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segunda-feira, 10 de março de 2014

Reinaldo Azevedo - Blog - VEJA.com



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Reinaldo Azevedo

Análises políticas em um dos blogs mais acessados do Brasil

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Se em meu ofício, ou arte severa,/ Vou labutando, na quietude/ Da noite, enquanto, à luz cantante/ De encapelada lua jazem/ Tantos amantes que entre os braços/ As próprias dores vão estreitando —/ Não é por pão, nem por ambição,/ Nem para em palcos de marfim/ Pavonear-me, trocando encantos,/ Mas pelo simples salário pago/ Pelo secreto coração deles. (Dylan Thomas — Tradução de Mário Faustino)



10/03/2014 às 6:54

LEIAM ABAIXO



Ministro da Saúde é um homem tão apaixonado que leva a mulher para o serviço. Ou: Se não é Chioro, brasileiro usa a camisinha como bexiga…;
Lula e a tolice monumental dita a um jornal italiano. Ou ainda: A mentira sobre o terrorista Cesare Battisti;
Dilma resolve endurecer com o PMDB. Ou ainda: Será que o PT só aceita o PMDB dos éticos?;
Brasil lidera queda entre gigantes globais;
Personalidades aparecem em vídeo pró-Aécio;
Suíça envia cartão da conta em nome de Robson Marinho;
ONG ligada ao PSOL e a Marcelo Freixo fica com 69% do dinheiro arrecadado para a família de Amarildo. Para quê? Para “projetos ainda indefinidos”. Ah, bom!!!;
Dilma usa o Dia da Mulher para fazer campanha eleitoral antecipada;
Dilma manda votar contra o envio de missão da OEA à Venezuela e respalda, de novo, as ações de um governo assassino, que prende opositores e censura a imprensa;
Pelo menos um a cada três deputados do PMDB quer romper com o PT;
Justiça mantém liminar que impede Prefeitura de SP de doar terreno para o Instituto Lula cantar as glórias de… Lula!;
Falcão não gosta de Barbosa. Prefere Lewandowski, Toffoli e Barroso. Veja por quê;
A Crimeia e um pouco de realismoPor Reinaldo Azevedo


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10/03/2014 às 6:45
Ministro da Saúde é um homem tão apaixonado que leva a mulher para o serviço. Ou: Se não é Chioro, brasileiro usa a camisinha como bexiga…


Arthur Chioro distribui kit com camisinha no bloco Sargento Pimenta, no Rio… Se não é ele…

Arthur Chioro, ministro da Saúde, é um homem apaixonado. Nunca se viu nada igual na Esplanada dos Ministérios! O ministro da Saúde gosta tanto da mulher, mas tanto, que decidiu levá-la para o trabalho num avião da FAB. Uma cena verdadeiramente comovente. Roseli Régis dos Reis, esse é o nome dela, diga-se, era também sua sócia numa empresa de consultoria na área de Saúde, de que era ele o chefe até ser nomeado para o ministério. Aí transferiu suas cotas para o nome dela. Nota: enquanto era secretário da Saúde de São Bernardo, o homem exerceu a dupla militância sem problemas.

Mas falemos um pouco de sua paixão. Durante o Carnaval, o ministro decidiu sair de Brasília, num jato da FAB, e fazer escalas em São Paulo, Salvador, Recife e Rio. Oficialmente, ele estava num trabalho de promoção do uso da camisinha. Entendi. Se não é o ministro, é capaz de a brasileirada usar a camisinha como se fosse balão de festa de aniversário — aquilo que em São Paulo a gente chama de “bexiga”. Ainda bem que existem petistas para dizer o que a gente deve fazer com uma camisinha! Parece piada!


Vejam esta moça: não teve aula com Chioro e faz mau uso da camisinha…

O ministro não teve dúvida. Levou a própria mulher nos quatro dias de trabalho. Vejam bem! Chioro poderia ter ido promover o uso de preservativos, deixem-me ver, em Pirambeira do Mato Dentro, Despenhadeiro das Almas e Matagal do Vale da Noca. Mas ele, que não e bobo nem nada, resolveu ser professor de camisinha em São Paulo, Recife, Salvador e, claro!, o Rio. Como? Vocês nunca ouviram falar dos municípios que citei? Nem seu! Ocorre que, em algum lugar do Brasil, deve haver gente que precise das aulas do ministro. Nas três maiores capitais do Brasil, mais Recife, é que não.

Além de homem apaixonado, ele também não quer cair em tentação. Sabem como é o Carnaval… Indagado sobre a presença da mulher, respondeu: “Fiz uma maratona de quatro dias a serviço do ministério em prol da prevenção da Aids, percorrendo os quatro maiores Carnavais do país. Fiz questão de ter minha esposa ao meu lado para evitar qualquer situação de exposição indevida”. Entendi. O marido leva a guarda-costas do lar para evitar o assédio. Que homem prudente!

Como ninguém é de ferro (petista muito menos!), na Bahia, ele esteve no camarote de Gilberto Gil e do governador Jaques Wagner, que é do PT. No Rio, desfilou num bloco. Os três partidos de oposição — PSDB, DEM e PPS — decidiram entrar com uma representação na Procuradoria-Geral da República para que se apurem as circunstâncias do uso do jato da FAB.

Imaginem se a moda pega: cada ministro pede um jato para ver se as ações de sua pasta estão sendo devidamente cumpridas: o do Trabalho junta a família para verificar se há trabalho infantil nas escolas de samba; a das Mulheres, se não há mercantilização do sexo; o do Desenvolvimento Agrário, para dar amparo a algumas invasões, a da Igualdade Racial, para apurar se não há racismo… A desculpa de Chioro vale uma nota de R$ 3.

Chioro já estreou mal. No dia 3 de fevereiro escrevi aqui um post sobre seu lamentável discurso de posse, cheio de chicana eleitoral e provocação barata. Dilma nem sabia quem era ele. Só é ministro porque Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo e um dos braços de Lula, assim o desejou. De resto, é um adversário feroz de uma dos aspectos do programa federal de combate ao crack, que usa o trabalho das comunidades terapêuticas. Vale dizer: Dilma escolheu para o ministério alguém contrário a um programa de… Dilma. O resultado será programa nenhum! Se bem que… Quase sempre petista sem trabalhar rende o dobro.
Texto publicado originalmente às 3h46Por Reinaldo Azevedo

Tags: Arthur Chioro, Ministério da Saúde


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93 COMENTÁRIOS


10/03/2014 às 5:59
Lula e a tolice monumental dita a um jornal italiano. Ou ainda: A mentira sobre o terrorista Cesare Battisti


Lula flagrado num bom momento

Lula concedeu uma entrevista ao jornal italiano La Repubblica e afirmou que emprego é mais importante do que baixar a inflação. É uma tolice monumental, a exemplo de outras que costuma dizer. É tolo simplesmente porque essas não são coisas opostas nem permutáveis; ou seja: nem se deve considerar que gerar empregos é o polo oposto do controle da inflação nem se deve considerar que, em certas circunstâncias, pode-se escolher uma coisa em detrimento da outra.

É o tipo de juízo cretino, fanfarrão, que pretende jogar no colo dos críticos da política econômica a pecha de defensores do desemprego. O Brasil já voltou a ter taxa real de juros mais alta do planeta. O crescimento brasileiro já é modestíssimo. E uma inflação incômoda está aí, renitente. Porque é da natureza de um modelo ancorado no consumo, com baixa produtividade, gastos excessivos do governo e pouco investimento. De resto, é preciso deixar claro: o país tem gerado empregos de baixa qualidade.

Lula cometeu ainda algumas outras impropriedades. Disse ao jornal italiano, por exemplo, que manteve no Brasil o terrorista Cesare Battisti porque respeitou uma decisão da Justiça. É mentira! Mentira das grossas!

