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sexta-feira, 11 de abril de 2014

Reinaldo Azevedo - Blog - VEJA.com











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Reinaldo Azevedo

Análises políticas em um dos blogs mais acessados do Brasil

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Se em meu ofício, ou arte severa,/ Vou labutando, na quietude/ Da noite, enquanto, à luz cantante/ De encapelada lua jazem/ Tantos amantes que entre os braços/ As próprias dores vão estreitando —/ Não é por pão, nem por ambição,/ Nem para em palcos de marfim/ Pavonear-me, trocando encantos,/ Mas pelo simples salário pago/ Pelo secreto coração deles. (Dylan Thomas — Tradução de Mário Faustino)



11/04/2014 às 6:47

LEIAM ABAIXO



PT cria comissão para ouvir Vargas. Convenham: o partido costuma ser duro com a dissidência e passar a mão na cabeça de malfeitores;
A derrota de Dilma e a Metafísica do Corisco;
A estranha escuta na cela de Youssef e o filme “Doleiro Morto Não Fala”;
Cela de Alberto Youssef tinha escuta clandestina, acusam doleiro e seu advogado;
Indiciamento de Pimenta da Veiga tem cheiro de perseguição política, tem jeito de perseguição politica, tem cara de perseguição política e deve ser… perseguição política!;
Depois de fraudar conteúdo de acórdão sobre CPI, conforme revelou este blog, Renan tenta desconversar;
Assim não, Estadão! Quem revelou que Renan fraudou texto de Brossard foi este blog. Aguarda-se a correção;
O PLAYBOY FASCISTA DE DIRCEU EM AÇÃO – Assessor de deputada do PT, pago com dinheiro público, hostiliza Joaquim Barbosa;
A gente não sabemos fazer Copa do Mundo,/ a gente não sabemos fazer Olimpíada,/ a gente não sabemos tomar conta da gente. Inútil…;
A EMS emite uma nota. As perguntas que fiz seguem sem respostas;
O Ipea, o instituto que tentou fazer dos brasileiros um bando de potenciais estupradores, mantém um núcleo politicamente delinquente na Venezuela, que defende a ditadura e ataca a democracia… por princípio! Nós sustentamos essa vagabundagem intelectual!;
Se Vargas renuncia agora, inelegível já estará até 2024; no plenário, ele tem alguma chance, ainda que remota. Ou: Deputado avisou que não aceita ser linchado pelos “companheiros”Por Reinaldo Azevedo


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11/04/2014às 4:03

PT cria comissão para ouvir Vargas. Convenham: o partido costuma ser duro com a dissidência e passar a mão na cabeça de malfeitores



Parece que a direção nacional do PT não está exatamente disposta a expulsar o deputado André Vargas (PT-PR). E o próprio Vargas já deixou claro ao comando, como escrevi ontem aqui, que não pretende ser enxotado da legenda. Já lembrouque tem muitos serviços prestados à companheirada. Ele conhece os subterrâneos do partido. Em vez de pô-lo pra fora, o PT decidiu montar um grupopara ouvir as suas explicações e só então decidir se vai submetê-lo à comissão de ética da legenda.

Pensando bem, expulsar Vargas por quê? Caso se siga a tradição por lá, ele ainda vai ganhar uma condecoração, uma medalha de “Honra ao Mérito Partidário”. Os patriotas que protagonizaram o mensalão estão onde? No partido, ora bolas! Delúbio Soares, por exemplo, foi expulso no dia 22 de outubro de 2005. No dia 29 de abril de 2011, o Diretório Nacional aprovou a sua volta por ampla maioria: 60 a 15. Houve uma festa de arromba. Sabem quem foi seuadvogado de defesa na legenda, em favor do retorno? Ricardo Berzoini, atual ministro das Relações Institucionais.

Nos quase seis anos em que ficou oficialmente fora, nunca se afastou de verdade. Gente como Delúbio ou André Vargas encontra o seu lugar. O partido não perdoa é dissidência política em qualquer tempo: nesse caso, põe pra fora mesmo! Quem lida, digamos, de forma pouco ortodoxa, com recursos públicos e privados sempre terá abrigo.

Só a turma do mensalão? Não! Todo o grupo ligado ao escândalo dos aloprados, o tal falso dossiê que tentaram armar contra o tucano José Serra na disputa pelo governo de São Paulo, em 2006, continua na legenda. O presidente da sigla era o já citado Berzoini. Ficou provado que sabia de tudo. Hoje, é ministro. Hamilton Lacerda, o homem que carregava a mala de dinheiro para pagar a bandidagem, era braço-direito de Aloizio Mercadante, o candidato petista à época ao Palácio dos Bandeirantes. Mercadante, também ministro, é braço-direito de Dilma, daí a impressão correta de que ela tem dois braços esquerdos. Nos EUA, por exemplo, estariam fora da política para sempre.

A tal comissão petista, formada por três membros da direção, vai ouvir as explicações de Vargas sobre, como chamou Rui Falcão, “fatos noticiados, que, por si só, não incriminam ninguém”. Claro que não! Quando Youssef diz ao deputado que, se a tramoia no Ministério da Saúde der certo, ele vai fazer aindependência financeira, o doleiro estava prevendo que o petista iria ganhar na Megassena. Não deixava de ser. O contrato que a Labogen estava para fazer com o ministério comandado então por Alexandre Padilha chegava a R$ 150 milhões. Segundo apurou a VEJA, uns R$ 90 milhões até poderiam virar, de fato, remédio. R$ 60 milhões eram, como direi?, apropriação de recursos públicos. É uma Megassena diferente.

O que foi que o DEM fez mesmo com Demóstenes Torres? Não esperou sua renúncia ou, como se deu, a cassação do mandato. Expulsou-o. No petismo, desde sempre, a lógica é diferente. Há a possibilidade de os malfeitores ganharem o epíteto de “guerreiros e heróis do povo brasileiro”, a exemplo de Delúbio Soares e José Dirceu. No partido, Vargas pode ter esperanças. Para encerrar: no caso de Demóstenes, a OAB cobrou rapidinho a renúncia ou cassação de mandato. No caso do Vargas, creio que o conselho está reunido para tentar entender o que quer dizer “independência financeira”…Por Reinaldo Azevedo

Tags: André Vargas, PT


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54 COMENTÁRIOS


11/04/2014às 3:43

A derrota de Dilma e a Metafísica do Corisco



Leiam trechos da minha coluna na Folha de hoje.
*
Alguns números da pesquisa Datafolha acenam com a possibilidade de derrota de Dilma. Nem tanto porque o eleitorado já descobriu a oposição, mas porque ainda não a descobriu. Só 1% dos entrevistados desconhecem Dilma –índice que chega a 25% com Aécio e a 42% com Eduardo Campos. Conhecem a presidente “muito bem” 57% –mas só 17% dizem o mesmo do tucano e 8% do peessebista. Não obstante, a rejeição ao trio é de 33%. É óbvio: muitos não votam em Dilma porque sabem quem é ela. Outros tantos não votam em Aécio e Campos porque não sabem quem são eles. E há 72% que querem um governo diferente deste que aí está. Os números perturbaram mais os “Teóricos da Metafísica do Corisco” do que os petistas.

Quem são esses? É aquela gente que recita a música de Sérgio Ricardo de “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, de Glauber Rocha: “Mais fortes são os poderes do povo”, atribuindo a Lula e a seu PT o monopólio da representação popular. Tais analistas ainda não entenderam –ou a repudiam– a essência do regime democrático, que não se desdobra numa única direção nem num único sentido. Ao contrário: onde quer que a democracia tenha se fortalecido, o poder é pendular, ora pra lá, ora pra cá, em modelos, na prática, bipartidários. A eventual derrota de Dilma não implica uma regressão. O resultado, qualquer que seja ele, se garantidas as regras, fortalece o regime que permite a disputa e que, ora vejam!, forneceu ao PT as condições para derrotar seus adversários em 2002. O aspecto mais virtuoso de uma eleição é a conservação das instituições, não a agenda vitoriosa. Pinta-se um poste para que ele possa ser velho, não para que pareça novo. É Chesterton, não Azevedo.
(…)
chega a ser escandaloso ter de lembrar que é a democracia que legitima Lula, não Lula, a democracia.
*
Para ler a íntegra, clique aquiPor Reinaldo Azevedo


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11/04/2014às 3:11

A estranha escuta na cela de Youssef e o filme “Doleiro Morto Não Fala”



Havia uma escuta na cela do doleiro Alberto Youssef (leia post). Isso é, ao menos, o que diz seu advogado, Antonio Augusto Figueiredo Bastos. Se for mesmo verdade, e não vejo por que mentir a respeito, a ocorrência pode ser muito séria. A escuta não foi instalada com autorização judicial. Trata-se de um monitoramento clandestino. Segundo consta, Youssef já recebeu um recado: é para tomar cuidado com o que fala para não envolver gente poderosa. Considerado que uma das figuras enroscadas com ele é o deputado André Vargas, do PT do Paraná, um chefão do partido e até anteontem vice-presidente da Câmara e do Congresso, é de se supor que o “poderoso”, no caso, seja ainda mais… poderoso.

