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sábado, 5 de abril de 2014

Reinaldo Azevedo - Blog - VEJA.com



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Reinaldo Azevedo

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Se em meu ofício, ou arte severa,/ Vou labutando, na quietude/ Da noite, enquanto, à luz cantante/ De encapelada lua jazem/ Tantos amantes que entre os braços/ As próprias dores vão estreitando —/ Não é por pão, nem por ambição,/ Nem para em palcos de marfim/ Pavonear-me, trocando encantos,/ Mas pelo simples salário pago/ Pelo secreto coração deles. (Dylan Thomas — Tradução de Mário Faustino)



04/04/2014 às 20:44
Petrobras – Em manobra do governo, Foster e Lobão cancelam audiência no Senado


Por Gabriela Guerreiro, na Folha:
A presidente da Petrobras, Graça Foster, e o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) cancelaram os depoimentos que prestariam à CAE (Comissão deAssuntos Econômicos) do Senado na próxima terça-feira (8) e no dia 15 para falar sobre a compra da refinaria de Pasadena (EUA) pela estatal. O recuo foi articulado por aliados da presidente Dilma Rousseff, que consideram desnecessário Foster e Lobão falarem agora diante da possibilidade de criação da CPI da Petrobras. Os depoimentos tinham sido sugeridos pelo PT antes dos pedidos de criação da comissão de inquérito –para que Foster, e depois Lobão, rebatessem as denúncias de irregularidades no negócio envolvendo a compra da refinaria. A presença do ministro e da presidente da Petrobras era uma tentativa de convencer a oposição de desistir da CPI, mas a estratégia não fez o PSDB e o DEM mudarem de ideia. Como a oposição, e depois os próprios governistas, apresentaram pedidos de CPI, aliados de Dilma agora consideram que as audiências na comissão poderiam desgastar ainda mais a imagem da estatal.

Presidente da CAE, Lindbergh Farias (PT-RJ) disse que Foster está disposta a falar e só cancelou o depoimento diante da “estratégia” traçada pela bancada do PT no Senado. “A Graça me disse que quer falar, mas foi orientada para ir à CPI, já que teremos a comissão. A estratégia veio da liderança do PT no Senado”, afirmou Lindbergh. ”O acerto era ela vir para falar e, depois, a oposição discutiria se teria CPI ou não. Então, não temos obrigação dela vir”, completou o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE). O líder afirmou que, se o Congresso efetivamente instalar CPI, a presidente da Petrobras deve ser a primeira a ser chamada a depor –por isso duas audiências não se justificam. “Se a CPI não for criada, nós traremos ela e o ministro. O convite está mantido.” Foster encaminhou ofício por email à CAE cancelando o depoimento. No documento, Foster afirma que vai aguardar o desenrolar dos fatos antes de ir ao Congresso. Lobão, segundo Humberto Costa, também deve encaminhar em breve o pedido de cancelamento.

CPI
Presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, Vital do Rêgo (PMDB-PB) indicou nesta sexta-feira o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) para relatar o pedido do PT que inviabiliza a criação da CPI da Petrobras no Congresso. A CCJ vai analisar o questionamento petista na próxima terça-feira (8). Dornelles, que integra a base aliada do governo federal, vai ter que decidir se o argumento dos petistas de que não há “fato determinado” para a criação de inquérito deve prosperar. Por meio de assessores, Dornelles disse que ainda vai estudar o convite de Vital, mas sinalizou que não deve aceitar a relatoria. O senador afirmou que está envolvido com a aprovação da medida provisória 672, por isso não teria tempo de discutir o casoe há outros nomes mais “preparados” para a função.

O relator da CCJ também terá que analisar outro pedido, apresentado pelo PSDB, que pede para que a CPI da Petrobras reúna apenas temas ligados à estatal. O PT afirma que os quatro temas sugeridos pela oposição sobre a Petrobras para serem investigados pela CPI não têm conexão entre si –por isso não constituem objeto a ser analisado pela comissão. Se o pedido do PT for aceito pela CCJ, e depois a decisão for mantida pelo plenário do Senado, nenhuma CPI da Petrobras deve ser instalada. Do contrário, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), já adiantou que a comissão de inquérito a ser criada é a proposta por senadores governistas. Há quatro pedidos de criação de CPIs da Petrobras em tramitação no Congresso, dois apresentados pela oposição e dois por aliados de Dilma. Dois deles são de CPIs exclusivas do Senado, e outros dois de CPIs mistas (com deputados e senadores).
(…)Por Reinaldo Azevedo

Tags: CPI da Petrobras


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04/04/2014 às 19:56
Ex-senador boliviano assassinado por motorista de Olacyr de Moraes acompanhou Dilma em viagem à Rússia


Xiii… Que história cabeluda! O busílis é o seguinte: Miguel Garcia Ferreira, 61 anos, motorista de Olacyr de Moraes, aquele que já foi o rei da soja, matou a tiros um ex-senador boliviano que morava há muitos anos no Brasil: Andrés Fermín Heredia Guzmán, de 60 anos, que era diretor de duas mineradoras que pertencem ao empresário. Não era, assim, um qualquer, como verão. A coisa é enrolada pra chuchu e pode envolver interesses verdadeiramente bilionários.

1: Segundo Ferreira, Heredia Guzmán estava chantageando Olacyr. O que havia para chantagear? Ainda não se sabe.

2: Seja o que for, e a ser verdadeira a história, o boliviano vinha sendo bem-sucedido. Nesta sexta, ele havia ido à casa do empresário, no Morumbi, e saído de lá com, atenção!, R$ 400 mil em dinheiro vivo.

3: Quando Guzmán estava deixando a casa de Olacyr, Ferreira lhe pediu uma carona.

4: No trajeto, o motorista de Olacyr sacou o revólver. O outro teria reagido, e ele disparou. Uma unidade policial que estava perto do local, nas imediações do Palácio dos Bandeirantes, chegou e encontrou o corpo de Guzmán caído ao lado do carro, uma Cherokee blindada.

5: Ferreira já estava num outro veículo, com as roupas sujas de sangue, e a sacola com os R$ 400 mil. Consta que havia pegado uma carona com uma mulher que nada teria a ver com a história. Quem dá carona a um sujeito todo sujo de sangue, assim, sem mais nem aquela? Não tenho ideia.

Pois é… Guzmán estava integradíssimo ao Brasil. Falava um português impecável, como vocês podem constatar nesta entrevista a Heródoto Barbeiro.

Lembram-se da visita que a presidente Dilma Rousseff fez à Rússia? Pois é… O ex-senador boliviano integrava a comitiva, segundo a Gazeta Russa. Vejam que ali já se informa a sua ligação com Olacyr de Moraes. Transcrevo trecho da reportagem de 28 de janeiro do ano passado. Leiam. Volto em seguida.
*
Na próxima quinta-feira (31), uma delegação russa composta pelos proprietários da empresa «Mast», Serguêi Chak e Serguêi Makhov, além de geólogos, desembarca em São Paulo, de onde segue para o município de Barreiras, na Bahia, que possui uma enorme reserva de escândio. Pela primeira vez, russos e brasileiros esboçam uma parceria nessa área estratégica.

A viagem desses russos ao Brasil foi engendrada ainda durante a visita da presidente Dilma Rousseff a Moscou, em meados de dezembro de 2012. Na comitiva de empresários que a acompanhou, estava o ex-senador Andres Guzman, diretor para assuntos internacionais da Itaoeste Mineração e da OMF Mineral Star.

“A visita à Rússia foi um sucesso. Tivemos a oportunidade de nos reunir com a empresa ‘Mast’, que já tem tradição no trato de minerais raros há mais de trinta anos», contou Guzman à Gazeta Russa.

Rumo a Marte
Até 1993, quando o setor foi estatizado no país, a «Mast» explorava diversos minerais, e até mesmo urânio na Rússia. Apesar das mudanças no setor, a empresa seguiu trabalhando com produtos como escândio, tálio e lítio.

Seus clientes estão distribuídos por doze países, tais como Estados Unidos, China, Índia, França, Inglaterra, Alemanha. Para a norte-americana “Smith&Wesson”, por exemplo, a “Mast” fabrica um cano especial para armamento de repetição balística.

“Eles elaboram o produto em uma de suas empresas, de acordo com o ‘cardápio’ do cliente”, conta Guzman. “É uma empresa de ponta que atua não só na separação dos materiais, como também na qualificação, agregando valor a esses minerais.”

Segundo Guzman, os planos das empresas são amplos. “Ao lado da venda de escândio bruto, pretendemos assinar um acordo de transferência de tecnologia. Podemos gerar uma terceira empresa associada e instalar uma planta para agregar valor em território brasileiro e vender estes produtos acabados a empresas de altíssima tecnologia, tais como Boeing, Airbus, Nasa. O tratorzinho que chegou em Marte utiliza essas ligas especiais.”

No Brasil
Na Bahia, a delegação irá se reunir com o governador da Bahia, Jacques Wagner, e com alguns integrantes do seu secretariado, além de outros políticos, como o deputado federal Nelson Pellegrino.