O Supremo Tribunal Federal considerou ilegal a concessão de refúgio a Battisti. Mas, numa segunda votação, esta sim, estupefaciente, afirmou que caberia ao presidente a última palavra sobre sua permanência no Brasil. E Lula decidiu que ele deveria ficar. Logo, a verdade é esta: ele desrespeitou a Justiça ao manter no país alguém cujo refúgio foi considerado ilegal. Sobre o petista Henrique Pizzolato, afirmou que é preciso respeitar a decisão da Justiça italiana. É evidente que ele está torcendo para que o homem fique por lá mesmo. Afinal, é um arquivo vivo.

Quando fala a estrangeiros, Lula gosta de posar de moderno e democrata. Disse que Nicolás Maduro, o ditador da Venezuela, errou ao não dialogar com a oposição. É mesmo? A política externa brasileira é uma das áreas do governo mais influenciadas pelo lulismo. Em vez de censurar Maduro, o Brasil resolveu endossar uma nota criminosa de apoio ao tiranete assinada pelo Mercosul — ora presidido pela Venezuela. Pior: votou contra o envio de observadores da OEA ao país.

Indagado sobre os protestos de rua, que podem acontecer durante a Copa, afirmou que isso tudo é coisa da democracia; que, como ex-líder sindical, não poderia condenar as manifestações. Pois é… Ele sabe que o pior da eventual repressão aos excessos ficará por conta das Polícias Militares dos Estados, não é? Elas que se virem!

Indagado se ainda pode concorrer à Presidência, acenou com a possibilidade de voltar a disputar em 2018. É, eles não pretendem largar o osso tão cedo.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Bobagens de Lula, Lula


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116 COMENTÁRIOS


10/03/2014 às 5:57
Dilma resolve endurecer com o PMDB. Ou ainda: Será que o PT só aceita o PMDB dos éticos?


Eduardo Cunha: dele, o PT não gosta. Prefere…


…ele. Nesse caso, sim, um exemplo a ser seguido, né?

A presidente Dilma Rousseff se encontrou com o vice-presidente da República, Michel Temer, neste domingo para tentar debelar a crise do PMDB. O que vai acontecer? Ela nem vai se acirrar nem vai se resolver. Fica mais ou menos como está. Uma coisa é certa: rompimento não haverá, como aqui já se escreveu tantas vezes.

Para a reunião deste domingo, Dilma mandou desconvidar os demais interlocutores previstos: os presidentes do Senado, da Câmara e do partido: Renan Calheiros (AL), Henrique Eduardo Alves (RN) e Valdir Raupp (RO), respectivamente. Falará com eles só hoje, em conversas individualizadas.

O PMDB tem dois ministérios a cargo de senadores: o das Minas e Energia, com Edson Lobão (MA), e o da Previdência, com Garibaldi Alves (RN). Dois outros estão ocupados por deputados: o do Turismo, com Gastão Vieira (MA), e o da Agricultura, com Antonio Andrade (MG). Moreira Franco (RJ), da Aviação Civil, da cota pessoal de Temer, também é visto como próximo à bancada da Câmara.

O que querem os descontentes? Mais um ministério para um senador — no caso, Vital do Rego (PB), que gostariam de ver na Integração Nacional. Dilma aceita Vital, mas o quer no Turismo, que já está com o PMDB — e justamente com a ala do partido mais próxima de Eduardo Cunha (RJ), o líder na Câmara e porta-voz dos descontentes. A reforma ministerial é um dos pilares da crise: a presidente chegou a pensar no nome do senador Eunício Oliveira (CE) — com quem também falará hoje — para a Integração, mas ele quer concorrer ao governo do Ceará. Ocorre que, no Estado, Dilma está comprometida com a tentativa de reeleição de Cid Gomes e quer impedir que Eunício concorra, o que também irrita muitos peemedebistas. Antonio Andrade deixará a Agricultura, e a nomeação do substituto pode abrir nova guerra com a bancada do PMDB na Câmara.

Na conversa com Temer, Dilma teria dito que, se preciso, nomeará ministros sem o aval do partido e joga claramente para isolar Eduardo Cunha. O Planalto lançou uma verdadeira operação de demonização do deputado, inclusive na imprensa. Ele é tratado como a síntese de todos os males da política: fisiológico, truculento, chantagista etc. Sempre que o PT precisa que a imprensa bata em algum adversário ou em algum aliado incômodo, sabe como fazer para que isso aconteça.

Bem, eu nunca chamei Cunha de exemplo a ser seguido. Mas pergunto: ele é pior para a política brasileira do que a Família Sarney (MA)? É pior do que Jáder Barbalho (PA)? É pior do que Paulo Maluf (PP-SP) — apenas para citar alguns dos aliados do PT? Eu não quero que vocês se conformem com essas comparações, não! O que estou afirmando é que soa ridículo um partido que protagonizou um escândalo das dimensões do mensalão — com a compra desavergonhada de partidos e de políticos — vir a público atacar Eduardo Cunha como símbolo da falta de ética na política. E o PT? É exemplo de moralidade? E esses outros aliados?

A verdade é bem outra: o PT não está nem aí com a qualidade dos seus aliados. A única coisa que exige para que sejam tratados como monumentos à moralidade é que sejam fiéis e obedientes. Os petistas sabem muito bem que vivem por aí a dizer cobras e lagartos do PMDB, como se o seu próprio partido fosse a morada dos deuses da ética. E, como a gente sabe, não é. As qualidades de Cunha, ou a falta delas, constituem a última das preocupações do PT. O que eles não suportam no deputado é a desobediência.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Eduardo Cunha, Governo Dilma, PMDB


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35 COMENTÁRIOS


10/03/2014 às 5:45
Brasil lidera queda entre gigantes globais


Por Álvaro Fagundes e Mariana Barbosa, na Folha:
O mau momento da Bolsa e a perda de valor do real levaram as empresas brasileiras a liderar as perdas entre as maiores companhias do mundo, perdendo espaço entre as gigantes globais. Das 10 empresas (entre as 500 maiores do mundo) que mais perderam valor de mercado nos últimos 12 meses, 4 são brasileiras. Valor de mercado é calculado de acordo com o preço da ação da empresa multiplicado pelo total de papéis dela que são negociados e é um indicador que aponta a confiança do investidor sobre a companhia. O pior resultado é o da Petrobras, que perdeu 34% do seu valor em Bolsa, queda que só não é maior que a da banco espanhol Bankia (51%), um símbolo da crise espanhola, salvo da falência pelo governo local em 2012. A companhia brasileira, que cinco anos atrás figurava entre as dez maiores do mundo, hoje está na 121ª posição, avaliada em US$ 74 bilhões, um terço da rival PetroChina.

O crescente endividamento, a imposição do governo de segurar os preços dos combustíveis no mercado interno e o risco de seus títulos perderem a nota de “grau de investimento” são motivos que levam os investidores a acreditar que a estatal valha quase US$ 100 bilhões menos que a americana Amazon, que lucrou US$ 274 milhões no ano passado –enquanto a Petrobras lucrou US$ 11 bilhões.
(…)


Por Reinaldo Azevedo

Tags: economia brasileira, empresas, mercado global


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10/03/2014 às 5:41
Personalidades aparecem em vídeo pró-Aécio


Por Natuza Nery, na Folha:
Com menos exposição pré-campanha que a presidente Dilma Rousseff e tempo de TV reduzido na corrida eleitoral, os candidatos da oposição contam com a associação a nomes famosos para alavancar o seu próprio. Em alguns casos, de forma indireta. Artistas e personalidades toparam gravar um vídeo de “feliz aniversário” ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), que completa hoje 54 anos.

Feito por amigos de Aécio, o filme será divulgado na internet com felicitações de ex-atletas (Ronaldo e Zico), e nomes ligados ao ex-presidente Lula, como Gilberto Gil, ex-ministro da Cultura. Segundo a Folha apurou, os depoimentos foram gravados com o compromisso de não configurarem apoio eleitoral explícito. Mas há casos em que o tom é sugerido. Num trecho, a atriz Maitê Proença diz: “estou contigo”. Em outro, Henrique Portugal, do grupo Skank, afirma: “Espero que consiga marcar muitos gols dentro e fora do campo. Mas tem um campo que a gente está de olho aí (…), talvez ano que vem.”