Youssef pertence a um ramo em que as pessoas costumam falar pouco. Ele está preso desde o dia 17 de março. No dia 21, prestou um depoimento em que… Bem, ele não prestou depoimento nenhum! Preferiu ficar calado. Se as investigações da PF estiverem certas, ele lidera um esquema de lavagem de dinheiro que pode ter movimentado R$ 10 bilhões.

O próprio Youssef achou a escuta ambiental, capaz de registrar, em tempo real, conversas suas com outros presos. Seu advogado fez uma foto em que o próprio doleiro aparece, magro e barbudo, exibindo os equipamentos do outro lado do vidro do parlatório. Se não foi a Justiça, e não foi, quem está interessado em saber o que o doleiro fala ou deixa de falar? Parece lícito supor que pode estar correndo risco de vida, não?

Nesta quinta, apareceram novas evidências que ligam Youssef a Paulo Roberto Costa, o ex-diretor da Petrobras, que também está preso. A Polícia Federal apreendeu na casa de Costa uma planilha de uma contabilidade manual da empresa Costa Global, uma de suas consultorias, para a qual o doleiro fez oito repasses entre 17 de dezembro de 2012 e 15 de março de 2013. Só nesse período, Youssef transferiu para Costa mais de R$ 1 milhão, US$ 500 mil dólares e 314 mil euros. Até então, o engenheiro admitia ter recebido do doleiro apenas uma Land Rover a título de serviços prestados.

Como se nota, Youssef parece ter mil e uma utilidades. Operava com Paulo Roberto Costa — que mantinha influência na Petrobras — e também com André Vargas, o enrolado deputado petista. E sabe-se lá em que outros segmentos.

O leitor precisa entender uma coisa: para que serve um doleiro? Não é só para os remediados comprarem alguns dólares para dar um pulinho em Miami na classe econômica, não! Os propinodutos envolvendo dinheiro público costumam passar por esses caras porque eles lidam com dinheiro vivo, cash. Podem ainda abastecer contas secretas no exterior. Depositam em dólares na conta de corruptos lá fora e recebem em reais aqui dentro. São peças-chave em qualquer esquema ilegal. Imaginem quantas são as pessoas que gostariam que Youssef perdesse a língua.

Nesta quinta, a Polícia Federal pediu ainda que ele e Carlos Habib Chater, outro doleiro, sejam transferidos para o presídio de segurança máxima de Catanduvas, onde estão narcotraficantes, por exemplo. Seu advogado reagiu: “Eles não são criminosos de alta periculosidade para ir para um presídio de segurança máxima. Parece retaliação contra o meu cliente. É uma medida desnecessária e abusiva”.

Querem saber? Também achei a solicitação estranha. Preso na carceragem de Curitiba, não me parece que esteja pondo em risco a paz pública, obstruindo investigações ou fazendo ameaças. Não que eu saiba. Tem muita gente assustada porque Youssef foi um dos investigados no chamado escândalo do Banestado, que envolvia justamente remessa ilegal de divisas para o exterior. À época, colaborou com as investigações, pagou uma multa de R$ 1 milhão e não foi processado. O temor é que repita agora o procedimento. Ele precisa é ter garantias de vida, isto sim. Afinal, parodiando aquele filme, “doleiro morto não fala”.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Alberto Youssef, lavagem de dinheiro


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49 COMENTÁRIOS


10/04/2014às 23:08

Cela de Alberto Youssef tinha escuta clandestina, acusam doleiro e seu advogado


Youssef exibe os aparelhos de escuta encontrados em sua cela, que podem ser vistos abaixo, no detalhe



Por Robson Bonin, na VEJA.com. Ainda voltarei a esse assunto.
Preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba desde 17 de março, o doleiro Alberto Youssef seguia afastado dos olhos do país. Apontado como o cabeça de um esquema de lavagem de dinheiro que teria desviado 10 bilhões de reais, Youssef manteve-se em silêncio no depoimento que prestou em 21 de março. O doleiro continua se recusando a colaborar com a polícia para apontar quem eram as autoridades e empresários beneficiados pelo esquema. Mas a sua presença no cárcere agora tornou-se um problema para a Justiça e para a própria Polícia Federal. Em 4 de abril, os advogados de Youssef registraram, no parlatório da Polícia Federal, a foto que abre esta reportagem. Youssef, barbudo, visivelmente mais magro e com uma camisa amarrotada exibe nas mãos, do outro lado do vidro que o separa dos seus defensores, o que seria uma escuta ambiental.

O dispositivo, segundo os advogados de Youssef, estava escondido na cela do doleiro. Temendo que as conversas dele com outros presos estivessem sendo monitoradas, o advogado Antonio Augusto Figueiredo Basto comunicou o ocorrido ao juiz Sérgio Moro, que cuida do caso na capital paranaense. “O aparelho fotografado pode ser usado para escuta ambiental GSM, ou seja, conforme peritos ouvidos pela defesa, trata-se de uma escuta ambiental que permite o monitoramento das conversas entre o requerente e outros presos em tempo real”, registrou Figueiredo no documento enviado ao juiz.

Os defensores de Youssef destacam ainda que os autos de processo não apresentam autorização judicial que justifique a existência da escuta ambiental na cela do doleiro: “Não encontramos nenhuma decisão judicial que autorizasse a instalação ou uso de escutas ambientais. Para evitar equívocos a defesa suscitou a vossa excelência que fosse certificado nos autos sobre a existência ou não de autorização judicial sobre escutas ambientais.” Ainda segundo os advogados, nesta quinta-feira os agentes da Polícia Federal teriam realizado uma busca na cela de Youssef para apreender o dispositivo. Foi essa ação que levou a defesa a encaminha um conjunto de solicitações à Justiça. “Não estamos acusando ninguém. Mas o fato é grave. Temos um perito que afirma que o dispositivo localizado pelo meu cliente é uma escuta. Agora queremos saber se ela é clandestina ou se foi autorizada”, diz Figueiredo.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Alberto Youssef, PT


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10/04/2014às 22:56

Indiciamento de Pimenta da Veiga tem cheiro de perseguição política, tem jeito de perseguição politica, tem cara de perseguição política e deve ser… perseguição política!



A Polícia Federal decidiu indiciar Pimenta da Veiga, pré-candidato do PSDB ao governo de Minas. Há algo de estranho nisso? Há, sim! E não é pouca coisa, não. Mas, antes que entre no mérito, permitam-me fazer uma observação. Depois do escândalo do mensalão do PT, é como se a inocência tivesse acabado no país. Há gente que pensa assim: “Se até os petistas eram culpados, vai ver os outros também são”. Trata-se de um raciocínio estranho, como se as pessoas desse partido fossem mais moralistas e decentes do que a de outros. E isso, definitivamente, não é verdade. Agora vamos ao caso de Pimenta de Veiga, que tem laivos de surrealismo, de absurdo.

Atenção! Em 2003 — há 11 anos, portanto — o tucano atuava apenas como advogado e recebeu, em quatro parcelas, R$ 300 mil das agências de Marcos Valério. O dinheiro foi depositado em sua conta e declarado em Imposto de Renda. Até aí, vá lá. Ocorre, meus caros, que o mal chamado mensalão mineiro — é mal chamado porque, nesse caso, sim, tratou-se de caixa dois de campanha — é de 1998, ano em que Eduardo Azeredo perdeu a reeleição. Em 2003, como resta comprovado, Marcos Valério já cuidava do esquema clandestino do PT. Não tinha mais nenhuma relação com os tucanos.

