vergonhosa. Segue o artigo.
*
Cadê o dinheiro do Amarildo?

Eu bem que queria escrever sobre outra coisa, mas os fatos são tão graves que volto ao deputado Marcelo Freixo. Saber, pela coluna do Reinaldo Azevedo, da Veja Online, que apenas 20% dos R$ 310 mil arrecadados por artistas na campanha “Somos Todos Amarildo” foram para a família do pedreiro me obriga a ser monotemática. É revoltante descobrir que nada menos que 80% do dinheiro arrecadado em outubro passado tenham ficado com ONG ligada a Marcelo Freixo.

Isso mesmo. A ONG DDH (Defensores de Direitos Humanos), aquela mesma que defende os black blocs e onde trabalha pelo menos um assessor de Marcelo Freixo da Alerj, ficou com R$ 250 mil da grana que todos achavam que tinha ido para a família de Amarildo.

Será que essa comissão para o DDH foi combinada no apartamento da Viera Souto da produtora Paula Lavigne? A mulher do Amarildo estava lá? Quem pagou para ver o show “beneficente” no Circo Voador de Caetano Veloso foi informado que Dona Elizabeth receberia somente uma gorjeta? Nunca uma dor foi tão bem cafetinada.

Para a mulher do Amarildo, a quem inicialmente haviam prometido dar metade do total arrecadado, couberam apenas R$ 60 mil: com R$ 50 mil, ela trocou o barraco para uma casinha na Rocinha. Com R$ 10 mil, comprou parte da mobília. Como não deu para o fogão e a geladeira, Dona Elizabeth pediu uma ajuda a mais. A resposta foi “não”. Pediu emprestado o cartão de uma parente e parcelou a dívida pagando 15% de juros ao mês.

O presidente da malfadada ONG, advogado João Tancredo, confirma ter ficado com a maior parte do butim e diz que o dinheiro será usado em “projetos ainda indefinidos“ do DDH. Nunca prestou contas a ninguém – e, pelo jeito, não pretende fazer isso. Mas, na prestação de contas do ínclito deputado Marcelo Freixo, consta que, em 2012, o mesmo João Tancredo, que ficou com R$ 250 mil da família do Amarildo, doou o mesmíssimo valor para a campanha de Freixo a prefeito do Rio. Ou seja: em um ano, recuperou o investimento.

Freixo, que disse desconhecer o fato de a presidente do seu partido, Janira Rocha, ter usado dinheiro do Sindsprev para criar o PSOL e, que, mais recentemente, alegou ignorar que um funcionário de seu gabinete, pago pela Alerj, defendia black blocks, provavelmente dirá que está por fora do fim que levou a grana do “Somos Todos Amarildo”.

Vou representar ao Ministério Público – o mesmo MP onde Freixo busca legitimar suas denúncias – contra essa ONG e toda essa nojeira. Porque não é só o corpo de Amarildo, morto por policiais bandidos que já respondem como tal, que precisa ser resgatado. O dinheiro do Amarildo também.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Amarildo, Cidinha Campos, Marcelo Freixo


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12/03/2014 às 4:11
Cracolândia, Rocinha, Alemão: O estímulo à desordem começa a render frutos. E vai piorar!


Homens da Guarda Civil Metropolitana prenderam duas mulheres nesta terça, acusadas de tráfico. Foram cercados pelos frequentadores do local e agredidos. Tiveram de recorrer a bombas de gás lacrimogêneo. As viaturas foram depredadas. Leio na Folha a “explicação” dada por Sidnei Calixto, que participou da agressão: “Eles [os guardas] partiram pra para cima sem a gente fazer nada. Passaram o meio da multidão com o carro e depois prenderam uma usuária. O povo ficou revoltado e começou a jogar pedra neles”.

Entendi. A “agressão” inicial dos guardas metropolitanos foi deter uma “usuária” — e o usuário, como se sabe, pode tudo hoje em dia — e “passar com o carro no meio da multidão”. Não pode! Afinal, o prefeito Fernando Haddad decidiu que aquela é uma área livre para o consumo de droga, certo? Mais do que isso: ele passou a financiar, na prática, o vício de uma parte dos frequentadores da Cracolândia; ele os estatizou. Como é a que a Guarda Civil Metropolitana ousa fazer o seu serviço?

Em janeiro, uma equipe do Denarc prendeu um traficante na Cracolândia. Os policiais foram atacados pelos frequentadores. Houve confronto. Fernando Haddad e o secretário municipal de Segurança Pública, Roberto Porto, que é chefe da GCM, tiveram a cara de pau de criticar a polícia. Mais: o Ministério Público Estadual decidiu investigar a operação. Ao reagir daquele modo, a Prefeitura decretava que a Cracolândia é intocável e que ali a polícia só entra com ordem daquilo que o tal Calixto chama “povo”.