“Nosso projeto na Bahia está estimado em 20 bilhões de dólares. O céu é o limite”, afirma Guzman. Em troca, de acordo com ele, o Brasil ganha divisas e a transferência de tecnologia. «A Embraer, por exemplo, compra os trens de aterrissagem na Europa ou nos Estados Unidos porque não existe no mercado local o domínio das ligas dos minerais raros com alumínio.»

Empresário de ponta
A reserva de Barreiras pertence a um dos empresários mais audaciosos do país. Olacyr de Moraes foi o mais jovem bilionário brasileiro. Chegou a ter mais de 40 empresas atuando em diversos ramos, tais como construção civil, transporte, agronegócio, pecuária, geração de energia, implementos agrícolas, armazenamento e estocagem de alimentos etc.

Em seu currículo de «self made man» constam duas realizações que fazem dele um dos maiores empreendedores da história brasileira. Nos anos 1980, ele ergueu, nas terras até então consideradas inóspitas do Centro-Oeste, um império agrícola. Fez jus ao epíteto de “Rei da Soja”.
(…)

Retomo
Abaixo, vocês vêm a foto em que Heredia Guzmán (de gravata bordô), ao lado de Olacyr, negocia com o governador petista Jaques Wagner.



Por Reinaldo Azevedo

Tags: Olacyr de Moraes


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04/04/2014 às 18:09
Dilma se encontra à socapa com Lula num hotel para debater a Petrobras. Ou: Presidente não é a “Belle de Jour” da política para manter encontros furtivos. Mais institucionalidade, soberana!




Este post é daquela linhagem que começa assim: “Que gente pitoresca!”.

O presidente de fato, Luiz Inácio Lula da Silva, e a presidente de direito, Dilma Rousseff, resolveram se encontrar em São Paulo para debater, a portas fechadas, a crise da Petrobras. Entendo! Ela era a presidente do conselho, a poderosa ministra da Casa Civil e Senhora Absoluta do setor energético quando a lambança foi feita. Ele era o presidente da República. A Petrobras era dirigida por José Sérgio Gabrielli, um lulista fanático. O presidente de fato está furioso com a presidente de direito: acha que ela levou a crise para dentro do Palácio ao afirmar que votou a favor da compra sem dispor de todos os dados. Do ponto de vista estritamente factual, a observação dele faz sentido. O chefão do PT está bravo com o seu poste — que ilumina cada vez menos — porque faltou a ela o devido senso de malandragem: era para agasalhar a questão, sair xingando a oposição e acusar FHC de ter tentando privatizar a Petrobras. É mentira, claro! Para Lula, no entanto, não existem nem verdade nem mentira na política: apenas o que é e o que não é útil ao PT. Trata-se de um gigante moral, como se sabe.

Dilma participou da solenidade de entrega de unidades do Minha Casa Minha Vida em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, evento para o qual levou Alexandre Padilha a tiracolo — como se isso fosse a coisa mais normal do mundo. Por que trataria a Petrobras como coisa pública quem trata a própria Presidência da República como coisa privada (fica para outro post)? Segundo a agenda, estava previsto que voltaria direto para Brasília. Mas não! Fez uma parada na cidade de São Paulo para se encontrar com Lula num hotel.

É curiosa essa fixação que tem o PT por encontros em hotéis. Já repararam nisso? Existe um escritório da Presidência em São Paulo. O tema da conversa, afinal, é de interesse público. Não há nada de errado no fato de a atual presidente se reunir com o ex. Por que num hotel?

É que a verdadeira república petista é aquela que se movimenta no mundo paralelo, nas esferas não institucionais, nas sombras, nos corredores… Não é casual, já observei aqui, Lula ter criado um ministério que se chama “das Relações Institucionais”, o que só faz sentido porque se supõe que o poder também lida com as “relações não institucionais”. Façam uma pesquisa sobre os escândalos do petismo: o cenário é sempre um hotel. Quando o presidiário José Dirceu arrumou um emprego, ora vejam,! foi como gerente de um hotel, cuja história é mais enrolada do que André Vargas tentando explicar suas relações com um doleiro. Lembram-se da empresa de consultoria do mesmo Dirceu? Fazia reuniões num… hotel!

A presidente não é a “Belle de Jour”. Não tem de ficar se encontrando em hotéis, à sorrelfa e à socapa, com senhores barbudos para discutir os destinos da maior empresa pública brasileira.

Não sei quais explicações Dilma deve a seu chefe. Sei as que ela deve ao povo brasileiro: por que não fez nada quando descobriu o golpe que tinham dado na Petrobras?

Por que, presidente?Por Reinaldo Azevedo

Tags: CPI da Petrobras, Dilma, Lula


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04/04/2014 às 18:07
Câmara nega aposentadoria por invalidez a Genoino; como pessoa, ele continua “válido”. Que bom!


Por Marcela Mattos, na VEJA.com:
Após uma bateria de exames e uma sequência de adiamentos, a junta médica da Câmara dos Deputados negou nesta sexta-feira o pedido de aposentadoria por invalidez do ex-deputado José Genoino (PT-SP). O parecer dos médicos aponta que Genoino “não é portador de cardiopatia grave” e, portanto, não deve ser beneficiado com o afastamento laboral. Conforme solicitou o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, o laudo deve ser enviado à Corte para sustentar a decisão sobre o pedido de prisão domiciliar do mensaleiro.

Com a negativa, Genoino manterá os vencimentos atuais de cerca de 20.000 reais por tempo de serviço. Se conseguisse o benefício, ele teria direito ao salário integral e vitalício de deputado, hoje no valor de 26.700 reais. Condenado a quatro anos e oito meses no julgamento do mensalão, Genoino está provisoriamente em prisão domiciliar em Brasília e aguarda decisão do ministro sobre a necessidade de retornar para o presídio da Papuda. No final de novembro, um laudo médico elaborado a pedido de Barbosa constatou que a prisão domiciliar não era “imprescindível” para o ex-presidente do PT. Ainda assim, Barbosa estendeu o benefício ao mensaleiro. O presidente da Corte, então, solicitou à Câmara um novo laudo dos exames, que definirá o futuro do petista nos próximos dias.

Genoino entrou com o pedido de aposentadoria por invalidez em setembro do ano passado, menos de dois meses após ter passado por uma cirurgia cardíaca e antes de renunciar ao mandato. O primeiro laudo da Câmara já havia revelado o diagnóstico: o mensaleiro sofre de hipertensão, mas não foi diagnosticado com “doença especificada em lei do ponto de vista médico-pericial”. Como ele tinha passado por uma operação, os médicos optaram por adiar a decisão e pediram um prazo de noventa dias para concluir a análise.

No início de fevereiro, o mensaleiro passou por uma nova série de exames – e obteve a mesma negativa. A defesa do ex-presidente do PT, porém, recorreu da decisão e solicitou novos exames a serem anexados na análise. No novo laudo, os médicos da Câmara afirmam ter levado em consideração o Manual de Perícia Oficial em Saúde do Servidor Público, além de diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia, e apontam que Genoino não apresenta doença que “resulte em incapacidade laboral definitiva”. Não cabe recurso da decisão.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Câmara dos Deputados, José Genoino


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04/04/2014 às 17:40
O PAÍS DOS ESTUPRADORES INVENTADO PELO IPEA NÃO EXISTE! ERA TUDO UM ERRO. QUEM SABE, AGORA, O INSTITUTO RESOLVA PENSAR O DESENVOLVIMENTO DO BRASIL!


Eu sinto muita vergonha do Ipea — e não é de hoje. Passei um pouco longe dessa história do estupro e da minissaia — e de toda a sociologice vagabunda, desinformada e rasteira que se erigiu a respeito — porque, sinceramente, há coisas que me aborrecem de tal maneira que, ao escrever sobre elas, sinto-me também algo diminuído. Agora, o instituto que foi pensado para pensar políticas estratégicas para o país vem a público para dizer que se enganou. Não!, diz a instituição, não são 65,1% os que concordam que uma saia curta justifica ataque às mulheres, mas apenas 26% — que, sei lá, deve ser mais ou menos o índice de suecos ou noruegueses que diriam o mesmo. Por que diabos o Ipea está preocupado com a minissaia e os impulsos libidinosos dos brasileiros, eis uma questão que ainda está para ser esclarecida.

Agora, sim, o número parece compatível com outros divulgados. Segundo a pesquisa (tomara que os números estejam certos), 91,4% concordam total (78,1%) ou parcialmente (13,3%) que homem que bate na própria mulher tem de ser preso. Nada menos de 70% discordam total (58,4%) ou parcialmente (11,6%) da tese de que mulher que é agredida e fica com o marido gosta de apanhar. Enormes 81,1% discordam total (69,8%) ou parcialmente (12,3%) da afirmação de que a mulher que apanha deve se calar para preservar os filhos.

Ora, esses são os números de um país moralmente civilizado — talvez até mais do que o seja, de fato. Estou entre aqueles que acham que as pessoas mentem um pouquinho quando respondem a uma pesquisa com vergonha do entrevistador; sabem qual é a metafísica influente. Mas não tenho dúvida de que a imensa maioria pensa realmente assim.