Então vamos ver: o chamado mensalão é de 1998; Pimenta recebeu honorários, como advogado, em 2003. O caso veio a público em 2005, e ele é indicado pela Polícia Federal 9 anos depois que a questão veio a público, 11 anos depois do recebimento e 16 anos depois do chamado “mensalão mineiro”? E tudo isso ocorre justamente no ano em que se torna pré-candidato do PSDB ao governo de Minas, no ano em que o candidato à Presidência do partido será o senador Aécio Neves, de Minas?

A acusação, de resto, é risível: lavagem de dinheiro. Ora, para tanto, Pimenta teria de ter recorrido a subterfúgios para esconder recursos sabidamente ilegais, dando lhe uma aparência de legalidade. Alguém faz isso declarando o ganho à Receita Federal? Aí o sujeito que gosta de confundir alhos com bugalhos chia: “Ah, quando é tucano, você não acredita?”. Não é isso, não! É que um advogado, desde que atue segundo as regras, não é obrigado a investigar a origem dos ganhos de quem pega seus honorários. Se fosse assim, bandidos teriam de apelar sempre a defensores públicos.

Venham cá: alguém investigou a origem dos honorários dos advogados de José Dirceu, de Delúbio Soares, de José Genoino, dos banqueiros do Rural? São todos grandes medalhões da advocacia brasileira. Não! Nem era o caso!

De fato, Pimenta já prestou esclarecimentos sobre esse dinheiro à CPI, à Polícia Federal e ao Ministério Público. Demorou 9 anos — NOVE ANOS!!! — para a PF concluir que havia algo de errado com o pagamento? Quer dizer que, em pleno 2003, no auge do funcionamento do mensalão petista, Marcos Valério estaria pagando supostas dívidas do chamado mensalão mineiro, ocorrido em 1998? Tenham paciência!

Não é demais lembrar: na Venezuela de Hugo Chávez, tão admirada pelos companheiros petistas, recorre-se a investigações de natureza criminal para perseguir adversários políticos.

Mais: em visita recente de Dilma a Minas, sabem quem preparou uma festança para ela? Walfrido dos Mares Guia (PTB), que era o caixa da campanha do PSDB em 1998 em Minas e um dos investigados no chamado mensalão mineiro. Como fez 70 anos, a Justiça decretou a extinção da punibilidade. Ora vejam: Lula fez dele ministro do Turismo em 2003 e depois da Relações Institucionais em 2007. Vai ver não acreditava na sua culpa, né?

Essa história de Pimenta da Veiga tem jeito de perseguição política, tem cheiro de perseguição política, tem lógica de perseguição política. E é bem possível que… seja perseguição política.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Eleições 2014, mensalão de Minas, Pimenta da Veiga, Polícia Federal


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55 COMENTÁRIOS


10/04/2014às 20:07

Depois de fraudar conteúdo de acórdão sobre CPI, conforme revelou este blog, Renan tenta desconversar



A revelação, feita por este blog nesta quarta, de que Renan Calheiros fraudou o conteúdo de um acordão para enterrar a CPI da oposição gerou reações. Estamos diante de um dos maiores absurdos da história jurídica do Senado. Só para lembrar rapidamente. Ao enviar tanto o requerimento da oposição, que pede CPI exclusiva da Petrobras, como a do governo, que propõe a CPI Combo — que investigaria a estatal e governos de oposição —, o presidente do Senado. Renan Calheiros (PMDB-AL) citou trecho do acórdão do habeas corpus 71.039, de autoria do então ministro Paulo Brossard e dá a entender que uma comissão de inquérito pode ampliar livremente o escopo de apuração, sem limites. Ora, o texto de Bossard, que é de 1994, diz justamente o contrário. Assim, conforme se informou aqui na terça e na quarta (ver post anterior), a decisão de Renan não desrespeita apenas a Constituição. Viola também a jurisprudência do Supremo e ainda tem o topete de atribuir a um ministro o que ele não escreveu. Não estivesse Renan em falta com a Constituição, ainda assim, faltar-lhe-ia educação. É um despropósito!

O próprio Brossard protestou, segundo informam Andreza Matais e Ricardo Britto no Estadão desta quinta: “Não, eu nunca disse isso. Uma das ideias centrais da CPI e que a investigação deve recair sobre um fato certo. Não pode ser sobre dois, três, quatro temas, de forma alguma”. E afirma o óbvio:“Uma CPI como essa não investigar coisa nenhuma”. O também ex-ministro Carlos Velozo, que estava no tribunal quando se redigiu aquele acórdão, chamou a decisão de Renan e da CCJ de “fraude”. Segundo ele, ampliar o requerimento com novos fatos é “fraudar o direito da minoria”.

Nesta quinta, com aquele seu estilo ligeiro, Renan tentou se safar. Afirmou que tanto Brossard como Velozo deveriam ler o documento que ele enviou à CCJ antes de opinar. Certamente já leram. Uma vez mais, publico o que Renan disse que Brossard escreveu e o que ele realmente escreveu. É um acinte!

O texto de Renan



O acordão de Brossard


Na quarta-feira, o texto deste blog foi lido na tribuna do Senado. Estamos, reitero, diante de uma questão muito grave, que é fraudar o conteúdo de um documento público — é o que é o acórdão de um habeas corpus — para tentar justificar o injustificável. A oposição, como sabem, recorreu ao Supremo. Vamos ver como Rosa Weber, a relatora, vai ler o acórdão de 1994: se com as lentes do ilustre Renan Calheiros, com toda a sapiência jurídica de que é capaz, ou com as de um Paulo Brossard, que é o relator do acórdão, endossado por outros 10 ministros. Será que a ministra vai dizer que o autor do texto não escreveu o que definitivamente está escrito e o que ele confirma ter escrito?

“Ah, mas então o PT não pode investigar governos da oposição?”, indagaria alguém. Havendo fato determinado, que investigue. Só como vingança, não deve. Mas se quer fazê-lo, que siga adiante. Ocorre que a orientação do Palácio nem foi para trocar chumbo. Não! O que se quer mesmo, reitero, é inviabilizar qualquer investigação da estatal, daí a barbaridade que propuseram.

Entenderam por que os petistas precisam de aliados como Renan Calheiros?Por Reinaldo Azevedo

Tags: CPI, Renan Calheiros


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168 COMENTÁRIOS


10/04/2014às 18:54

Assim não, Estadão! Quem revelou que Renan fraudou texto de Brossard foi este blog. Aguarda-se a correção



Pois é… O senador Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, reagiu à evidência de que ele fraudou o conteúdo de um acórdão do Supremo sobre a extensão das CPIs, de que foi relator o então ministro Paulo Brossard. Já trato desse assunto, que é muito grave. Mas quero aqui corrigir uma informação e convido o site do Estadão a fazer o mesmo, em nome da precisão jornalística. Leio lá o seguinte (em vermelho):
Reportagem do Estado desta quinta, 10, revelou que, ao defender sua posição favorável à CPI de vários fatos desconexos, Renan disse que um habeas corpus concedido pelo Supremo na década de 90 “pacificou” o entendimento da Corte máxima de que “novos fatos determinados podem ser incorporados ao rol inicial” dos pedidos de CPIs. Contudo, ao Estado, Brossard, relator do habeas corpus, e o ex-ministro Carlos Velloso, que participou do julgamento, rebateram o entendimento de Renan e afirmaram que só se pode acrescentar novos fatos a uma CPI no curso das investigações e caso eles tenham conexão.

Errado! Quem revelou a fraude de Renan foi este blog, não o estadão. O post foi publicado às 7h07 do dia 9, quarta-feira. A reportagem do Estadão foi publicada só nesta quinta. No meu texto, reproduzo a imagem do acórdão e da síntese fraudada, feita por Renan.



Mais: eu já havia apontado que a decisão de Renan estava em descordo com o acórdão no Supremo na terça-feira, dia 8, às 17h41.



E voltei ao tema ontem, às 16h21.



Quando o Estadão fez a sua “revelação”, portanto, nesta quinta-feria, eu já havia postado três textos a respeito. Este blog publica links de reportagens alheias, reproduz, às vezes, alguns trechos, sempre dando crédito a quem merece. Há uma possibilidade de os repórteres do Estadão não estarem entre os quase 200 mil acessos que esta página teve na quinta e na sexta. Mas, em respeito a esses, então, que se atribua a “revelação” a quem, de fato, revelou. O post de ontem foi manchete da VEJA.com, informa-me o comando da redação.

