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segunda-feira, 14 de abril de 2014

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Coluna
Rodrigo Constantino

Análises de um liberal sem medo da polêmica

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14/04/2014 às 19:16 \ Liberdade de Imprensa

SBT cede à pressão da patrulha e cala Rachel Sheherazade


Fonte: GLOBO

“Em razão do atual cenário criado recentemente em torno de nossa apresentadora Rachel Sheherazade, o SBT decidiu que os comentários em seus telejornais serão feitos unicamente pelo Jornalismo da emissora em forma deEditorial. Essa medida tem como objetivo preservar nossos apresentadores Rachel Sheherazade e Joseval Peixoto, que continuam no comando do SBT Brasil”.

Essa foi a nota emitida hoje pelo SBT, para justificar que, a partir de agora, as opiniões firmes da apresentadora Rachel Sheherazade serão filtradas. Ao transferir a responsabilidade para o conjunto, o grupo de Sílvio Santos realmente protege a apresentadora, mas resta perguntar: a que custo?

Se ela antes tinha “carta branca” para emitir suas opiniões, será que agora o jornalismo oficial fará o mesmo? Será que haverá a mesma coragem ao denunciar os podres que ela denunciava? O jornal de opinião faz falta, até porque muitos fingem neutralidade jornalística, mas no fundo adotam uma visão ideológica. A diferença é que a visão de mundo de Rachel batia de frente com o “mainstream” nacional, com a hegemonia de esquerda.

A patrulha de esquerda é muito organizada, poderosa e estridente. Basta surgir em cena alguns jornalistas com discurso diferente para deixar a turma em polvorosa. Apesar de todo o discurso em prol da pluralidade, o fato é que nossa esquerda detesta o contraditório, acostumada a viver por tempo demais com o monopólio da mídia.

Lamento profundamente que o SBT não tenha tido a coragem de bancar a apresentadora com sua independência de emitir opiniões, por mais polêmicas que fossem. Foi uma vitória da patrulha politicamente correta, da esquerda hegemônica e autoritária, do jornalismo acovardado que domina nosso país.

Rodrigo Constantino

Tags: Rachel Sheherazade, Sílvio Santos


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14/04/2014 às 18:39 \ Sem categoria
Clipping do dia


A juventude perdida e a crise da família

Gasto público e intervencionismo: os dois grandes vilões

Capitão América: liberdade ou segurança?

Pergunta a Heloísa Helena: os criminosos estavam bêbados?

Brasil financia indiretamente exportação de armas para Coreia do Norte


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14/04/2014 às 11:51 \ Cultura, Lei e ordem

A juventude perdida e a crise da família




Alguns leitores reclamam quando saio do assunto econômico e escrevo sobre valores morais. Uns chegam até a afirmar que não sou mais um liberal por fazer isso. Discordo totalmente. A economia livre não se sustenta num vácuo de valores morais. Aliás, a sociedade como um todo não sobrevive sem códigos morais decentes, sem a valorização de comportamentos éticos.

A luta pela liberdade é, acima de tudo, cultural. E no cerne disso está a família. Todo regime autoritário e totalitário tentou destruir o núcleo familiar. Claro que o ataque à família enquanto instituição e à sua importância em transmitir os valores morais de geração em geração não é sempre consciente e deliberado. Mudanças sociais e culturais advindas de avanços tecnológicos também ocorrem, nem sempre com resultados apenas positivos.

Um dos meus autores preferidos, que foca bastante nessa questão, é o médico britânico Theodore Dalrymple. Ele mostra como a decadência de valores morais e da família está no epicentro de inúmeros problemas sociais e econômicos do Reino Unido, que outrora foi um império invejável e ícone do mundo livre.

Em artigo publicado hoje no GLOBO, Carlos Alberto di Franco segue na mesma linha de Dalrymple, argumentando que a crise familiar é a grande responsável por vários riscos, entre eles uma possível explosão de violência juvenil. Seguem alguns trechos de seu importante alerta:

O crescimento da Aids, o aumento da violência e a escalada das drogas castigam a juventude. A deterioração econômica exacerba o clima de desesperança. A percepção da falência do Estado em áreas essenciais (educação, saúde, segurança, transporte) gera muita frustração. Para muitos jovens os anos da adolescência serão os mais perigosos da vida.

[...]

