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sábado, 19 de abril de 2014

Reinaldo Azevedo - Blog - VEJA.com



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Reinaldo Azevedo

Análises políticas em um dos blogs mais acessados do Brasil

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Se em meu ofício, ou arte severa,/ Vou labutando, na quietude/ Da noite, enquanto, à luz cantante/ De encapelada lua jazem/ Tantos amantes que entre os braços/ As próprias dores vão estreitando —/ Não é por pão, nem por ambição,/ Nem para em palcos de marfim/ Pavonear-me, trocando encantos,/ Mas pelo simples salário pago/ Pelo secreto coração deles. (Dylan Thomas — Tradução de Mário Faustino)



19/04/2014 às 6:14



Vejam esta foto de Werther Santana, publicada no Estadão deste sábado.


Debaixo de cada uma dessas barracas, há um petista. Ave! Eles participam nestefim de semana de um “camping digital” para organizar a guerrilha virtual contra os reacionários, entendem? Estão lá para aprender a fazer blogs, perfis nas redes sociais, militância em suma. Podem se preparar: a partir de segunda ou terça-feira, certamente aumentará muito o teor de trolagem na rede. São especialistas nisso. É alguém expressar uma opinião com a qual não concordam, tem início o festival de agressões, de baixarias, de demonização. Também fazem patrulha organizada dos meios de comunicação.

Essa coisa de “exército” organizado para defender pontos de vista me remete sempre a coisas como estas:





Uma das imagens dispensa comentários elucidativos. A outra retrata meninos da Juventude Fascista fazendo exercícios.

Na reportagem do Estadão, um dos participantes explica: “Hoje, um idiota de direita com cinco milhões de seguidores faz um estrago que não conseguimos conter com nossos militantes”. Por isso o partido decidiu reunir a sua “juventude”. Ah, entendi. O exército virtual está sendo montado para enfrentar “os idiotas de direita”.

Leio na reportagem que este blog — ou, quem sabe, o blogueiro — preocupa alguns membros da Juventude Petista. Uma das militantes virtuais explicava por que Dilma usou uma expressão de Valeska Popozuda no Facebook nestes termos:
“A gente não quer atrair só o pessoal da esquerda; queremos atrair a direita. Queremos atrair a juventude. Quem atrai a juventude? A Valeska Popozuda! Mas sou contra o pancadão político, bater por bater. Bloqueie quem te agredir. É melhor você eliminar uma pessoa agressiva do que alimentar o ódio dela. Se chamar de petralha, nem precisa responder!”.

Pô, eu nem sabia que essa palavrinha doía tanto. E olhem que já expliquei mais de uma vez: nem todo petista é petralha, mas todo petralha é petista. Ou por outra: o petralha é um tipo de petista que justifica o assalto aos cofres públicos em nome da causa.

Evidentemente, a palavra teria caído no vazio se isso não acontecesse com escandalosa frequência no país, certo? Em vez de cair, foi parar no “Grande Dicionário Sacconi da Língua Portuguesa”.


Verbete “petralha” no Grande Dicionário Sacconi da Língua Portuguesa

Pronto! Hoje é dia de odiar mais um pouquinho Reinaldo Azevedo, debaixo daquelas barracas. Imagino como deve ser à noite, com todos aqueles petistas pensando e rimando ao mesmo tempo… Estou a muitos quilômetros de São Paulo, mas sinto daqui…Por Reinaldo Azevedo

Tags: Eleições 2014, PT


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606 COMENTÁRIOS




18/04/2014 às 6:13
Ibope: mais gente REPROVA (48%) do que APROVA (47%) o modo como Dilma governa o país; boato de queda significativa de petista anima de novo os mercados


O Ibope divulgou nesta quinta uma pesquisa de intenção de voto par a Presidência da República. Os números são compatíveis com o levantamento mais recente do Datafolha. Quando Dilma é confrontada apenas com os principais oponentes, ela cai dos 43% que tinha em março para 39%; o tucano Aécio Neves oscilou de 15% para 16%, e Eduardo Campos, do PSB, passa de 7% para 8%. Quando entram os candidatos de pequenas legendas, Dilma marca 37%; Aécio, 14%, e Campos 6%. Nesse caso, as candidaturas nanicas, somadas, passaram de 1% para 3%. Num eventual segundo turno contra o tucano, a petista caiu de 47% em março para 43% agora, e ele passou de 20% para 22%; contra o peessebista, ela vai de 47% para 44%, e ele, de 16% para 17%. A esta altura, no entanto, esses são os números e os fatos menos importantes.



Importante mesmo é outro dado: segundo o Ibope, mais gente desaprova o jeito de Dilma governar (passaram de 43% em março para 48% agora) do que aprovam (de 51% para 47%). Observem: em um mês, há aí uma movimentação de 9 pontos contra a petista: ela tinha um saldo positivo de 8 e, agora, tem um saldo negativo de 1. Pode-se dizer, é verdade, que o eleitorado ainda descobre muito timidamente os candidatos de oposição, mas a queda de prestígio de Dilma é evidente. E não é menos verdade que essa desaprovação está começando a corroer os seus votos.

De novo, euforia
Ontem, circulou forte o boato de que uma pesquisa do Ibope indicaria uma queda significativa de Dilma. Mais uma vez, a reação foi de euforia. O Ibovespa reagiu. Na máxima, o índice chegou a subir 2,22%. No fechamento, a alta foi de 1,78%, aos 52.111 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,8 bilhões.

Agora é assim: mesmo quando Dilma cai muito no boato, o mercado sobe de fato. É curiosa a reação. A sensação evidente é mesmo a de que o governo, este governo, atrapalha o país. Que coisa, né? A simples perspectiva de que Dilma não se reeleja enche o Brasil de um ânimo novo. Por que será?Por Reinaldo Azevedo

Tags: Eleições 2014, Ibope


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18/04/2014 às 5:15
O voto e a casa da mãe Dilmona


Leiam trechos da minha coluna na Folha desta sexta:

Vamos lá, leitor, exercitar um pouquinho de “pessimismo de combate”? É aquele que levou Carlos Drummond de Andrade a escrever que “lutar com palavras/ é a luta mais vã/ entanto lutamos/ mal rompe a manhã”. Na quarta, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou relatório de Roberto Requião (PMDB-PR) proibindo a doação de empresas privadas a campanhas eleitorais. Segundo o senador, aceitá-la corresponderia a acatar a “legitimidade da influência do poder econômico no processo eleitoral e, por consequência, no resultado das eleições”. Com muito mais fru-fru, glacê e gongorismo igualitarista, é o que pensa o ministro Roberto Barroso, do STF.
(…)
A política brasileira, com frequência, é uma piada macabra com lances de chanchada. Não é surpreendente que um país com tantos recursos e com características demográficas e de formação social que constituiriam janelas de oportunidades ofereça a amplas maiorias uma vida tão ruim, tão insegura, tão sem perspectiva. A sociologia, da mais preconceituosa à mais ambiciosamente iluminista, pode ilustrar a melancolia e as “vastas solidões” (Joaquim Nabuco) em que transita o pensamento em Banânia, mas não as explica.
(…)
Venham cá: por que um partido político faz tanta questão de ter a diretoria de uma estatal? Para que suas teses sobre refino de petróleo ou hidrologia triunfem sobre as de seus rivais? Trata-se de uma luta de cavalheiros? Disputam as estatais para alimentar a República dos Ladrões. É cru, eu sei, mas é assim. E Requião, Barroso e outros sábios decidiram que a doação legal de campanha é que faz mal à democracia brasileira.
(…)
Leia a íntegra aquiPor Reinaldo Azevedo

Tags: Eleições 2014, Governo Dilma, Petrobras


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18/04/2014 às 5:11
Após 52 assassinatos em dois dias, PM da Bahia põe fim à greve


Por João Pedro Pitombo e André Uzêda, na Folha:
Policiais militares da Bahia encerraram ontem a greve da categoria, após quase dois dias de paralisação. A greve foi acompanhada por uma explosão da violência na Grande Salvador, a região mais afetada. Houve saques e ao menos 52 pessoas foram assassinadas em 46 horas, mais de uma por hora. A média diária na região metropolitana de Salvador é de cinco casos. A população sofreu com transtornos: ônibus deixaram de circular, lojas fecharam e eventos foram cancelados.

O movimento também expôs mais uma vez a relação delicada entre a PM baiana e a gestão Jaques Wagner (PT). Foi a segunda greve da PM em pouco mais de dois anos. Como na paralisação anterior, o líder foi o soldado Marco Prisco, agora vereador em Salvador pelo PSDB, eleito na esteira da visibilidade alcançada em 2012 e pré-candidato à Assembleia Legislativa.

Wagner, que apontou interesses “eleitorais” no movimento, negou que tenha cedido a pressões. “O que foi assinado hoje [ontem] é praticamente igual ao ofertado antes da greve”, disse. A PM reivindicava aumentos das gratificações, garantias de progressão de carreira e sanções mais brandas no novo código de ética da corporação, entre outros pontos.

O governo aceitou elevar gratificações e abrir nova discussão sobre código de ética e plano de carreira. Também disse que vai rever processos contra PMs da greve de 2012. “Pensamos muito mais na sociedade, que paga nossos salários”, afirmou o soldado Prisco, após cerca de mil policiais aprovarem o fim da greve em assembleia.
(…)

Por Reinaldo Azevedo

Tags: Bahia, Jaques Wagner


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18/04/2014 às 5:09
Petrobras – Empreiteiras que atuam na refinaria Abreu e Lima repassaram R$ 31 milhões a firmas de doleiro


Por Mário Cesar Carvalho, na Folha:
Uma planilha apreendida no escritório do doleiro Alberto Youssef, preso em março sob acusação de comandar um esquema de lavagem de dinheiro, aponta um dos modos como empreiteiras podem ter pago propina a agentes públicos para firmar contratos com a Petrobras, segundo a Polícia Federal. O documento registra o repasse de R$ 31 milhões por dois consórcios e uma empresa a firmas controladas pelo doleiro Youssef. As empreiteiras citadas na planilha foram contratadas para a construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, a obra mais cara da Petrobras atualmente.

Trata-se dos consórcios CNCC (formado por Camargo Corrêa e Cnec) e Conest (Obebrecht e OAS) e a Jaraguá Equipamentos. À Folha, todas negam ter negócios com as empresas de Youssef. Mas, em entrevista ao jornal “O Globo”, o presidente da Jaraguá reconheceu ter pago comissão ao doleiro. A suspeita da PF é que os R$ 31 milhões listados na planilha sejam propina para funcionários públicos e políticos que ajudaram as empreiteiras em questão a conseguir os contratos para tocar a obra da refinaria. Os destinatários dos valores repassados pelas empreiteiras, segundo o documento, são as empresas MO Consultoria, Rigidez e GFD. Segundo a PF, elas pertencem ao doleiro, o que ele nega.
(…)Por Reinaldo Azevedo

Tags: Alberto Youssef, Petrobras, refinaria Abreu e Lima


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17/04/2014 às 19:21
García Márquez: outro homem de gênio que era um idiota


Lá vou eu procurar sarna para me coçar, não é?, mas por que não? Morreu Gabriel García Márquez, ao 86 anos. Foi um escritor de extraordinário e genuíno talento. O justamente celebrado “Cem Anos de Solidão” será sempre um grande romance, sem chance, acho para revisões. Era também um contista formidável. Os textos reunidos em “A Incrível e Triste História de Cândida Erêndira e Sua Avó Desalmada” o colocam entre os mestres do gênero. García Márquez conseguiu, como ninguém, traduzir em palavras a cor local da América espanhola — que não é a nossa, leitor amigo, porque gongórica, mística, assaltada por fantasmas de culturas remanescentes esmagadas pela colonização, mas muito presentes no imaginário cotidiano.

Tinha uma outra qualidade sem a qual este conservador que escreve não vê a possibilidade de um romance ou de um conto vir à luz: sabia contar uma história que sempre se projetava além das irresoluções e chiliques do eu-narrador, como virou moda hoje em dia. Gabriel García Márquez dominava plenamente seu ofício e brincava com as palavras. Sua literatura tinha cor, tinha cheiro, tinha gosto. Reinventou o realismo mágico e criou um estilo. É muito mais do que pode ambicionar um grande escritor. Tinha uma outra virtude: não era, e sabia que não era, um pensador. Sua literatura nunca é sentenciosa ou programática. E, por isso, eu o aplaudo.

Mas vaio também. O escritor genial era um idiota político, e não é possível negligenciar esse aspecto de sua persona pública. Amigo pessoal de Fidel Castro, cujos crimes defendeu de modo incondicional, García Márquez flertou com as teses mais estúpidas sobre a América Latina, quando não as endossou. Estou entre os que advogam a independência do território da arte. O gigantesco poeta americano Ezra Pound não deve ser lido — já escrevi isto algumas vezes — em razão de sua simpatia pelo fascismo, o que lhe rendeu a prisão numa espécie de manicômio. Céline era um grande escritor e um antissemita asqueroso. O russo Máximo Górki, talentosíssimo, visitava, acreditem, em companhia do tirano Stálin, campos de trabalhos forçados — que é o nome que os campos de concentração receberam na União Soviética. Pior do que isso: beneficiava-se da intimidade com o poder. Tinha à sua disposição uma fabulosa “datcha” — a casa de campo para passar o verão e a primavera — que lhe proporcionava o regime. Era tal a sua intimidade com o poder que ele próprio virou nome de uma “Datcha”, que servia aos regalos da burocracia soviética.

