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Segundo a Revista Fórum, publicação de extrema-esquerda, a professora Cléo Tibiriçá foi denunciada pelo Instituto Millenium por usar material com viés ideológico em sala de aula. Vejam:
Coordenado pelo advogado e articulista do Instituto Millenium Miguel Nagib, o site Escola Sem Partido divulgou no dia 22 de novembro uma nota acusando uma professora da Faculdade de Tecnologia de São Paulo de doutrinação ideológica de seus alunos. Para o advogado, a professora Cléo Tibiriçá não deveria ter indicado um material didático com viés ideológico, acusando-a de desenvolver nos alunos uma aversão a tudo que não se identifique com a "visão esquerdista".
Entre os autores recomendados pela docente estão o historiador Eric Hobsbawn, o linguista Marcos Bagno e o sociólogo Ruy Braga, além de uma canção de Chico Buarque e documentários sobre Milton Santos e a participação dos Estados Unidos no golpe militar.
"Não nos move nessa iniciativa nenhuma indisposição pessoal em relação à professora — que sequer conhecemos –, mas a convicção de que é necessário denunciar publicamente essa prática ilícita que é a doutrinação política e ideológica em sala de aula", justifica-se Miguel Nagib na nota. O texto foi encaminhado ao coordenador do curso de Comércio Exterior da FATEC-Barueri, Givan Fortuoso, ao diretor da faculdade, Evandro Cleber da Silva, à Diretora Superintendente do Centro Paula Souza, Laura Laganá, e ao secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia.
O ideal do Escola Sem Partido é o fim das aulas com "visão ideológica", por meio da construção de uma aula pretensamente regida pela neutralidade e imparcialidade. O site da ONG republica textos de Luiz Felipe Pondé, coautor do livro Por Que Virei à Direita, e persegue professores que se identificam com o que chamam de "ideologia esquerdista".
Aliás, muito bem lembrada a questão da "participação dos Estados Unidos no golpe militar", pois Ladislav Bittman confessou que a ideia dos Estados Unidos estarem por trás do golpe militar de 1964 foi apenas uma campanha de desinformação. Logo, a professora também poderia ser acusada de divulgar informação flagrantemente falsa, ou mesmo de fazer campanha de desinformação em sala de aula.
O mais bizarro é a resposta da professora:
Em nota, a professora Cléo acusou o site de divulgação de correspondência eletrônica particular. Além disso, ela critica a postura autoritária do autor ao julgar seu método de ensino: "Dado que a questão me é dirigida como docente, e não como simples cidadã, quero salientar, antes de qualquer coisa, a ausência de legitimidade de seu blog para julgar conteúdos ministrados por mim ou por qualquer outro professor".
A professora também reprova os objetivos da ONG, classificando as ameaças como tendenciosas e infundadas e mostrando o apoio do blog a quem sempre quis ditar os rumos do Brasil. Por fim, Cléo publica na nota o artigo 207 da Constituição Federal: "As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão."
Como sempre, a mente de extrema-esquerda não consegue ordenar sequer um pensamento lógico.
Quer dizer que denunciar não apenas viés ideológico como propaganda de desinformação em sala de aula é "postura autoritária do autor" da denúncia? Qual o argumento lógico para chegarmos à essa conclusão?
A FATEC é uma instituição estadual. Logo, depende de nosso dinheiro, e portanto não pode ser usada para propaganda que beneficie um grupo político sobre outro. Denunciar o viés ideológico é uma luta contra o autoritarismo, que a professora de extrema-esquerda quer manter.
Ela ainda questiona a legitimidade do blog que fez a denúncia, quando isso é totalmente irrelevante. Não é ela que determina a legitimidade do denunciante ou não, mas sim as evidências que ela trouxer.
Por exemplo, se ela é acusada de dar espaço excessivo a Eric Hobsbawn, Marcos Bagno e Ruy Braga, então ela poderia provar sua inocência (quanto à acusação de viés ideológico) dizendo que deu espaço para Ludwig von Mises, Olavo de Carvalho e Ann Coulter. Mas, ao invés disso, ela se limitou a atacar quem a denunciou.
Aqui vale o ditado: quem cala consente. Em relação à denúncia feita contra ela, Cléo não se defendeu. Logo, ela é culpada de doutrinação ideológica de esquerda.
E, como diria Richard Dawkins, doutrinação escolar é pior que estupro. Logo, as denúncias devem ser cada vez mais assertivas, demonstrando a amoralidade do uso de dinheiro público para doutrinação em porcarias. Ou ela dá espaço dividido entre visões oponentes, ou então deve ser cada vez mais pressionada pelo seu crime moral.
Uma bola dentro do site Escola Sem Partido e do Instituto Millenium. Que venham mais denúncias como essa.
Em tempo: investigação do que é ensinado em salas de aula também é ceticismo político. ;)
lucianohenrique | 27 de novembro de 2013 às 12:55 am | Tags: doutrinação escolar, esquerdismo, estratégia gramsciana, instituto millenium, lavagem cerebral, marxismo, marxismo cultural, socialismo | Categorias: Outros | URL: http://wp.me/pUgsw-7td
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