A situação é reflexo de uma cachoeira de equívocos e de uma montanha de omissões. O novo perfil da delinquência é resultado acabado da crise da família, da educação permissiva e do bombardeio de setores do mundo do entretenimento, que se empenham em apagar qualquer vestígio de valores. Tudo isso, obviamente, agravado e exacerbado pela falência das políticas públicas e a inexistência de expectativas.

[...]

As análises dos especialistas em políticas públicas esgrimem inúmeros argumentos politicamente corretos. Fala-se de tudo. Menos da crise da família. Mas o nó está aí. Se não tivermos a firmeza de desatá-lo, assistiremos, acovardados e paralisados, a uma espiral de violência sem precedentes. O inchaço do ego e o emagrecimento da solidariedade estão na origem de inúmeras patologias. A forja do caráter, compatível com o clima de verdadeira liberdade, começa a ganhar contornos de solução válida. A pena é que tenhamos de pagar um preço tão alto para redescobrir o óbvio.

[...]

O resultado final da pedagogia da concessão, da desestruturação familiar e da crise da autoridade está apresentando consequências dramáticas. Chegou para todos a hora de falar claro. É preciso pôr o dedo na chaga e identificar a relação que existe entre o medo de punir e os seus efeitos antissociais.

Rodrigo Constantino

Tags: Carlos Alberto Di Franco, família, Theodore Dalrymple


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14/04/2014 às 11:35 \ Economia, Intervencionismo, Política Fiscal

Gasto público e intervencionismo: os dois grandes vilões




Dois artigos publicados hoje no GLOBO, um em cima do outro, resumem bem o quadro lamentável de nossa economia. Um deles, de Fabio Giambiagi, mostra como o gasto público crescente tem sido o grande vilão do Brasil. O problema, como o economista reconhece, é que a origem disso está na cultura nacional:

É preciso repensar o Estado brasileiro. Um dos problemas é que a demanda por mais gasto público é parte da cultura nacional. Quase todos os brasileiros são contra a “gastança”, mas muita gente acha natural se aposentar perto dos 50 anos, ter um amigo que “arrumou um cargo no Governo” ou ter um primo “encostado no INSS”. É necessário que esse tema entre na agenda nacional. O ponto de partida é criticar esse processo. Para isso, nossa oposição faria bem em lembrar a velha frase do ex-ministro Gustavo Capanema, de que “pouco importa que a oposição não tenha fundamento ou seja injusta; importante mesmo é que ela ponha o Governo em apuros”. Está na hora de alguém questionar seriamente esse processo contínuo de aumento do gasto público.

O outro, de Raul Velloso, fala do intervencionismo estatal na economia, mostrando como o governo Dilma desconfia do sistema de preços, fundamental para o bom funcionamento econômico. Esse já foi tema de coluna de Maílson da Nóbrega na Veja recentemente, e merece toda a atenção. Um governo arrogante que ignora a importância dos preços livres vai conseguir apenas prejudicar nosso desenvolvimento. Diz Velloso:

O fato é que as autoridades não parecem acreditar nas sinalizações que o sistema de preços proporciona, contrariando séculos de experiência e a consolidação do mercado como a melhor solução para reger as relações econômicas de qualquer país. Por isso, ou pela mera busca de ganhos eleitorais, as recentes intervenções no domínio econômico podem conduzir o Brasil a uma situação de permanente baixo crescimento. A verdade é que a política econômica praticada nos últimos tempos perdeu funcionalidade, fixando-se em tentar resolver problemas por ela mesma criados.

Em resumo, gastos públicos crescentes e excesso de intervenção estatal na economia são dois dos principais vilões nacionais. Infelizmente, o PT tem boa dose de culpa, mas não conseguiria causar tanto estrago se não contasse com o apoio da mentalidade predominante no país, que enxerga o governo como um messias salvador da Pátria. É hora de mudar essa cultura; e também de trocar de governo.

Rodrigo Constantino

Tags: Fabio Giambiagi, Raul Velloso


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14/04/2014 às 10:56 \ Cultura, Lei e ordem

Capitão América: liberdade ou segurança?




Fui ver ontem, após comemorar a vitória do Flamengo, “Capitão América 2: O Soldado Invernal”. Diversão garantida, principalmente pelos efeitos especiais. Já disse aqui e repito: quando quero diálogos profundos e inteligentes, prefiro um bom livro; cinema, em minha humilde opinião, está mais voltado para a diversão mesmo, de preferência com muito dinheiro investido na produção (no caso, US$ 170 milhões).