Como Górki pôde ser tão estúpido? Como é que Pound não percebeu a natureza do fascismo? Por que Céline não se dava conta da indignidade essencial do antissemitismo? Vamos morrer sem ter essas respostas. No fim das contas, não aceitamos a ideia de que uma pessoa de gênio na sua arte, seja ela qual for, possa estar estupidamente errada sobre um porção de coisas. O gênio artístico não obriga ninguém a fazer as escolhas morais razoáveis. Boas pessoas podem ser terrivelmente estúpidas. E canalhas podem ser gênios insuperáveis.

É difícil conviver com isso. Ofende o nosso senso de decoro.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Gabriel García Márquez, Literatura


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17/04/2014 às 6:23
LEIAM ABAIXO


Vargas diz que não renuncia mais e enfurece os petistas. Ora, por que não o expulsam, como o DEM fez com Demóstenes Torres? Medo?;
Dirceu, a Papuda e a quebra indiscriminada de sigilo: é claro que não pode ser assim!;
A pesquisa Vox Populi, as datas e a volta das heterodoxias;
No governo do PT, segurança pública da Bahia entrou em colapso;.
No ano da satanização das Forças Armadas, elas são chamadas de novo: agora para socorrer a Bahia, sob os (des)cuidados do petista Jaques Wagner;
Depoimento de Cerveró também viola a lógica e é bom para o governo Dilma;
“Cláusulas omitidas não eram importantes”, diz Cerveró;
Proibição de doação de empresas a campanhas: acinte e estupidez!;
Comissão do Senado aprova proibição de doação de empresas privadas a campanhas eleitorais;
E se o SBT trocasse Sheherazade por Jandira Feghali, a comunista do Brasil?;
Senadores de oposição se encontram com Rosa Weber. Ou: A Constituição, o Regimento Interno e o habeas corpus;
O discurso sem lugar de Graça Foster. É impossível defender ao mesmo tempo a compra da refinaria de Pasadena e a explicação de Dilma;
SBT cede à patrulha e corta as opiniões de Sheherazade. Na TV aberta brasileira, pode mostrar o traseiro e o bilau; pode transformar o vocabulário numa latrina; só não pode dar uma opinião contrária à das milícias do PSOL, do PCdoB, do PT e dos autoritários e imbecis de maneira geral;
Aécio pede que Dilma devolva limpo o macacão da PetrobrasPor Reinaldo Azevedo


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17/04/2014 às 6:18
Vargas diz que não renuncia mais e enfurece os petistas. Ora, por que não o expulsam, como o DEM fez com Demóstenes Torres? Medo?


André Vargas, positivo e operante, diz que continua na Câmara e pronto. Será?

E o ainda deputado federal André Vargas (PT-PR), hein? Avisou os companheiros do PT que decidiu renunciar à renúncia. Deixou muita gente furiosa. Vamos ver se vai conseguir segurar a decisão. Os petistas estão fazendo uma pressão danada para que ele caia fora de vez. Nesta quarta, ele formalizou apenas a renúncia à vice-presidência da Câmara e do Congresso, mas manifestou a intenção de manter o mandato.

Já expliquei aqui ontem onde está o busílis da coisa. De fato, o parágrafo 4º do Artigo 55 da Constituição, aprovado por emenda em 1994, determina que a renúncia de um parlamentar não suspende o processo de cassação iniciado no Conselho de Ética. Ele terá de prosseguir até a sua conclusão. O que se queria com isso em 1994? Impedir o parlamentar enroscado em alguma falcatrua de esperar até a última hora e, certo de que seria cassado, renunciar para tentar voltar na eleição seguinte.

Com a Lei da Ficha Limpa, que torna inelegível por oito anos quem renunciar depois de aceito o processo no Conselho de Ética, esse tal parágrafo 4º perdeu razão de ser.

Mas está na Constituição, não é? E como é que fica se Vargas formalizar a renúncia? É o que o PT queria que ele fizesse. A questão certamente iria parar na Mesa da Câmara. O PT tinha a esperança de encurtar o processo. Não quer que esse negócio se arraste. O “caso Vargas” pegou; foi plenamente entendido pela opinião pública.

Vargas, no entanto, disse aos petistas que, se é para o processo continuar, então ele não renuncia e pronto! O Conselho de Ética, diga-se, ainda não conseguiu nem notificá-lo da abertura do processo. Como ele está licenciado, ninguém o encontra. Há, como informa a VEJA.com, uma verdadeira caçada do gato ao rato — em que o Conselho, obviamente, faz o papel do gato.

Vargas, que era um estrela ascendente no PT, virou uma fonte permanente de dor de cabeça. Na semana passada, andou fazendo ameaças nada veladas a algumas estrelas do partido. Agora, teria decidido permanecer no cargo. O PT tem a saída a que recorreu o DEM, por exemplo, que expulsou do partido Demóstenes Torres — por um tempo, ele virou um senador sem partido.

Mas essa briga com Vargas os petistas não querem comprar. Ele prometeu reagir se isso acontecer. Tomara que reaja. Se falar o que sabe, poderá ao menos fazer algum bem ao país.Por Reinaldo Azevedo

Tags: André Vargas, PT


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17/04/2014 às 6:11
Dirceu, a Papuda e a quebra indiscriminada de sigilo: é claro que não pode ser assim!


A promotora Márcia Milhomens Sirotheau Corrêa incluiu telefones do Planalto, do Congresso e do STF num pedido de quebra de sigilo para saber se José Dirceu havia mesmo usado o celular na Papuda. É um péssimo caminho!

Márcia solicitou à Vara de Execuções Penais do Distrito Federal o rastreamento de alguns telefones. Vá lá. Incluiu no seu pedido algumas áreas que deveriam ser rastreadas. Quando as coordenadas geográficas foram postas do papel, tratava-se nada menos do que a Praça dos Três Poderes. Na prática, a promotora pediu para quebrar o sigilo telefônico de todos os membros dos Três Poderes da República.

É razoável? Não parece. Até porque a solicitação de quebra de sigilo tem de apresentar um motivo. Não basta um “deixem-me ver o que acontece na área x”. Tal sigilo é um direito constitucional, abrigado no Artigo 5º da Constituição — uma cláusula pétrea. Há alguma explicação para isso? Alguém forneceu à promotora a informação de que membros dos Três Poderes estavam falando com Dirceu? Conhecendo a tigrada, diria que impossível não é, mas é evidente que as coisas não podem ser dessa maneira.