Ora, por que, então, no caso da minissaia, seria diferente? Para que 65,1% concordassem com aquela boçalidade, seria preciso contar com um expressivo assentimento das mulheres, certo? Dado que certamente não haveria 100% dos homens endossando a frase, milhões de mulheres estariam dizendo: “Sim, nós merecemos ser molestadas quando vestimos uma saia curta…”. Tenham paciência! Nem “as inimiga” de Valesca Popozuda “pensa” isso das “adversária”.

E agora? O que hão de fazer com toda a baixa sociologia que se produziu de um extremo a outro do espectro ideológico, a partir de uma informação obviamente errada. Estou furioso porque tinha enviado — achei que tinha — um e-mail a Mauro Paulino, do Datafolha, sugerindo que o instituto fizesse a mesma pesquisa. Por uma dessas fatalidades que impede a gente de passar por profeta (mesmo quando não é…), a coisa ficou no “rascunho”. Ali eu chutava: “Duvido que o resultado seja esse; é incompatível com os outros achados, e boa parcela das mulheres teria de concordar com esse absurdo”.

O diretor da Área Social do Ipea pediu exoneração. É pouco! Erro assim não é trivial. Qual foi a sua gênese? Como foi produzido? Não há revisão? Não se faz uma análise para saber se os dados são compatíveis? Não há mecanismos de controle — uma espécie de contraprova — para saber se os pesquisadores não manipulam dados? As outras pesquisas feitas pelo Ipea são conduzidas com o mesmo cuidado?

Então o país que, até havia pouco, era composto de uma maioria de potenciais estupradores passou a ser formado por uma maioria que, quando veem uma minissaia, logo pensam em penitência, em ajoelhar no milho e se punem moralmente ao menos por seus pensamentos lúbricos?

O pensamento brasileiro, na era das redes sociais, está sendo dominado por uma espécie de ente de razão composto por uma algaravia de ONGs um tanto histéricas. Os dados errados do Ipea vieram a público em meio ao movimento de caça-tarados do metrô. Também nesse caso, com milhões de passageiros sendo transportados todos os dias, alguns casos ganharam a dimensão de uma verdadeira síndrome. NÃO, EU NÃO ESTOU MINIMIZANDO NADA! QUE EXISTA UM VAGABUNDO OU UM DOENTE, SEI LÁ, QUE FAÇA ISSO, E SE DEVE TOMAR A DEVIDA PROVIDÊNCIA. Ocorre que a maximização de ocorrências esporádicas e a “pesquisa” estúpida do Ipea geraram uma falsa evidência sobre o comportamento dos brasileiros. CURIOSAMENTE, ESSA FALSA CONSCIÊNCIA COINCIDE COM OS PRECONCEITOS DE GRUPOS MILITANTES, DE SETORES MILITANTES DA IMPRENSA, DE INTELECTUAIS MILITANTES.

Não por acaso, lá foi Dilma, que agora dá “beijinho no ombro” no Facebbok, fazer proselitismo cretino no Twitter. Proliferaram as fotos “Eu não mereço ser estuprada”. No universo da linguagem e da comunicação, o interlocutor, o “outro” dessa declaração, era uma maioria de potenciais estupradores, inclusive… mulheres!!! Andei de metrô na terça-feira. Estava com uma pequena pasta. Cobri a pélvis, mas fazendo certa ginástica para manter o cotovelo num ângulo agudo; com a outra mão, tentava me equilibrar. Os trens estavam relativamente vazios. Fiquei pensando em como deve ser nas horas de pico; pensei no pânico dos inocentes. E me lembrei de uma entrevista de Bernardo Bertolucci à revista BRAVO!, há muitos anos, quando eu lá trabalhava: “O fascismo começa caçando tarados”.

Quem sabe o Ipea volte a se preocupar com questões relevantes para o desenvolvimento do Brasil! Aí aquele que adora ler o que não está escrito pergunta: “Essa questão não é relevante?”. É, sim. Para tanto, existem a Secretaria da Mulher, a de Direitos Humanos, o Ministério da Justiça — no limite, até o Ministério dos Transportes. O Ipea se ocupar disso é uma evidência óbvia de desvirtuamento e de falta de foco — justo no momento em que o comando da instituição se orgulha de ter criado a metafísica das “polícias sociais focadas”… Que nojinho eu tenho dessa conversa que tem uma patinha no neoliberalismo de manual e outra no neo-social-intervencionismo!!!

Em homenagem ao Ipea, um trecho da peça “Quem Tem Medo de Virgínia Woolf?”, do genial Edward Albee, em que a Martha, a bêbada sensata, alterca com Nick, o “cientista” babaca:

MARTHA – Ora, mocinho, você vive curvado em cima daquele seu microfone. . .
NICK - Microscópio.
MARTHA – É. . . E não vê coisa nenhuma, não é? Analisa tudo menos a maldita mente humana. Enxerga manchinhas e pontinhos, mas não sabe o que é que está acontecendo ao redor, não é verdade?

O certo seria pôr na rua a direção inteira da instituição. Por ofensa ao povo brasileiro!

Cambada de burros e irresponsáveis!Por Reinaldo Azevedo

Tags: comportamento, Ipea, sexualidade


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04/04/2014 às 15:53
André Vargas é PT. PT é André Vargas


Circulou nas redes sociais: montagem de André Vargas, com seu gesto já histórico, num jatinho

Diga-se em favor do ainda deputado André Vargas (PT-PR) uma coisa: ele não é um qualquer; não é um peixe pequeno, um bagrinho, um petista do baixo clero. Nada disso! No PT, Vargas é grande. Já foi o poderoso secretário de Comunicação do partido, uma espécie de maestro dos blogs sujos, a rede financiada por dinheiro público para difamar as oposições, setores do Judiciário e a imprensa independente. Vargas foi um dos articuladores da queda de Helena Chagas da Secretaria de Comunicação Social. Motivo: ela não era tão generosa — não no nível desejado ao menos — com a turma do subjornalismo do nariz marrom. Ela tinha a ambição de operar com um mínimo de critérios técnicos. É demais pra eles.

Vargas resolveu também ser a linha de frente de defesa dos mensaleiros, como é sabido. O seu protagonismo máximo na área foi erguer o punho na presença de Joaquim Barbosa, quando este foi ao Congresso para participar da solenidade de abertura do Ano Legislativo. Barbosa estava lá como representante do Poder Judiciário. Ele, Vargas, vice-presidente da Câmara e do Congresso, encarnava o Poder Legislativo. O mínimo de decoro informava que, naquela hora ao menos, representava todos os congressistas e todos os partidos. Não com ele! Na Mesa do Congresso, ele decidiu ser petista; como petista, ele decidiu fazer a defesa dos mensaleiros; como defensor dos mensaleiros, ele decidiu afrontar o Judiciário; como afrontador do Judiciário, ele decidiu jogar a institucionalidade no lixo.

Mas não é só isso, não! Vargas obedece a um grande mestre: Luiz Inácio Lula da Silva. Alguém dirá: “Até aí, nada demais; todos obedecem!”. Não! No PT, há uma diferença entre a obediência devida, por juízo, e a obediência por gosto. Vargas compõe a linha de frente do movimento interno “Volta, Lula”. Essa proximidade faz dele um conhecedor das entranhas do partido, das suas tripas, do seu estômago, do seu intestino. O que quer que Vargas faça, fiquem certos, Lula sabe. O que quer que Vargas faça, sem prejuízo de obter eventuais vantagens pessoais — a ver —, ele o faz também em favor do partido.

Um ingênuo poderia objetar: “Espere aí, Reinaldo, quem se regalou no jatinho pago pelo doleiro foram Vargas e sua família, não o PT inteiro!”. É verdade. A questão é saber por que alguém que se dá a tal desfrute goza de tão alta reputação no partido, foi escolhido para ser o vice-presidente da Câmara e era candidato a presidi-la em 2015, já que sua reeleição para deputado era dada como certa.

André Vargas é PT. PT é André Vargas.Por Reinaldo Azevedo

Tags: André Vargas, PT


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04/04/2014 às 15:09
Oposição vai ao Conselho de Ética contra Vargas, o petista do avião pago por doleiro


Leiam o que informa Marcela Mattos na VEJA.com. Volto no próximo post.
O DEM e o PSDB anunciaram nesta sexta-feira que vão acionar o Conselho de Ética da Câmara contra o vice-presidente da Casa, deputado André Vargas (PT-PR), por ter usado um jatinho pago pelo doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal em uma operação de combate à lavagem de dinheiro no país. O requerimento será protocolado no início da próxima semana.

As investigações da Operação Lava Jato apontaram que as relações de Vargas com o doleiro vão muito além da amizade, conforme revelou o site de VEJA. Youssef providenciou um avião para que Vargas voasse com a família para João Pessoa (PB), ao custo de 100.000 reais. Em quase cinquenta mensagens interceptadas pela PF, o petista recebe orientações do doleiro, combina reuniões e relata informações de conversas que, como parlamentar, mantinha com integrantes do governo. Segundo apuração dos policiais, Vargas utiliza sua influência em benefício do parceiro, como atestam conversas sobre o laboratório Labogen Química Fina e Biotecnologia no Ministério da Saúde – apontadas como empresas do esquema do doleiro.