Faltassem essas evidências, o meu texto foi lido ontem na tribuna do Senado, o que também se pode constatar. O Estadão não pode ter revelado hoje o que já era mais do que público ontem — e tornado público, originalmente, aqui.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Estadão, Paulo Brossard, Renan Calheiros


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10/04/2014às 16:10

O PLAYBOY FASCISTA DE DIRCEU EM AÇÃO – Assessor de deputada do PT, pago com dinheiro público, hostiliza Joaquim Barbosa



Abaixo, reproduzo uma reportagem de Gabriel Castro, da VEJA.com. Há um vídeo que o acompanha. Em casos assim, quando as pessoas percebem a burrada que fizeram, tiram o material do ar. Se, no entanto, já está em outro arquivo, costumam apelar ao YouTube para fazê-lo — com a suspensão da conta de quem o publicou. O vídeo, insisto nesta questão, é de interesse jornalístico. Se há quem hostilize, com intimidação física, o presidente de um dos Poderes da República porque não aceita que tenha exercido suas prerrogativas, a informação não pode desaparecer — ou está caracterizada censura. Leiam a reportagem.
*


Rodrigo Grassi: cerveja, lancha, vida boa, dinheiro público e agressão a quem considera adversário: são os nossos bolivarianos (Facebook)

Um vídeo publicado na internet mostra um assessor parlamentar da deputada Érika Kokay (PT-DF) hostilizando o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, em Brasília. Ao lado dele, outras duas militantes petistas ressentidas com as condenações do mensalão insultam o ministro. “Autoritário”, “projeto de ditador” e “tucano” são alguma das palavras utilizadas pelo pequeno grupo, em meio a loas ao ex-ministro-presidiário José Dirceu.

As imagens foram feitas pelos próprios petistas na saída de um bar e publicadas na internet. Não é possível saber se o presidente do STF deixou o local por causa do protesto ou se os manifestantes só agiram quando ele já estava a caminho do carro.

O vídeo foi gravado e protagonizado pelo conhecido baderneiro Rodrigo Grassi Cademartori, autointitulado “Rodrigo Pilha”. Uma espécie de petista-playboy, ele se ocupa principalmente de duas tarefas: uma é repetir chavões para intimidar, inclusive fisicamente, qualquer um que avalie ser adversário do PT. A outra é divulgar suas fotos em momentos de lazer – pilotando uma lancha, por exemplo.

Defensor da ditadura cubana, Grassi comandou a tropa que hostilizou a blogueira Yoani Sánchez quando ela visitou o Congresso Nacional, iniciou uma confusão após provocar o ex-deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e ajudou a organizar “protestos” contra o deputado Marco Feliciano (PSC-SP). Também fez questão de passar o dia na porta da Superintendência da Polícia Federal quando os mensaleiros se entregaram no ano passado.

Uma de suas estratégias é insuflar manifestantes em protestos, sem que fique evidente a ligação dos atos com o PT e o gabinete de Érika Kokay. As duas mulheres que também hostilizam Barbosa no vídeo são Andreza Xavier e Maria Luiza Rodrigues, amigas do assessor parlamentar.

Na descrição do vídeo que publicou com a perseguição a Barbosa, Grassi define o presidente do STF como “fascista” e, orgulhosamente, anuncia que o colocou “para correr”. No vídeo, em português sofrível, ataca: “Ele precisa (sic) de andar com muitos seguranças”.

Grassi recebe da Câmara dos Deputados cerca de 4.800 reais por mês. Porque o militante-profissional continua sendo bancado pelo dinheiro público é uma pergunta que a deputada Érika Kokay deveria responder.



Por Reinaldo Azevedo

Tags: Érika Kokay, Joaquim Barbosa, José Dirceu


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10/04/2014às 15:45

A gente não sabemos fazer Copa do Mundo,/ a gente não sabemos fazer Olimpíada,/ a gente não sabemos tomar conta da gente. Inútil…




Este post abre com a letra de uma música do excelente “Ultraje a Rigor”, que fez muito sucesso, mas cujo sentido, acho eu, não foi plenamente compreendido à época. E, em certa medida, não o é até agora, embora permaneça como um bom retrato do país. Volto depois.
  • A gente não sabemos escolher presidente
  • A gente não sabemos tomar conta da gente
  • A gente não sabemos nem escovar os dente
  • Tem gringo pensando que nóis é indigente

  • Inútil
  • A gente somos inútil
  • Inútil
  • A gente somos inútil
  • Inútil
  • A gente somos inútil
  • Inútil
  • A gente somos inútil
  • (…)

Voltei
Leiam o que informa a VEJA.com. Retomo depois:
Diante da ameaça que os atrasos nas obras do Rio já representam para a Olimpíada de 2016, o Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou nesta quinta-feira uma verdadeira intervenção na preparação da cidade para o evento – e, agora, assumirá uma parte significativa do comando das obras. Em uma entrevista coletiva concedida em Belek, na Turquia, o presidente do COI, Thomas Bach, revelou uma série de iniciativas para permitir que sua entidade passe a ter um “papel central para coordenar” as decisões do Rio, incluindo a contratação de uma consultoria independente que irá avaliar diariamente o andamento das obras. Nos últimos dias, Bach passou a ser pressionado por federações esportivas que denunciaram atrasos preocupantes nas obras no Rio e pediam até mesmo um “plano B” para a Olimpíada de 2016. Em uma reunião de emergência, Bach e seus diretores optaram por entrar em campo para tentar virar o jogo.

O alemão tentou explicar que não se trata de uma medida “unilateral” e que as propostas foram apresentadas na noite da última quarta ao prefeito do Rio, Eduardo Paes. “Ele aceitou a proposta”, garantiu o alemão. Paes havia declarado que a preparação estava “dentro do cronograma”, uma avaliação que foi rejeitada pelos demais dirigentes do COI. Entre as medidas discutidas pelo COI está a criação de um comitê organizador formado não apenas por dirigentes do Rio, mas também por membros do governo federal e do COI. Outra medida será a designação de Gilbert Felli, diretor executivo do COI para os Jogos Olímpicos, para viajar de forma regular ao Rio para controlar a situação. Ele tinha uma visita marcada para setembro ao Brasil, mas a viagem foi antecipada para a semana que vem. Bach ainda revelou que o COI contratará um administrador de projetos para acompanhar diariamente as obras, algo inédito em um evento olímpico. Para completar, três grupos de trabalho serão formados para estudar cada um dos aspectos do evento.
(…)

Retomo
Pois é… A gente nascemos para a celebração, compreendem? A gente não nascemos para a realização. Na hora do abraço, a gente se emocionamos, a gente damos pulo, a gente prometemos amanhãs sorridentes, a gente acenamos com a redenção.

Mas depois a gente descobrimos que a realização daquilo que justificaria o gozo dá um trabalho da zorra! Aí a gente começamos a se atrapalhar. Por isso a gente gozamos antes, que é para a gente não perdermos a viagem.

O COI, como se nota, foi mais rápido do que a Fifa, que ficou reclamando, reclamando, reclamando…

É isto: a gente não sabemos fazer Copa do Mundo, e a gente não sabemos fazer Olimpíada. Pronto!

Mas a gente sabemos (eles sabem!) como superfaturar obras.Por Reinaldo Azevedo

Tags: COI, Olímpiada 2016


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10/04/2014às 15:10

A EMS emite uma nota. As perguntas que fiz seguem sem respostas



Perguntei aqui se a EMS iria explicar a parceria com o laboratório-lavanderia Labogen. Na verdade, fiz uma série de perguntas. Só para lembrar:
  • 1: O que a EMS queria com a Labogen?
  • 2: Estava interessada na expertise do laboratório de Youssef?
  • 3: Quem fez o contato?
  • 4: Quais foram os intermediários na conversa?
  • 5: Alguém forçou o acordo?
  • 6: Antes de celebrar uma parceria ou uma sociedade, esta gigante do setor farmacêutico ao menos se ocupa de colher informações cadastrais das empresas com as quais faz negócio?
  • 7: Qual era a experiência da Labogen na fabricação de remédios? Já tinha produzido antes o quê?