Alemão
Moradores do Complexo do Alemão, no Rio, interditaram ontem um dos acessos ao local, meteram fogo em lixeiras e entulhos e ameaçaram explodir um caminhão de combustíveis. Era um protesto da “comunidade” — é assim que se fala em carioquês politicamente correto — contra a prisão de dois moradores, de um grupo de seis pessoas, suspeitas de participar da execução de policiais ligados às UPPs.

Vejam bem: leio na Folha que a confusão começou quando um dos “manifestantes” atirou para o alto. Entendo. Quando ele não aguenta mais de vontade de se manifestar — assim como quem tem a urgência de expelir um borborigmo —, saca a pistola e atira. O sujeito fugiu, com o auxílio da… comunidade!!!

Rocinha
No JN, vi imagens de policiais da UPP da Rocinha sendo humilhados e intimidados por “moradores”. Ninguém escondia a cara, não, entenderam? Um deles meteu o porrete no vidro da viatura, estilhaçando-o… É a comunidade!

Por alguma razão que escapa a qualquer entendimento racional, lógico e historicamente informado sobre, como posso chamar?, o progresso das sociedades e o processo de civilização, os nossos “pensadores” veem em manifestações dessa natureza uma espécie de grito dos oprimidos em busca da libertação.

Isso é só degradação da ordem. Não conduz à libertação dos oprimidos coisa nenhuma! Ao contrário: coisas assim oprimem os que, sendo moradores do Centro de São Paulo, se tornam reféns de traficantes e consumidores de crack e, sendo moradores da Rocinha e do Alemão, viram prisioneiros da bandidagem.

É impressionante o mal que essas novas esquerdas — que têm de ativas o que têm de ignorantes — fazem aos oprimidos em nome dos quais supostamente falam. E, sim, a imprensa é parte desse problema.

O crime conseguiu ganhar no Brasil o estatuto de revolta popular. Na origem, essa leitura, sem dúvida, tem uma marca: o PT, que representou a primeira grande degradação teórica do pensamento de esquerda no Brasil (ignoro a fase terrorista). Agora, a bandeira está sendo tomada pelo PSOL, que é o esquerdismo na fase do hospício.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Alemão, cracolândia, Rocinha


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11/03/2014 às 23:14
Senadora americana acusa CIA de espionar congressistas


Na VEJA.com:
A senadora Dianne Feinstein, presidente do Comitê de Inteligência da Casa, acusou a CIA de espionar políticos que estavam investigando abusos cometidos por agentes durante interrogatórios. Segundo a democrata, a agência invadiu computadores e removeu arquivos armazenados por senadores, o que infringe leis federais e viola os direitos constitucionais garantidos aos congressistas. Para Dianne, a ação foi uma tentativa de intimidar os membros do comitê. Ela afirmou que uma apuração interna sobre o ocorrido foi enviada ao Departamento de Justiça para uma possível instauração de processo criminal. Para a senadora, a CIA pode ter violado a quarta emenda à Constituição americana – que garante aos cidadãos que seus pertences, lares e papéis sejam protegidos de investigações indevidas do poder público.

O diretor da CIA, John Brennan, negou as acusações. “Nada poderia estar mais distante da realidade”, disse à rede NBC. “Não faríamos isso. Isso está além do nosso escopo”. Ele também pediu para que o Departamento de Justiça investigue as informações. “Se eu fiz algo errado, irei até o presidente. Ele é o único que pode me dizer para ficar ou sair”, afirmou.

Em condição de anonimato, funcionários da CIA admitiram que buscas foram feitas nos computadores dos senadores, mas justificaram a prática com base em uma medida legal. A espionagem teria sido ordenada para determinar se o Comitê de Inteligência havia acessado arquivos secretos sobre os interrogatórios. A democrata confirmou que cópias de trechos de um relatório interno da agência foram analisadas por senadores, mas disse não saber se os documentos foram fornecidos de forma intencional por funcionários da CIA ou se foram vazados, segundo informou o jornal The Washington Post. A investigação do Comitê de Inteligência refere-se a um programa de interrogatórios utilizado pelo governo de George W. Bush que incluía a “simulação de afogamento”, e que foi oficialmente encerrado por Obama em 2009.Por Reinaldo Azevedo

Tags: CIA, EUA


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11/03/2014 às 22:26
Avião sumido – Interpol descarta atentado terrorista com base em quê?


Então tá bom. A Interpol está propensa a descartar que o Boeing 777, da Malaysia Airlines, tenha sido vítima de um atentado terrorista. Tomara. Mas descarta por quê? Li, li, li e não consegui entender. O que parece é que uma parte dos indícios não corrobora a possibilidade. Mas e as outras?