Vargas já deu três vezes versões sobre o uso do jatinho: inicialmente, acusou seu adversário político, o também deputado Fernando Francischini, de “plantar” a notícia. Depois, admitiu que pediu o avião porque os voos comerciais estavam muito caros no período. E, quando percebeu que estava completamente enrolado, admitiu que “cometeu um equívoco”.

Na representação, os deputados de oposição argumentam que o uso da aeronave pode configurar recebimento de vantagem indevida. “A cada dia surgem mais elementos que comprovam a ligação dele com o doleiro preso. E a explicação que deu não convenceu. É uma situação extremamente grave, que expõe e desmoraliza o Parlamento”, afirmou o vice-líder do PSDB, Nilson Leitão (MT). Nesta quinta, o PSOL também protocolou pedido de investigação à Mesa Diretora da Câmara, que deverá remeter o caso à Corregedoria da Casa.Por Reinaldo Azevedo

Tags: André Vargas, PT


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04/04/2014 às 14:40
Dilma, a presidente-candidata, só entregou 12% do PAC 2


Por Gabriel Castro, na VEJA.com:
No dia 7 de março de 2008, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursava no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, quando achou que deveria elogiar sua ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Era ela a responsável por gerenciar o chamado Programa de Aceleração do Crescimento, lançado um ano antes. “A Dilma é uma espécie de mãe do PAC. É ela que cobra, junto com o Márcio Fortes (então ministro das Cidades), se as obras estão andando”, disse ele. Menos de três anos depois, a própria Dilma assumia a Presidência da República, ao sagrar-se vitoriosa em uma campanha eleitoral na qual o PT a apresentou como excelente gestora. Como havia prometido, a sucessora de Lula lançou o PAC 2. O objetivo era o mesmo: uma cartilha de obras capaz de destravar os problemas de infraestrutura e, ao mesmo tempo, melhorar os índices sociais do país.

Sem grande carisma, inábil politicamente e até hoje longe de ser unanimidade no PT, Dilma sempre tentou sustentar a imagem de competência gerencial. Agora, a três meses de assumir o papel de presidente-candidata, ela exibe números assustadores do seu PAC 2. Das 49.905 obras, apenas 12% foram concluídas nos três primeiros anos de governo. Pior: mais da metade das obras (53,3%) sequer haviam sido iniciadas quando Dilma concluiu o terceiro ano de mandato. Em tempo: a base de dados utilizada é a do próprio governo.

Do total de empreendimentos, 34,5% estavam em “ação preparatória”, que é a primeira etapa do processo. Outros 10,5% apareciam com o status de “em contratação”, e 8,2% estavam em processo de licitação. As demais 30,5% foram classificadas como “em obras”. Os números apontam que, ao concluir o mandato, Dilma deixará para o seu sucessor – ou para si mesma se for reeleita – um gigantesco passivo de obras inacabadas. O site de VEJA, em parceria com a ONG Contas Abertas, publicará nos próximos dias uma série de reportagens mostrando a execução pífia dos empreendimentos nas diferentes áreas da administração – transporte, energia, saúde, educação, entre outros.

Maquiagem
O levantamento também deixa claro que o cenário é diferente da propaganda oficial. Nos balanços periódicos, apresentados a cada quatro meses, o Ministério do Planejamento enfatiza o volume financeiro de recursos, e não a quantidade de empreendimentos. Por exemplo: graças a essa maquiagem, é possível afirmar que foram aplicados 773,4 bilhões de reais, ou 76% do previsto para o período entre 2011 e 2014, número propagandeado pelo governo.

Além disso, o ministério atualiza constantemente o prazo de conclusão dos trabalhos, de forma que a maior parte dos empreendimentos recebe o selo de “andamento adequado”. O trem-bala ligando Rio a São Paulo, por exemplo, está nessa categoria, apesar do imenso atraso no início dos trabalhos.

José Matias-Pereira, professor da Universidade de Brasília e especialista em finanças públicas, chama a atenção para outro aspecto significativo da contabilidade do governo: os gastos com o Minha Casa, Minha Vida, incluindo o financiamento habitacional, correspondem a 42% do programa. “Financiamento não é PAC”, diz ele. O professor continua: “Os dados só confirmam a marca de um governo incompetente, que aparelhou a administração pública a partir de critérios políticos”. O líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), critica: “A capacidade executiva da presidente é muito ruim. Ela é extremamente centralizadora, não delega para a equipe e monta equipes de baixa qualidade técnica. Está aí o resultado”.

A perspectiva de um ano ruim para a economia em 2014 não deve tornar o cenário mais favorável. Ou seja: a gerente implacável chegará a outubro com um grande débito de obras pelo país. Mas, em termos de propaganda, a conclusão das obras prometidas não parece ser a principal preocupação de Dilma: no segundo semestre, quando já estiver oficialmente no papel de candidata, ela deve lançar o PAC 3 – ou mais uma lista de obras para cabalar votos pelo país.

Procurado pela reportagem, o Ministério do Planejamento não comentou os dados até agora.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Governo Dilma, PAC 2


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04/04/2014 às 6:05
LEIAM ABAIXO


Com uma única fala, presidente do PT ameaça Dilma e tenta ameaçar a oposição. Os petistas que se entendam, ora!;
Minha coluna na Folha: “O samba-da-presidenta-doida”;
Câmara reage, e com razão, à absurda decisão do STF de proibir doações de empresas a campanhas eleitorais;
“A Venezuela despertou”, diz deputada venezuelana em São Paulo;
Documentos provam que cláusulas polêmicas não estavam em resumo executivo e que Petrobras já havia proposto, por conta própria, pagar mais de US$ 1 bilhão por refinaria de Pasadena;
PT transforma a CPI da Petrobras numa pantomima, que viola o regime democrático;
No ano da satanização dos militares, o poder civil foi bater à porta dos quartéis;
Forças Armadas levarão 2.500 homens para ocupar Complexo da Maré no sábado;
Lambança na Petrobras: para não perder o foco;
Petrobras: advogado de Cerveró muda versão;
PSOL pede abertura de investigação contra André Vargas;
MAIS UM INQUÉRITO – PF apura agora se Petrobras vendeu refinaria na Argentina para amigão de Cristina Kirchner por menos do que valia!;
Suprema Corte faz o contrário do STF no Brasil e acaba com restrições a doadores de campanha. Adivinhem que país vai se dar melhor!;
André Vargas, o petista do jatinho, em mais um dia patético;
Dilma muda a data de música de Tom Jobim e transforma lirismo em protesto. É o padrão factual da “Comissão da Verdade”;
Financiamento de campanha – Resultado desastroso: STF garante no tapetão o que PT tentava arrancar do Parlamento no grito;
Entre os invasores da aula na São Francisco, um discípulo de Marighella, o homem que dizia que “ser violento ou terrorista enobrece”Por Reinaldo Azevedo


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04/04/2014 às 5:11
Com uma única fala, presidente do PT ameaça Dilma e tenta ameaçar a oposição. Os petistas que se entendam, ora!


Dilma precisa se benzer. Eu, no lugar dela, faria até uma novena. Neste quinta-feira, Rui Falcão, presidente do partido, resolveu mandar dois recados, tudo embalado numa espécie de ameaça — além de dizer uma porção de barbaridades. Vamos lá.

De saída, Falcão fez de conta que o eleitor não existe e que eleições são desnecessárias. Segundo disse, Luiz Inácio Lula da Silva, “se quiser”, pode voltar “com tranquilidade” em 2018. Fosse um democrata convicto, Falcão diria “voltar a ser candidato”. Mas não! Ele se refere à Presidência mesmo, sem escalas. Até parece que Lula tem mandato vitalício. Ainda que as pesquisas, hoje, possam indicar eventual vitória no primeiro turno se candidato fosse, quem disse que seria assim em 2018?

Mas esse não foi o centro da sua fala, não. Indagado se a candidatura da presidente Dilma é irreversível, com aquele ar peculiarmente sinistro, afirmou: “Irrevogável, irreversível, só a morte, mas não há nenhuma razão para supor que ela não será nossa candidata”. Ou, dito de outro modo, o PT trabalha, sim, com a possibilidade de que Dilma possa não se candidatar. Acrescente-se, de resto, o mau gosto de uma fala como essa referindo-se a alguém que se tratou de um câncer bastante grave não faz muito tempo. Poderiam dizer: “Ah, mas o Lula também!”. É verdade! Só que a presidente, no momento, é ela, não ele. Mais um pouco, e Falcão lamenta o bom estado de saúde da presidente.

Curiosamente, no mesmo dia em que ficou jogando urucubaca na presidente, Falcão se referiu ao caso Petrobras, depois de uma reunião com jovens, alguns deles envolvidos com os protestos de junho. Chamou de “impatriótica” o que considerou uma “campanha contra a Petrobras”. Vale dizer: o presidente do PT parece achar que a apuração de lambanças é falta de… patriotismo. Cumpre lembrar que a Polícia Federal, não a oposição, abriu três inquéritos para apurar operações suspeitas na estatal.