O laboratório enviou a mensagem que segue abaixo, em vermelho, que reproduzo na forma e na sintaxe em que veio. Avaliem. É possível que vocês tenham entendido mais do que eu.
*
A EMS esclarece que não celebrou contrato com o laboratório Labogen e afirma, ainda, que o Labogen é um laboratório independente e não tem qualquer vínculo com a empresa.
A EMS ressalta que foi escolhida pelo laboratório oficial da Marinha, responsável pela contratação de parceiros privados na PDP (Parceria para Desenvolvimento Produtivo) em questão, para implantação e transferência de tecnologia e produção de medicamentos estratégicos para fornecimento ao SUS (Sistema Único de Saúde). A EMS esclarece que a PDP entre laboratórios farmacêuticos oficiais do governo e empresas privadas buscam o fortalecimento dos laboratórios oficiais e tem como objetivo trazer economia e desenvolvimento ao país.
A EMS destaca que não é alvo de investigação pelas autoridades, apoia as apurações sobre o caso e está à disposição dos órgãos competentes para quaisquer esclarecimentos.

*
Que se note: eu não disse que a EMS está sob investigação. Eu é que fiquei curioso. O jornalismo não se limita a noticiar, ou a indagar, apenas o que a polícia ou o Ministério Público investigam, não é mesmo? Assessorias de imprensa, muitas vezes, orientam seus clientes a falar o mínimo possível e a dar respostas genéricas, num sentido diverso daquele em que esse termo é empregado no setor farmacêutico. Nesse caso, o “genérico” contém o princípio ativo do remédio de marca e o substitui. No caso da imprensa, a resposta genérica costuma ser usada para tentar distrair a atenção de quem pergunta; está mais para um placebo. A nota da EMS reforçou as minhas curiosidades.Por Reinaldo Azevedo

Tags: EMS, Labogen


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10/04/2014às 7:02

LEIAM ABAIXO



O Ipea, o instituto que tentou fazer dos brasileiros um bando de potenciais estupradores, mantém um núcleo politicamente delinquente na Venezuela, que defende a ditadura e ataca a democracia… por princípio! Nós sustentamos essa vagabundagem intelectual!;
Se Vargas renuncia agora, inelegível já estará até 2024; no plenário, ele tem alguma chance, ainda que remota. Ou: Deputado avisou que não aceita ser linchado pelos “companheiros”;
Opa! Gim Argello, o preferido de Dilma, desiste de indicação ao TCU;
E a gigante EMS, hein? Vai continuar muda? Queria com a Labogen do doleiro exatamente o quê? Ou: Um clássico que vem lá dos tempos de PC Farias!;
Isolado, André Vargas renuncia ao cargo de vice-presidente da Câmara;
Labogen, o preferido da dupla Vargas-doleiro, já tinha sido multado pela Saúde, mas Padilha assinou convênio mesmo assim;
Gim Argello, o preferido de Dilma para o TCU, é um ficha-suja, condição que ele omite em encontro com auditores;
O PT e a Petrobras: “Vamos botar ordem nesta orgia”, convidaria o Marquês de Sade!!!;
Há “prova pública” contra Vargas, diz relator de processo;
CCJ: nem justa nem constitucionalista. Ou: Rosa Weber vai jogar no lixo Paulo Brossard? Vamos ver;
Governo usa maioria na CCJ e muda foco de CPI;
Renan frauda conteúdo de acórdão do STF sobre CPI para tentar impedir que se investigue a Petrobras. Ou: O método de pensamento que prova não haver diferença entre Schopenhauer, Gabrielli e um jegue;
A aulinha arrogante, ilógica e contraditória de Gabrielli. Ou: Aquilo foi confissão de culpa?Por Reinaldo Azevedo


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10/04/2014às 6:54

O Ipea, o instituto que tentou fazer dos brasileiros um bando de potenciais estupradores, mantém um núcleo politicamente delinquente na Venezuela, que defende a ditadura e ataca a democracia… por princípio! Nós sustentamos essa vagabundagem intelectual!


Pedro Silva Barros, o chefe do Ipea na Venezuela: ele gosta do bolivarianismo e acha que a democracia não está com nada. Grande pensador! E ganha mais de US$ 12 mil por mês para isso!

O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que já chegou a ser um centro de excelência no Brasil, não demonstra hoje a sua vagabundice teórica e prática apenas produzindo pesquisas imprestáveis e erradas. Vai muito além disso. Dedica-se também ao proselitismo esquerdopata mais asqueroso, à defesa da ditadura, ao achincalhamento da democracia e, acreditem!, a ataques às oposições da Venezuela e do Brasil. Sim, eu estou me referindo àquele instituto que acusou, na prática, os brasileiros — inclusive as mulheres — de simpatizantes do estupro ou, quem sabe?, de potenciais estupradores. Depois veio a público para dizer que seus números estavam errados, mas que suas conclusões estavam certas. De chorar!

Poderia ter havido um lado positivo até: teve início um movimento das peladas, que resolveram escrever no corpo “Eu não mereço ser estuprada”. Muita pelada por nada! Os números reais evidenciavam, ao contrário do que se disse, que a esmagadora maioria dos brasileiros rejeitava frases machistas e sexistas sobre agressões às mulheres. Felizmente! Quanto ao peladismo, dizer o quê? Nesse caso, não foi diferente — sempre é assim quando se fica nu por razões políticas: quem vale a pena não tira a roupa, quem tira não vale a pena… Ainda está para surgir o casamento perfeito entre a causa de quem se despe e a causa de quem só olha. Em suma: o Ipea nos acusou de um bando de potenciais estupradores, e a gente, felizmente, não era. Que bom! Mas por que isso agora?

Na Folha de hoje, há uma reportagem de Fabiano Maisonnave com informações verdadeiramente estarrecedoras. O Ipea tem uma filial na Venezuela desde 2010 — vocês sabem: um acordo entre Luiz Inácio Apedeuta da Silva e Hugo Chávez. É a única representação internacional do instituto. Como se sabe, o país está mergulhado numa crise econômica e política sem precedentes; a economia está quebrada; a violência literalmente corrói o tecido social. Falta de tudo: de comida a papel higiênico. O chavismo inferniza a vida dos venezuelanos em toda a sua, digamos, cadeia existencial… O Ipea, cuja vocação é fazer estudos macroeconômicos, deve estar cuidando disso, certo? Errado. Leiam o que informa a Folha:
“Nestes quatro anos, a Venezuela tem sofrido uma deterioração contínua de sua economia. A inflação fechou o ano passado em 56%, há desabastecimento de produtos básicos e um mercado de câmbio descontrolado. Apesar da conjuntura, nos estudos produzidos sobre a Venezuela no período e enviados pelo Ipea à Folha via Lei de Acesso à Informação, os assuntos predominantes são cooperação da Venezuela com o norte do Brasil e o modelo político venezuelano. Os tom varia entre neutro e elogioso ao chavismo. Nos estudos sobre cooperação, problemas como insegurança jurídica ficam praticamente de fora, apesar do recente histórico de nacionalizações e do relativamente baixo investimento estrangeiro.”

Informa ainda a reportagem: “A missão é chefiada pelo economista brasileiro Pedro Silva Barros, autor de textos no qual defende os governos de Chávez e o de seu sucessor, Nicolás Maduro, e critica a oposição venezuelana.” O tal Barros é um colaborador do site esquerdista “Carta Maior”. Vale dizer: não é um economista, mas um militante do PT. Vive bem por lá: tem um salário de US$ 12.291, superior ao de qualquer professor universitário no Brasil.

O Ipea da Venezuela é capaz de escrever coisas como esta:
“O modelo bolivariano afasta-se, sem dúvidas, da democracia representativa despolitizadora que predomina ainda hoje no mundo. Supera o modelo idealizado pelos pais fundadores da república norte-americana”.

Entenderam? Temos no Ipea da Venezuela gente que odeia a “democracia despolitizadora”. O instituto gosta mesmo é do bolivarianismo politizador, que persegue a imprensa, que confere ao governo o monopólio do acesso à radiodifusão, que põe milícias armadas nas ruas para enfrentar os opositores a bala, que frauda eleições.

Em suma, o que se tem lá é um pouco do lixo mental brasileiro. Na sexta, conversava com amigos aqui em casa. Um deles me disse que discordava de certa abordagem que eu fazia porque, às vezes, ficava parecendo que os petistas eram Pol Pot. Ponderei que não são, claro! Mas não porque não queiram ou não quisessem, mas porque não podem. E quem não permite que sejam somos nós.