É que você acaba transportado para um mundo totalmente à parte, em que porta-aviões gigantes voam, perseguições incríveis ocorrem no meio da rua ou no ar, lutas fantásticas prendem o espectador na cadeira sob forte adrenalina. O que posso fazer? A criança é o pai do homem, e já era fã da Marvel quando era moleque. Ver tudo isso transportado para a telona em 3D é de tirar o chapéu.

Dito isso, até que o filme tem sua mensagem política. Capitão América, dessa vez, descobre que o inimigo não é só o “outro”, a KGB, os “comunas”, mas também gente de dentro, da própria S.H.I.E.L.D., uma espécie de NSA (National Security Agency). A HYDRA usa os agentes americanos para manter o poder, o domínio mundial. Snowden é parte do filme.

O grande dilema filosófico de “Capitão América 2″ é o velho debate sobre o utilitarismo: até que ponto, para manter a segurança, podemos abrir mão da liberdade? Os fins nobres justificam quaisquer meios? Matar 20 milhões de inocentes para oferecer paz aos demais 7 bilhões é justo? E se fosse a sua filha sequestrada por terroristas e você pudesse apertar um botão e salvá-la, com isso matando vários inocentes?

Benjamin Franklin disse: “Aqueles que abrem mão da liberdade essencial por um pouco de segurança temporária não merecem nem liberdade nem segurança”. Muito bonito. Recado importante. Na prática, porém, alguns vão sempre sujar um pouco mais as mãos na lama para preservar a liberdade essencial. O difícil é achar o equilíbrio, encontrar um meio de fazer isso sem se transformar no monstro que se pretende combater.

O governo americano deve espionar todo mundo, por exemplo? Claro que não. Mas só alguém muito ingênuo acredita que a solução é não espionar mais ninguém. O pacifismo é um tanto boboca, não é realista, ignora que do outro lado sempre haverá quem queira destruir nossa liberdade com o método que for. Complicado, no mundo real, é lutar contra esses sem sacrificar o que temos de mais nobre.

Não há resposta fácil. Desconfio de qualquer modelo pronto, purista, esculpido em uma Torre de Marfim, que ignora os dilemas concretos da vida em sociedade. E, naturalmente, não temos um Capitão América para “salvar o mundo”, mas precisamos de heróis como ele, patriotas e dispostos a fazer a coisa certa, até para impedir os abusos do poder concedido para nos proteger. Quem vigia o vigia?

Por fim, outra mensagem do filme (ATENÇÃO: com spoiler!) é o potencial de redenção, a força da amizade verdadeira, capaz de tirar o outro do lado errado da força, e trazê-lo para o lado de cá, para fazer o que é certo, o que deve ser feito. Nem toda a lavagem cerebral foi capaz de superar a força dessa amizade. Romântico, sem dúvida. Mas uma bela mensagem…

PS: Só o fato de a cultura americana ter esse tipo de crítica aos seus excessos, um alerta contra o abuso de poder do próprio governo, já mostra como é mais avançada e preocupada em preservar a liberdade, em comparação com regimes que simplesmente impedem tais autocríticas.

Rodrigo Constantino

Tags: Benjamin Franklin, Capitão América


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14/04/2014 às 10:20 \ Lei e ordem

Pergunta a Heloísa Helena: os criminosos estavam bêbados?




Homens armados assaltaram a casa de Heloísa Helena em Maceió:

Quatro homens armados assaltaram, na manhã deste domingo (13), a casa da vereadora Heloísa Helena (PSOL), que fica localizada no bairro da Santa Amélia, em Maceió. Durante a ação, um dos criminosos deu uma coronhada na cabeça do filho da vereadora, segundo informações postadas por ela nas redes sociais Facebook e Twitter.

Em primeiro lugar, folgo em saber que todos passam bem. Nem socialistas merecem ser roubados, e a sensação de ter a própria casa, sua propriedade privada, pilar de uma sociedade capitalista e individualista, invadida é de tirar qualquer um do sério – mesmo aqueles que defendem a coletivização da propriedade e costumam tratar bandidos como “vítimas da sociedade”.