Volto a duas das questões propostas ontem neste blog pelo leitor Gonçalo Osório. Retomo em seguida:
1) Todo bicho desse porte (imagine: 350 toneladas de peso de decolagem, dependendo do modelo) tem uma coisa chamada ELT — emergency locator transmiter. Como o nome em inglês diz, é um sinal de rádio de emergência, que é acionado sem interferência do piloto e que pode ser captado por outros aviões, navios e satélites. Ninguém captou nada. Como assim? O ELT não funcionou? Não se sabe.

2) O Boeing 777, assim como aquele Airbus da Air France que se acidentou na rota Rio-Paris, dispõe de um treco chamado ACARS (outra sigla em inglês). Para compreensão do leigo, é como a telemetria de carros de Fórmula 1: sensores a bordo detectam tudo o que acontece com motores, equipamentos de navegação, atitude do avião em voo, o escambau, e transmitem a intervalos de segundos essas centenas de informações para o fabricante (a Boeing) e para o operador (a Malaysia). No caso do Air France, por exemplo, sabia-se, durante os sete minutos entre o avião sair da altitude de cruzeiro e se espatifar na água, que várias coisas estavam ocorrendo: não eram defeitos técnicos, mas o ACARS transmitiu a rápida perda de altitude, por exemplo, e as diversas configurações dos computadores de bordo. Cadê as informações do ACARS do B777 da Malaysia? A Boeing e a companhia até agora nada disseram.

Retomo
Tudo indica, então, que o transponder da aeronave estava desligado. Por quê? Com que propósito? Mera falha técnica? Já se sabe que o avião estava fora da rota. Num cenário em que nada se sabe, em que se escreve muitas vezes por dia a palavra “mistério”, um avião fora da rota, com o transponder desligado, é incompatível, por exemplo, com terroristas no comando da aeronave?

Do ponto de vista estritamente lógico, não!Por Reinaldo Azevedo

Tags: aviação


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11/03/2014 às 21:49
Assim falou o Zaratustra de Higienópolis, imitando o mestre do Kung Fu: “Melhor o PMDB brigando com o PT, Gafanhoto! A Petrobras agradece!”


Viram só? Acreditem em mim. Assim falou o Zaratustra de Higienópolis, com aquela inflexão do mestre de David Carradine no “Kung Fu” da minha infância: “Quando o PMDB e o PT brigam, Gafanhoto, o Brasil e a transparência podem ser ganhando”. Assim, quando eu achar, por minha conta, que devo pegar no pé do Eduardo Cunha — como já fiz tantas vezes (o arquivo está aí) —, eu pego. Para fazer um favor aos petistas? Ah, isso é que não!

Leio na VEJA.com:
“Com o apoio da base governista, a Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira a criação da comissão para acompanhar de perto as investigações sobre recebimento de propina da Petrobras. Ao longo de todo o dia, o governo articulou para evitar a aprovação da proposta, mas, graças ao apoio de parte do chamado “blocão”, formado por deputados insatisfeitos com a presidente Dilma Rousseff, e da investida do PMDB – o maior aliado ao Palácio do Planalto –, a proposta inicialmente encampada pela oposição foi aprovada por 267 votos favoráveis (dez a mais que o mínimo), 28 contrários e 15 abstenções.”

Como se nota, não só há mais votos do que os supostos 250 do blocão como deixaram de votar 203 deputados. Digam-me cá: onde estavam os 87 deputados do PT? Nem eles apareceram?

Um grupo de parlamentares vai à Holanda investigar a denúncia de que funcionários e intermediários da Petrobras receberam US$ 30 milhões entre 2007 e 2011 para favorecer contratos com a empresa holandesa SBM Offshore. O esquema, relatado por um ex-funcionário do escritório da SBM em Mônaco, movimentou mais de US$ 250 milhões em pagamento de propina. Convenham: isso é o mínimo que deve ser investigado na estatal, a principal vítima e o emblema de todos os desacertos do petismo. Mas que se volte ao principal.

A reportagem da VEJA informa que o governo está atuando e que o blocão emite sinais de arrefecimento. Pode ser. Aloizio Mercadante, ministro da Casa Civil, entrou em campo para tentar conquistar os votos do PDT (18) e do PROS (21). Será que adiantou? Juntos, os dois partidos têm 39 deputados — houve apenas 28 votos contrários.

Seja como for, a comissão está criada. Se funcionar, melhor para a Petrobras.