O Ipea da Venezuela é a prova disso. Onde eles podem defender um governo de força, que elimina os adversários na base da bala e da porrada, eles o fazem sem pestanejar.

Sobre a recente visita da deputada oposicionista María Corina Machado ao Brasil, escreveu o tal Barros: “[O senador tucano] Aécio Neves a saudou como representante da voz das barricadas, legitimando a violência que levou a morte de quase 40 venezuelanos.” Trata-se de mais uma delinquência política. A esmagadora maioria dos mortos é constituída de opositores, assassinados pelas milícias chavistas armadas, defendidas pelo Ipea.

Quem botou o rapaz lá foi Márcio Pochmann, o petista que transformou o instituto no braço mais burro do partido — sim, há profissionais competentes que ainda estão no instituto. O atual presidente é Marcelo Neri. Ainda não acabou com aquela sem-vergonhice por quê? Das duas uma: ou concorda ou, não concordando, não tem poder para fechar aquela porcaria ou substituir os quadros. Nesse caso, se não pede a conta, então é conivente.Por Reinaldo Azevedo

Tags: democracia, Ipea, Venezuela


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09/04/2014às 22:24

Se Vargas renuncia agora, inelegível já estará até 2024; no plenário, ele tem alguma chance, ainda que remota. Ou: Deputado avisou que não aceita ser linchado pelos “companheiros”



O deputado petista André Vargas (PT-PR) renunciou, como vocês podem ler abaixo, à vice-presidência da Câmara e do Congresso, mas ainda não ao mandato. Posto de lado pelo próprio PT, que já sentiu o cheiro de carne queimada, não tem mais por onde escapar. O próprio Lula o jogou na fogueira. Ele que se explique. Como explicação não há…

Na carta de renúncia, afirma que está deixando o cargo na Mesa Diretora da Câmara para se concentrar na sua defesa, já que, conforme o esperado, o Conselho de Ética decidiu mesmo abrir um processo por quebra de decoro parlamentar. O relator é o deputado Júlio Delgado, do PSB de Minas, que relatou o caso José Dirceu, pedindo, então, a sua cassação. Também agora, Delgado não deixa muita dúvida sobre o que vai fazer: “A gente tem muita prova pública e notória. Vamos trabalhar no prazo de 90 dias, garantindo o amplo direito de defesa ao deputado André Vargas, mas, a cada dia, surgem novos fatos da relação com o doleiro. O fato de ele, na tribuna da Câmara, ter dito que a relação era superficial compromete porque a gente agora sabe que é mais profunda do que isso!”. E como é!

O PT estava doido para Vargas renunciar — e já! Mas ele não quer de jeito nenhum! Lá entre eles, apurou este blog, alega que tem muitos serviços prestados ao partido — vai saber quais — e que não aceita o linchamento. Sim, senhores! Vargas já afirmou que não aceita ser hostilizado pelos seus próprios companheiros. Sabem-se lá quais são as histórias que só os frequentadores dos subterrâneos do petismo conhecem.

Em sua carta, diz Vargas:
“Tenho enfrentado um intenso bombardeio de denúncias e ilações lançadas em veículos de imprensa baseadas apenas em vazamentos ilegais de informações, as quais terei agora a oportunidade de esclarecer, apresentando minha versão – a verdade – a respeito de tudo que vem sendo divulgado.”

Não sei por que o petista precisa esperar tanto tempo. Quando o doleiro Youssef lhe diz que um contrato do laboratório Labogen com o Ministério da Saúde vai lhe render a “independência financeira”, Vargas poderia nos explicar que outro sentido tem essa expressão além de… independência financeira. Quando o doleiro Youssef diz que precisa “captar”, e ele, Vargas, promete entrar em ação, poderia nos revelar, desde já, captar o quê. Um doleiro faz captação de quê? De borboletas? De advérbios? De prosopopeias?

Mais: foram-lhe dadas chances de explicar o aluguel do jatinho feito pelo doleiro, que o levou e à família de férias para a Paraíba. O mimo custou R$ 100 mil. Vargas preferiu contar o oposto da verdade para os deputados. Isso costuma ser fatal mesmo para os elásticos padrões brasileiros.

Então por que esperar? Vejam só: se Vargas renuncia agora, dada a Lei da Ficha Limpa, ele já está inelegível por oito anos a partir de 2015. A punição só acaba em 2022 — ano em que ele ainda não poderá ser candidato a nada. Pode tentar voltar à vida pública, mantido o calendário atual, só em 2024, nas eleições municipais. Caso seja cassado pela Câmara, que é o mais provável, a punição é a mesma. Assim, parece que, entre chance nenhuma e uma chance remota, ele escolheu a segunda hipótese — apesar da humilhação que representaria a cassação.

Uma das estrelas em ascensão do petismo; o ilustre representante da tropa de choque lulista no PT; o homem com fama de derrubar até ministra de estado; o comandante em chefe espiritual dos blogs sujos a serviço do petismo caiu em desgraça. E não foi em razão de nenhuma tramoia da oposição.

Quem está pisando em ovos é a senadora Gleisi Hoffmann, pré-candidata do PT ao governo do Paraná. Vargas iria coordenar a sua campanha e tinha o PT paranaense na palma da mão. Será que, na vida partidária propriamente, eram outros os seus métodos? Em se tratando de PT, cabe uma outra pergunta: Vargas atuava apenas em seu próprio nome? Não se esqueçam de que, mesmo na cadeia, Youssef recebeu um recado: tomar cuidado para não falar demais e arrastar gente graúda.

Por Reinaldo Azevedo

Tags: André Vargas, PT


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09/04/2014às 22:20

Opa! Gim Argello, o preferido de Dilma, desiste de indicação ao TCU



Por Marcela Mattos, na VEJA.com:
Preterido por senadores e pelo próprio presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), o senador Gim Argello (PTB-DF) desistiu de tentar uma cadeira de ministro na Corte. O anúncio foi feito ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na noite desta quarta-feira, poucas horas depois de a oposição ter apresentado outro nome à vaga. A assessoria de Argello deve soltar uma nota com os motivos da desistência.

Nesta quarta, o presidente do TCU, Augusto Nardes, defendeu que o Congresso aprove nomes de “reputação ilibada” e “idoneidade moral” – o que não é caso do indicado pelo governo. Gim Argello responde a diversas ações no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeitas de crime contra a Lei de Licitações, crime eleitoral, peculato, crime contra a administração pública, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Ele chegou ao Senado como suplente e assumiu a vaga de Joaquim Roriz, que renunciou para fugir da cassação.

Em outra frente, senadores de cinco partidos – PSB, PSDB, PSOL, DEM e PDT – se articularam para tentar barrar a indicação do senador. Como alternativa, apresentaram o nome de Fernando Moutinho, consultor do Orçamento do Senado desde 2006 e que já atuou como auditor do tribunal por sete anos.

O nome de Gim Argello tinha o aval do Palácio do Planalto e de senadores governistas. Na terça-feira, parlamentares aliados tentaram aprovar, a toque de caixa, o nome do petebista ao cargo. Por um voto, o requerimento foi derrotado, levando a indicação ao rito normal da Casa, passando por uma sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

O petebista era cotado para substituir o ministro Valmir Campelo, que teve a aposentadoria publicada no Diário Oficial da União (DOU) de segunda-feira.

Em nota, Argello afirma que sua indicação foi usada como “instrumento de disputa política”. “No momento em que a honrosa indicação do meu nome para o cargo de ministro do Tribunal de Contas da União é usada como instrumento de disputa política em ano eleitoral, entendo que devo abrir mão desta honraria”, afirmou.

No documento, o senador não diz se tentará a reeleição ou buscará uma vaga na Câmara dos Deputados. “Com fé renovada em Deus e com o mesmo desprendimento demonstrado ao longo dos meus vinte anos de vida pública, reafirmo meu compromisso com o povo do Distrito Federal, com a sociedade brasileira, com o Senado da República, com o Partido Trabalhista Brasileiro”, afirmou.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Gim Argello, TCU


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09/04/2014às 21:21

E a gigante EMS, hein? Vai continuar muda? Queria com a Labogen do doleiro exatamente o quê? Ou: Um clássico que vem lá dos tempos de PC Farias!





