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25 DE NOVEMBRO DE 2013
Não passa de 10% a quantidade dos que que acreditam que o Brasil conseguirá evitar a redução da nota de crédito do país.
Por Marlos Ápyus
Dados publicados hoje no UOL Economia confirmam o que já era esperado: a dívida pública federal, aquela que num passado nem tão distante os maketeiros disseram ter sido controlada pelo PT, voltou a atingir o segundo TRILHÃO de reais.
A Dívida Pública Federal (DPF) subiu 1,69% em outubro ante setembro e fechou o mês em R$ 2,022 trilhões. Foi o maior valor da série histórica iniciada em 2006, informou o Tesouro Nacional nesta segunda-feira (25). É a primeira vez que o montante passa de R$ 2 trilhões desde dezembro do ano passado.
(grifos nossos)
E ela não deve parar por aí:
De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), divulgado em março, a tendência é que o estoque da Dívida Pública Federal encerre o ano entre R$ 2,1 trilhões e R$ 2,24 trilhões.
(grifos nossos)
Após várias tentativas frustradas de controlar o rombo, o governo segue apostando na maquiagem dos números. É o que destacou mais uma vez um editorial do Estadão no dia 22:
Em busca de uma boa imagem, mas pouco disposta a um esforço real de austeridade, a presidente Dilma Rousseff mandou sua equipe fixar um superávit primário “alcançável e factível” para o fim de 2013 e para o próximo ano, segundo fontes do governo. Neste ano a administração federal diminuiu várias vezes a meta fiscal e recorreu a todos os truques legais disponíveis para baixar a meta de superávit primário – o dinheiro posto de lado para o pagamento de juros da dívida pública. Nem essas manobras funcionaram, porque a receita ficou abaixo da previsão, mas a gastança continuou sem freio.
(grifos nossos)
Não dá para dizer que não rolou um mínimo de esforço da parte do ministro da Fazenda pela reversão deste quadro, mas a expectativa é de que, com o ano eleitoral a se iniciar, tudo tenha sido em vão:
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, falou aos líderes sobre o risco de redução da nota de crédito do Brasil pelas agências de classificação e o potencial inflacionário do aumento das despesas. A hipótese de rebaixamento no próximo ano havia sido mencionada uma semana antes, em Nova York, por um diretor da Standard & Poor’s.
Não há como dizer neste momento se os líderes partidários levarão a sério o compromisso assumido na reunião. Continuarão pressionados, durante a tramitação da proposta orçamentária, para aumentar os gastos. Entre as demandas eleitorais e qualquer compromisso com a austeridade, certamente darão mais peso ao cálculo de votos. Por enquanto, o governo está empenhado principalmente em deter o avanço dos projetos-bomba, mas nem esse resultado é certo. Se a proposta de criação de um piso salarial para os agentes comunitários de saúde for aprovada, será difícil barrar benefícios semelhantes para outras categorias, como observou a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti.
(grifos nossos)
Segundo pesquisa da Bloomberg, não passa de 10% a quantidade de investidores que acreditam que o Brasil conseguirá evitar em 2014 a redução da nota de crédito do país. Os que apostam no contrário já são uma maioria absoluta:
Os investidores nunca foram tão pessimistas em relação às políticas da presidente Dilma Rousseff, com apenas 10 por cento dos entrevistados pela Pesquisa Global Bloomberg dizendo que o país será capaz de evitar um corte na nota de crédito no próximo ano.
Cinquenta e um se dizem pessimistas em relação às políticas de Dilma, em comparação com 22 por cento quando ela tomou posse em janeiro de 2011, segundo pesquisa feita com 750 analistas, investidores e operadores que são assinantes da Bloomberg.
(grifos nossos)
A principal característica do populismo é o constante esforço do populista pela manutenção de seu poder. Para isso, corriqueiramente abre mão do que é certo para fazer aquilo que agrada as massas. Em se tratando de economia, é basicamente o que tem ocorrido nos 11 anos de governo petista.
O problema é que um dia a conta chega. E este dia está cada vez mais perto.
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