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Consórcio brasileiro construirá hidrelétrica na Nicaraguá no prazo
Nicarágua
Eletrobras e Queiroz Galvão mantêm planos de iniciar construção ainda este ano
Investimento previsto é de US$ 1,1 bilhão; BNDES concedeu ao país um empréstimo de US$ 342 milhões
sab, 12/10/2013 - 17:00
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Manágua - A empresa Centrais Hidrelétricas da Nicarágua (CHN), criada pela estatal brasileira Eletrobras e o conglomerado Queiroz Galvão, informou nesta sexta-feira (11) que mantém em seus planos começar a construir este ano a hidrelétrica Tumarín, que terá uma potência instalada de 253 megawatts.
"Seguimos com os planos previstos para o início da construção este ano”, afirmou o presidente da CHN, Marcelo Conde, em uma declaração para a EFE.
A vice-ministra nicaraguense de Energia e Minas, Lorena Lanza, anunciou na véspera que no próximo mês se iniciará a construção da hidrelétrica Tumarín, no município de La Cruz de Rio Grande, na região autônoma do Atlântico Sul.
A funcionária indicou que a empresa procura um acordo com os donos de propriedades no local onde se construirá a central. Alguns proprietários do território que ocupará o projeto Tumarín reclamam da indenização de US$ 1.120 por cada 0,7 hectares que, segundo eles, ainda não foram pagos totalmente. As conversas entre a população e as empresas continuam.
A empresa brasileira disse que começará a gerar energia na Nicarágua no segundo semestre de 2016, através do projeto Tumarín, com um investimento de US$ 1,1 bilhão.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) concedeu a Nicarágua um empréstimo de US$ 342 milhões para a construção. A obra também é financiada pelo Banco Centro-americano de Integração Econômica (Bcie) com US$ 252 milhões e se negocia a participação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Mundial.
A Eletrobras e a Queiroz Galvão estão dispostas a investir até 47% do custo da obra, o que garantiria o financiamento total.
Como parte do projeto, se construirá uma represa, com potência instalada de 253 megawatts, utilizando a água do rio Grande de Matagalpa (norte). Também será construído um novo povoado, Nuevo Apawás, e a estrada de acesso de 50 quilômetros entre o município de San Pedro del Norte e a represa. Trezentas famílias devem ser retiradas da área.
O projeto deve gerar 3 mil empregos diretos, uma economia de US$ 80 milhões em importações de petróleo e contribuirá com 28% da geração de energia hidrelétrica na Nicarágua.
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EFE
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