Claro, muitos do PSOL gostam de acusar a polícia de “fascista”, mas fico feliz em saber que, na prática, a ex-senadora conta com essa mesma polícia para ir atrás dos criminosos que lhe causaram tanto temor: ”o aparato policial esteve no local e promoveu todos os levantamentos necessários. A perícia criminal fez as coletas de amostra de sangue e demais providências cabíveis. Como não temos arma em casa, nem jamais defenderemos justiça com as próprias mãos, esperamos que as providências para total esclarecimento do maldito episódio (e dos muitos outros mais que acontecem com muitas outras pessoas) sejam devidamente tomadas”.

Justiça com as próprias mãos é uma coisa; mas legítima defesa é outra, totalmente diferente. Se os cidadãos pudessem ter armas em casa, primeiro os bandidos pensariam duas vezes antes de invadir; segundo, poderia haver reação legítima. O filho de Heloísa Helena poderia ter atirado nos bandidos, por exemplo. Não seria “justiça com as próprias mãos”, mas o mais básico direito de cada cidadão, que é proteger a sua propriedade, algo que o Estatuto do Desarmamento quer impedir.

Justiça seja feita, Heloísa Helena se mostrou, no passado, cética com o desarmamento. Para ela, a medida não seria suficiente. A raiz do problema da criminalidade era outra: a bebida. A propaganda do álcool tinha que ser abolida! Ela disse:

O álcool é um problema muitas vezes maior que o porte de arma ou a venda de armas. As mortes violentas estão de alguma forma associadas às bebidas alcoólicas. Então, o correto seria atacar a raiz do problema.

Só me resta perguntar a ela: os bandidos que invadiram sua casa estavam bêbados por acaso?

Outra origem do problema, segundo a vereadora, está, claro, na pobreza. Transferência de renda pelo estado seria a solução. Só me resta perguntar a ela: os invasores eram menores carentes por acaso?

Não desejo que ninguém passe pelo que passou a vereadora e sua família. Mas que ao menos os socialistas possam extrair alguma lição dessas desgraças. Que vejam como levantam as bandeiras erradas, responsabilizando pela criminalidade a bebida, a arma, a pobreza, a “sociedade”, mas nunca o verdadeiro culpado: o criminoso!

Se há algo que acaba incentivando o crime, é justamente a impunidade. A vereadora quer justiça, quer punir esses criminosos. Certíssima! Que tal, então, mudar o discurso sensacionalista, abandonar a retórica demagógica, e defender o que é certo?

Rodrigo Constantino

Tags: Heloísa Helena


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14/04/2014 às 9:56 \ Comunismo

Brasil financia indiretamente exportação de armas para Coreia do Norte





Deu na Veja: Cuba usou Porto de Mariel para vender armas à Coreia do Norte

A construção do Porto de Mariel, em Cuba, ganhou o noticiário nos últimos meses porque o governo brasileiro concedeu, via BNDES, um empréstimo de 682 milhões de dólares à ditadura cubana para assegurar a obra – dois terços do valor total estimado para o porto. Além disso, os detalhes da transação foram estranhamente mantidos em sigilo. Em janeiro deste ano, a presidente Dilma Rousseff esteve na ilha dos irmãos Castro para a inauguração oficial do terminal portuário.

Mas a história não acaba aí: um relatório elaborado por um painel de especialistas do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) mostra que Cuba utilizou o Porto de Mariel para abastecer com 240 toneladas de armamento um navio norte-coreano, em descumprimento a sanções internacionais contra o regime autoritário da Coreia do Norte. A operação, realizada há menos de um ano, fracassou porque a carga secreta foi descoberta por autoridades do Panamá, já no caminho de volta à Ásia.

Em outras palavras, o governo Dilma, por meio do BNDES, usou o nosso dinheiro que acabou facilitando o comércio ilegal de armas da pior ditadura da América Latina para a pior ditadura do mundo, ambas comunistas.

Quem já leu os livros de Humberto Fontova sobre seu país natal, a ilha-presídio caribenha, não ficará muito surpreso. No último deles, Fidel: O tirano mais amado do mundo, Fontova dedica um capítulo para falar como Cuba se transformou em hub do tráfico de drogas internacional, com o mafioso ditador à frente do esquema.

Comentei um pouco sobre isso aqui. Fontova afirma: “Cuba era um grande campo de treinamento para terroristas (o IRA, os Panteras Negras, a Organização para a Libertação da Palestina e Carlos, o Chacal são todos ex-alunos cubanos).”

