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13/03/2014 às 21:58 \ Política & Cia
Reunião da em geral moderada Confederação Nacional do Comércio: subindo o tom para criticar a política econômica do governo (Foto: CNC)
Críticas ao “Estado leviatã, burocrático e opressivo”, com “baixa eficiência na gestão administrativa”, à sua “excessiva dimensão”, com “inúmeras superposições administrativas distribuídas por 39 ministérios, 78 autarquias, inúmeros conselhos e fundações”, aos “danos causados” pela gestão do governo à Petrobras e à Eletrobrás e à excessiva carga tributária foram o resultado da reunião de hoje, no Rio, da normalmente moderada diretoria da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Nota publicada no site da entidade manifestou “grande preocupação com o atual cenário da economia brasileira e sua evolução a curto e médio prazos”.
O veterano presidente da CNC, Antonio Oliveira Santos, há 33 anos no comando da entidade e flexível o suficiente para manter bons relacionamentos com sucessivos governos de diferentes orientações, desta vez subiu o tom, lamentando o baixo crescimento da economia somado aos desequilíbrios em alguns setores — citou o permanente déficit fiscal e crescimento da dívida pública — e queixando-se da inflação, da estagnação industrial, da deficiente infraestrutura dos transportes e do desequilíbrio do balanço de pagamentos.
Tudo isso, afirmou, exige correções de rumo na administração pública, sob pena de prejuízos ainda maiores para o país.
– A nosso ver, todo esse conjunto de entraves resulta, basicamente, da excessiva dimensão a que chegou o Estado brasileiro, com inúmeras superposições administrativas distribuídas por 39 Ministérios, 78 autarquias, inúmeros conselhos e fundações — disse Santos. — Esse Estado leviatã, burocrático e opressivo, de baixa eficiência na gestão administrativa, representa, hoje, cerca de 40% do PIB nacional, absorvendo e comprometendo significativa parcela da poupança privada que deveria financiar os investimentos mais essenciais.
A nota oficial sobre a reunião salienta, a certa altura, que “na avaliação da Confederação, a excessiva carga tributária e a crescente burocracia oficial, assim como os desvios da administração pública na utilização e gestão dos recursos fiscais, acarretam a perda de dinamismo da economia nacional e promovem o agravamento das pressões inflacionárias”.
Quanto às duas maiores empresas nacionais, a Petrobras e a Eletrobras, “estão sendo sacrificadas em sua situação financeira e patrimonial, em função da política de combate à inflação”, disse Santos, lembrando o fato de que, em menos de dois anos, a Petrobras perdeu 43% de seu valor patrimonial e a Eletrobras 70%, em detrimento dos acionistas minoritários. “É fundamental restabelecer o sistema de preços que fornece sinais que levam à melhor alocação dos fatores de produção e reforçam a democracia”.
O presidente da CNC pediu que o governo reveja suas posturas, “a começar pela redução da excessiva carga tributária e da sufocante burocracia oficial, além do restabelecimento do clima de confiança do setor empresarial, fundado nos princípios de segurança jurídica que devem presidir a maior liberdade de funcionamento do mercado”.
Tags: Antonio Oliveira Santos, carga tributária, Confederação Nacional do Comércio, déficit fiscal, Dilma Rousseff, dívida pública, Eletrobras, Estado leviatã,estagnação industrial, inflação, Petrobrás
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5 Comentários
rodolfo -
14/03/2014 às 0:39
Ricardo, esse tweet levantou a bola pra ti: não estaria na hora de Lula falar?https://twitter.com/deboracruz/status/444263985349947392
Você tem toda razão. Vou tratar, sim, do assunto.
Obrigado pela sugestão!
Um abraço
Marcus Guedes -
14/03/2014 às 0:00
Setti, brilhante a sua repercussão quanto à reunião da Diretoria da CNC.
Elevada e criminosa carga tributária; taxas de juros mundialmente campeãs; peso dos encargos trabalhistas sobre a folha de pagamento das empresas, que nos torna uma economia campeã dentre as principais economias industriais do planeta; burocracia enervante e ineficienta; macrocefalia estatal; inoperância e corrupção desenfreada; “trabalho semi-escravo” imposto a médicos cubanos, passível de rigorosa investigação por parte do Ministério Público do Trabalho (que tem de nos dar uma resposta); black blocs e rolezinhos; financiamento sem a devida publicidade pública à construção do Porto de Mariel, em Cuba; perda de valor das ações da Petrobrás na Bolsa de Valores; lucros estratosféricos dos conglomerados financeiros, fruto de elevadas taxas de juros cobradas sobre empréstimos; prestação de consultoria de ex-presidente da República a empresa(s) nacional(is) junto a governos ditatoriais na América Latina com o objetivo de receber pagamentos a elas devidos junto a outras economias regionais; defesa alienada de regimes ditatoriais em Cuba, Venezuela, Bolívia e similares. Tudo isso, dentre outras ações esquerdoPaTas, fazem do nosso atual moribundo governo um exemplo clássico de desrespeito à nossa democracia republicana.