Falcão afirmou ainda: “É um ataque à Petrobras. São os mesmos que colocaram um ‘x’ na Petrobras para torná-la palatável ao mercado; que foram contra o regime de partilha”.

Vamos esclarecer. No governo FHC, fez-se um estudo para que a Petrobras passasse a se chamar “Petrobrax”. Considerava-se, não entro no mérito, que isso reforçaria o seu caráter de empresa de alcance global. O PT inventou a mentira deslavada de que isso era parte de uma operação para privatizá-la. Nunca aconteceu. Tanto é assim que a estatal criou, em 1976, a linha de produtos “Lubrax”, não “Lubras”. Esse, definitivamente, não é o “x” da questão. Quanto ao regime de partilha, a oposição é e tem de ser crítica mesmo! Está se revelando ruinoso para a estatal brasileira.

O “x” mesmo da questão é outro. Ao ligar os dois temas — a não irreversibilidade da candidatura de Dilma e a investigação das lambanças na Petrobras —, Falcão manda um recado tanto a Dilma como às oposições. Está dizendo a ela: “Não pense que nós a manteremos candidata caso seja grande o risco de derrota”. Aos adversários: “Não insistam no assunto Petrobras, ou a gente chama o Lula de volta”.

Bem, dizer o quê? Quem será o candidato do PT, convenham, é problema do PT. Lula e Dilma que se entendam. Que existe muito lulista vibrando com o calor que Dilma está passando com a Petrobras, ah, isso existe. O lulismo finge ignorar que a empresa se transformou na casa de horrores justamente no governo… Lula.
Texto originalmente publicado às 22h40 desta quintaPor Reinaldo Azevedo

Tags: CPI da Petrobras, Eleições 2014


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04/04/2014 às 4:51
Minha coluna na Folha: “O samba-da-presidenta-doida”


Leiam trechos da minha coluna da Folha desta sexta:
Existe a revisão virtuosa da história. À medida que se descobrem novos documentos, que se apela a saberes não convencionais para as ciências humanas, que se estudam fontes de narrativas antes consideradas fidedignas, o passado pode ganhar novo contorno em benefício da precisão. É o oposto do que está em curso nestes dias, nos 50 anos do golpe militar de 1964. A memória histórica foi abolida em benefício da memória criativa e judiciosa. Dilma se tornou a personagem-símbolo desse saber que se erige como nova moral. Na solenidade de privatização do aeroporto do Galeão, resolveu apelar a Tom Jobim e citou o “Samba do Avião”. Segundo disse, a música ligava o Brasil de hoje ao do passado ao “descrever” a chegada ao país dos brasileiros que voltavam do exílio, depois da anistia, “após 21 anos”.

É o samba-da-presidenta-doida. A música é de 1962, o golpe foi desferido em 1964, e a Lei da Anistia é de 1979, quando os exilados, então, começaram a voltar –15 anos, portanto, depois do golpe, não 21. A canção faz uma evocação lírica do Rio; nada a ver com protesto. Ao contrário até: o narrador revela aquele doce descompromisso bossa-novista: “Este samba é só porque/ Rio, eu gosto de você”… Não havia nada de programático a ser interpretado: “A morena vai sambar” queria dizer que a morena iria sambar. Sugiro um estudo aos teóricos do Complexo Pucusp: o mal que o golpe fez à cultura metafórica brasileira.
(…)
Na quarta, um desenhinho animado da presidente, em sua página oficial no Facebook, dava “um beijinho no ombro” para “us inimigo”. Uma “Dilma Popozuda” é evidência de arrogância e descolamento da realidade, não de graça. Dilma Bolada está no comando.

Para ler a íntegra, clique aquiPor Reinaldo Azevedo


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04/04/2014 às 4:30
Câmara reage, e com razão, à absurda decisão do STF de proibir doações de empresas a campanhas eleitorais


Por Laryssa Borges, na VEJA.com:
Um dia depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) formar maioria para barrar doações de empresas a campanhas e partidos políticos, um grupo de deputados de cinco partidos – PSDB, DEM, PMDB, PSD e SDD – começou a articular uma reação ao que classificou de “interferência e ativismo” do Judiciário em prerrogativas do Legislativo. Os parlamentares pretendem levar à votação em maio uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permita a participação de empresas no financiamento de campanhas eleitorais. Outros partidos, como o PSB, também serão procurados para endossar a proposta, embora os socialistas defendam que os repasses de empresas sejam autorizados apenas para as legendas, e não diretamente aos candidatos.

O plano para tentar apresentar a PEC foi traçado na noite de segunda-feira, em uma reunião de lideranças dos partidos interessados, antes do julgamento no STF – paralisado por um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes. Em maio, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), pretende tentar votar outros pontos relacionados a mudanças no sistema eleitoral, como o fim da reeleição, o voto facultativo e a alteração nas regras de eleição de deputados e vereadores. A resistência no Congresso à votação da PEC é capitaneada pelo PT, franco defensor do financiamento público de campanha, modelo que favoreceria nas eleições deste ano a maior bancada da Câmara – não por caso, a do próprio PT. Por esse modelo, quanto maior a bancada de deputados da sigla nas eleições anteriores, maior será a fatia de dinheiro que ela receberá. “Vamos tentar votar em maio essa emenda sobre o financiamento privado porque essa decisão do STF só beneficia o PT. É uma forma de criar uma hegemonia a partir de uma interpretação constitucional”, afirma o líder do PMDB, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

No Congresso, ganhou força o entendimento de que o STF não agiu para suprir um vácuo legislativo, mas sim para derrubar trechos de leis aprovadas por deputados e senadores, como a Lei Eleitoral (9.504/1997) e da Lei dos Partidos Políticos (9.096/1995). “É preciso arquivar a cretinice. A proibição de doações de empresas está na contramão do que acontece no mundo. É mentira falar que campanhas não têm custo alto. Precisamos ter cuidado com essa utopia de financiamento público”, diz o líder do PR, Bernardo Santana (PR-MG). “O STF invadiu a área de competência do Congresso Nacional. Pelos nossos cálculos, 80% dos parlamentares não aceitam a tese do financiamento público exclusivo”, afirma o líder do DEM, deputado Mendonça Filho (DEM-PE).

Os deputados têm repetido os argumentos do ministro Teori Zavascki, que no STF votou por manter as doações de pessoas jurídicas. “A abertura que permitiu doações por parte de pessoas jurídicas em níveis limitados e acompanhados por um sistema de controle resultou de uma opção legislativa explicitamente concebida como resposta a descaminhos”, disse Zavascki na tarde de ontem. “Não se pode sucumbir a interpretações voluntaristas que impõe gessos artificiais”, completou o ministro.

O grupo de deputados também argumenta que, quando o julgamento for concluído, partidos com maior inserção no mundo sindical e ONGs, como o PT, conseguirão mecanismos, ainda que vedados por lei, para arrecadar contribuições. “O PT tem quase o monopólio da máquina sindical e ‘ongueira’ e deverá receber delas dinheiro para a campanha”, afirma Mendonça Filho. “A decisão do Supremo é mais que uma intromissão, é uma agressão. Se até na Papuda, com os presos do mensalão, o PT conseguiu arrecadar 1 milhão de reais em menos de uma semana, imagina com essa decisão [que favorece a perpetuação no poder]”, completa Eduardo Cunha.Por Reinaldo Azevedo

Tags: doações de campanha, STF


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04/04/2014 às 4:10
“A Venezuela despertou”, diz deputada venezuelana em São Paulo


Por Diego Braga Norte, na VEJA.com:
Cassada sem ao menos ter tido o direito de se defender em plenário e por uma interpretação, no mínimo, enviesada da Constituição, a deputada opositora venezuelana María Corina Machado disse nesta quinta-feira, em São Paulo, que o processo revelou-se um tiro no pé para o governo de Nicolás Maduro. “Com a minha cassação, ele (Maduro) internacionalizou o nosso problema. Ganhei voz e uma janela de exposição no exterior”, disse.

Numa sala de um hotel em São Paulo, María Corina falou com a imprensa e depois foi recepcionada no lobby por dezenas de venezuelanos que moram na capital paulista, além de brasileiros que também estavam à sua espera. “No meu país, não me permitem entrar no Parlamento, mas, em Brasília, pude entrar e fui tratada como deputada. Mesmo sem poder entrar no Parlamento, sigo exercendo meu mandato. Eu sigo deputada dentro e fora do meu país”, afirmou a líder oposicionista.

Dois meses depois que os protestos ganharam força na Venezuela, María Corina crê que o saldo é positivo, apesar das mortes. “Todos pensavam que os venezuelanos estavam resignados, acomodados. Mostramos que somos um povo que não tolera abusos. A Venezuela despertou. Jovens e velhos, brancos e negros, pobres e ricos… é um movimento cívico”, afirmou. Na avaliação da deputada a insatisfação com a segurança – a Venezuela é um dos países com maior criminalidade no mundo – foi o dínamo que ativou todo o descontentamento da população. Depois que os jovens universitários passaram ir às ruas, outros setores da sociedade somaram-se às manifestações e a pauta de reivindicações aumentou: além da questão da segurança, os manifestantes protestam contra a inflação, o desabastecimento, e por maior liberdade de expressão e abertura política.