Cuba, um regime falido dominado por psicopatas e bandidos. Coreia do Norte, um regime ainda mais falido, dominado por um maluco ainda mais psicopata. E ajudando ambos com os nossos recursos, o governo do PT, admirador de Fidel Castro e de tudo que há de pior na face da Terra, representando pelo comunismo. É lamentável…

Rodrigo Constantino

Tags: BNDES, Coreia do Norte, Cuba


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13/04/2014 às 22:46 \ Sem categoria
Clipping do fim de semana


Plano Nacional de Educação: uma ameaça à liberdade

Os tutores das almas infantis

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13/04/2014 às 16:09 \ Cultura, Educação

Plano Nacional de Educação: uma ameaça à liberdade




O Plano Nacional de Educação (PNE) se transformou num monstrengo após passar por tantas modificações, especialmente na Câmara. O projeto inicial acabou totalmente alterado, dando ares mais autoritários, coletivistas e estatizantes, que colocam em xeque nossas liberdades e atacam o núcleo familiar, transferindo poder desmedido ao estado.

O jornalista José Maria e Silva escreveu um texto bastante completo sobre os principais absurdos e riscos presentes no projeto. Segue um trecho:

Hoje, mesmo os cursos técnico-profissionalizantes são profundamente contaminados pela retórica ideológica da esquerda. Em grande parte das faculdades de Engenharia, por exemplo, as disciplinas de ciências humanas são calcadas numa bibliografia marxista ou neomarxista, privando o aluno de uma visão plural, que incorpore, também, pensadores liberais ou conservadores. Isso ocorre, sobretudo, nas faculdades de Enge­nharia Ambiental, em que a bibliografia da parte de humanidades do curso parece destinada a inculcar no aluno que o capitalismo é o inimigo por excelência do meio ambiente, esquecendo-se que os regimes totalitários, como o stalinismo ou a Revolução Cultural de Mao Tsé-Tung, não têm motivo algum para respeitar a natureza bruta, uma vez que não são capazes de respeitar nem a natureza humana.

[...] A pedagogia de Paulo Freire é herdeira dessa utopia holística, que transforma o professor em aprendiz e o aluno em mestre, sob o falso pretexto de que o ensino jamais pode ser transmissão de conteúdo e deve dar à embrionária vivência de um adolescente o mesmo peso que o conhecimento acumulado pela humanidade adquiriu em séculos.

E alertou de forma um tanto direta:

Caso o Plano Nacional de Educação seja aprovado, em definitivo, com essa redação sexista (isso mesmo: sexista), a nação brasileira corre o risco de ter sua língua sequestrada pelos ideólogos de esquerda. Não tardam e hão de querer revisar o texto da própria Constituição para adicionar-lhe esses penduricalhos de mau gosto.

[...]

Como se vê, um Plano Nacional de Educação que, no país do analfabetismo funcional, negligencia o mérito, incita a escola contra a família e, em vez de estimular a leitura, policia as palavras, transformando a língua num instrumento de opressão ideológica, nada tem a ver com ensino – é apenas uma doutrinação totalitária que tenta fazer da escola uma incubadora de subversões.

Para dar um simples exemplo, “os estudantes”, durante todo o projeto de lei, deu lugar a “os(as) estudantes”, modificação desnecessária para dizer o mínimo, e carregada de ranço ideológico para ser mais objetivo. Um conhecido meu, Luiz Jardim, que trabalha na Câmara, fez um interessante estudo comparativo entre as versões da Câmara e do Senado, mostrando que aquela desvirtuou completamente o sentido do projeto com sua visão mais ideológica. Um dos exemplos citados por ele diz respeito ao já crescente uso da própria matemática para passar “valores” ideológicos:

Enquanto antes se aprendia a somar maçã com maçã, hoje as escolas aproveitam a aula de matemática para ensinar transversalmente os diferentes tipos ideológicos de família, como pares de homem com mulher; homem com homem e mulher com mulher. Podendo também somar outros na família como homem com mais de uma mulher; ou mulher com mais de dois homens; ou como a criatividade permitir. Este tipo de educação já ocorre nas escolas públicas, com livros didáticos figurando os exemplos citados.