Basta!!! O povo brasileiro tem de dar um Basta nisso.
O povo – que constitui esta Nação – não pode perder o seu poder de indignação com o que está acontecendo.
É isso que está repercutindo nesse posicionamento da CNC. Parabéns aos empresários do segmento do comércio de bens, serviços e turismo, que estão a lançar este manifesto de insatisfação, de verdadeira indignação com o que está acontecendo com a Nação Brasileira!
Marco -
13/03/2014 às 22:49
D. Setti,nunca vi uma gestão pública tão absurda como essas do PT,excessos de desvairados companheiros, com levantes populistas e populachos. Um crime contra a estrutura econômica. E o mais grave é o colapso tributário como ato de terror contra iniciativa privada.Jamais vi tamanho prejuízo e violência publica contra a produção. Aqui, no RS para mim esta participação do estado já é acima de 60%.
Abs.
Daniel de Alencar -
13/03/2014 às 22:35
Boa noite, Ricardo Setti.
Sinto que os candidatos desta próxima eleição, não convergem a ideologia maciçamente conservadora da população. Dilma (Esquerdopata e apoia o Comunismo),Eduardo Campos(de Esquerda e procura mostrar para a população que segue os passos de Lula, outro lunático) e finalmente Aécio Neves (Que também parece seguir os caminhos do esquerdismo, mas que mantem alguma coisa que sobrou do Liberalismo no aspecto Econômico.
Eu lhe pergunto:
1º Esta Eleição, está perdida? (ficamos à espera de um novo partido?
2º Como esta crise de identidade que sofre o povo Brasileiro, pode ser resolvida?
3º Em quem votar?
4º A que ponto a Mídia é controlada pelo Governo?
5º O que você pensa sobre uma possível
intervenção, que os militares então consideram?
Grande Abraço!
Você faz perguntas difíceis, caro Daniel, e algumas afirmações com as quais não concordo.
É, por exemplo, um total disparate — você me perdoe a sinceridade — achar que o senador Aécio Neves “parece seguir os caminhos do esquerdismo”. Aécio é um democrata liberal com simpatia pelo capitalismo moderno e por um Estado enxuto e regulador, nos moldes do que pretendia o presidente Fernando Henrique.
Mas vamos tentar responder a você, tarefa complicada e difícil:
1. Acho que a eleição não está ganha por Dilma, não. Como candidata, Dilma é confusa, atrapalhada, péssima oradora, sem carisma e dirige um governo confuso que pouco realizou e que está conduzindo o país a uma situação muito perigosa.
É óbvio que isso será muito explorado na campanha eleitoral, que não vai ser fácil para a presidente.
2. Não sei responder. Presumo que uma liderança nova, com ideias avançadas, otimismo e um programa de governo que priorize de forma brutal a educação, tirando crianças e jovens do ócio e da rua e colocando em tempo integral na escola, com esporte, assistência médica, lazer, música etc — é perfeitamente possível, temos recursos para isso — pode começar a virar o baixo astral.
3. Não me cabe dizer em quem votar, pela própria natureza da função que exerço aqui no blog. Mas acho que, sim, existem opções a “isso que aí está”.
4. O governo não “controla” a grande mídia, mas a influencia. No geral, acho que a grande mídia ainda mantém razoáveis de focos críticos ao governo.
5. Uma “possível intervenção militar” seria uma tragédia absoluta, faria o país regredir 50 anos na história e transformaria o Brasil num pária junto aos grandes países. Para mim, como para qualquer democrata, não existe essa possibilidade e é algo que nem deveria ser mencionado. Os militares têm que obedecer a governos eleitos pelo povo, conforme a Constituição e como ocorre em todos os países civilizados e decentes do mundo.
Abraço
Meia Verdade -
13/03/2014 às 22:34
“Venderam a preços de banana as empresas brasileiras”…,……só quero saber quanto vale as empresas administradas por esse governo ?
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