A EMS, a gigante do setor farmacêutico, deve estar comemorando o nosso, dos jornalistas, temperamento colaborativo, não é mesmo? Eu estou enganado ou o laboratório-lavanderia Labogen havia celebrado um acordo com a empresa para o fornecimento de remédios ao Ministério da Saúde?

Quem, de fato, iria fornecer o citrato de sildenafila, o genérico do Viagra, para o ministério? Que eu saiba, seria a EMS. Por que um laboratório com um faturamento anual de R$ 5,3 bilhões precisa de uma cabeça de porco com folha de pagamentos de R$ 28 mil — isso na hipótese de que tenha existência real?

Se eu, Reinaldo, propuser um negocinho à EMS, mesmo sem ser do ramo — e, definitivamente, em matéria de remédios, sou apenas consumidor, não obsessivo, mas contumaz ao menos —, o laboratório topa? É estranho o silêncio da empresa até agora, não é mesmo?

Mas chegou a hora de falar. O que a EMS queria com a Labogen? Estava interessada na expertise do laboratório de Youssef? Quem fez o contato? Quais foram os intermediários na conversa?

A única coisa boa de envelhecer é ter memória, né? Eu me lembro ainda que, quando as tripas do governo Collor vieram à luz, apareceram notas fiscais de alguns gigantes do capitalismo brasileiro para empresas de PC Farias, o caixa do presidente deposto, notadamente a Tratoral. Ora, que tipo de serviço a dita-cuja oferecia? Nenhum! Era só uma forma legal de pagar propina por benefícios extralegais. Algumas notórias reputações foram flagradas na operação. Nessas horas, vem a cascata de sempre: “Se a gente não cede, acaba sendo prejudicado”. Ora, ponham a boca no trombone em vez de se deixar chantagear por pilantras.

A associação de empresas legais com empresas de fachada é um clássico de malandragem política. Que a Labogen não seja séria, disso a gente já sabe. Agora resta que a séria EMS se explique. Alguém forçou o acordo? Antes de celebrar uma parceria ou uma sociedade, esta gigante do setor farmacêutico ao menos se ocupa de colher informações cadastrais das empresas com as quais faz negócio? Qual era a experiência da Labogen na fabricação de remédios? Já tinha produzido antes o quê?

Deixo aqui as minhas perguntas à EMS. Se a empresa quiser responder, publico com muito gosto.Por Reinaldo Azevedo

Tags: EMS, Labogen, Ministério da Saúde


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09/04/2014às 21:19

Isolado, André Vargas renuncia ao cargo de vice-presidente da Câmara



Por Laryssa Borges, na VEJA.com. Comento daqui a pouco.
Isolado na Câmara dos Deputados e escanteado pelo PT, que se recusou a defendê-lo publicamente, o deputado petista André Vargas renunciou nesta quarta-feira ao cargo de vice-presidente da Casa. Ele mantém o mandato parlamentar, mas abre mão do cargo na Mesa Diretora. Na carta em que justifica a decisão, Vargas alega que precisa se dedicar à defesa que apresentará no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, que na tarde de hoje instaurou processo para apurar as relações entre o congressista e o doleiro Alberto Youssef, preso na operação Lava-Jato e apontado como um dos principais personagens de um esquema de lavagem de dinheiro responsável por movimentar 10 bilhões de reais nos últimos anos.

“Em virtude da decisão tomada hoje pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados pela instauração do procedimento de apuração de denúncias apresentadas contra mim, decidi apresentar minha renúncia à vice-presidência desta Casa. Tomo esta decisão para que eu possa me concentrar em minha defesa perante o Conselho e para não prejudicar o andamento dos trabalhos da Mesa Diretora e também preservar a imagem da Câmara, do meu partido e de meus colegas deputados”, disse ele em carta.

“Tenho enfrentado um intenso bombardeio de denúncias e ilações lançadas em veículos de imprensa baseadas apenas em vazamentos ilegais de informações, as quais terei agora a oportunidade de esclarecer, apresentando minha versão – a verdade – a respeito de tudo que vem sendo divulgado”, completou.

Internamente, Vargas sofria pressão para que também abrisse mão do mandato parlamentar, mas, se o fizesse, perderia o foro privilegiado de deputado e poderia ser investigado pela Justiça do Paraná no âmbito da Operação Lava-Jato da Polícia Federal.

Para aliados, a situação de André Vargas ficou insustentável após o ex-presidente Lula ter rifado o companheiro. “Ele é vice-presidente de uma instituição importante, que é a Câmara dos Deputados, e acho que quando você está em um cargo desses, tem que ser exemplo. Espero que ele consiga convencer a sociedade e provar que não tem nada além da viagem de avião, porque, no final, quem paga o pato é o PT”, disse Lula nesta terça em entrevista a blogueiros.

Político em ascensão no PT, Vargas ganhou prestígio no partido por defender o “controle social da mídia” como secretário de Comunicação da sigla. Chegou à vice-presidência da Câmara. Foi de uma das cadeiras de comando da Casa que levou os colegas de bancada ao êxtase quando ergueu o punho repetindo o gesto dos mensaleiros presos, em provocação ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa – chegou a dizer também que tinha vontade de “dar uma cotovelada” em Barbosa durante a visita do ministro-relator do mensalão à Câmara.

A ruína de Vargas começou quando o jornal Folha de S. Paulo revelou que ele havia viajado para o Nordeste em um jatinho bancado pelo doleiro. O presente custou 100.000 reais. Desde então, o petista iniciou uma sequência de versões: tentou atribuir a notícia à intriga de adversários políticos no Estado, depois afirmou que recorreu à ajuda do doleiro porque as passagens estavam muito caras e até subiu à tribuna para dizer que cometera um “equívoco” e fora “imprudente”. As investigações da PF, entretanto, mostraram muito mais.

Reportagem de VEJA mostrou que as ligações de Vargas e Youssef vão além da amizade: a dupla trabalhava em parceria para enriquecer, fraudando contratos com o governo federal. Mensagens de celular interceptadas pela Polícia Federal apontam que o petista exercia seu poder para cobrar compromissos de Youssef. Em uma das conversas flagradas pela PF, o deputado e o doleiro conversam sobre contratos do laboratório Labogen com o Ministério da Saúde – a empresa receberia 150 milhões de reais em vendas de medicamentos. O Labogen é uma das empresas do esquema do doleiro e está registrada no nome de um laranja.

O aparecimento do Ministério da Saúde nas investigações é uma das principais preocupações de Lula: o ex-titular da pasta, Alexandre Padilha, é seu candidato ao governo de São Paulo. Além disso, Lula e o PT temem que o agravamento do caso atrapalhe os planos da senadora e ex-ministra Gleisi Hoffmann (PT) na disputa pelo governo do Paraná – Vargas, inclusive, era cotado para chefiar a campanha.

Leia a íntegra da carta de André Vargas:
Em virtude da decisão tomada hoje pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados pela instauração do procedimento de apuração de denúncias apresentadas contra mim, decidi apresentar minha renúncia à vice-presidência desta Casa. Tomo esta decisão para que eu possa me concentrar em minha defesa perante o Conselho e para não prejudicar o andamento dos trabalhos da Mesa Diretora e também preservar a imagem da Câmara, do meu partido e de meus colegas deputados.

Tenho enfrentado um intenso bombardeio de denúncias e ilações lançadas em veículos de imprensa baseadas apenas em vazamentos ilegais de informações, as quais terei agora a oportunidade de esclarecer, apresentando minha versão – a verdade – a respeito de tudo que vem sendo divulgado.

Enfrentarei tranquilamente este processo na certeza de que provarei ao final que não cometi nenhum ato ilícito. Sigo com muito orgulho de minha história política e minha luta ao lado de tantos companheiros, em defesa do povo paranaense e pela construção de um Brasil melhor.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Alberto Youssef, André Vargas, Câmara dos Deputados, Labogen, PT


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09/04/2014às 20:23

Labogen, o preferido da dupla Vargas-doleiro, já tinha sido multado pela Saúde, mas Padilha assinou convênio mesmo assim



Lauro Jardim informa no Radar que a Anvisa, órgão do Ministério da Saúde, aplicou duas multas ao laboratório-lavanderia de Alberto Youssef, o tal Labogen. Mas não conseguiu aplicar a punição porque não encontrou a empresa no local informado à Receita. Nem poderia, não é mesmo?