Por Reinaldo Azevedo

Tags: blocão, Eleições 2014, partidos, Petrobras, PMDB


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11/03/2014 às 20:12
Cunha era mais forte do que imaginava Dilma; crise arranha Michel Temer, que sai enfraquecido do embate


Pois é… A prepotência de Dilma na relação com o PMDB acabou arranhando, e não foi pouco, até o vice-presidente da República, Michel Temer. Falei com um deputado peemedebista há pouco que, atenção!, nem é da turma do Eduardo Cunha (RJ), o líder do partido na Câmara; tem posições, digamos, um pouco mais à esquerda. E ele resumiu a coisa assim — na verdade, vou mudar um tantinho a declaração porque não é lá muito elegante: “O Michel não manda nem na empregada dele; na bancada da Câmara, então…”. A coisa pode não ser bem assim, e acho que o vice tem, sim, autoridade sobre a empregada. Já sobre a bancada do PMDB…

O manifesto assinado pelos deputados (ver post anterior) evidencia que é, como diria Lula antes de ficar sabido, “menas verdade” essa história de que Cunha fala apenas em seu próprio nome e não lidera ninguém. Não creio que o movimento em curso resulte em rompimento; maioria, para isso, não existe, mas o descontentamento é maior do que nunca. “Ah, olhem o Reinaldo dando piscadelas para o Eduardo Cunha!” Eu não!!! Ele é aliado, tecnicamente ao menos, de Dilma e do PT. Mas é fato que o petismo precisa parar com essa prática de pôr na boca do sapo qualquer um que ouse contestar seus altos desígnios.

Cunha não presta, representa o mau PMDB e é prejudicial à política, como querem os petistas??? Ora, eles que tomem, então, a inciativa de romper a aliança com o PMDB e que digam: “Ah, com essa gente, nós não queremos governar. Somos os bacanas, somos os éticos, somos aqueles que não fazem trocas políticas indecorosas”. Mas não fazem??? Os petisteiros poderiam, então, lançar um manifesto à nação em nome da ética na política — depois eles vão visitar Delúbio Soares, José Dirceu e João Paulo na cadeia. Sem essa! Eduardo Cunha deve ser jogado no colo do PT, não no meu. Eles é que são aliados.

Uma coisa é certa: o desdém com que os petistas e o Planalto tentaram tratar o deputado acabou saindo pela culatra. Ele só mobiliza o “baixo clero”, como andam a espalhar. Pois é… Então toda a bancada peemedebista na Câmara é baixo clero; então os mais de 250 deputados do tal “blocão”, quase metade da casa, são baixo clero. A confusão se estendeu ao Senado: Eunício Oliveira (CE) vai disputar o governo do Ceará e pronto! Há, sim, uma possibilidade de desbancar a família Gomes, que concorre à reeleição com Cid. Vital do Rego (PB) não aceitou o ministério que Dilma quis lhe dar. Pior: 11 diretórios do PMDB pedem antecipação da convocação da convenção com o ânimo de romper a aliança.

No Chile, onde Dilma disse a 367ª bobagem sobre política externa, uma tontice política também escapou. Segundo a presidente, o PMDB só lhe dá alegrias. A ser assim, então existem muitos motivos para comemorar, não é? Os peemedebistas se juntaram à oposição e aprovaram a convocação de Arthur Chioro, o ministro apaixonado, para falar sobre o salário miserável pago os semiescravos cubanos.

Os petistas querem que a imprensa lhes faça o favor de bater em Cunha em lugar deles para que o PT possa negociar a paz com Michel Temer. Já falei muitas vezes quando quis e quando achei que era o caso. Num Parlamento em que pertencem à oposição apenas 15% dos deputados e 19% dos senadores, um pouco de tensão não há de fazer mal nenhum, não é?

Parece que os peemedebistas estão dispostos até a investigar eventuais falcatruas na Petrobras. Tomara que os dois partidos não façam as pazes antes disso. Vai que saia um acordo, e um monte de sujeira acabe debaixo do tapete. Repito: o país ganha quando os dois partidos brigam; só perde quando eles se unem.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Eduardo Cunha, Governo Dilma, PMDB, PT


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11/03/2014 às 19:38
PMDB fortalece Cunha e agrava crise com o governo


Por Marcela Mattos, na VEJA.com. Volto no próximo post.
A presidente Dilma Rousseff até tentou desconversar, afirmando que o “PMDB só lhe dá alegrias”, mas a queda de braço com os deputados do partido aliado atingiu o ápice da crise nesta terça-feira. Após três horas reunida, a bancada peemedebista assinou um documento em defesa do líder da sigla na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), que também recebeu hoje o apoio do chamado “blocão”, que reúne oito legendas e mais de 240 parlamentares. Não foi só: paralelamente, no mais duro ato – e preocupante para o Palácio do Planalto –, os deputados do PMDB recolheram assinaturas de onze diretórios estaduais do partido para antecipar a Convenção Nacional e tentar derrubar o apoio formal à reeleição de Dilma.

A crise de Dilma com o PMDB, de longe a pior que ela enfrenta no Congresso, é resultado de uma sucessão de embates travados com os deputados, quase sempre tendo Eduardo Cunha pela frente. Líder da bancada, com trânsito em outras legendas e respeito do chamado “baixo clero” (grupo de deputados que não exerce papel de destaque nas articulações políticas), Cunha não aceita a pauta de votações apresentada pelo governo, especialmente o Marco Civil da Internet. Outra votação incômoda é um requerimento para criar uma comissão para investigar denúncias de pagamento de propina para a Petrobras.