“Quando um povo é negado de seus direitos constitucionais, é direito do povo ir para rua. Com a fragilização da Justiça, da liberdade de expressão e do Legislativo, o governo nos deu duas opções: baixar a cabeça e nos resignar ou sair para as ruas para protestar”, disse a deputada, ressaltando que em nenhum momento os líderes estudantis e políticos opositores incentivaram ou aprovaram atos violentos.

Protestos
María Corina segue acreditando que o povo nas ruas vai conseguir uma maior distensão do governo e uma maior abertura política, mas não gostaria de ver seu país penalizado por sanções econômicas, como alguns congressistas dos Estados Unidos já propuseram. “Isso (as sanções) iria penalizar ainda mais nossa economia e nosso povo. A ajuda internacional tem de ser pela condenação e pela pressão para Maduro respeitar nossa Constituição”, disse. Enquanto o governo não dá sinais que vá ceder em sua escalada repressora, a deputada cobra dos países vizinhos e da Organização dos Estados Americanos (OEA) uma condenação enfática dos abusos contra dos direitos civis. “Os países da região e a OEA reagiram rapidamente durante as crises políticas de Honduras e do Paraguai, mas nada dizem da nossa que é muito mais violenta”, afirmou.

Para a parlamentar independente, a cassação unilateral e arbitrária só descortina ainda mais o caráter autoritário e repressor do governo comandado por Maduro. A Constituição venezuelana estabelece quatro mecanismos pelos quais um deputado pode ser cassado e resumidamente são eles: por morte, por renúncia por um referendo convocatório da Assembleia Nacional ou por uma sentença da Suprema Corte do país. Maria Corina não se encaixa em nenhuma dessas categorias.

Cassação
O chavista Diosdado Cabello, presidente da Assembleia, determinou que Maria Corina não é mais deputada e perdeu a imunidade parlamentar – o primeiro passo para uma eventual prisão, também arbitrária. Para justificar seu ato, Cabello afirmou que ela violou a Constituição ao tentar discursar sobre a repressão na Venezuela durante uma reunião da OEA, no dia 21 de março. O espaço para que ela se pronunciasse foi cedido pela delegação do Panamá, país com o qual Maduro rompeu relações.

Cabello anunciou que ao aceitar a cortesia do Panamá, Corina havia violado os artigos 191 e 197 da Constituição, que determinam que os deputados “não poderão aceitar ou exercer cargos públicos sem a perda de seu mandato, salvo em atividades docentes, acadêmicas, acidentais ou assistenciais”, e estão obrigados a cumprir sua tarefa com “dedicação exclusiva”. O presidente da Assembleia também citou o artigo 149 que estabelece que “os funcionários públicos não poderão aceitar cargos, honras ou recompensas de governos estrangeiros sem a autorização da Assembleia Nacional”.

María Corina não fez nada disso. Um país ceder temporariamente a cadeira a um representante de outro é prática conhecida na OEA, a própria Venezuela já fez isso em pelo menos duas oportunidades. María Corina revelou que, em uma conversa com o senador Eduardo Suplicy, nesta quarta, em Brasília, ele lhe contou que, pouco antes de encontrá-la, participou de um ato solene em homenagem aos parlamentares que foram cassados pouco após o golpe de 1964 – todos eles arbitrariamente e sem o direito de defesa. “É triste que, na Venezuela, 50 anos depois, estejam fazendo a mesma coisa”, disse Suplicy à deputada.

Desde 12 de fevereiro, a Venezuela tem protestos diários contra o governo. As manifestações deixaram 39 mortos e mais de 450 feridos. Os manifestantes protestam contra a inflação, o desabastecimento, a violência e por maior liberdade de expressão. Maduro considera que os protestos são uma tentativa de golpe de Estado orquestrado pela oposição em aliança com os Estados Unidos e a Colômbia.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Maria Corina Machado, Venezuela


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03/04/2014 às 21:49
Documentos provam que cláusulas polêmicas não estavam em resumo executivo e que Petrobras já havia proposto, por conta própria, pagar mais de US$ 1 bilhão por refinaria de Pasadena


O Jornal Nacional acaba de levar ao ar uma reportagem sobre a compra da refinaria de Pasadena que endossa o post das 16h23. E vocês verão por quê. O JN teve acesso a dois documentos relativos à operação.

O primeiro é o resumo executivo que foi fornecido aos conselheiros. Desse documento, de fato, não constam as duas cláusulas polêmicas: 1) a Marlim, que garantia ao grupo belga Astra Oil uma lucratividade de 6,9% ao ano independentemente das condições de mercado; 2) a Put Option, que obrigava a empresa brasileira a comprar a outra metade da refinaria caso os dois grupos se desentendessem.

Um segundo documento é o depoimento de Alberto Feilhaber à Justiça americana. Quem é ele? Trata-se de um ex-executivo da Petrobras, que deixou a empresa em 1995 e se transferiu justamente para o escritório da Astra Oil, nos Estados Unidos. Foi ele quem negociou com a empresa brasileira em nome do grupo belga.

Feilhaber contou que, já em 2005, a Petrobras demonstrou interesse em comprar 70% da refinaria de Pasadena, oferecendo nada menos de US$ 332,5 milhões por essa fatia. Nota: naquele mesmo ano, os belgas haviam adquirido 100% do empreendimento por meros US$ 42,5 milhões. A proposta foi recusada. Em dezembro, a direção da Petrobras mandou bala: propôs US$ 359 milhões por apenas 50% da refinaria. Ponderando tudo, no prazo de alguns meses, a estatal brasileira elevou a sua oferta em 50%. Como os belgas nunca tinham encontrado antes brasileiros tão bonzinhos, toparam na hora. Em fevereiro de 2006, efetivou-se a compra.

Parou por aí? Não! Em novembro de 2007, a Petrobras ofereceu mais US$ 700 milhões pelos outros 50%. Notem: antes mesmo de a questão ir parar na Justiça americana, a Petrobras já havia aceitado pagar mais de US$ 1 bilhão.

Aí, sim, o conselho vetou a operação, teve início a disputa judicial e o que já se sabe. O custo final para a Petrobras foi de US$ 1,3 bilhão. Então vamos às constatações:

1: De fato, quase todos os conselheiros decidiram sem saber da existência das cláusulas;

2: José Sérgio Gabrielli, presidente da empresa e conselheiro, este sempre soube de tudo; acompanhou cada etapa do processo;

3: a direção executiva da Petrobras, igualmente, estava ciente da operação;

4: tudo indica que Dilma ficou sabendo da existência das cláusulas bem antes de 2007. Fez o quê? Nada! Era a chefe do setor energético;

5: como presidente da República, permitiu que Cerveró assumisse a direção financeira da BR Distribuidora.

O ex-diretor diz que quer falar ao Congresso. Tem de falar mesmo! Mas eis um depoimento que precisa ser visto com muito cuidado. Na Petrobras, ele integrava a turma que estava sob o comando de José Sérgio Gabrielli, que pertence à tropa de choque de Lula. Digamos que conselheiros possam requisitar este ou aquele documentos oficiais e coisa e tal. Ocorre que, em situações assim, parte-se do princípio de que a direção executiva da empresa tomou as devidas medidas prudenciais. Não dá para ele usar essa possibilidade para se proteger: Cerveró tem de explicar por que omitiu as cláusulas e quem, com ele, tomou as decisões.

E, mais importante do que tudo, é preciso que Dilma explique por que se omitiu e ainda recompensou depois o ex-diretor. Tudo isso se deu, insisto, no ano eleitoral de 2006, quando há uma busca desesperada por recursos de campanha.Por Reinaldo Azevedo

Tags: CPI da Petrobras, Petrobras


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03/04/2014 às 20:49
PT transforma a CPI da Petrobras numa pantomima, que viola o regime democrático


O PT conseguiu. Transformou a CPI da Petrobras numa farsa. A cada dia, fica-se mais longe da apuração das circunstâncias políticas em que se deram as lambanças. O negócio, agora, é apostar que o Ministério Público faça o seu trabalho e que a Polícia Federal encontre espaço para trabalhar com independência nos três inquéritos que foram abertos. Os petistas conseguiram descaracterizar e desmoralizar a CPI. De agora em diante, o caminho está dado nas três esferas do Poder Legislativo: sempre que a oposição conseguir assinaturas para uma comissão de inquérito, basta a situação usar a sua maioria e contra-atacar com um pedido de investigação da minoria. Não tem jeito: o PT e a democracia são como água e óleo; não se misturam.