A Labogen é aquele suposto “laboratório” em nome do qual o ainda deputado André Vargas (PT-PR) fez lobby e que conseguiu, por incrível que pareça, assinar um contrato com o Ministério da Saúde no valor R$ 31 milhões — o protocolo apontava para um acordo mais amplo: de R$ 150 milhões.

Pois é… O contrato foi assinado por Alexandre Padilha, então ministro da Saúde e reconhecido cabo eleitoral de Vargas no Paraná, como se vê abaixo (já publiquei este vídeo — de interesse jornalístico, certo, senhores do YouTube?).



Cabe, então, a questão óbvia: o tal Lobogen não tinha exatamente uma boa reputação no ministério, certo? Ainda que não fosse matéria de conversa cotidiana, suponho que a pasta, antes de celebrar convênios ou encomendas de serviços ou produtos, verifique a idoneidade da empresa. Não é possível que não a submeta ao menos a seus arquivos. Ou qualquer vagabundo que dê pinta por lá e se ofereça para fornecer isso e aquilo tem seu pleito atendido?Por Reinaldo Azevedo

Tags: Alexandre Padilha, André Vargas, Labogen, Ministério da Saúde


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09/04/2014às 20:05

Gim Argello, o preferido de Dilma para o TCU, é um ficha-suja, condição que ele omite em encontro com auditores



O texto abaixo foi publicado antes da renúncia de Gim Argello à sua candidatura ao TCU. Mas eu o mantenho conforme foi escrito porque aí está dito o que precisa ser dito.

Ai, ai…

Dilma Rousseff, a nossa Soberana, cismou que seu amigão, o senador Gim Argello (PTB-DF), tem de ser membro do Tribunal de Contas da União. Para fazer parte do quadro, é preciso ter reputação ilibada! Vá lá que um ou outro por lá deixem a gente com a pulga atrás da orelha. Mas nunca houve outro como o Gim da Dilma. Além de haver nada menos de seis investigações no STF em que ele figura como o… investigado, parece que o amigão presidencial não tem muito apreço pelos fatos.

Na sexta-feira passada, dia 4, informa Felipe Coutinho na Folha, o Primeiro Amigo recebeu em seu gabinete auditores do TCU para abordar justamente as resistências a seu nome. Encontrou-se, entre outros, com Leonel Munhoz, presidente da Auditar (União dos Auditores Federais do Controle Externo). Há um vídeo sobre o encontro, que segue abaixo. Incrível! Gim assegura que há investigação, mas nenhuma condenação. Vejam. Volto em seguida.



Agora os fatos
Errado! Ele já foi condenado em primeira e segunda instâncias por irregularidades havidas no tempo que presidia a Câmara Legislativa do Distrito Federal. Foi peremptório: “Nunca fui condenado em absolutamente nada. Precisa ter tranquilidade, presidente, não tem nenhuma condenação. Tenho certeza de que vou ganhar”.

Ele sabia das condenações? Ora, claro que sim! Por isso mesmo recorreu ao Superior Tribunal de Justiça em 2012. A própria Auditar põe o vídeo no ar. O senador assegura ter uma certidão negativa do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Ocorre que o TJ-DF informou à reportagem da Folha que tais certidões não incluem as condenações em fase de recurso. Digamos que o candidato a integrar um tribunal de contas, que é um órgão de auditoria, resolveu negociar com a verdade…

É uma piada macabra. Com a condenação em segunda instância, Gim não pode nem mesmo se candidatar por causa da lei da Ficha Limpa. É bom lembrar que ele chegou ao Senado sem voto: era suplente do grande patriota Joaquim Roriz, que teve de renunciar em julho de 2007 para não ser cassado. Bem rapidinho, passou a integrar o grupo dos preferidos da Soberana, quando ainda era ministra.

“Isso complica muito a situação dele em termos de poder assumir um cargo no tribunal, porque tem a questão da idoneidade que fica comprometida”, afirmou ao jornal o presidente do TCU, Augusto Nardes. Nesta quarta, a Auditar apresentou requerimento ao Senado pedindo a suspensão do processo de indicação de Argello.

Olhem aqui: é muito topete Dilma Rousseff recorrer aos préstimos do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) para indicar para o TCU alguém que não pode nem mesmo se eleger parlamentar porque é um ficha-suja. O plenário do Senado tem de aprovar o seu nome: imaginem o vexame se a Casa endossa a postulação de alguém que não poderia nem mesmo fazer parte daquele clube.

Por que Dilma não nomeia Gim Argello seu ministro? Para tanto, não é preciso ter reputação ilibada, certo?Por Reinaldo Azevedo

Tags: Gim Argello, TCU


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09/04/2014às 19:20

O PT e a Petrobras: “Vamos botar ordem nesta orgia”, convidaria o Marquês de Sade!!!




“Vamos botar ordem nesta orgia”, diria Donatien Alphonse François de Sade (imagem), o famoso Marquês de Sade, que deu origem ao substantivo “sadismo” e ao adjetivo “sádico”. É claro que ele não disse isso, mas poderia tê-lo feito. Num livro chamado “A Filosofia na Alcova”, o escritor e transgressor francês narra os atos sexuais mais bizarros, mas tudo com incrível método, descrevendo cada prática no detalhe e demonstrando que elas devem seguir determinado ritual, determinada ordem — daí a piada que se começou a fazer com ele: “Vamos botar ordem nesta orgia”. Recomendo o livro, não as estrepolias, aos maiores de idade, até porque ele já deixa claro por que a Revolução Francesa não era coisa que prestasse. Mas voltemos.

A orgia legal petista não tem ordem nenhuma, não tem método, não tem nada. Sade podia narrar as piores cenas, mas tudo com muita elegância, coisa que a companheirada não tem. É grossa. Mata a bola de canela. Vejam vocês: o Senado adiou a decisão sobre a CPI para a próxima terça-feira. Só então o plenário vai decidir se acata ou não o parecer da CCJ, que optou pela comissão mais ampla, conforme a proposta dos governistas. No seu requerimento, investigam-se, além das lambanças na Petrobras, acusações de mau uso do dinheiro público em São Paulo, Pernambuco e Minas. Tudo ao mesmo tempo agora.

Acontece, vejam que coisa, que o plenário também terá de votar uma outra questão: o PT alega que a investigação da Petrobras não tem fato determinado; que há acusações sem ligações entre si. Que coisa fabulosa! As oposições querem uma CPI específica para apurar evidências de irregularidades na Petrobras. Os petistas alegam que falta o fato determinado. Não obstante, eles propõem, e conseguem aprovar, uma comissão ainda mais ampla: além da Petrobras, que se investiguem também os governos de São Paulo, Minas e Pernambuco.

Pergunta óbvia: se o PT alega que falta um fato determinado no caso da estatal, como é que justifica uma CPI ainda mais ampla, que apuraria também supostos malfeitos em três estados? O Marquês de Sade certamente ficaria furioso com o PT. Ele, que era um homem muito politizado, embora gostasse mesmo é de uma sacanagem, diria: “Assim não é possível fazer orgia; orgia, do modo como agem os petistas, vira uma grande bagunça”.

Também na próxima terça, está prevista a leitura de dois outros requerimentos de CPI, aí mistas: a da oposição, que pede investigação dos casos escabrosos na Petrobras, e a do governo, que repete a fórmula “tudo ao mesmo tempo agora” empregada no Senado.

Alguém poderia perguntar: “Mas o governo quer mesmo investigar os estados comandados por oposicionistas?”. Resposta: pode até querer, mas esse não é o objetivo principal. O que se pretende evitar a todo custo é uma CPI da Petrobras. E deve haver fortes motivos para isso, não? Dois dos negócios considerados ruinosos para a empresa — a compra, a um preço estratosférico, de uma refinaria nos EUA e a venda, por um valor considerado abaixo do de mercado, de outra refinaria na Argentina — foram feitos em 2006, em pleno ano eleitoral.

Mais: as acusações pilantras de que o PSDB teria pretendido privatizar a Petrobras — o que é mentira — constituíram um pilar das campanhas eleitorais petistas de 2002, 2006 e 2010. O que se vê é que privatizada a empresa está hoje: passou a ser propriedade dos companheiros, que não leram Marquês de Sade. Não porque não gostem de sacanagem, mas porque não têm método.Por Reinaldo Azevedo

Tags: CCJ do Senado, CPI da Petrobras, Senado


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