A associação entre cultura e política é recorrente em campanhas nacionais. No passado, Lula se valeu dessa conexão inúmeras vezes. Dilma e José Serra também. Enviaram mensagens 84 artistas, atletas, líderes sindicais, estilistas, entre outros. Estão na lista Ziraldo, Cacá Diegues, Zezé di Camargo, Fernanda Abreu e Ferreira Gullar.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Aécio Neves, Eleições 2014


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10/03/2014 às 4:35
Suíça envia cartão da conta em nome de Robson Marinho


Por Fausto Macedo, no Estadão:
A Suíça enviou aos investigadores brasileiros cópia do cartão de abertura da conta secreta em Genebra do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Robson Riedel Marinho, ex-chefe da Casa Civil do governo Mário Covas (PSDB). Nessa conta, numerada 17321-1, do Credit Lyonnais Suisse – Credit Agricole, o conselheiro recebeu US$ 1,1 milhão. O dinheiro que abasteceu a conta de Marinho, segundo suspeita o Ministério Público Federal, teve origem no Caso Alstom – esquema de pagamento de propinas na área de energia do Estado, entre outubro de 1998 e dezembro de 2002, nos governos Covas e Geraldo Alckmin. Os investigadores classificam como “revelador” o documento bancário, uma das mais importantes provas já surgidas contra o ex-braço direito de Covas. Desde 2010, quando a Justiça de São Paulo acolheu ação cautelar de sequestro de seus valores. Marinho nega possuir ativos no exterior.
(…)Por Reinaldo Azevedo

Tags: Alstom, Robson Marinho


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09/03/2014 às 7:29
ONG ligada ao PSOL e a Marcelo Freixo fica com 69% do dinheiro arrecadado para a família de Amarildo. Para quê? Para “projetos ainda indefinidos”. Ah, bom!!!


Filhos de Amarildo na casa comprada para a família na Rocinha

A história que vocês vão ler é do balacobaco. Volto depois.

Por Gabriel Castro, na VEJA.com:
Desde julho do ano passado, o pedreiro Amarildo Dias de Souza é o símbolo máximo da luta contra a ação de maus policiais no Rio de Janeiro. O “Cadê o Amarildo?” foi usado tanto para cobrar providências como para embalar a série de manifestações contra o governador Sérgio Cabral. O corpo do homem de 43 anos que, para o Ministério Público, foi torturado e morto por PMs de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), nunca foi encontrado. A família do pedreiro passou a viver, depois de seu desaparecimento, num quadro agravado da pobreza na qual já se encontrava. Uma bem intencionada campanha conclamou artistas, intelectuais e doadores a contribuir com a viúva e os seis filhos do pedreiro. O “Somos Todos Amarildo” deu resultado. Comandado pela empresária e produtora Paula Lavigne, o projeto arrecadou 310.000 reais em dois eventos: um leilão de arte e objetos de famosos e um show no Circo Voador, com participação de Caetano Veloso e Marisa Monte. A família do pedreiro, no entanto, ficou com a menor parte: com a compra de uma casa e de mobília, foram gastos, respectivamente, 50.000 e 10.000 reais. O restante do dinheiro – 250.000 reais – ficou com o Instituto de Defesa dos Direitos Humanos (DDH), ONG que se tornou notória por defender black blocs e tem, entre seus diretores, um assessor do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), o advogado Thiago de Souza Melo.

Um dos organizadores do evento, que pede para não ser identificado, afirmou ao site de VEJA que, desde o início, a família sabia que não ficaria com o montante total do dinheiro – apesar de o uso do nome do pedreiro dar a entender que o valor seria destinado a ela. Mas foi informada, na ocasião, que ficaria com metade – o que, nos valores de fato arrecadados, corresponderia a 125.000 reais. “Soubemos na época que ficaríamos com metade. Como recebemos 60.000, eu pensava que o total era de 120.000”, diz Anderson Dias, de 21 anos, o primogênito, que administra, com a mãe, Elizabeth, as contas da família.

Moram na casa, além dos dois, os filhos Amarildo, de 18 anos; Beatriz, 13; Alisson, 10; e Milena, 6. Todos em uma casa de dois quartos, sala, cozinha e banheiro. Só um dos filhos de Amarildo – Emerson, de 20 anos – não vive no imóvel. A área de serviço – que não tem janela – está sendo adaptada para servir como dormitório. Segundo Anderson, a casa que a família recebeu é uma construção antiga, com defeitos na rede elétrica e na parte hidráulica. Devido aos problemas encontrados, os filhos procuraram o advogado João Tancredo, presidente do DDH, para saber sobre a possibilidade de uma reforma. “Fiz um orçamento no valor de 45.000 reais. Mas Tancredo me disse que não tinha mais dinheiro”, afirma.

Os 10.000 reais que a família recebeu para comprar os móveis para a casa também não foram suficientes. Elizabeth não conseguiu comprar mesa, cadeiras e fogão. “Fiz uma lista com o que era indispensável, mas tive que cortar muita coisa. Não deu nem para comprar o fogão. Pedi a minha cunhada para usar o cartão dela e vou pagando aos poucos”, conta Elizabeth. “Não tive coragem de pedir mais dinheiro, porque achei que a outra parte seria destinada a outras pessoas pobres. Mas vou conversar sobre isso com o advogado”.

O presidente do DDH afirma que o acordo previa o repasse para a entidade de aproximadamente 250.000 reais obtidos com o leilão e o show. “Inicialmente, o projeto se resumiria a arrecadar fundos para a aquisição de uma casa em condições adequadas para a família de Amarildo. Mas logo se viu que seu desaparecimento não era um caso isolado”, explicou Tancredo, por e-mail, ao site de VEJA. Segundo ele, os recursos serão aplicados em um “projeto ainda indefinido”. As opções aventadas pela ONG envolvem o custeio de uma pesquisa para traçar o perfil dos desaparecidos, um serviço de atendimento de familiares de desaparecidos, o acompanhamento jurídico de casos do tipo ou a formação de uma rede para debater o tema. É dificil acreditar que quem contribuiu com o “Somos Todos Amarildo” desejava que seu dinheiro tivesse esse destino incerto. O cheiro de oportunismo é fortíssimo.

Voltei
Fatos e considerações que podem colaborar para você formar um juízo a respeito do assunto.

1: O tal DDH, que ficou com 69% da grana, é comandado por dois assessores do deputado Marcelo Freixo e atua em “causas” abraçadas pelo PSOL;

2: Freixo, claro!, diz não ter interferência nenhuma no DDH. João Tancredo, presidente da ONG, doou nada menos de R$ 260 mil para a campanha do deputado à Prefeitura, em 2012: R$ 200 mil como pessoa física e R$ 60 mil em nome de sua empresa — um escritório de advocacia. Coerente e eticamente, como é de seu feitio, o PSOL está em campanha contra a doação de empresas. Entendo.

3: O dinheiro arrecadado pela campanha, como se nota, permitiria que se comprasse uma casa melhorzinha para a família de Amarildo. Bobagem! Para pobre, está bom demais, não é mesmo? O socialismo, afinal, tem prioridades mais ambiciosas.

4: Espetacular a resposta do tal advogado. Os R$ 250 mil serão usados em projetos “ainda indefinidos”. Ah, bom! O que é um projeto indefinido quando confrontado com as necessidades da família de Amarildo?

5: No fim da contas, havia muita gente nessa história que não estava dando a menor pelota para Amarildo. Ele era apenas um pretexto. E, como se percebe, virou também uma boa fonte de arrecadação de recursos.

6: É a cara dos comunas fazer um troço como esse. As pessoas que se danem! O que interessa é a “causa”.

7: Noto, finalmente, que nada disso me surpreende. Mas, mesmo assim, é moralmente chocante. Ademais, a corretagem, se assim se pode chamar, do DDH é uma das mais altas do mercado, não é? 69%!!! Escandaliza o regime capitalista! Isso costuma ser taxa de agiota.