Ele também é porta-voz de uma bancada que reivindica a indicação de um ministro, à revelia dos interesses de Dilma, que tenta usar a nomeação para o ministério como moeda de troca na montagem dos palanques regionais. A sigla comanda hoje cinco pastas – Agricultura, Minas e Energia, Previdência, Turismo e Aviação Civil –, mas a bancada de deputados não se sente representada. Nesta terça-feira, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) negou o convite para assumir o Turismo. Antes, o Palácio do Planalto havia tentado dar a pasta da Integração Nacional para o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE). Nos dois casos, palanques estaduais unificados e sem atrito a favor de Dilma nas eleições estavam em jogo: Eunício será adversário do Pros, legenda dos irmãos Cid e Ciro Gomes, no Ceará; Já o irmão de Vital, Veneziano, concorrerá ao governo contra o atual ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, do PP.

Na moção em favor de Cunha, os parlamentares afirmam que as agressões sofridas pelo líder “extrapolam o patamar da civilidade, sobretudo nas relações políticas”. “Os ataques ao nosso líder são ataques ao PMDB”, diz o texto, que leva a assinatura de toda a bancada, a segunda maior da Câmara – 75 cadeiras. Também defenderam, em nota, a convocação de reunião da Executiva Nacional para discutir a atual crise política, “com vistas a reavaliar a qualidade da aliança com o PT e adotar providências visando o fortalecimento do PMDB”.

Por fim, a bancada decidiu se declarar independente nas votações na Câmara e definir Cunha como o único interlocutor do PMDB na Câmara – um claro sinal de insatisfação com o vice-presidente, Michel Temer, designado por Dilma para a missão de tentar aplacar a crise. “Ele não poderia dizer que o partido está consolidado e fechado com a Dilma, pois não está”, criticou o deputado Leonardo Picciani (RJ). “Trata-se de dizer que se a presidente quiser conversar com a bancada, terá de ouvi-la”, completou Eduardo Cunha.

Blocão
O líder do PMDB na Câmara também saiu fortalecido dentro do chamado “blocão”. Representantes de sete partidos de base e um da oposição se reuniram nesta terça-feira e fizeram um ato em desagravo a Cunha. “Ele foi injustiçado e está sendo agredido de forma muito forte”, resumiu o líder do PTB, Jovair Arantes (PTB-GO). O blocão decidiu aprovar a convocação do ministro da Saúde, Arthur Chioro, para tratar do salário diferenciado pago a profissionais cubanos no programa Mais Médicos.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Governo Dilma, PMDB


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11/03/2014 às 15:50
Maduro mata o 22º manifestante, e Dilma diz a 367ª besteira. Ou: Por que ela, ao menos, não fica calada?


A delinquência política fez mais um morto na Venezuela, o 22º desde o início dos protestos, e serviu para que a presidente Dilma Rousseff, lá no Chile — onde estava para a posse de Michele Bachelet — dissesse mais uma besteira, a 367ª, sobre política externa. É tudo de estarrecer. Segundo relato do jornal El Universal, Daniel Tinoco, um estudante de 24 anos, estava num grupo de jovens que se organizava para participar de uma manifestação em San Cristobal. Chegou, então, um grupo de motoqueiros armados atirando. Ele levou um tiro no peito, foi hospitalizado e morreu. Outros dois estão feridos. Esses motoqueiros integram as milícias bolivarianas, que recebem armas do próprio governo. No aniversário de um ano da morte de Chávez, o ditador Nicolás Maduro as convocou a enfrentar nas ruas os manifestantes, repetindo uma frase de Chávez: “candelita que se prenda, candelita que se apaga”. Ou: chama que se acende, chama que se apaga. Ou por outra: é pra matar quem ousar protestar.

O Brasil votou contra o envio de observadores da OEA à Venezuela. A situação do país deve ser debatida nesta quarta por chanceleres da Unasul, aquela estrovenga inventada por Chávez e Lula para, em tese, mediar os conflitos na América do Sul. Como se nota, tenta-se minimizar o tamanho do problema. Um governo incita milícias armadas a sair matando os que protestam, e os chanceleres é que vão se reunir. Os chefes de estado farão de conta que nada de grave acontece… Já dá para adivinhar o que vai acontecer num grupo que reúne representantes da Argentina, da própria Venezuela, do Brasil, do Uruguai, do Peru, da Bolívia — todos sob a gestão de partidos de esquerda. A partir de hoje, o Chile também está na rede dos companheiros. Vale dizer: Maduro continuará matando — enquanto, ao menos, não for pendurado pelos pés em praça pública, como aconteceu com Mussolini.