Nesta quinta, a base do governo protocolou o quarto pedido de CPI — no caso, de CPI Mista. A exemplo do que fez no Senado, esta também abarca os casos cabeludos da Petrobras e supostas irregularidades havidas em obras nas gestões tucanas de São Paulo e Minas e durante a administração de Eduardo Campos, em Pernambuco. O jogo é explícito, é arreganhado, não tem disfarces. O objetivo é não investigar nada mesmo.

Ora vejam: o governo tem, desde sempre, a maioria parlamentar mais ampla de todo o mundo democrático. Poderia ter proposto as CPIs que quisesse. E por que não o fez? Porque, na cabeça dessa gente, uma comissão de inquérito não serve para investigar, mas para retaliar. Imaginem vocês se uma comissão vai conseguir apurar as lambanças na Petrobras — a cada dia, há uma novidade — e eventuais irregularidades em São Paulo, Minas e Pernambuco. Ainda que o propósito fosse honesto, não haveria condições técnicas para isso.

Mas a honestidade passou longe desse debate. Na terça-feira, a CCJ do Senado se pronuncia sobre as duas CPIs que foram protocoladas na Casa. A decisão da comissão será submetida ao plenário. O mais provável é que, ora vejam!, triunfe a CPI do governo. Ou por outra: com um impressionante estoque de escândalos na Petrobras, quem corre o risco de ser investigada é a oposição.

É claro que isso perverte o sentido da democracia. Em tempos normais, a questão iria parar no Supremo. Estamos diante de um claro cerceamento do direito de fazer oposição.

O discurso do governo se torna mais virulento quanto mais cadáveres vão saindo do armário. Agora, um terceiro inquérito da Polícia Federal investiga a venda, pela estatal brasileira, de uma refinaria na Argentina para o grupo do empresário Cristóbal López, uma espécie de faz-tudo de Cristina Kirchner. Os próprios compradores chegaram a oferecer US$ 50 milhões pela refinaria, que acabou vendida por apenas US$ 36 milhões. Também essa operação se deu no ano eleitoral de 2006, quando a Petrobras comprou os 50% da refinaria de Pasadena.Por Reinaldo Azevedo

Tags: CPI da Petrobras


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03/04/2014 às 18:54
No ano da satanização dos militares, o poder civil foi bater à porta dos quartéis


Um estrangeiro que ignorasse a nossa história, mas conseguisse ler a nossa imprensa, certamente chegaria à conclusão de que este é um país que padece de uma doença social rara, talvez única, nativa mesmo, como a jabuticaba. O nome dessa doença é esquizofrenia histórica.

Como sabemos, nestes 50 anos do chamado “golpe”, nunca os militares foram tão demonizados como agora. Alguns poderão dizer que não é bem assim; que as críticas são dirigidas aos desmandos e aos excessos havidos durante a ditadura, mas a gente sabe que isso não é verdade. Os militares são tratados como intrusos. Passa-se adiante a impressão de que tudo caminhava às mil maravilhas no mundo civil; de que o governo João Goulart era um exemplo de democracia e disciplina, e aí chegaram os gorilas fardados para nos tirar no paraíso. Notem: é evidente que eu acho que militares não têm de se ocupar da política. Mas acho também que as pessoas que se ocupam da história devem se ater aos fatos. E é fato que foi o governo civil de 1964 que criou as condições paro o golpe militar. Negá-lo é fazer pouco caso das evidências — e nada disso impede que se reconheçam os desmandos havidos, porque é certo que os houve. Ponto parágrafo.

O Brasil é governado por civis desde 1985. Embora as primeiras eleições diretas para presidente, depois do ciclo militar, tenham ocorrido só em 1989, chamar de “ditadura” o governo vigente em 1982, por exemplo, é um pouco mais do que licença poética — é mentira mesmo. Mas nem me atenho a isso agora. O fato é que, depois de quase três décadas, quando se precisa de uma referência de confiabilidade, de seriedade, de incorruptibilidade e de eficiência, eis que se apela às… Forças Armadas.

Garantir a segurança pública é tarefa precípua dos civis, é evidente. Sim, o artigo 142 da Constituição reconhece às Forças Armadas papel subsidiário na manutenção da lei e da ordem, mas essa não é sua tarefa primeira. Não obstante, a partir de sábado, 2050 homens da Brigada de Infantaria Paraquedista e 450 da Marinha vão ocupar o Complexo da Maré, no Rio. Lá ficarão, no mínimo, até 31 de julho — sim, leitores, a Copa do Mundo acontece nesse intervalo.

Pessoalmente, já disse, nada tenho contra a intervenção das Forças Armadas no combate ao narcotráfico. Há quase 30 anos, já disse, escrevi meu primeiro texto defendendo tal ação. Ocorre que não estou entre aqueles que saem por aí a defender uma tal desmilitarização da polícia — seja lá o que isso signifique — ou que tratam os militares como espantalhos.

E notem: no Complexo da Maré, o Exército e a Marinha não se limitarão a fazer um trabalho de apoio, não. Vão mesmo exercer função de polícia. Segundo o general Ronaldo Lundgren, chefe do Centro Operacional do Comando Militar do Leste, os homens estão autorizados a realizar patrulhamento ostensivo, revista e prisões em flagrante.

Todo cuidado é pouco. A chance de haver problemas é gigantesca. O narcotráfico costuma mobilizar agentes provocadores para incitar uma resposta violenta dos soldados e, assim, jogar a comunidade contra os militares. Lundgren afirmou, durante entrevista coletiva no Palácio Duque de Caxias, no Centro do Rio, que haverá um telefone para que os moradores da Maré possam denunciar eventuais abusos de autoridade.

Nos 50 anos do golpe, o poder civil foi bater à porta dos quartéis. Como se vê, as Forças Armadas não são intrusas, mas parte da história do Brasil.
Por Reinaldo Azevedo

Tags: Forças Armadas, Rio, Segurança Pública


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03/04/2014 às 18:00
Forças Armadas levarão 2.500 homens para ocupar Complexo da Maré no sábado


Por Pâmela Oliveira, na VEJA.com. Volto no próximo post.
A participação das Forças Armadas na ocupação do Complexo da Maré, prevista para este sábado, vai mobilizar 2.500 militares. O conjunto de favelas na Zona Norte do Rio deverá permanecer ocupado por tropas federais até 31 de julho, segundo previsto no decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) assinado pela presidente Dilma Rousseff.

As Forças Armadas substituição policiais militares do Rio, que ocuparam no último domingo conjunto de favelas. A operação terá a participação de 2.050 militares da Brigada de Infantaria Paraquedista do Exército e 450 homens da Marinha. Serão mantidos no local 200 policiais militares.

De acordo com o general Ronaldo Lundgren, chefe do Centro Operacional do Comando Militar do Leste, as Forças Armadas estão autorizadas a realizar patrulhamento ostensivo, revista e prisões em flagrante. O general afirmou, durante coletiva de imprensa no Palácio Duque de Caxias, no Centro do Rio, que a o Exército disponibilizará um telefone para que os moradores da Maré possam fazer denúncias de abusos cometidos por militares.

“A tropa vai agir de acordo com as regras. Além disso, não teremos soldados atuando isoladamente. Todos atuarão em pequenos grupos para reduzir o risco de problemas. Não digo que não possam ocorrer falhas, mas estamos preparados para tomar as providências que são cabíveis caso as falhas ocorram”, afirmou Lundgren.

De acordo com o general, por questões estratégicas, o horário do início da operação não será divulgado. De acordo com o decreto que estabelece a GLO, as tropas federais podem entrar no conjunto de favelas a partir de 0h do dia 25. É provável, no entanto, que a operação comece nas primeiras horas do sábado.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Rio, violência


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03/04/2014 às 16:23
Lambança na Petrobras: para não perder o foco


É impressionante a facilidade com que os descalabros havidos na Petrobras, como posso dizer?, saem do eixo, deslocando-se para lateralidades, falsas questões, guerras de versões. Não se enganem: há, por trás disso, os chamados “gerenciadores de crise”. São profissionais especializados em plantar versões na imprensa. Atenção! Eu recorri à palavra “versões”, não “mentiras”. Nesse contexto, a “versão” rearranja as verdades para inventar uma narrativa que não aconteceu, mas que é favorável a quem contratou o serviço.

No post anterior, vocês leem uma reportagem de Daniel Haidar, publicada na VEJA.com. Ali se informa que Edson Ribeiro, advogado de Nestor Cerveró — que Dilma Rousseff considera o responsável pelo memorial técnico omisso, que resultou na compra da refinaria de Pasadena —, afirma não ter provas de que a documentação sobre a operação tenha chegado ao Conselho de Administração com 15 dias de antecedência. Segundo diz, fez essa afirmação porque é praxe em casos assim.

Eis aí. É mesmo a praxe. Ocorre que, no caso de Pasadena, houve uma exceção: a diretoria tomou a decisão no dia 2 de fevereiro de 2006 e já mandou para a consulta do conselho no dia 3. Pois é. É importante não perder o eixo na guerra de versões. Vamos lá.

1: José Sérgio Gabrielli, homem de Lula na Petrobras, é presidente da empresa. Já está demonstrado que ele sabia de tudo, de cada item do acordo. Participou de reuniões para decidir a compra da empresa. Ele não era um conselheiro como os outros.

