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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

CATEDRAIS MEDIEVAIS O retorno das pombas à catedral de Dijon




CATEDRAIS MEDIEVAIS






Posted: 26 Nov 2013 11:30 PM PST





As gárgulas da catedral de Dijon passavam muito frio no Natal


Na Borgonha, as pedras nunca são brancas por vontade de Deus.




Ao contrário, com o passar dos anos e dos séculos elas ficam bem cinzentas e até pretas.




No alto da catedral, as gárgulas – aquelas esculturas de animais quiméricos colocadas para dar vazão às águas de chuva e qualquer outra sujeira tirada por esta do telhado –, sempre bem alinhadas, estavam mais do que feias.




Mais. Sentiam-se doentes e tristes no seu pétreo silêncio.




Por obra dos entalhadores, elas tinham formas de diabos, monstros e animais horríveis. 




O vento, a chuva, as geadas, as fumaças, tudo contribuía para deixá-las mais estragadas, repulsivas e decadentes.




Acontecia também – e ninguém sabia explicar – que as pombas tinham diminuído em número, a ponto de quase desaparecerem.




Só restavam algumas, mas estavam velhas e doentes. Já não se via seu vulto branco no céu e nos galhos das árvores.







A Virgem Negra da catedral de Dijon


Elas não mais arrulhavam como outrora nos jardins.




O Natal foi se aproximando, e com ele o frio, o vento gélido e os nevoeiros do inverno que estragavam as gárgulas. 




Uma noite gelou de rachar a pedra, que rachou verdadeiramente numa noite de lua: o gelo fez estourar encanamentos e gárgulas.




Essa tragédia desencadeou uma revolta. Enquanto os homens dormiam, as gárgulas saíram de seu sono pétreo, reuniram-se num conciliábulo noturno e tomaram uma grande decisão.




Dias atrás elas tinham ouvido que na capela da Virgem Negra, na catedral, havia sido montado um grande presépio.




Dizia-se que ali havia velas, luz, calor.




Na véspera, os sinos haviam repicado com maior força e toda a cidade fora visitar o referido presépio.




Mais tarde, as pessoas voltaram felizes às suas casas aquecidas, enquanto as portas da catedral eram fechadas.







Ouviram que o mais belo Menino estava lá


As gárgulas haviam visto aquele espetáculo.




Mais: do alto da catedral, elas contemplavam de um extremo a outro da cidade centenas de janelas iluminadas nos aconchegantes lares.




Ainda ouviram elas que dentro da capela podia-se ver o mais belo bebê que nasceu na Terra.




As gárgulas chegaram a um acordo: embora feitas de pedra estragada pelo frio, elas se refugiariam na capela e falariam com o Menino.




Acabariam com aquele frio e, além do mais, fariam alguma coisa inusual!




Na hora mais pesada da noite, começaram elas a se movimentar, cada uma mais feia do que a outra, mais enegrecida e suja do que a vizinha, mais torta e espantosa do que se podia imaginar.




Agrupadas se pareciam mais com um bando de corvos negros.




Elas eram dezenas e voavam em torno do campanário à procura de alguma entrada. Assim que a descobriram enfiaram-se todas dentro num só e sinistro voo.







Quando o Menino as viu chegar chorou de espanto


Quando o Menino as viu chegar com suas enormes asas pretas e repugnantes bicos pontiagudos, começou a chorar de horror.




Nem sua Mãe conseguia acalmar seu choro de medo.




Apavorados pelo pânico que eles próprios tinham suscitado, os corvos-gárgulas retrocederam.




E se reuniram de lado de fora, numa hora em que a neve começara a cair.




Puseram-se então a discutir o que fazer. 




A disputa foi longe e não chegavam a um acordo. Voltar ao teto da catedral? Que horror! Que frio!




Mas fazer chorar um recém-nascido era um crime insuportável!




Finalmente, decidiram voltar à capela, devagarzinho, em boa ordem, calmamente, com silêncio e disciplina.







Na segunda vez, vendo-as o Menino riu


Quando o Menino os viu, começou a rir. E o fazia a plenos pulmões de gáudio e satisfação.




Os corvos-gárgulas não acreditavam no que viam. Eles, esses monstros alegravam o Menino?




Eles se olharam uns aos outros e atinaram com estupefação que não se pareciam mais corvos.




A neve que caíra sobre eles do lado de fora os tinha recoberto com seu manto branco.




Vendo-os chegar, a Mãe daquela divina Criança voltou seu olhar com um sorriso apiedado para o tabernáculo, e rogou para que a neve branca e delicada que os cobria nunca mais derretesse.




Se aqueles pássaros não assustaram o Menino era porque sua plumagem tinha ficado suave, sedosa e alva.




Foi assim que numa bela manhã de Natal os habitantes de Dijon viram que as pombas haviam reaparecido voando sobre a catedral.




É por isso também que os guias honestos contam aos turistas que as gárgulas hoje existentes na catedral não são as originais, mas meras cópias.





(Fonte: Sophie e Béatrix Leroy d'Harbonville, "Au rendez-vous de la Légende Bourguignonne", ed. S.A.E.P., Ingersheim 68000, Colmar, França)
























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-O coletivismo é a negação da liberdade, porquanto a sede da liberdade é o indivíduo. Tanto é que a pena mais severa na história da humanidade é a privação da liberdade. A essência da liberdade é una e indivisível e daí a designação do sujeito como "indivíduo".

Aluízio Amorim

Filósofa russa Ayn Rand :



“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.”



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