Nesta quarta, informam Natuza Neri, Severino Mota, Andréia Sadi e Júlia Borba, na Folha, a Advocacia-Geral da União entrou com uma reclamação contra a promotora na Corregedoria do Conselho Nacional do Ministério Público.

O poder de investigação conferido ao MP já é matéria, convenham, um tanto polêmica. O problema é que são raros os que o contestam por bons motivos. Uma coisa, no entanto, é certa: ninguém delegou ao órgão a licença para promover devassas indiscriminadas, ainda que sob o meritório pretexto de combater ações criminosas.

Dirceu, evidentemente, não vale uma transgressão desse tamanho. A promotora se nega a dar explicações e disse que só fala nos autos. Reitero: não estou entre aqueles que botariam a mão no fogo, não! Pode até ser que ela saiba mais do que sabemos.

De todo modo, gente como Dirceu tem de ser combatida segundo os marcos da legalidade do estado de direito. Ele só está em cana porque não entendeu que não tinha o direito de transgredi-los impunemente. Nem ele nem ninguém.Por Reinaldo Azevedo

Tags: José Dirceu, Ministério Público Federal


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17/04/2014 às 1:55
A pesquisa Vox Populi, as datas e a volta das heterodoxias


Pois é. Nesta quarta, dia 16, a Carta Capital divulgou uma pesquisa eleitoral feita pelo Instituto Vox Populi com as intenções de voto para presidente. Dilma Rousseff, do PT, aparece com 40%; o tucano Aécio Neves vem em segundo, com 16%, e Eduardo Campos, do PSB, tem 8%. Não são números muito distintos dos do Datafolha, que vieram a público no dia 5, com levantamento realizado nos dias 2 e 3: a petista aparece com 38%; o tucano, com 16%, e o peessebista, com 9%.

“Pô, Reinaldo, mas já há muitos dias de diferença entre uma e outra…” Pois é. Nem tantos assim. Embora a pesquisa do Vox Populi tenha sido divulgada no dia, 16, o site da Carta Capital informa que o levantamento foi feito entre os dias 6 e 8. Onze dias separam a divulgação dos números, mas os respectivos campos estão bem próximos. É que o Vox Populi parece ser um pouco mais lento para processar os dados… Ou será que não?

Há uma coisa estranha aí. A pesquisa foi feita entre os dias 6 e 8, mas o registro no TSE, ora vejam, é de 11 de abril — três dias depois do encerramento do levantamento. Vejam.



Não estou entre aqueles que ficam pondo resultado de pesquisas em dúvida e coisa e tal — de resto, falta muito tempo até a eleição. Também não é ilegal pesquisar primeiro e registrar depois. Mas sempre sobra a dúvida, né? Será que, se o instituto tivesse colhido um resultado diferente do gosto de quem encomendou a pesquisa, os números teriam sido divulgados?

O Vox Populi ficou famoso em 2010. Três dias antes da disputa do primeiro turno das eleições presidenciais, cravou que Dilma venceria no primeiro turno com 12 pontos de vantagem sobre a soma dos votos dos adversários. Ela ficou com 46,91% — um errinho de mais de 15 pontos percentuais! Acontece… Parece que as heterodoxias estão de volta.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Eleições 2014, Vox Populi


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16/04/2014 às 19:12
No governo do PT, segurança pública da Bahia entrou em colapso


A Polícia Militar da Bahia entrou em greve na noite de terça-feira. Imediatamente, o caos se espalhou por Salvador e outras cidades, com saques, assaltos, arrastões. E, como está virando já um hábito, foi preciso apelar às Forças Armadas. No ano da demonização dos militares, campanha inequivocamente comandada pelos petistas, foi preciso apelar aos soldados para manter a ordem mínima que o “civilismo” do petista Jaques Wagner não consegue garantir ao povo baiano. E deixo claro: não apoio greve de gente armada. Aliás, sou contra greve de servidores públicos, não importa o setor. Isso não impede que se pense o desastre a que o governo petista conduziu a segurança pública na Bahia. Já volto ao ponto. Antes, vou relembrar aqui uma foto. Vejam.



Esse que se vê acima, de arma em punho, é o subsecretário de Segurança Pública da Bahia, Ari Pereira. O busílis é o seguinte: em setembro, os incivilizados do MST resolveram invadir a secretaria, partiram pra porrada mesmo. O secretário, então, sacou a arma e atirou. Dentro do prédio! Fosse um governo, como dizem as esquerdas, “reacionário, conservador e de direita”, a imagem teria circulado freneticamente na rede. Em 2007, o tucano José Serra fez uma visita ao Gate, da Polícia Militar. Era uma homenagem em razão de uma operação antissequestro bem-sucedida. De brincadeira, pegou um fuzil e fez de conta que estava mirando um alvo. O PT, acreditem, em nota oficial, repudiou essa “grave atitude” do então governador. Segundo os valentes, a imagem incentivava a violência. A imprensa e os colunistas petistófilos fizeram a festa. Vocês sabem como a hipocrisia custa barato a esse partido e a essa gente. Com a foto acima, nada aconteceu. E, no entanto, ela é um emblema do desastre que é a área de segurança pública no governo do companheiro Jaques Wagner. Que se note: o MST, repelido a bala, tem uma secretaria no governo da Bahia e já foi farta e literalmente alimentado pelo próprio governo quando invadiu a secretaria de Agricultura do Estado: era tanta carne que os invasores improvisaram um varal para secá-la ao sol. O conjunto da obra parece governo, mas é só uma bagunça.

Escreveu o poeta baiano Gregório de Matos no século 17: “À Bahia aconteceu/ O que a um doente acontece:/ Cai na cama, e o mal cresce”. É isto: a Bahia caiu de cama quando Wagner venceu a eleição, em 2006 — reeleito em 2010. E, de lá para cá, o mal só lhe tem crescido. Vencerá de novo? Não sei. A democracia pode não ser o melhor remédio, mas é o único aceitável. E tem, obviamente, um custo.

Em nenhum outro estado do país o desastre na segurança pública é tão evidente como na Bahia, pouco importa o índice que se queira analisar. Com mais de 42 milhões de habitantes, São Paulo registrou 5.180 mortes violentas (latrocínios, homicídios e lesão seguida de morte) em 2012, segundo o Anuário da Segurança Pública com dados de 2012. Com pouco mais de 15 milhões, houve 5.764 ocorrências na Bahia. Assim, a taxa por 100 mil habitantes no Estado governado por Wagner situa-se entre as maiores do país: 40,7 por 100 mil, contra 12,4 de São Paulo.