O governo da Venezuela matou o 22º, e Dilma disse a 367ª besteira a respeito da política externa do Brasil. Indagada sobre a situação da Venezuela, saiu-se com o seguinte disparate: “Vocês vejam que no caso do presidente Lugo [Fernando Lugo, do Paraguai, que sofreu impeachment em 2012] houve um momento de estresse, hoje perfeitamente superado com a perfeita inclusão do novo presidente, eleito democraticamente, Horacio Cartes”.

Eu poderia achar que é má-fé, mas uma presidente que diz em Bruxelas que Manaus é a capital da Amazônia e que a natureza planta árvores pode apenas estar dando testemunho de uma brutal ignorância. É a hipótese virtuosa. Fernando Lugo foi deposto pelo Congresso paraguaio, segundo as regras da Constituição do país. Não houve a menor ilegalidade. Não houve rompimento da ordem. O governo Dilma, sim, é que teve uma atitude indecente, suspendendo, com o apoio da Argentina, o país do Mercosul e aproveitando justamente para abrigar a Venezuela, do governo já então assassino de Chávez — e que continua a matar o povo por intermédio de Maduro.

A decisão foi politicamente criminosa, além de ilegal. Ao suspender o Paraguai e admitir a entrada da Venezuela no Mercosul, Dilma e Cristina Kirchner rasgaram o Tratado de Ushuaia, que exige que os países membros do Mercosul sejam democracias. Dilma fez precisamente o contrário: expulsou uma democracia e abrigou uma ditadura.

Dilma poderia, ao menos, fazer o favor de ficar calada.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Dilma, Venezuela


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11/03/2014 às 15:20
“O PMDB só me dá alegrias”, diz Dilma


Na VEJA.com:
No dia em que a bancada do PMDB se reunirá para aprovar uma moção de apoio ao líder do partido na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), acirrando ainda mais a crise com o Planalto, a presidente Dilma Rousseff tentou disfarçar nesta terça-feira sua principal dor de cabeça, durante agenda no Chile. “O PMDB só me dá alegrias”, disse ela, ao ser questionada sobre os problemas com o partido aliado. Dilma está na cidade de Viña del Mar, onde participa da posse da presidente eleita do Chile, Michelle Bachelet. Ontem, ela passou a manhã em duas reuniões com os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), além do vice-presidente da República, Michel Temer, fiador da repetição da aliança com o PT neste ano.

O Planalto ofereceu um pacote de apoios eleitorais do PT ao PMDB em seis Estados – Goiás, Maranhão, Alagoas, Paraíba, Tocantins e Rondônia –, mas a crise na Câmara está longe de ser debelada. A sigla cobra mais um ministério para ser controlado por um indicado pela bancada de deputados. Articulador de um bloco com mais de 240 deputados e oito partidos, Eduardo Cunha agora trabalha para aprovar requerimentos de convocação na Câmara dos ministros Aldo Rebelo (Esporte), Edison Lobão (Minas e Energia) e Arthur Chioro (Saúde), além da presidente da Petrobras, Graça Foster, e do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, para dar explicações sobre irregularidades nos setores que comandam.

Petrobras
Nesta terça, o PT tenta barrar a votação da criação de uma comissão para investigar as denúncias de que a Petrobras recebeu propina de uma empresa holandesa. Documentos enviados ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos e ao Ministério Público da Holanda mostram que a SBM offshore pagou 30 milhões de reais para subornar funcionários e intermediários da Petrobras em troca de vantagens em contratos. A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, conversou individualmente com deputados da base do governo. A intenção é tentar tirar a proposta da pauta.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Governo Dilma, PMDB


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11/03/2014 às 6:02
LEIAM ABAIXO


A tolice que Lula disse La Repubblica, então, foi outra, não aquela publicada pelo jornal italiano;
Os mistérios também técnicos do avião que está desaparecido. Crescem indícios de uma ação terrorista;
Reunião de Mantega com grandes irrita os pequenos e médios do setor;
Justiça determina que Marcola vá para isolamento, diz advogado;
Temer diz que aliança PMDB-PT está garantida;
Indícios sobre avião da Malaysia Airlines são péssimos. Tomara que não se confirmem!;
Ministro do TSE nega liminar, mas cobra explicações de Dilma e do PT sobre reunião político-eleitoral no Alvorada;
Dilma nega ministério, mas oferece apoio ao PMDB em seis Estados;
Ruim para o Brasil é quando o PMDB faz as pazes com o PT, não quando eles brigam;
Parte da bancada do PMDB pode se juntar à oposição para convocar ministros;
Como Roberto Barroso e Teori Zavascki podem enfraquecer o combate à lavagem de dinheiro no Brasil;
Eduardo Campos: “Brasil não aguenta mais quatro anos de Dilma”;
Ministro da Saúde é um homem tão apaixonado que leva a mulher para o serviço. Ou: Se não é Chioro, brasileiro usa a camisinha como bexiga…;
Lula e a tolice monumental dita a um jornal italiano. Ou ainda: A mentira sobre o terrorista Cesare Battisti;
Dilma resolve endurecer com o PMDB. Ou ainda: Será que o PT só aceita o PMDB dos éticos?;
Brasil lidera queda entre gigantes globais;
Personalidades aparecem em vídeo pró-AécioPor Reinaldo Azevedo