8: Cadê o dinheiro do Amarildo?

9: Os que doaram têm todo o direito, acho eu, de exigir seu dinheiro de volta. A Justiça teria de decidir se é estelionato. O mecanismo é rigorosamente o mesmo.


O advogado João Tancredo preside o DDH e doou R$ 260 mil para a…

.


…campanha de Marcelo Freixo, aquele que nunca tem nada com isso

Texto originalmente publicado às 18h50 deste sábado.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Amarildo, DDH, direitos humanos, Marcelo Freixo, PSOL


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08/03/2014 às 19:22
Dilma usa o Dia da Mulher para fazer campanha eleitoral antecipada


Os limites impostos a candidatos, pré-candidatos e, acima de tudo, à imprensa de rádio e TV pela legislação eleitoral são ridículos. Até porque sistematicamente desrespeitados por quem está no poder. Na quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff mandou às favas a lei e transformou o Palácio da Alvorada num comitê eleitoral do PT. Pior: em horário de expediente. Pior ainda: outros servidores públicos, além dela própria, estavam lá, atuando em favor de um partido político. Neste sábado, apresidente faz campanha de novo: entrará em rede nacional de rádio e TV para, supostamente, exaltar as conquistas das mulheres. Mentira! Vai é fazer campanha eleitoral com dinheiro público. De novo.

Como é que dá para saber disso antes mesmo do pronunciamento? A marquetagem oficial recorreu à conta oficial de Dilma no Twitter para anunciar o discurso e já antecipou parte do seu conteúdo. Leiam duas mensagens, seguidas de pequenos comentários.



Onze anos??? Sim, é o tempo do PT no poder. Assim, entende-se que, antes, ninguém saiu da pobreza. Nem com o Plano Real, que pôs em limites civilizados o maior de todos os impostos pagos pelos pobres: a inflação. Dilma não está falando como chefe de estado, mas como chefe de facção. Mais um:



Nesse caso, já se refere explicitamente a seu governo. Que mulheres que nada! O objetivo da petista não é falar bem das “companheiras”, mas de si mesma e de seu partido.

O nome disso é campanha eleitoral antecipada.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Eleições 2014, Governo Dilma


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08/03/2014 às 7:33
LEIAM ABAIXO


Dilma manda votar contra o envio de missão da OEA à Venezuela e respalda, de novo, as ações de um governo assassino, que prende opositores e censura a imprensa;
Pelo menos um a cada três deputados do PMDB quer romper com o PT;
Justiça mantém liminar que impede Prefeitura de SP de doar terreno para o Instituto Lula cantar as glórias de… Lula!;
Falcão não gosta de Barbosa. Prefere Lewandowski, Toffoli e Barroso. Veja por quê;
A Crimeia e um pouco de realismo;
Dilma marca reunião com a cúpula do PMDB; no Twitter, Eduardo Cunha volta a falar em rompimento da aliança com o PT e diz atuar como bombeiro;
Garis abandonam comissão e denunciam uso político da greve no Rio;
Presidente da Câmara diz que ‘reforma ministerial desastrada’ ampliou a tensão com PMDB;
Em vídeo feito por manifestantes venezuelanos para correr o mundo, Dilma aparece como cúmplice de mortes, pancadaria e tortura. É justo!;
Meu artigo na Folha desta sexta: “Barbosa no tronco”;
Setor elétrico vê “situação delicada” e quer participar de decisões; nível de reservatórios já se iguala ao de 2001, ano do racionamento;
EUA e União Europeia não reconhecem decisão de Parlamento da Crimeia, que aprovou anexação do território à Rússia;
PSDB decide ir à Justiça contra uso de Palácio da Alvorada como comitê eleitoral do PT;
Dilma, que compra médicos de Cuba, elogia campanha da CNBB contra o tráfico de pessoas. Ou: Vender gente, para Cuba, é mais lucrativo e seguro do que vender droga;
Unidos pelo lixo no Rio – Os fatos e as fotos que demonstram a parceria entre o PR, de Garotinho, e o PSOL, de FreixoPor Reinaldo Azevedo


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08/03/2014 às 7:22
Dilma manda votar contra o envio de missão da OEA à Venezuela e respalda, de novo, as ações de um governo assassino, que prende opositores e censura a imprensa


A imagem de Dilma no vídeo: ela figura como cúmplice da violência

Jamais apostem errado achando que há um piso para a indignidade da política externa brasileira e para a indigência moral e intelectual na qual mergulhou — ou foi mergulhado — o Itamaraty. Não há. “Eles” sempre podem descer mais baixo; “eles” sempre podem ser mais abjetos. Nesta sexta, o Brasil VOTOU CONTRA o envio de observadores da OEA (Organização dos Estados Americanos) para a Venezuela e se opôs a uma reunião de chanceleres para debater os confrontos naquele país. O pretexto é tão meritório como falso: o Itamaraty se justifica afirmando que a intervenção da OEA poderia agravar os conflitos por causa da presença dos EUA. É uma desculpa de vigaristas.

O governo Dilma resolveu dar apoio a uma reunião na Unasul (União das Nações Sul-Americanas), mas só depois da posse da presidente eleita do Chile, Michele Bachelet, na terça. Ah, bom: vamos contar os esquerdistas ou loucos influentes da América do Sul: Cristina Kirchner (Argentina), José Mujica (Uruguai), Dilma Rousseff (Brasil), Evo Morales (Bolívia), Rafael Correa (Equador), Bachelet (Chile), Ollanta Humala (Peru) e o próprio Nicolás Maduro (Venezuela). Adivinhem o que vai acontecer. O subcontinente está mais para um hospício. Ainda assim, atenção! A reunião será entre chanceleres. O Brasil se opôs ao envolvimento de presidentes na questão.

De todo modo, a barra está começando a pesar para Dilma, e os plantadores de versões do Palácio do Planalto espalham na imprensa a versão falaciosa de que o Brasil não vai aceitar nem um eventual rompimento da ordem vigente na Venezuela nem a violência de estado contra os manifestantes. Como assim? Já não há truculência o bastante? Os 21 mortos até agora não entram na contabilidade de Dilma Rousseff?

Não é por acaso que esta senhora figura no vídeo que os manifestantes espalham mundo afora como cúmplice de assassinatos e tortura. É precisamente nisso que se transformou o governo brasileiro. Leio no Estadão que os sábios de Dilma avaliam que a situação se acalmou e que o risco de uma crise institucional diminuiu.

Entenderam? Nicolás Maduro mete adversários na cadeia, convoca milícias armadas a sair às ruas para enfrentar a população na porrada, governa o país como um déspota, mas, em Brasília, considera-se que as coisas estão melhorando. Essa deve ser a impressão que Marco Aurélio Top Top Garcia passou à presidente.

Nota da OEA
Sem o envio de observadores ou uma reunião de chanceleres, a OEA conseguiu, no máximo, aprovar uma nota mixuruca, que segue abaixo — está em espanhol, mas não precisa de tradução. Volto depois:

En relación con los hechos recientemente acaecidos en la República Bolivariana de Venezuela, el Consejo Permanente declara:

Sus condolencias y solidaridad con las víctimas y sus familiares, con el pueblo y el gobierno de la República Bolivariana de Venezuela, y hace votos para que las investigaciones tengan una rápida y justa conclusión.

Su respeto al principio de no intervención en los asuntos internos de los Estados y su compromiso con la defensa de la institucionalidad democrática y del estado de derecho de acuerdo con la Carta de la OEA y el derecho internacional.

Su más enérgico rechazo a toda forma de violencia e intolerancia, y hace un llamado a todos los sectores a la paz, a la tranquilidad y al respeto a los derechos humanos y libertades fundamentales, incluyendo los derechos a la libertad de expresión y reunión pacífica, circulación, salud y educación.

El reconocimiento, pleno respaldo y aliento a las iniciativas y los esfuerzos del Gobierno democráticamente electo de Venezuela y de todos los sectores políticos, económicos y sociales para que continúen avanzando en el proceso de diálogo nacional, hacia la reconciliación política y social, en el marco del pleno respeto a las garantías constitucionales de todos y por parte de todos los actores democráticos.