“Por que falar da Bahia? Só para pegar no pé do PT?” Não! Só para ser óbvio. Os petistas prometeram, na disputa eleitoral de 2010, dar uma resposta eficaz à segurança pública. Dilma, reitero, anunciou uma revolução na área. Wagner governa o estado, diz, em parceria com o governo federal e PRATICAMENTE SEM OPOSIÇÃO. A Bahia é um estado rico, mas que concentra um grande número de pobres; tem à sua disposição tudo o que pode oferecer a modernidade, mas também bolsões de atraso. É uma boa síntese do Brasil. Ali os petistas poderiam demonstrar a sua expertise na área. Em vez disso, nos sete anos de governo do partido, a violência explodiu.

Esses números não são produzidos por acaso. Embora tenha um dos maiores índices de homicídios do país, a Bahia é o segundo estado que menos prende bandido — só perde para o Maranhão da família Sarney, onde há muito bandido solto. A taxa de encarceramento de pessoas maiores de 18 anos na Bahia é de 134 por 100 mil habitantes. Só para comparar: a de São Paulo é de 633. Sim, números, nesse caso, são argumentos fortíssimos.

Quando se consideram, então, os dados de um outro levantamento, do Mapa da Violência, a gente se dá conta da tragédia baiana. No ano 2000, o estado tinha, vejam tabela abaixo, 9,4 motos por 100 mil habitantes; em 2010, já eram 37,7. Quando Wagner assumiu, era de 23,5. Em 2010, já tinha havido um crescimento de 60%. Em 2012, segundo o outro levantamento, o anuário, a taxa de mortes violentas passou de 40 por 100 mil, muito acima até da já escandalosa média brasileira, que é de mais ou menos 26. Só para comparar: Na Alemanha, é de 0,8. No Chile, 3,2. Mata-se no Brasil 31,5 vezes mais do que no primeiro país e sete vezes mais do que no segundo.



Segundo Wagner, a greve tem uma “motivação política”. Huuummm, entendi. Ele deveria dar nome aos bois. Os petistas entendem disso. Eles não gostam de um monte de coisas neste blog. E eu compreendo os seus motivos. Mas detestam mesmo é a minha memória. Na greve de parte da Polícia Civil em São Paulo, em 2008, na gestão Serra, vejam quem estava fazendo proselitismo em cima de carro de som, segundo informa a Folha:



Encerro
Como a gente nota, quando a greve atrapalha a gestão petista, é tudo tramoia política. Se é contra adversários, aí se trata apenas de “apoiar companheiros”.

A Bahia vai votar em 2014. Vota, Bahia, vota!

Para encerrar: na campanha de 2010, Dilma prometeu espalhar o modelo de segurança pública do Rio país afora. Parte do Rio, na prática, está sob necessária intervenção das Forças Armadas. Outra referência de competência na área é a Bahia, que também teve de se render aos soldados. Que coisa, né? Em certo sentido, o petismo é o caminho mais curto entre a política e os quartéis. Não é ideologia, não. É só incompetência mesmo.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Bahia, Segurança Pública


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16/04/2014 às 16:36
No ano da satanização das Forças Armadas, elas são chamadas de novo: agora para socorrer a Bahia, sob os (des)cuidados do petista Jaques Wagner


Leiam o que vai na VEJA.com. Volto ao assunto daqui a pouco.
Após uma noite de caos marcada por saques a lojas e paralisação nas linhas de ônibus em Salvador, tropas da Forças Armadas começaram a desembarcar na Bahia, nesta quarta-feira, para fazer a segurança da capital e de outros municípios do Estado enquanto durar a greve da Polícia Militar, que começou na noite de terça-feira. O envio dos agentes foi autorizado pela presidente Dilma Rousseff, atendendo a um pedido do governador Jaques Wagner (PT). Até o fim do dia, 5.000 militares devem chegar a Salvador. De acordo com comunicado do governo estadual, a presidente assinou o decreto de Garantia da Lei e Ordem, permitindo que homens do Exército realizem ações de patrulha, vistoria e prisões em flagrante nas ruas das cidades baianas. As operações são comandadas pelo general Racine Bezerra Lima, da 6ª Região Militar.

Também nesta quarta, a Justiça baiana classificou a greve como ilegal e determinou o retorno imediato dos policiais às atividades, sob pena de multa diária de 50.000 reais às associações que representam a categoria. A decisão do judiciário acatou uma ação cautelar do Ministério Público do Estado, fundamentada no entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de que militares e profissionais equiparados são proibidos de realizar greve. A greve abalou significativamente a rotina dos moradores de Salvador e cidades vizinhas. Frotas de ônibus foram reduzidas, escolas e faculdades suspenderam as aulas, e empresas e repartições públicas encerraram o expediente mais cedo. Na noite de terça, logo após o início da greve, foram registrados um assalto a ônibus e saques em comércios de oito bairros da capital.

Em assembleia que reuniu 2.000 oficiais na terça-feira, a Polícia Militar decretou greve por tempo indeterminado, reivindicando melhorias nos planos de carreira e aumentos salariais. A paralisação começou uma semana depois de o governo estadual apresentar um plano de modernização para a corporação. Segundo o ex-policial e hoje vereador de Salvador Marcos Prisco (PSDB), a proposta apresentada “não contemplou os desejos da categoria”. Ele é um dos principais negociadores dos policiais com o governo e foi líder da última greve da PM no Estado, ocorrida entre janeiro e fevereiro de 2012. Na ocasião, houve uma onda de assassinatos e arrastões nas maiores cidades do Estado. Na época, a Força Nacional e militares do Exército também foram requisitados para policiar o Estado.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Bahia, Forças Armadas, Jaques Wagner


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16/04/2014 às 16:17
Depoimento de Cerveró também viola a lógica e é bom para o governo Dilma


Pois é… Havia certa expectativa de que o depoimento de Nestor Cerveró, diretor da Área Internacional da Petrobras quando a refinaria de Pasadena foi comprada, pudesse deixar o governo numa situação um pouquinho mais difícil. Nunca foi a minha. Para que assim acontecesse, seria preciso que ele confessasse ter cometido algum deslize, mas em parceria com o Planalto, o que, obviamente, não faria porque iria se complicar do mesmo jeito. Ainda que em lugares distintos da peleja e transformado, em certa medida, em vilão pela presidente Dilma Rousseff e por Graça Foster, atual chefona da Petrobras, Cerveró fez o óbvio e lógico para os três: assegurou a absoluta lisura da operação e, insistindo na tecla de José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, acha que, apesar do prejuízo contábil, fez-se, no fim das contas um bom negócio.