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11/03/2014 às 5:53
A tolice que Lula disse ao La Repubblica, então, foi outra, não aquela publicada pelo jornal italiano


Muito bem. Comentei ontem aqui, em tom bastante duro, uma tolice que Lula teria dito ao jornal italiano La Repubblica. Segundo publicou o veículo, o ex-presidente brasileiro teria afirmado o seguinte: “Do ponto de vista macroeconômico, qual outro país, além da China, criou as condições de crescimento do Brasil? Nossos críticos dizem que o melhor é reduzir a oferta de emprego para reduzir a inflação, mas, para nós, a defesa do emprego é mais importante que a inflação”.

Nesta segunda, o Instituto Lula divulgou uma nota afirmando que o ex-presidente não disse exatamente aquilo. Uma gravação de 16 segundos foi posta no ar. E se pode ouvir o petista dizer o seguinte:
“Nossos críticos querem que tenha um pouco de desemprego para poder melhorar a inflação. Eu não quero que tenha desemprego para melhorar a inflação. Eu quero melhorar a inflação com pleno emprego”.

Então é preciso observar duas coisas.

Se o trecho reproduzido pelo La Repubblica deriva desse que foi posto no ar, é claro que o jornal italiano errou. Lula, de fato, disse outra coisa e não sugeriu preferir um pouco de inflação a mais desemprego.

Então não há nada de errado com a sua fala? Há, sim! E é coisa grave!

A bobagem dita por Lula, como se pode ouvir, é outra. Repito: “Nossos críticos querem que tenha um pouco de desemprego para poder melhorar a inflação”. É mesmo? Quais críticos querem isso? Por que o petista não declina os nomes daqueles que gostariam de ver crescer o desemprego no país para baixar a inflação?

É evidente que isso é uma fantasia. Trata-se apenas de um processo de demonização dos adversários, sugerindo que eles gostariam de punir os pobres com o desemprego. Já os petistas não! Como eles teriam o monopólio da virtude, só querem o bem do próximo.

Tudo indica que o jornal italiano errou mesmo. Lula, então, não disse preferir a inflação ao desemprego, mas acusou, com a ligeireza habitual, seus adversários de preferir o desemprego à inflação. Lula, assim, nega que seja idiota, mas supõe que idiotas sejam os outros.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Bobagens de Lula, Lula


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11/03/2014 às 5:30
Os mistérios também técnicos do avião que está desaparecido. Crescem indícios de uma ação terrorista


Gonçalo Osório, leitor habitual deste blog, é especialista em muita coisa, inclusive aviões. E me manda a seguinte mensagem. Volto em seguida:

Rei,
eu sei que você detesta avião, por isso vão aqui algumas coisas intrigantes para quem não gosta de avião.

1) Todo bicho desse porte (imagine: 350 toneladas de peso de decolagem, dependendo do modelo) tem uma coisa chamada ELT — emergency locator transmiter. Como o nome em inglês diz, é um sinal de rádio de emergência, que é acionado sem interferência do piloto e que pode ser captado por outros aviões, navios e satélites. Ninguém captou nada. Como assim? O ELT não funcionou? Não se sabe.

2) Esses aviões ultramodernos têm outra coisa: caixas-pretas que “falam”. Depois de um acidente, elas transmitem também um sinal, que aviões como esses que os americanos usam para achar submarinos no Mar da China são capazes de captar. Como assim? Ninguém captou nada até agora?

3) O Boeing 777, assim como aquele Airbus da Air France que se acidentou na rota Rio-Paris, dispõe de um treco chamado ACARS (outra sigla em inglês). Para compreensão do leigo, é como a telemetria de carros de Fórmula 1: sensores a bordo detectam tudo o que acontece com motores, equipamentos de navegação, atitude do avião em voo, o escambau, e transmitem a intervalos de segundos essas centenas de informações para o fabricante (a Boeing) e para o operador (a Malaysia). No caso do Air France, por exemplo, sabia-se, durante os sete minutos entre o avião sair da altitude de cruzeiro e se espatifar na água, que várias coisas estavam ocorrendo: não eram defeitos técnicos, mas o ACARS transmitiu a rápida perda de altitude, por exemplo, e as diversas configurações dos computadores de bordo. Cadê as informações do ACARS do B777 da Malaysia? A Boeing e a companhia até agora nada disseram.