Su interés de mantenerse informado sobre la situación y el diálogo instaurado en Venezuela.

Voltei
Ainda que a nota defenda o respeito aos direitos humanos e aos direitos fundamentais, é evidente que ela não espelha nem remotamente o que está em curso no país.

Estados Unidos, Canadá e Panamá votaram contra a resolução justamente porque sustentam que ela ignora o que está em curso na Venezuela. Suas restrições também foram tornadas públicas. Leiam. Volto para encerrar.

1: La República de Panamá presenta sus reservas a la presente declaración.

I – No está de acuerdo con la inclusión de la palabra solidaridad en el título de la Declaración ya que de lo que se trata es de brindar respaldo al diálogo, la paz y la democracia.

II – Así mismo, considera que el respaldo y aliento a las iniciativas y esfuerzos del gobierno democráticamente electo de Venezuela puede interpretarse como una parcialización hacia el Gobierno, frente al resto de los actores sociales. La referencia a que continúen avanzando en el proceso de diálogo nacional se podría entender como que solo apoyamos el diálogo actual.

III – Con referencia al último párrafo, la República de Panamá considera que la OEA debe tener una actitud más dinámica y darle seguimiento, a la situación y al diálogo nacional en Venezuela y no solamente declare su interés en mantenerse informado sobre el diálogo ya instaurado.

2. Estados Unidos apoya el llamado a una resolución pacífica de la situación en Venezuela con base en un diálogo auténticamente inclusivo. Sin embargo, Estados Unidos no puede respaldar esta declaración dado que no refleja adecuadamente el compromiso de la Organización de promover la democracia y los derechos humanos en el Hemisferio. Además, la declaración coloca a la OEA en una posición de parcialismo, lo cual no puede hacer.

Específicamente, el párrafo 2 sugiere, incorrectamente, que la supuesta necesidad de mantener el orden y el respeto por el principio de la no intervención tiene prioridad sobre los compromisos de todos los Estados Miembros de la OEA de promover y proteger los derechos humanos y la democracia. La declaración contradice el artículo 2 de la Carta de la Organización de los Estados Americanos y los principios consagrados en la Carta Democrática Interamericana.

Si bien el párrafo 4 hace referencia al diálogo, este carece de un elemento clave para solucionar los problemas de Venezuela. Para tener éxito, el diálogo debe ser genuino e incluir a todas las partes. La declaración apoya parcialmente un diálogo patrocinado por el gobierno, que ha sido rechazado por importantes sectores de la oposición.

Estados Unidos cree que el diálogo genuino requerirá la participación de un tercero que goce de la confianza de todas las partes. También exigirá el fin de todo intento de reprimir la libertad de expresión y la liberación de los presos políticos. Desafortunadamente, la declaración no promueve suficientemente estos objetivos. La OEA no puede sancionar un diálogo en el cual gran parte de la oposición no tiene voz ni fe. Solamente los venezolanos pueden encontrar soluciones a los problemas de Venezuela, pero la situación actual del país exige que un tercero de confianza facilite el debate mientras los venezolanos buscan estas soluciones.

Por último y fundamentalmente, Estados Unidos no puede concurrir con el llamado de la declaración a un “pleno respaldo de la OEA” a un proceso de diálogo orquestado por un solo actor. La OEA tiene la responsabilidad de permanecer neutral; no puede tomar partido.

Encerro
Faço minhas todas as restrições à nota. Quanto ao governo brasileiro, dizer o quê? Quem tem povo descontente dentro de casa tem medo. A esta altura, outros monumentos morais, como Cristina Kirchner, Evo Morales ou Rafael Correa, olham apavorados para a Venezuela. Vai que…

Segue, mais uma vez, o vídeo que corre mundo afora.



Por Reinaldo Azevedo

Tags: OEA, Venezuela


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08/03/2014 às 6:06
Pelo menos um a cada três deputados do PMDB quer romper com o PT


Por Daiene Cardoso e Débora Bergamasco, no Estadão:
A presidente Dilma Rousseff convocou uma reunião para este domingo, 9, a fim de definir parte dos palanques regionais e, assim, tentar aplacar a crise com o PMDB. A presidente deve encontrar um partido rachado. Ao menos um terço dos deputados peemedebistas considera a relação com o governo insustentável e prefere um desfecho radical: romper a aliança com o Planalto. O Estado ouviu 54 dos 74 deputados do PMDB em atividade – um está de licença médica. A opção pela ruptura imediata foi de 23 parlamentares. Outros 25 deputados disseram ser a favor da aliança, embora haja nesse grupo peemedebistas críticos à condução política do governo.

Apenas um não quis opinar e cinco afirmaram que votarão com o líder da bancada, deputado Eduardo Cunha (RJ), que na terça-feira postou no Twitter que o PMDB deveria “repensar a aliança” com Dilma e o PT. As entrevistas foram realizadas entre quarta-feira, um dia após a reação de Cunha, e sexta.

É este o tamanho da batalha que o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), enfrentará para convencer os deputados do partido a baixarem o tom para que ele e o vice-presidente da República, Michel Temer, consigam negociar melhor tratamento à legenda com Dilma e com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante (PT), no encontro marcado pela presidente para amanhã, no Palácio da Alvorada. O governo tenta deixar Cunha isolado, mas a tarefa não se mostra tão simples.

Nesta sexta, Raupp conversou com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o impasse entre os partidos. “Ficou combinado que o Lula segura de lá (o PT) e eu seguro de cá (o PMDB)”, contou Raupp. Os peemedebistas reclamam da falta de participação nas decisões do governo. Alguns defendem que a maior legenda aliada de Dilma mereceria mais cargos que os atuais cinco ministérios.

O deputado Darcísio Perondi (RS) afirmou que, se houvesse uma convenção hoje, votaria para romper a aliança. “O PMDB tem cinco ministérios, mas não manda nada. Queremos par-ti-ci-par. Queremos candidatura própria”, disse. Marllos Sampaio (PI) estende a crítica aos próprios dirigentes peemedebistas: “O PMDB não tem nada no governo. Apenas uma meia dúzia de integrantes do PMDB tem tudo nesse governo e se diz dona do partido”.

Estados
Os rebelados se queixam ainda da dificuldade em fechar acordo para os palanques regionais e apontam a existência de uma estratégia petista de diminuir a força política do partido. “É uma estratégia (do PT) franca e aberta para diminuir as bancadas do PMDB (no próximo governo). Da forma como está hoje, é preciso romper a aliança para a própria preservação política do PMDB”, declarou o deputado Leonardo Picciani (RJ), filho do presidente do diretório fluminense da sigla, Jorge Picciani, que já anunciou apoio ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) na disputa pelo Planalto. “Não podemos dormir com o inimigo.”
(…)Por Reinaldo Azevedo

Tags: Eleições 2014, PMDB, PT


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07/03/2014 às 20:22
Justiça mantém liminar que impede Prefeitura de SP de doar terreno para o Instituto Lula cantar as glórias de… Lula!


Leio na Folha que a Justiça manteve a liminar que impede a cidade de São Paulo de doar um terreno ao Instituto Lula para a criação de um tal museu intitulado, pomposamente, de “Memorial da Democracia”. Pra começo de conversa, o melhor da democracia pode estar no futuro. Que conversa estúpida é essa? De resto, o projeto serviria apenas para cantar as glórias de Lula e do PT, já que reuniria, entre outras coisas, o acervo que ele acumulou nos oito anos como presidente. Se eles querem privatizar a história, que o façam com os próprios recursos. O terreno está avaliado em R$ 20 milhões. Que comprem! Com algumas palestras, Lula arranca essa bufunfa do empresariado. Até sem elas! A doação foi aprovada durante a gestão Kassab.

Na semana passada, a Prefeitura pediu a derrubada da liminar até que se pudesse julgar o mérito. O desembargador Thomaz Borelli, da 13ª Câmara de Direito Público, não aceitou a argumentação porque, escreveu, “desde logo se entreveem situações de inconstitucionalidade”.