É hora de deixar a ingenuidade do lado de fora da sala, não? É claro que esses depoimentos estão sendo meticulosamente planejados por advogados — e não há nada de errado nisso. Veja-se no detalhe o depoimento de Graça Foster aos senadores na terça-feira: omissão culposa de Cerveró, que não incluiu as cláusulas Put Option e Marlim no resumo executivo, ela vê, sim — endossando discurso de Dilma, mas descarta a ação dolosa. Tudo se resumiu a um equívoco, que conduziu a um mau negócio.

Cerveró não aceita nem isso. Diz ter omitido as cláusulas porque elas não eram importantes. Você tem algum amigo que atua próximo dessa área? Pois é… A cláusula “put option” é mesmo comum. A “Marlim” — que garantia à Astra Oil rentabilidade de 6,9% ao ano independentemente das condições de mercado, não!

Em seu depoimento, Cerveró divide a responsabilidade com a direção executiva da empresa — não fez nada sozinho — e também tenta se esconder atrás do Conselho, a exemplo do que fez Dilma Rousseff. Pois é… Ocorre que esse mesmo conselho vetou a compra dos outros 50% da empresa, certo?, o que gerou a disputa judicial. E a Petrobras só teve de levar a refinaria, ao fim de tudo, por um valor superior a U$ 1,3 bilhão por causa de uma das cláusulas que o conselho desconhecia e que Cerveró julga sem importância. Essa coisa “sem importância” custou à Petrobras um desembolso superior a US$ 800 milhões, correspondentes à compra da segunda metade da refinaria. Infelizmente, a história não fecha.

A exemplo de Graça, Cerveró diz não ser verdade que a Astra Oil tenha comprado todos os ativos da refinaria de Pasadena por US$ 42,5 milhões. Teriam custado, na verdade, US$ 360 milhões ao grupo belga. Tá certo. US$ 360 milhões foi o que a Petrobras pagou por apenas 50% da refinaria. Não por acaso, os belgas comemoraram o resultado excepcional e inesperado da negociação. Talvez a tal situação do “mercado’, à época, explique, então, uma valorização de 100% em menos de um ano, já que não há mercado que explique o abacaxi de US$ 1,3 bilhão.

O depoimento de Cerveró não poderia ser melhor para o governo. Ele só discorda de Dilma e Graça numa coisa: essa é uma história sem culpados. Só há inocentes nesse fabuloso prejuízo. A culpa é do mercado.Por Reinaldo Azevedo

Tags: CPI da Petrobras, Nestor Cerveró, Petrobras


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16/04/2014 às 15:25
“Cláusulas omitidas não eram importantes”, diz Cerveró


Por Gabriel Castro e Laryssa Borges, na VEJA.com. Volto no próximo post.
Isolado no governo e defenestrado da Petrobras após ser responsabilizado pelo “parecer falho” que levou a estatal a comprar a refinaria de Pasadena, o ex-diretor da Área Internacional da empresa, Nestor Cerveró, disse que as cláusulas Marlim e Put Option não eram importantes para a diretoria e o conselho de administração. Cerveró, que depõe nesta quarta-feira na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados, redigiu o resumo técnico que embasou a compra da refinaria de Pasadena e omitiu as duas cláusulas do documento.

Aos deputados, ele disse que, ao omitir as cláusulas, “não enganou” a presidente Dilma Rousseff, então presidente do Conselho de Administração da Petrobras, ou qualquer conselheiro, e tentou dividir as responsabilidades afirmando que quaisquer decisões são tomadas de forma coletiva. Para Cerveró, as cláusulas omitidas no documento não eram relevantes e, por isso, não precisavam ser mencionadas. A cláusula Marlim previa à belga Astra Oil, parceira inicial da Petrobras, um lucro de 6,9% ao ano, independentemente das condições de mercado, enquanto a cláusula de Put Option obrigava a empresa brasileira a comprar a outra metade da refinaria caso houvesse desentendimento com a parceira da Bélgica.

“Essas cláusulas, na avaliação que fizemos, não têm representatividade no negócio. A apresentação que foi feita busca destacar os principais aspectos do negócio que estava sendo submetido. Não era importante do ponto de vista negocial e da valorização do negócio”, disse. “De forma nenhuma [enganei Dilma]. Apresentei um trabalho desenvolvido ao longo de mais de um ano para essa refinaria. Não houve nenhuma intenção de enganar ninguém. Não há nenhum sentido de enganar a ninguém. A posição [sobre a compra] não é só minha, é da diretoria, e o conselho aprovou esse projeto. Não existem decisões individuais nem na diretoria nem no conselho. Foi tudo baseado em uma série de consultorias e trabalhos técnicos ao longo de mais de um ano”, completou.

Em março, ao justificar por que votou pela compra da refinaria, a presidente da República afirmou que se baseou em um parecer “técnico e juridicamente falho” da Diretoria Internacional da Petrobras, que era comandada por Cerveró na época da compra de Pasadena. Dilma se referia às cláusulas Put Option e Marlim.

Para Cerveró, a cláusula Put Option é “mais do que comum” em grandes transações e sociedades, como a compra de refinaria de Pasadena. “Em qualquer sociedade, principalmente naquelas em que a proporção é de 50-50 [50% para cada empresa, como o caso da Petrobras e da Astra Oil]. Elas são usadas para estabelecer defesa para evitar que sócio imponha condições prejudiciais aos outros. Nossos contratos de aquisição e de desenvolvimento sempre têm a cláusula de saída [Put Option]. Não tem nenhuma relevância nessa cláusula de saída”, explicou. “Não é um aspecto importante porque ninguém faz uma sociedade para depois sair dessa sociedade. Elas são normais e para proteção dos sócios. Não têm essa relevância toda”.

De acordo com Cerveró, a Petrobras pagou, ao todo, 1,23 bilhão de dólares por Pasadena. Assim como fez a presidente da estatal Graça Foster, em depoimento no Senado nesta terça-feira, o ex-diretor tentou relativizar os prejuízos da petroleira no investimento da refinaria e afirmou que o valor real pago pela belga Astra Oil à americana Crown, antiga dona da unidade de Pasadena não foi 42,5 milhões de dólares, cifra que amplificaria o disparate do prejuízo da empresa brasileira. “O total da aquisição é de 360 milhões de dólares, muito distante dos 42 milhões de dólares colocados e divulgados no mercado”, disse.

Cenário internacional
Ele iniciou sua fala aos deputados tentando justificar a compra de Pasadena. De acordo com o ex-diretor, a aquisição atendia uma necessidade de expansão da Petrobras no mercado internacional. Segundo Cerveró, o valor pago pela refinaria ficou abaixo da média de mercado mesmo após a companhia brasileira desembolsar 1,23 bilhão de dólares na transação. Para ele, mesmo com prejuízo contábil, a aquisição da unidade de Pasadena era um bom negócio em 2006, antes da “mudança drástica” provocada pela crise econômica mundial de 2008.