Meu palpite é terrorismo. O pessoal do setor (pilotos, instrutores e chefes de operação de grandes companhias) acha que terroristas de alguma maneira tomaram conta do avião e teriam conseguido, inclusive, interferir na operação do transponder. Muito esquisito mesmo!

Retomo
Pois é… As semelhanças com o caso da Air France vão ficando para trás, e uma outra tragédia vem à memória: o ataque terrorista ao voo 103 da Pan Am, em 21 de dezembro de 1988, que matou 270 pessoas — 259 ocupantes do avião e 11 moradores da pequena Lockerbie, na Escócia, onde caíram os destroços. A aeronave partira de Londres com destino a Nova York.

Terroristas líbios, a mando de Muamar Kadafi, introduziram uma pequena bomba no avião — sim, pequena, escondida numa maleta. Naquela altitude, basta um rombo de pequenas proporções na fuselagem para a aeronave se espatifar no ar.

A Malásia, de onde partiu o avião, é outro celeiro do extremismo islâmico, mas a China, até onde se sabe, não está na mira desse tipo de terrorismo. Chama ainda a atenção a reação irritada da China.Por Reinaldo Azevedo

Tags: aviação, terrorismo


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11/03/2014 às 3:15
Reunião de Mantega com grandes irrita os pequenos e médios do setor


Por Raquel Landim e Cláudia Rolli, na Folha:
A reunião do ministro Guido Mantega (Fazenda) com grandes grupos brasileiros, marcada inicialmente para hoje em São Paulo e remarcada ontem à noite para amanhã, em Brasília, provocou revolta em parte da indústria. Para representantes de associações de classe, é preciso que o governo atenda também aos interesses das pequenas e médias empresas, que respondem por boa parte dos postos de trabalho. ”Esse é um governo que não ouve a pequena e média empresa”, afirmou à Folha José Velloso, presidente-executivo da Abimaq, que reúne os fabricantes de máquinas e equipamentos. “Já pedimos, mas a presidente Dilma não nos recebe.”

Mantega chamou para o encontro cerca de 20 grandes empresas. Juntas, elas faturaram mais de R$ 500 bilhões em 2012. A reunião faz parte da estratégia do governo de tentar melhorar as relações com o setor. Segundo Velloso, as empresas convidadas são todas multinacionais, que não enfrentam todos os problemas do “custo Brasil”, porque têm a opção de tomar crédito mais barato no exterior ou de importar insumos. Ele disse ainda que uma coalizão de 23 entidades de classe, que representam 54% do faturamento e 51% do emprego da indústria, pede desde novembro uma audiência com Dilma, sem sucesso. O tema do encontro seria a falta de competitividade da indústria e a deterioração da balança comercial.
(…)Por Reinaldo Azevedo

Tags: indústria, Mantega


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11/03/2014 às 3:11
Justiça determina que Marcola vá para isolamento, diz advogado


Na Folha: A Justiça de São Paulo determinou na noite de ontem a transferência do principal chefe da facção criminosa PCC, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, para o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), com isolamento de 22 horas por dia, segundo seu advogado, Marco Antônio Arantes de Paiva. A decisão atinge ainda outros três membros da quadrilha –todos suspeitos de participar de um suposto plano de fuga da prisão. A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo não conseguiu localizar, ontem à noite, o juiz responsável pelo caso para que confirmasse a decisão. Marcola, que está preso em Presidente Venceslau (611 km de São Paulo), deverá cumprir pena de 60 dias no RDD em Presidente Bernardes, município da região.

A liminar atende ao pedido das secretarias de Administração Penitenciária e de Segurança Pública, feito à Justiça após vazamento do suposto plano de resgate. O plano, segundo a versão oficial, era investigado desde janeiro de 2013. Seriam usados dois helicópteros para tirar os criminosos do presídio e levá-los ao Paraguai, passando pelo Paraná. Segundo investigação das polícias Civil e Militar e do Ministério Público, além de Marcola, seriam resgatados os presos Cláudio Barbará, Célio Marcelo da Silva, o Bin Laden, e Luiz Eduardo Marcondes, o Du Bela Vista. (…)Por Reinaldo Azevedo

Tags: Marcola, PCC


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"A Revolução Francesa começou com a declaração dos direitos do homem, e só terminará com a declaração dos direitos de Deus." (de Bonald).

Obedeça a Deus e você será odiado pelo mundo.








-O coletivismo é a negação da liberdade, porquanto a sede da liberdade é o indivíduo. Tanto é que a pena mais severa na história da humanidade é a privação da liberdade. A essência da liberdade é una e indivisível e daí a designação do sujeito como "indivíduo".

Aluízio Amorim

Filósofa russa Ayn Rand :



“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.”



Ayn Rand nasceu em São Petersburgo em 1905