Ao conceder a liminar, afirmou o juiz Adriano Marcos Laroca: “Existe enorme risco de que o imóvel público concedido ao instituto-réu (…) seja utilizado preponderantemente para a promoção pessoal do ex-presidente Lula e de seu partido (PT), já que ele continua com sua atividade político-partidária”. Na mosca!

Ora, por que Lula deveria ter o direto de receber um terreno de graça? Por que o seu instituto, que é um ente privado, merece esse benefício? Escrevi a respeitono dia 15 de fevereiro de 2011. As minhas questões seguem as mesmas.

1: Constituição – A negativa dos petistas em participar da sessão homologatória da Constituição de 1988, uma das atitudes mais indignas tomadas até hoje por esse partido, fará parte do “Memorial da Democracia”, ou esse trecho sumirá da história?

2: Expulsões – A expulsão dos três deputados petistas que participaram do Colégio Eleitoral que elegeu Tancredo Neves, pondo fim à ditadura – Airton Soares, José Eudes e Bete Mendes – fará parte do “Memorial da Democracia”, ou isso também será omitido?

3: Governo Itamar – A expulsão de Luíza Erundina do partido porque aceitou ser ministra da Administração do governo Itamar, cuja estabilidade era fundamental para o país, entra no Memorial da Democracia, ou esse fato será eliminado?

4: Voto contra o Real – A mobilização do partido contra a aprovação do Plano Real integrará o acervo do Memorial da Democracia, ou os petistas farão de conta que sempre apostaram na estabilidade do país?

5: Guerra contra as privatizações – As guerras bucéfalas contra as privatizações — o tema anda mais atual do que nunca — e todas as indignidades ditas contra a correta e necessária entrada do capital estrangeiro em setores ditos “estratégicos” merecerá uma leitura isenta, ou o Memorial da Democracia se atreverá a reunir como virtudes todas as imposturas do partido?

6: Luta contra a reestruturação dos bancos – A guerra insana do petismo contra a reestruturação dos bancos públicos e privados ganhará uma área especial no Memorial da Democracia, ou os petistas farão de conta que aquilo nunca aconteceu?

7: Ataque à Lei de Responsabilidade Fiscal – Os petistas exporão os documentos que evidenciam que o partido recorreu à Justiça contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, tornada depois cláusula pétrea da gestão de Antônio Palocci no Ministério da Fazenda?

8: Mensalão – O Memorial da Democracia vai expor, enfim, a conspiração dos vigaristas que tiveram o desplante de usar dinheiro sujo para tentar criar uma espécie de Congresso paralelo, alimentado por escroques de dentro e de fora do governo?

9: Duda Mendonça na CPI – Haverá no Memorial da Democracia o filme do depoimento de Duda Mendonça na CPI do Mensalão, quando confessou ter recebido numa empresa no exterior o pagamento da campanha eleitoral de Lula em 2002?

10: Dossiê dos aloprados – O Memorial da Democracia trará a foto da montanha de dinheiro flagrada com os ditos aloprados, que tentavam fraudar as eleições em 2006?

11: Dossiê da Casa Civil – Esse magnífico Memorial da Democracia trará os documentos sobre o dossiê de indignidades elaborado na Casa Civil contra FHC e contra, pasmem!, Ruth Cardoso, quando a titular da pasta era ninguém menos do que Dilma Rousseff, e sua lugar-tenente, ninguém menos do que Erenice Guerra?

12: Censura à imprensa – o Memorial da Democracia reunirá as evidências das muitas vezes em que o PT tentou censurar a imprensa, seja por meio do Conselho Federal de Jornalismo, seja por intermédio no Plano Nacional de Direitos Humanos?

13: Imprensa comprada e vendida – Teremos a chance de ver os contratos de publicidade do governo e das estatais com pistoleiros disfarçados de jornalistas, que usam o dinheiro público para atacar a imprensa séria e aqueles que o governo considera adversários nos governos dos estados, no Legislativo e no Judiciário?

14 – Novo dossiê contra adversário – O Museu da Democracia do Instituto Lula reunirá as evidências todas das novas conspiratas do petismo contra o candidato da oposição em 2010, com a criação de bunker para fazer dossiês com acusações falsas e a quebra do sigilo fiscal de familiares do candidato e de dirigentes tucanos?

15 – Uso da máquina contra governos de adversários – A mobilização da máquina federal contra o governo de São Paulo em episódios como o da retomada da Cracolândia e da desocupação do Pinheirinho entrará ou não no Memorial da Democracia como ato indigno do governo federal?

16 – Apoio a ditaduras – O sistemático apoio que os petistas empenham a ditaduras mundo afora estará devidamente retratado no Memorial da Democracia? Veremos Lula a comparar presos de consciência em Cuba a presos comuns no Brasil? Veremos Dilma Rousseff a comparar os dissidentes da ilha a terroristas de Guantánamo?

Fiz acima perguntas sobre 16 temas. Poderia passar aqui a noite listando as vigarices, imposturas, falcatruas e tentativas de fraudar a democracia protagonizadas por petistas e por governos do PT. As que se leem são apenas as mais notórias e conhecidas.

Não! Erram aqueles que acham que quero impedir Lula — e o PT — de contar a história como lhe der na telha. Quem gosta de censura são os petistas, não eu! O Apedeuta que conte o mundo desde o fim e rivalize, se quiser, com Adão, Noé, Moisés ou o próprio Deus, para citar alguém que ele deve julgar quase à sua altura. Mas não há de ser com o nosso dinheiro.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Instituto Lula, PT


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07/03/2014 às 19:07
Falcão não gosta de Barbosa. Prefere Lewandowski, Toffoli e Barroso. Veja por quê


A agência de notícias EFE, leio na Folha, promoveu um encontro entre jornalistas e empresários. Não entendi direito o que é — depois, se tiver tempo, busco detalhes. Sei que Rui Falcão, que já foi jornalista, mas hoje é petista (presidente do partido), estava lá. Pois é…

Na minha coluna de hoje na Folha, trato do processo de demonização do ministro Joaquim Barbosa, liderado pelos petistas. Escrevo lá:
“O ministro era saudado como herói por esquerdistas, “progressistas” e blogs financiados por dinheiro público -aqueles que se orgulham de ser chamados por aquilo que são: sujos. Como esquecer os ataques nada edificantes de Barbosa a Gilmar Mendes, seu parceiro de tribunal, em 2009? Os petralhas consideravam Mendes o seu único inimigo na corte, e o ‘negro nomeado por Lula’ seria a expressão do ‘novo Brasil’. O príncipe virou um sapo.”

Pois é…

Não é que Falcão decidiu atacar, mais uma vez, o presidente do Supremo??? Indagado sobre a possibilidade de Barbosa se candidatar, afirmou:
“Como político, [Barbosa] é um bom magistrado e, como magistrado, é um bom político”.

Eis aí.

Bom ministro, para Falcão, é Ricardo Lewandowski, aquele que condena os banqueiros do mensalão, mas absolve os petistas (como se aqueles pudessem produzir o escândalo sozinhos).

Bom ministro, para Falcão, é Dias Toffoli, o que não se declara impedido para julgar aquele que já foi seu chefe.

Bom ministro, para Falcão, é Roberto Barroso, aquele que inventa um procedimento inexistente (“preliminar de mérito”) na apreciação de embargos infringentes.

Bom ministro é quem vota de acordo com os interesses do PT.

Falcão não gosta de quem, “como político, é um bom magistrado e, como magistrado, é um bom político”.

Ele prefere o contrário…Por Reinaldo Azevedo

Tags: Joaquim Barbosa, Mensalão, Rui Falcão


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07/03/2014 às 17:56
A Crimeia e um pouco de realismo


Um parágrafo de um post meu sobre a crise na Ucrânia gerou algumas crispações de quem procurou ler o que não estava escrito, ignorando o que estava, a saber:
“A Crimeia, no entanto, que tem um governo local e goza de relativa autonomia, jamais deixará de ser pró-Rússia porque essa é a vontade da esmagadora maioria do seu povo, que é russa. Talvez seja esse o preço de Putin por uma derrota no resto da Ucrânia, que, a esta altura, parece certa.”