Emocionado, ele defendeu a Petrobras. “Esse projeto causou prejuízo contábil. Não obteve rendimento esperado e tem que ser feito um lançamento contábil entre a diferença que foi gasta e o resultado obtido, mas o projeto em si não foi malfadado. Era um bom projeto na época. É muito fácil [falar agora]. Houve mudança de prioridades e eu não posso condenar”, disse.Por Reinaldo Azevedo

Tags: CPI da Petrobras, Nestor Cerveró, Refinaria de Pasadena


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16/04/2014 às 15:20
Proibição de doação de empresas a campanhas: acinte e estupidez!


Se há coisa que não é solitária no Brasil é a estupidez. O relatório do senador Roberto Requião (PMDB-PR), que proíbe doação de empresas privadas a campanhas eleitorais, foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (leia post anterior). Também no Supremo, por enquanto ao menos (ministros ainda podem mudar de ideia), já há uma maioria de seis votos contra as doações privadas.

Muito bem! Agora pensem na Petrobras e em Paulo Roberto Costa, o ex-diretor que está preso. Será que ele mantinha o seu esquema na estatal apenas para o enriquecimento pessoal? Não! As anotações de sua agenda evidenciam que se tratava também de um esquema para alimentar partidos. Será que é diferente nas outras estatais sujeitas a nomeações políticas?

Que sentido faz proibir as doações legais quando o problema está nos mecanismos existentes para as doações ilegais? É um acinte e uma estupidez que uma tese como essa prospere no Supremo e na CCJ do Senado quando vem a público parte das entranhas da Petrobras.

Ah, claro! O PT dá início em maio à sua campanha em favor da reforma política. Um dos pilares é justamente a proibição de doações privadas. Campanhas eleitorais seriam financiadas, na lei ao menos, apenas por um fundo público, tese que hoje beneficiaria o partido. O que impedirá, no entanto, que as estatais continuem a ser plataformas de financiamento ilegal de campanha? Nada! A tese hoje majoritária no Supremo e na CCJ do Senado tem o condão de aumentar a roubalheira. Por Reinaldo Azevedo

Tags: financiamento de campanha, Senado, STF


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16/04/2014 às 14:57
Comissão do Senado aprova proibição de doação de empresas privadas a campanhas eleitorais


Na VEJA.com:
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira o projeto de lei que veda a doação de empresas para campanhas eleitorais. O texto foi avalizado em decisão terminativa e, dessa forma, vai direto para a apreciação da Câmara caso nenhum senador recorra com pedido de votação pelo plenário da Casa. A CCJ já havia aprovado a proposta em primeiro turno há das semanas, mas confirmou a aprovação em turno suplementar hoje.

O relatório de Roberto Requião (PMDB-PR) propõe a proibição do recebimento de recursos por partidos e candidatos de pessoas jurídicas de qualquer natureza ou finalidade. Em sua justificativa, o senador afirmou que o sistema de contribuições para as eleições em vigor no Brasil aumenta as diferenças sociais e é um reconhecimento da “legitimidade da influência do poder econômico no processo eleitoral e, por consequência, no resultado das eleições”.

A decisão dos senadores é tomada uma semana após a maioria do Supremo Tribunal Federal (STF) votar contra a doação de empresas para campanhas eleitorais. No entanto, com o pedido de vista do ministro Gilmar Mendes, não há ainda prazo para o estabelecimento de uma norma via Judiciário.

As regras atuais que permitem a participação de empresas no financiamento de campanhas devem ser mantidas para as eleições de outubro, uma vez que a retomada do caso no STF ou acontecerá em pleno período eleitoral ou somente após o fim das eleições –e até lá a Câmara também não deve concluir a análise da proposta aprovada hoje no Senado.

Eleição passada
Cerca de 98% das receitas das campanhas da presidente Dilma Rousseff (PT) e do tucano José Serra em 2010, por exemplo, vieram de pessoas jurídicas. Para a OAB, as doações desse tipo dão margem a abusos econômicos e ferem o direito constitucional da igualdade. Além das doações de empresas e pessoas físicas, hoje as eleições são bancadas também com dinheiro público, sendo o principal deles a verba rateada entre os partidos políticos (Fundo Partidário).Por Reinaldo Azevedo

Tags: campanhas eleitorais, Senado


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16/04/2014 às 4:11
LEIAM ABAIXO


Protesto contra a Copa: violência e depredação;
Servidores do IBGE paralisarão atividades nesta quarta;
AGU entra com ação contra promotora que pediu quebra de sigilo do Planalto;
E se o SBT trocasse Sheherazade por Jandira Feghali, a comunista do Brasil?;
Senadores de oposição se encontram com Rosa Weber. Ou: A Constituição, o Regimento Interno e o habeas corpus;
PF deve indiciar doleiro e ex-diretor da Petrobras na quarta-feira;
Por que Vargas ainda não renunciou: a Constituição e a Lei da Ficha Limpa;
O discurso sem lugar de Graça Foster. É impossível defender ao mesmo tempo a compra da refinaria de Pasadena e a explicação de Dilma;
Graça Foster: prisão de ex-diretor causou “constrangimento”;
Graça Foster admite: “Não foi um bom negócio”;
SBT cede à patrulha e corta as opiniões de Sheherazade. Na TV aberta brasileira, pode mostrar o traseiro e o bilau; pode transformar o vocabulário numa latrina; só não pode dar uma opinião contrária à das milícias do PSOL, do PCdoB, do PT e dos autoritários e imbecis de maneira geral;
Aécio pede que Dilma devolva limpo o macacão da Petrobras;
Marina como vice: um pouco de FHC, um pouco de Lula, críticas a Dilma e um tanto de apóstolo Paulo, mas numa versão meio pagã…;
PT dá largada à sua campanha de reforma política em busca do totalitarismo “democrático”;
As mentiras do discurso de Dilma sobre a Petrobras. Ou: Governante tem o direito de mentir?;
Brasil se torna sócio das lambanças da tirania cubanaPor Reinaldo Azevedo


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16/04/2014 às 4:05
Protesto contra a Copa: violência e depredação


Bandeira do Brasil é queimada durante protesto contra a Copa (foto: Felipe Souza-Folhapress)

Nesta quarta, houve um novo protesto em São Paulo contra a Copa do Mundo. Mais um. Reuniu, segundo estima a Polícia Militar, umas 1.500 pessoas com o grito de guerra “Não vai ter Copa”. Desta vez, não dá nem para fingir que os policiais foram violentos. Limitaram-se a conter os manifestantes e a atender pessoas que, colhidas em meio ao tumulto, acabaram passando mal.