Ele acrescentou em mensagem para mim:

Essa ideologia é um perigo para os mais pobres, porque, para a elite consciente, se o professor tentar ideologizar os filhos, poderá sofrer uma repressão dos pais quando forem às reuniões de pais e mestres. O pobre não terá capacidade de perceber as sutilezas, porque não tem a cultura necessária. Implantando isso nas escolas públicas teremos um estrago difícil de ser recuperado, porque o PNE tem validade de 10 anos.


O pior é que o projeto da Câmara tira a possibilidade de as famílias dar opinião sobre como gostaria que fosse feita a instrução dos filhos. O do Senado restaura e inclusive diz que deve ser focado na cultura e nos valores da sociedade.

Em meu breve ensaio sobre qual educação o país necessita, aponto para esse crescente uso do ensino para doutrinar os alunos com uma visão ideológica esquerdista. Essa tem sido a triste realidade dos últimos anos. O PNE, do jeito que está, com as mudanças feitas pela Câmara, representa apenas mais um grande passo nessa direção. A direção errada.

Rodrigo Constantino

Tags: José Maria Silva


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13/04/2014 às 10:35 \ Cultura, Liberdade de Imprensa, Paternalismo

Os tutores das almas infantis


Os cães de Pavlov adestrados pelos “engenheiros sociais”

Ainda sobre o debate acerca da propaganda infantil, que já comenteiaqui, segue mais um texto antigo meu, resgatado para contribuir com a discussão. Foi escrito à época em que esses movimentos começaram a fazer forte campanha por tal medida de restrição ou proibição dos comerciais voltados ao público infantil.

Chamo a atenção, antes, para o fato de que os socialistas gostam de distribuir panfletos e cartilhas ideológicas para as crianças, mas não querem anúncios na TV sobre brinquedos e comida. Ou seja, “aprender” que o lucro é exploração na mais tenra idade, tudo ótimo, mas ver uma chamada sobre um novo brinquedo, que o pai poderá escolher se compra ou não, pecado!

É tudo muito estranho…

Os tutores das almas infantis

Circula por aí um “manifesto pelo fim da publicidade e da comunicação mercadológica dirigida ao público infantil”. Dezenas de instituições estão por trás da medida, incluindo a CUT e a UNE. Retórica à parte, trata-se apenas da velha arrogância autoritária de alguns, sempre prontos a acreditar que a liberdade é uma ameaça terrível, e que suas vítimas precisam urgentemente de sua tutela. A arrogância dos “engenheiros sociais” anda de mãos dadas com o mais nefasto autoritarismo.

O ranço marxista presente no manifesto pode ser detectado em cada passagem. Logo no começo, o manifesto justifica seu apelo autoritário em nome da “defesa dos diretos da infância, da Justiça e da construção de um futuro mais solidário e sustentável para a sociedade brasileira”. A tentativa de monopólio dos fins é evidente: apenas quem condena a publicidade infantil luta por um futuro “solidário e sustentável”. A propaganda é inimiga da “solidariedade”. Mas, naturalmente, apenas a propaganda que objetiva o lucro, ou seja, a venda de produtos demandados pelo público em geral, e crianças em particular. A propaganda ideológica dessa gente não é nociva. Ao menos é essa a crença deles.

A explicação vem logo em seguida: “a criança é hipervulnerável”. Como ela está em fase de desenvolvimento, ela “não possui a totalidade das habilidades necessárias para o desempenho de uma adequada interpretação crítica dos inúmeros apelos mercadológicos que lhe são especialmente dirigidos”. Resta perguntar: por acaso essas crianças são órfãs, não possuem pais que cuidam delas e lhes dão educação? Será mesmo preciso usar a tutela estatal para “educar” crianças? Se os pais são uns mentecaptos incapazes de cuidar dos próprios filhos, não seriam eles próprios incapazes de interpretar de forma crítica os “apelos mercadológicos”? Então os pais também necessitariam da tutela estatal?

Mas, nesse caso, quem garante que tais indivíduos não seriam vítimas de outro tipo de propaganda, a demagógica? Por que o sujeito seria vítima de apelos mercadológicos, mas estaria blindado contra apelos populistas de governantes autoritários? Será que um eleitor do PT tem habilidade para uma “interpretação crítica” dos escândalos divulgados pela imprensa? Não parece contraditório pregar o sufrágio universal e logo depois demandar extremo paternalismo? Afinal, a tutela será realizada pelo governo eleito pelos mesmos ignorantes manipuláveis que necessitam da tutela, ora bolas!