2: Igualmente evidente é que a direção executiva da Petrobras também sabia de tudo. Ou vocês acham que Nestor Cerveró atuava ao arrepio dos seus pares, Gabrielli especialmente?

3: Gabrielli, então, bateu os olhos num resumo executivo incompetente e permitiu que os demais conselheiros decidissem no escuro?

4: Dilma também não era uma conselheira comum. Era a czarina da infraestrutura e a Senhora dos Raios do setor energético. Aliás, foi a sua fama de sabichona na área que a catapultou para a Casa Civil, quando José Dirceu caiu em desgraça. A área era considerada estratégica.

5: Dilma, sim, como presidente do conselho, contava com uma equipe técnica para assessorá-la. A questão é saber por que não recorreu a ela.

6: Assim, não havia como Gabrielli não saber; não havia como a direção da Petrobras não saber e, considerando que a empresa virou uma extensão do quintal petista, parece-me evidente que não havia como Dilma não saber, sendo quem era — ainda que, oficialmente, tenha recebido, como os outros, um resumo executivo maquiado, para decidir a toque de caixa.

7: Não bastasse isso, há o que veio depois. Dilma, COMO MINISTRA DA CASA CIVIL E PRESIDENTE DO CONSELHO, ficou sabendo das tais cláusulas “Marlim” e “Put Option” pouco depois. Fez o quê? A resposta é escandalosamente óbvia: NADA!

8: Não só não fez como permitiu que Nestor Cerveró assumisse, na sua gestão, um dos cargos mais ambicionados do país: diretor financeiro da BR Distribuidora.

9: No seu pronunciamento de rádio, Guido Mantega, atual presidente do conselho da Petrobras, defendeu a operação e tentou dividir a responsabilidade com os conselheiros da Petrobras. Pois é: a) nem Dilma tem coragem de assumir essa posição; b) o ministro tenta usar o conselho para diluir responsabilidades.

10: O que se fez nessa operação, definitivamente, não é coisa de amadores, não. Síntese:
a: José Sérgio Gabrielli, desde sempre, sabia de tudo;
b: Dilma, sendo quem era no governo, tinha como saber de tudo;
c: na hipótese de, como conselheira, ter sido também ludibriada, não tardou para que, como ministra, tivesse em mãos as informações necessárias para agir e não agiu;
d: abrigou Cerveró, o pai do resumo executivo, na BR Distribuidora.

11: E finalmente: José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras, o que sempre soube de tudo, não era e nunca foi ele próprio. Gabrielli sempre foi Lula. Gabrielli sempre foi PT.Por Reinaldo Azevedo

Tags: CPI da Petrobras


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03/04/2014 às 15:45
Petrobras: advogado de Cerveró muda versão


Por Daniel Haidar, na VEJA.com. Volto no próximo post.
O advogado Edson Ribeiro, que defende o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, admitiu nesta quinta-feira não ter como provar que os integrantes do conselho de administração da empresa receberam a documentação completa sobre a compra da refinaria de Pasadena. Ele também não tem depoimentos ou documentos que sustentem, como havia dito na quarta-feira, que o material foi encaminhado com antecedência de quinze dias. Segundo VEJA apurou, a versão, na verdade, tem uma séria inconsistência. É praxe na Petrobras que as deliberações da diretoria e do conselho sejam de fato separadas pelo intervalo médio de uma quinzena. No caso de Pasadena, contudo, a diretoria fez seu voto pela compra da refinaria americana apenas um dia antes da reunião do conselho, que ocorreu em 3 de fevereiro de 2006. O negócio deu prejuízo de 1 bilhão de reais à Petrobras e é investigado pelo Ministério Público Federal, pelo Tribunal de Contas da União e pela Polícia Federal.

“Eu não tenho como atestar se o conselheiro A, B ou C recebeu algum documento sobre o caso específico. Se tiver necessidade, vou buscar provas”, disse Ribeiro ao site de VEJA.

Segundo Ribeiro, a afirmação feita nesta quarta-feira sobre a entrega “com quinze dias de antecedência” foi baseada em informações passadas por funcionários da Petrobras, e não pelo seu cliente – Cerveró. O advogado também admitiu que esse era o procedimento habitual, e não necessariamente o do caso de Pasadena. Cerveró, segundo seu representante, não confirmou a informação sobre o prazo.

“Quando falei quinze dias de antecedência no envio da documentação, foi porque esse era o procedimento comum. Não foi nem o Cerveró quem me disse isso. Foram outros funcionários”, afirmou Ribeiro, que alega não ter contato com Cerveró desde o último domingo.

Ribeiro não tem, hoje, como especificar quais foram os documentos disponibilizados ao conselho de administração. Já se sabe que estudos enviados à direção faziam ressalvas ao negócio, mas o advogado desconhece se essas análises foram enviadas aos conselheiros. De acordo com reportagem do Jornal Nacional, da Rede Globo, a direção da Petrobras recebeu análise da consultoria BDO sobre a situação contábil e financeira de Pasadena em que foram apontados quarenta pontos questionáveis da avaliação contábil da empresa. A BDO ressaltava que não se conhecia o valor específico de cada equipamento da refinaria, e questionava o valor atribuído ao estoque de óleo. Um documento do Citigroup também fazia ressalvas ao negócio, pois o banco somente havia tido acesso a demonstrações financeiras enviadas por diretores da própria Petrobras. Ribeiro não sabe informar se a presidente Dilma Roussef teve acesso aos pareceres da BDO e do Citigroup. “Não tenho essa informação. Só quem sabe é o Cerveró”, afirmou.

O relato feito pelo advogado tem outra imprecisão: na quarta-feira, Ribeiro sustentou que os documentos encaminhados ao conselho haviam chegado às mãos do corpo técnico que assessorava os conselheiros. O site de VEJA apurou que apenas a presidência do conselho, na época ocupada por Dilma Rousseff, contava com um corpo de assessores técnicos. Nesta quinta, Ribeiro assumiu que não sabe informar quem seriam esses funcionários.

Desde que o jornal O Estado de S. Paulo divulgou que Dilma havia dado aval à compra de Pasadena, em 19 de março, a presidente sustenta que só aprovou a transação porque recebeu um “resumo falho” elaborado por Cerveró sobre o negócio. O resumo não relatava, por exemplo, a cláusula Marlim, de garantia de dividendo mínimo à sócia belga da Petrobras, Astra Oil, mesmo em caso de prejuízo da refinaria.

A defesa de Cerveró tentou desmentir Dilma na quarta-feira. Ao dar declarações no sentido de defender o ex-diretor, Ribeiro chegou a afirmar que seu cliente estaria disposto a passar por uma acareação com a presidente. Dilma, no entanto, voltou a negar que tenha recebido a documentação completa: “Como presidente do conselho de administração da Petrobras, a presidente Dilma Rousseff não recebeu previamente o contrato referente à compra da refinaria de Pasadena”, disse o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann. O empresário Jorge Gerdau Johannpeter, que integrava o conselho em 2006, também negou que tenha recebido o processo completo.Por Reinaldo Azevedo

Tags: CPI da Petrobras, Nestor Cerveró


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03/04/2014 às 14:55
PSOL pede abertura de investigação contra André Vargas


Na VEJA.com:
O PSOL protocolou na Mesa Diretora da Câmara um pedido de investigação do vice-presidente da Casa, André Vargas (PT-PR), por ter usado um jatinho pago pelo doleiro Alberto Yosseff, preso pela Polícia Federal em uma megaoperação de combate à lavagem de dinheiro no país. “As ilações sobre vantagens indevidas e intermediação de interesses, que atingem sua excelência e vão além do âmbito pessoal, merecem resposta objetiva e institucional da Câmara dos Deputados”, diz o ofício do partido.

A Mesa Diretora analisará o pedido e deverá encaminhar o caso para a Corregedoria da Casa. Se o caso avançar, Vargas poderá enfrentar um processo de cassação de mandato por quebra de decoro parlamentar ou receber uma punição, como suspensão do mandato e advertência.

O uso da aeronave paga pelo doleiro para passar férias no Nordeste foi revelado na terça-feira pelo jornal Folha de S.Paulo. Desde então, ele já deu três vezes versões sobre o “presente”: inicialmente, acusou seu adversário político, o também deputado Fernando Francischini, de “plantar” a notícia. Depois, admitiu que pediu o avião porque os voos comerciais estavam muito caros no período. E, quando percebeu que estava completamente enrolado, admitiu que “cometeu um equívoco”.

Conforme revelou VEJA, as conversas gravadas pela Polícia Federal entre Vargas e Yousseff mostram que a relação entre eles vai além de uma simples amizade: as investigações apontam que o petista é sócio oculto doleiro. Em quase cinquenta mensagens registradas pela PF, Vargas recebe orientações do doleiro, combina reuniões com Youssef e chega a passar informações das conversas que ele, como parlamentar do PT, mantinha com integrantes do governo.Por Reinaldo Azevedo

Tags: André Vargas, Câmara dos Deputados


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Filósofa russa Ayn Rand :



“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.”



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