Já os ditos manifestantes, ah, estes xingavam os policiais, avançavam contra os seus escudos, enfiavam câmeras em seus rostos, sempre em busca daquela reação mais dura que depois faz a festa nas redes sociais. O momento mais tenso aconteceu na estação Butantã, do Metrô, que chegou a ser fechada por algum tempo.

Quando começava já a haver a dispersão, os black blocs deram, então, início a depredações. Três agências bancárias foram atacadas; duas bombas caseiras foram lançadas contra policiais. A PM deteve 54 pessoas. A esta altura, todos já estão na rua.

As leis são frouxas para coibir esse tipo de comportamento. A pouco mais de 50 dias do início da Copa, observem que o país continua sem uma legislação que possa punir com severidade quem põe em risco centenas — e até milhares — de pessoas. Todas as tentativas esbarraram na conversa mole de que se estaria tentando impedir o direito à livre manifestação. Ora, existe uma distância gigantesca entre liberdade de expressão, um direito fundamental, e licença para depredar, agredir, incendiar. Essas são ações criminosa, não “direitos”.

Mas não tem jeito! O governo federal não aprende. Na sexta-feira, Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência, encontrou-se com alguns jovens, supostos líderes de manifestações. Pediu a colaboração deles; reclamou que o governo é incompreendido; chegou mesmo a acusar uma espécie de ingratidão: “Vocês, jovens, também nos dão desespero pelas coisas que vocês fazem. A gente organiza uma Copa do Mundo achando que vai ser uma festa, e vocês vêm e dão porrada. E dizem: é uma… merda”.

No protesto, bandeiras do Brasil foram queimadas. No Rio, também nesta quarta, black blocs resolveram se infiltrar numa manifestação de pessoas que foram retiradas do terreno da Oi. Dilma Rousseff está brincando com o perigo. O diabo é que este é um governo que não governa, então as decisões tardam, quando são tomadas…


Black blocs quebram portas de vidro de agências bancárias: protesto?Por Reinaldo Azevedo

Tags: Copa do Mundo de 2014, protestos


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15/04/2014 às 21:44
Servidores do IBGE paralisarão atividades nesta quarta


Daniela Amorim, no Estadão:
Servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) participarão de um ato nesta quarta-feira, 16, para protestar contra uma suposta interferência política no órgão. Na semana passada, as divulgações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) foram suspensas. Segundo o Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Fundações Públicas Federais de Geografia e Estatísticas (ASSIBGE), centenas de trabalhadores paralisarão as atividades para uma manifestação em frente à sede da Avenida Chile, no centro do Rio de Janeiro, às 10h. Também estão previstos atos coordenados pelo sindicato em outras filiais do IBGE pelo Brasil.

O prédio do órgão na Avenida Chile abriga a Diretoria de Pesquisas, que era comandada pela diretora Marcia Maria Melo Quintslr. Marcia pediu exoneração do cargo por não concordar com a decisão de adiar a próxima divulgação da Pnad Contínua apenas para 6 de janeiro do ano que vem. A medida também motivou o pedido de exoneração da ex-coordenadora-geral da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence) Denise Britz do Nascimento Silva.

A crise começou com o anúncio da presidente do instituto, Wasmália Bivar, na quinta-feira passada, de que a Pnad Contínua ficaria suspensa para que fosse montada uma força-tarefa para aprimorar a metodologia de cálculo da renda domiciliar per capita, de forma a atender as exigências previstas na Lei Complementar nº 143/2013. De acordo com a legislação, o indicador passa a servir como base para o rateio do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Após a saída de Marcia e Denise, 18 coordenadores enviaram carta ao conselho diretor do IBGE ameaçando uma entrega de cargos coletiva caso a decisão não fosse revista. Ontem, outros 45 técnicos ligados à pesquisa também divulgaram carta aberta em que negam a necessidade de suspender o cronograma de divulgações ou revisar a metodologia da Pnad.

O Departamento de Comunicação do instituto afirma que a paralisação de funcionários não atrapalha a divulgação de duas pesquisas previstas para quarta-feira, 15: a Pesquisa Mensal de Serviços referente a fevereiro e a publicação “Redes e Fluxos do Território: Gestão do Território”. Estão previstas entrevistas coletivas para a imprensa também em dependências do instituto no centro do Rio, mas na sede da Avenida Franklin Roosevelt, onde fica a presidência do IBGE.Por Reinaldo Azevedo

Tags: IBGE


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15/04/2014 às 21:17
AGU entra com ação contra promotora que pediu quebra de sigilo do Planalto


Por Andréia Sadi, na VEJA.com:
A AGU (Advocacia-Geral da União) entrou nesta terça-feira (15) com uma reclamação disciplinar na corregedoria do Conselho Nacional do Ministério Público contra a promotora Márcia Milhomens Sirotheau Corrêa, que pediu à Justiça a quebra de sigilo de aparelhos usados no Palácio do Planalto. A promotora investiga suspeitas de que o ex-ministro José Dirceu, preso na Papuda após condenação no mensalão, usou um telefone celular na prisão. O Ministério Público abriu inquérito em janeiro para saber se ele fez ligações telefônicas de dentro do presídio, o que é proibido. O pedido da AGU registra que investigação interna da Papuda não encontrou provas do feito e que, ”ao invés de simplesmente dar por encerrada a questão”, a promotora adotou um procedimento “inteiramente inédito e heterodoxo”.

“Requereu a quebra do sigilo telefônico amplo, geral e extenso em específicos locais e de um número indeterminado e não-sabido de pessoas, englobando o Palácio do Planalto, sem maiores justificativas, explicações e pormenorização”, diz a AGU. No pedido apresentado na semana passada ao STF (Supremo Tribunal Federal), Márcia não fez referência ao palácio, mas indica suas coordenadas geográficas como alvo de investigação. Para a AGU, a atitude da promotora não parece haver ocorrido dentro do “estreito linde da legalidade”. O governo pede ao conselho nacional do Ministério Público que sejam adotadas as medidas para tomar “insubsistente o pedido de quebra de sigilo telefônico feito de modo ilegal”, em regime de urgência cautelar. O secretário de Indústria da Bahia, James Correia, disse em janeiro à coluna “Painel” ter falado com Dirceu por celular no dia 6 de janeiro. O advogado de Dirceu, José Luis Oliveira Lima, nega que o contato tenha ocorrido.Por Reinaldo Azevedo

Tags: AGU, Ministério Público Federal


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-O coletivismo é a negação da liberdade, porquanto a sede da liberdade é o indivíduo. Tanto é que a pena mais severa na história da humanidade é a privação da liberdade. A essência da liberdade é una e indivisível e daí a designação do sujeito como "indivíduo".

Aluízio Amorim

Filósofa russa Ayn Rand :



“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.”



Ayn Rand nasceu em São Petersburgo em 1905