O que está escrito aí? O óbvio. Quase 60% dos habitantes da Crimeia são russos étnicos. Os ucranianos não chegam a um quarto da população. Enquanto estavam todos sob a ditadura soviética, os rancores ficavam mitigados. Agora não. A propósito: a Ucrânia é ainda um eco da redefinição de fronteiras na esteira do fim do comunismo. Nem sempre isso se deu da melhor maneira, como sabem as repúblicas que compunham a antiga Iugoslávia.

Afirmo ainda o óbvio: Putin já perdeu. Perdeu o quê? O resto da Ucrânia. Era um satélite da Rússia e não será mais. Qualquer que seja o governo eleito, será pró-Ocidente, pró-Europa. O presidente russo está pedindo uma compensação: a Crimeia. Apenas por orgulho ferido? Não! A questão é, antes de mais nada, militar. Pesquisem um pouquinho sobre a chamada “Frota do Mar Negro”, que data do século 18, e tem na cidade de Sebastopol, na Crimeia, a sua maior base.

Não estou justificando, obviamente, as ações de Putin. Eu as estou explicando. Em outro texto, escrevi também que tivessem os EUA e a Europa líderes um pouquinho mais sensatos e responsáveis, a crise não teria chegado a esse ponto. É claro que a destituição do presidente Viktor Yanokovich foi um erro. Alguém deveria ter advertido Obama — e, se possível, Angela Merkel: “A Rússia não vai aceitar uma solução hostil por causa da Crimeia”.

Cumpre também baixar a bola da retórica. Só uma cretina como Hillary Clinton ousaria, como ousou, comparar a ação de Putin à de Hitler. É de tal sorte estúpido que mal se acha o fio por onde contestar a bobagem. O, por assim dizer, império russo está minguando, não se expandindo; não existe um movimento no país para alargar as suas fronteiras; luta-se ali é para preservar uma presença militar de mais de dois séculos. Política também se faz com os fatos.

“Ah, então, agora, é festa. Putin vai invadindo, fazendo referendos e anexando territórios…” É uma simplificação grosseira; todo mundo sabe que não é assim. De resto, insisto, ele já perdeu. O resto da Ucrânia já mudou de lado. Da Crimeia, no entanto, ele não vai abrir mão.

O que significa “não abrir mão”? Vamos ver. Que a Crimeia não será “ucraniana”, ah, isso não será.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Criméia, Ucrânia, Vladimir Putin


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07/03/2014 às 16:37
Dilma marca reunião com a cúpula do PMDB; no Twitter, Eduardo Cunha volta a falar em rompimento da aliança com o PT e diz atuar como bombeiro


No domingo, Dilma encerra a sua folga de Carnaval e enfrenta, logo cedo, uma reunião com o bloco dos descontentes. O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, agendou com o presidente do PMDB, Valdir Raupp, uma reunião da presidente da República com a cúpula do partido logo cedo.

Estarão presentes ao encontro, além do próprio Raupp, Michel Temer, vice-presidente da República, e os presidentes da Câmara e do Senado, Henrique Eduardo Alves (RN) e Renan Calheiros (AL). O risco de um rompimento da aliança do PMDB com o PT é remotíssimo, próximo de zero, mas o descontentamento e o clima de rebelião não são os melhores parceiros em ano eleitoral.

Da reforma ministerial às alianças regionais (leia post na home), o contencioso vai aumentando, e o porta-voz das mágoas é o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ). Em viagem ao exterior, ele recorreu ao Twitter, mais uma vez, para mandar seus recados. Até agora, não recuou um centímetro e até foi mais explícito na possibilidade de romper a aliança. Afirma ainda que atua como bombeiro na crise e que a animosidade dos peemedebistas com o PT é maior do que parece. Abaixo, publico a sequência de mensagens. Leiam na ordem cronológica, a partir da última que aparece na tela.


.


.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Eduardo Cunha, Eleições 2014, PMDB, PT


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07/03/2014 às 15:39
Garis abandonam comissão e denunciam uso político da greve no Rio


Por Daniel Haidar, na VEJA.com:
Os garis do Rio aos poucos voltam ao trabalho, mas a tendência é de que o movimento de greve que teve início no último sábado seja mantido. Nesta sexta-feira, surgiu mais um indício de que o movimento vai um pouco além das reivindicações legítimas por salários. Dos dez garis que formaram inicialmente uma comissão para negociar com a prefeitura e a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), nove abandonaram a frente das manifestações. O único que ficou é Célio Viana, 48 anos, filiado ao PT e candidato a vereador em 2012.

Depois de deixar a comissão, o gari Fábio Coutinho afirmou ao site de VEJA que o objetivo é melhorar as condições de trabalho, não criar uma trincheira política. “Não estamos aqui para entrar em briga partidária, mas para lutar pelos nossos direitos. Quando percebi que até gente do sindicato dos professores estavam entrando nos protestos, resolvi tirar minha rapaziada. Tem coisas que não vamos conseguir com greve, só na Justiça. Por isso voltei a trabalhar”, afirmou.

A coleta de lixo está sendo progressivamente retomada. Mas ainda há ruas repletas de sujeira e resíduos em diversas regiões. No entanto, um grupo de dissidentes grevistas iniciou um protesto nesta sexta-feira em frente ao prédio da Prefeitura do Rio de Janeiro, na Cidade Nova, no Centro do Rio. Coutinho deixou o movimento insatisfeito com os resultados. Ele reclama também da atuação do Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do município do Rio de Janeiro. Para o gari, faltou empenho dos sindicalistas na negociação por aumento salarial, porque o reajuste obtido já estava assegurado em acordos coletivos de anos anteriores.

O salário atual dos garis, de 806,12 reais, está 3,59 reais acima do piso das empregadas domésticas. O aumento de 9% anunciado pelo município do Rio na segunda-feira, elevaria o piso da categoria para 874,79 reais – isso porque, desde 2012, ficou acordado entre Comlurb e sindicato que a categoria não poderia receber salário inferior ao das empregadas domésticas. Os garis têm, sobre esse valor, 40% de adicional por insalubridade, o que eleva o vencimento mínimo de um iniciante para 1.224,70 reais. Os grevistas reivindicam salário-base de 1.200 reais, porque o adicional por insalubridade deixa de ser recebido em caso de afastamento por doença ou após a aposentadoria. O único aumento concedido até agora, além do que já estava acordado, é o de 1,68% para o salário-base de quem tem mais de dois anos de serviço na empresa.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Prefeitura do Rio


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07/03/2014 às 15:19
Presidente da Câmara diz que ‘reforma ministerial desastrada’ ampliou a tensão com PMDB


Por Laryssa Borges e Marcela Mattos, na VEJA.com:
Enquanto a presidente Dilma Rousseff se desdobra para tentar domar seu principal aliado no Congresso Nacional, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse nesta sexta-feira que a inabilidade do Palácio do Planalto na condução da reforma ministerial acirrou a crise com o PMDB.

Um dos principais entraves na reforma foi a negociação para o Ministério da Integração Nacional. O PMDB indicou o senador paraibano Vital do Rêgo (PMDB), mas o Planalto insiste em nomear o também peemedebista Eunício Oliveira (CE) para o cargo. Motivo: a intenção de Dilma é tirar Eunício da disputa pelo governo do Ceará em outubro. No Estado, o PT fechou acordo com os irmãos Cid e Ciro Gomes, do recém-criado Pros. A estratégia, além de afagar os irmãos Gomes, aliados que se mantiveram fiéis ao Planalto após o desembarque do grupo de Eduardo Campos (PSB) do governo federal, eliminaria o palanque duplo no Ceará e abriria espaço para que o PMDB cedesse a vaga de Turismo para o presidente do PTB Benito Gama. Eunício, porém, rejeita a oferta.