O tom marxista cresce no trecho seguinte: “A publicidade voltada à criança contribui para a disseminação de valores materialistas e para o aumento de problemas sociais como a obesidade infantil, erotização precoce, estresse familiar, violência pela apropriação indevida de produtos caros e alcoolismo precoce”. Que coisa! Quer dizer que quando as crianças, no intervalo dos desenhos animados, ficam sabendo que um novo biscoito foi lançado no mercado, ou que alguma fábrica criou um brinquedo diferente, isso as prejudica, ajuda a disseminar “valores materialistas”? Talvez a solução definitiva esteja no modelo de comunas, onde nenhuma criança tem propriedade alguma, e até mesmo o pronome possessivo “meu” é proibido. Sabemos como esse modelo “espartano” acaba. Pobres crianças, ratos do laboratório socialista!

Como pai de uma menina de oito anos, fico sempre chocado com esses apelos e manifestos. Fico com a nítida impressão de que essas pessoas nunca tiveram educação decente, e projetam no governo o pai que não tiveram. Ou, como filhotes de Rousseau, transferem para o governo a responsabilidade de educar os filhos que abandonaram. Será que nunca aprenderam o poder de um simples “não”? Será que foram mimadas ao extremo e não conheceram limites?

Minha filha assiste desenhos na televisão, e naturalmente acompanha diversos comerciais. Alguns ela até decorou. E daí? Por acaso isso quer dizer que eu tenho que comprar tudo para ela? Será que como pai eu sou impotente diante do “poder” do apelo mercadológico? Curiosamente – ou não – eu simplesmente não consigo ver a coisa dessa forma. Talvez porque saiba dizer “não” de vez em quando. A propaganda ajuda a divulgar produtos que eventualmente podem interessar minha filha. Eu compro apenas aquilo que julgo adequado. Nós não precisamos da tutela desses “engenheiros sociais”.

Uma explicação mais cínica e maquiavélica pode ajudar a compreender este tipo de manifesto autoritário, sempre apoiado por entidades esquerdistas. A tentativa de asfixiar a liberdade de imprensa, inimigo número um do projeto de poder absoluto dessa gente. Uma das formas de controlar a imprensa é limitar sua fonte de renda. Se o governo representar parcela relevante do orçamento, nenhum jornal ou canal de televisão vai ousar atacar de forma muito direta o próprio governo.

O cão não morde a mão que o alimenta. Logo, dificultar a vida dos meios de comunicação passa a fazer parte da estratégia ideológica dos autoritários. E nada como impedir a propaganda, fonte principal de recursos da imprensa, para esta meta. Comercial de cigarro? Não pode. Comercial de cerveja? Tenta-se limitar. Comercial de produtos infantis? Não! E a propaganda oficial do governo vai cada vez ganhando mais fatia de mercado, tornando os veículos de imprensa mais dependentes das verbas estatais.

Por isso tudo, sou totalmente a favor da publicidade infantil. Caveat Emptor! Que o comprador esteja atento para separar o joio do trigo. Que os próprios pais sejam os responsáveis pela educação de seus filhos, não o governo. Não somos cães de Pavlov reagindo totalmente por impulso. “Entre o estímulo e a resposta, o homem tem a liberdade de escolha”, disse Viktor Fankl.

A criança não tem a devida responsabilidade para escolher sozinha, e por isso mesmo ela tem alguém responsável por ela. Mas este não é o “deus” governo. Não é também o grupo de candidatos a “reis-filósofos” que assina tal manifesto. Os responsáveis serão seus próprios pais. Sei que isso parece uma idéia bizarra para alguns. Mas esses deveriam deixar os demais em paz, e buscar ajuda num divã, para superar sua mania de controle sobre a vida alheia, embalada sempre por cruzadas morais.

Rodrigo Constantino

Tags: propaganda infantil


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"A Revolução Francesa começou com a declaração dos direitos do homem, e só terminará com a declaração dos direitos de Deus." (de Bonald).

Obedeça a Deus e você será odiado pelo mundo.








-O coletivismo é a negação da liberdade, porquanto a sede da liberdade é o indivíduo. Tanto é que a pena mais severa na história da humanidade é a privação da liberdade. A essência da liberdade é una e indivisível e daí a designação do sujeito como "indivíduo".

Aluízio Amorim

Filósofa russa Ayn Rand :



“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.”



Ayn Rand nasceu em São Petersburgo em 1905