O PMDB também reclama da pauta travada no Congresso pelo projeto que cria o Marco Civil da Internet, tratado como prioridade do governo, mas que tem como principal opositor justamente o líder do PMDB na Casa, Eduardo Cunha (RJ). “A insatisfação da bancada é um fato. A pauta estar trancada por urgências desnecessárias é um outro fato”, disse Alves ao site de VEJA. “Houve ainda a desastrada condução da reforma ministerial, com o episódio envolvendo o Eunício e o Ministério do Turismo”, completou.

No domingo, Dilma convocou a cúpula do PMDB para uma reunião para tentar distensionar a truncada relação que mantém com os aliados no Congresso Nacional. Apesar do desgaste, diz Alves, não há risco de ruptura na dobradinha Dilma Rousseff-Michel Temer nas eleições de outubro. “A maioria sólida do partido é favorável à reeleição [de Dilma]. Pensar diferente é um radicalismo ingênuo que o momento não comporta”, disse Alves, que ressalva: “a aliança político-eleitoral sempre tem que ser bem cuidada e tratada com respeito”.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Eleições 2014, PMDB, PT


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07/03/2014 às 6:24
LEIAM ABAIXO


Em vídeo feito por manifestantes venezuelanos para correr o mundo, Dilma aparece como cúmplice de mortes, pancadaria e tortura. É justo!;
Meu artigo na Folha desta sexta: “Barbosa no tronco”;
Setor elétrico vê “situação delicada” e quer participar de decisões; nível de reservatórios já se iguala ao de 2001, ano do racionamento;
EUA e União Europeia não reconhecem decisão de Parlamento da Crimeia, que aprovou anexação do território à Rússia;
PSDB decide ir à Justiça contra uso de Palácio da Alvorada como comitê eleitoral do PT;
Dilma, que compra médicos de Cuba, elogia campanha da CNBB contra o tráfico de pessoas. Ou: Vender gente, para Cuba, é mais lucrativo e seguro do que vender droga;
Balança comercial tem déficit comercial recorde em fevereiro;
Unidos pelo lixo no Rio – Os fatos e as fotos que demonstram a parceria entre o PR, de Garotinho, e o PSOL, de Freixo;
A “Guerra do Lixo” no Rio. Volto daqui a pouco;
Morre o deputado Sergio Guerra, ex-presidente do PSDB;
Encontro de Dilma com petistas, já transformado em material de campanha, é, obviamente, ilegal!;
Governo quer leilão do 4G para engordar caixa, ainda que proposta comprometa a eficiência do sistema;
Dilma recebe Lula e monta “comitê” eleitoral no Palácio da Alvorada;
Venezuela: dezenas de manifestantes são presos em protestos; guarda bolivariana tenta impedir até socorro a feridos; Maduro rompe com o Panamá; Dilma segue muda;
Presidente do PT-RJ reage a Cunha, do PMDB, e o chama de “líder do bocão”. Cresce o número de peemedebistas inclinados a um novo amor;
Todos disputam a sua cota de chorume na greve dos garis do Rio. Ou: Olhem lá a extrema esquerda metida no lixo!;
Militantes profissionais tentam dominar greve dos garis no Rio;
A naturalização do terrorismo iraniano;
Israel intercepta de armas para a Faixa de Gaza e acusa o IrãPor Reinaldo Azevedo


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07/03/2014 às 5:51
Em vídeo feito por manifestantes venezuelanos para correr o mundo, Dilma aparece como cúmplice de mortes, pancadaria e tortura. É justo!


Dilma no vídeo dos manifestantes venezuelanos: a cúmplice

Os venezuelanos que estão indo às ruas protestar fizeram um vídeo para correr o mundo. Em poucas horas, enquanto escrevo, já foi acessado mais de 130 mil vezes. Nele, a presidente Dilma Rousseff aparece como cúmplice de assassinatos, de espancamentos, de tortura, de prisões arbitrárias. Pior: isso tudo é verdade. Uma jovem explica, em espanhol, com legenda em inglês, por que a população está na rua. Traduzo um trecho (em azul):

– porque estamos cansados de enfrentar longas filas para comprar leite, farinha, açúcar, óleo e papel higiênico;
– porque um venezuelano é assassinado a cada 20 minutos;
– porque nos matam para roubar um telefone celular;
– porque não temos como saber o que se passa em nosso próprio país desde que o governo censurou ou fechou os meios de comunicação independentes;
– também protestamos porque estudantes e líderes políticos estão presos apenas por discordar do governo;
– não é justo viver assim.

E aí vem o momento constrangedor. A estudante venezuelana afirma que tudo isso se passa sob o silêncio cúmplice dos governos da região. Nessa hora, a imagem que aparece é a da presidente Dilma Rousseff. Veem-se cenas impressionantes da truculência das forças de repressão.

O vídeo termina com um pedido: “Compartilhe com seus familiares, amigos e colegas de trabalho. Nós, os venezuelanos, precisamos de vocês”. Assisti e, confesso, ao ver a imagem da presidente Dilma como uma das cúmplices da barbárie, senti vergonha.

Vejam e depois e espalhem Brasil e mundo afora. Volto em seguida.



Mais mortos
No post que escrevi ontem de manhã, informei que Nicolás Maduro, o presidente da Venezuela, havia incitado as milícias chavistas a bater nos manifestantes. Essa informação só aparece hoje na imprensa brasileira, quando já se conhecem as consequências de seu convite.

É que eu tinha lido no fim da noite de quarta detalhes de seu discurso na homenagem que fez a Chávez. Ele recorreu a uma expressão que, na verdade, é do ditador defunto. Dirigindo-se às milícias, recomendou: “Candelita que se prenda, candelita que se apaga”. Traduzindo: “Chama que se acende, chama que se apaga”. Traduzindo de novo, mas agora na linguagem da truculência que toma conta do país: a cada vez que manifestantes de oposição saírem às ruas, as milícias devem enfrentá-las e neutralizá-las imediatamente.

É coisa de delinquente. O relato do jornal El Universal do que se deu nesta quinta é aterrador. No fim da manhã, um grupo de motoqueiros chavistas chegou para retirar o bloqueio de uma rua do bairro Los Ruices. Os moradores deram início, então, a um panelaço para protestar contra a ação desses motoqueiros, que começaram a lançar garrafas e pedras contra os apartamentos.

Chegaram, em seguida, os milicianos armados com pistolas e coquetéis molotov. Houve tentativa de invasão de edifícios residenciais, rechaçadas pelos moradores a garrafadas. Um dos fascistoides chavistas jogou uma bomba incendiária contra um veículo, que pegou fogo. Os bombeiros chegaram e foram agredidos pela canalha. A Guarda Nacional interveio. O conflito resultou em duas mortes: um sargento de 21 anos e um mototaxista, de 25. Só os milicianos portavam armas. Agora já são 21 os mortos desde o início do conflito. Muita gente foi presa. Enquanto escrevo, não se sabe o número.

É evidente que Nicolás Maduro é responsável por essas mortes. O que esperar de um país em que é o presidente da República a pregar o confronto de rua, especialmente quando se sabe que os brucutus do chavismo foram armados pelo próprio governo?

É esse o regime que Dilma endossa ao afirmar que a posição do Brasil é aquela expressa na nota criminosa emitida pelo Mercosul. Que figure como cúmplice de mortes, pancadaria e tortura, convenham, é mais do que justo.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Governo Dilma, Venezuela


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"A Revolução Francesa começou com a declaração dos direitos do homem, e só terminará com a declaração dos direitos de Deus." (de Bonald).

Obedeça a Deus e você será odiado pelo mundo.








-O coletivismo é a negação da liberdade, porquanto a sede da liberdade é o indivíduo. Tanto é que a pena mais severa na história da humanidade é a privação da liberdade. A essência da liberdade é una e indivisível e daí a designação do sujeito como "indivíduo".

Aluízio Amorim

Filósofa russa Ayn Rand :



“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.”



Ayn Rand nasceu em São Petersburgo em 1905