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17 DE SETEMBRO DE 2013
Gastos irresponsáveis do governo fazem dívida crescer duas vezes e meia mais rápido que o PIB
Por Marlos Ápyus
Não é de hoje que o PT vem se mostrando extremamente hábil na manipulação de números que coloquem a opinião pública a seu favor. Se, por exemplo, criam um índice BAIXÍSSIMO para definir o que seria “pobreza extrema”, convenientemente “esquecem” de reajustá-lo de acordo com inflação, o que faz com que naturalmente milhões ultrapassem seu limite ano a ano. Foi o que apontou matéria da BBC ainda em março:
Adotado em junho de 2011 pelo governo, quando foi lançado o plano Brasil Sem Miséria (guarda-chuva das políticas federais voltadas aos mais pobres), o valor jamais foi reajustado. Se tivesse acompanhado a inflação, hoje valeria R$ 76,58.
Em onze das 18 capitais monitoradas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), R$ 70 não garantem sequer a compra da parte de uma cesta básica destinada a uma pessoa. Em São Paulo, seriam necessários R$ 95,41 para a aquisição.
(grifos nossos)
A falácia da quitação da dívida externa
Uma outra falácia repetida inúmeras vezes sem questionamentos por parte da mídia tida como golpista pelo governo diz respeito à quitação da dívida externa brasileira. Sim, foi quitada. Mas ao custo do estouro da dívida interna, com juros muito maiores e prazos menores para negociação. Era o que alertava artigo de Lígia Ferreira para a Folha Política em maio passado:
Quando Lula assumiu o seu primeiro mandato em 2002, a dívida externa era de R$ 212 bilhões, enquanto a dívida interna era de R$ 640 bilhões. Ou seja, o total, dívida externa mais interna, chegou aos inacreditáveis R$ 852 bilhões. Em 2008, quando o Lula assumiu ter pago a dívida, a dívida externa caiu para zero, já a interna chegou a – pasme – R$ 1,4 trilhão. Total da dívida: R$ 1,4 trilhão – 65% do PIB do Brasil.
Contra fatos não há argumentos: Lula “pagou”, sim, a dívida externa. No entanto, nota-se que a dívida interna aumentou exorbitantemente. Na realidade, o Governo se endividou internamente para se quitar externamente. Diversos economistas alegam, ainda, que os novos acordos de endividamento interno seriam muito mais desvantajosos, tendo em vista o menor prazo e a maior incidência de juros.
Para o Brasil, pouca ou nenhuma diferença faz para quem deve, o fato é que a dívida não só continua como aumentou. É necessário ressaltar que apenas de juros para a dívida interna foram pagos, no mês, R$ 13 bilhões. A efeito de comparação, a verba destinada, naquele ano, para a educação foi de R$ 12,7 bilhões (média de 1,05 bilhão por mês).
(grifos nossos)
Colocando num gráfico simples, eis o que está acontecendo com a dívida pública brasileira durante estes 10 anos de governo petista:
Dívida pública também cresce proporcionalmente
Quem traz o alerta é o CenárioMT, em artigo de José Boas. A dívida pública vem crescendo mais que o dobro do PIB. Ao ponto de que, em mais uma década, superará este:
Para termos uma ideia do tamanho do problema, entre 2004 e 2013 o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil cresceu em média 3,64% ao ano (hoje é de R$ 4,5 trilhões) e nossa dívida pública avançou no mesmo período, em média, 8,98% ao ano(atualmente em R$ 2,24 trilhões). Traduzindo em miúdos, a dívida pública brasileira já é do tamanho da metade daquilo que o país ganha todos os anos, e ela cresce 2,5 vezes mais rápido do que o nosso PIB. Isso quer dizer que, mantidos estes padrões, até 2027 (mais 13 anos) teremos uma dívida que superará a nossa receita anual.
O artigo traz um gráfico que “desenha” o caminho para o qual o Brasil segue rumando:
Irresponsabilidade na administração pública
O governo Dilma segue fechando os olhos para a situação. Num cenário de crise como este, seria natural um melhor controle dos gastos. Uma matéria da Folha, no entanto, revela que “enquanto lucros e investimentos patinam, estatais ganham 40 mil novos funcionários no governo Dilma“:
Investimentos e lucros caíram em algumas das principais estatais federais, mas a ampliação do quadro de pessoal das empresas mantém, no governo Dilma Rousseff, o ritmo dos anos Lula. (…) No total, o contingente de empregados nas empresas federais com receita própria se aproxima dos 500 mil, contra 339 mil em 2002, último ano do governo FHC.
(grifos nossos)
E mais um gráfico entrega bem que o governo segue ignorando a situação na qual vem se metendo:
- Dilma gasta em 6 meses quase 10 BILHÕES sem licitação
O Jornal da Mídia aponta outro fator que pode estar agravando o aumento da dívida pública. Só no primeiro semestre deste ano, nada menos que 37% das aquisições de bens e serviços do governo Dilma ocorreram sem licitação. Com licitação, explica a matéria, a economia chegaria à casa dos BILHÕES de reais:
As compras da União somaram R$ 25,5 bilhões no primeiro semestre deste ano, de acordo com dados extraídos do Portal de Compras do Governo Federal (Comprasnet), administrado pelo Ministério do Planejamento. Foram gastos R$ 16 bilhões (63%) com compras licitadas e R$ 9,5 bilhões (37%) em aquisições de bens e serviços sem licitação.
Além de maior controle dos gastos, o processo licitatório possibilita significativa economia para os cofres públicos. De acordo com Loreni Foresti, 90% das compras licitadas foram feitas por meio de pregão eletrônico, no valor de R$ 14,4 bilhões. Isso reduziu os gastos em 18%, equivalentes a R$ 3,1 bilhões, disse a secretária.
(grifos nossos)
O outro lado: governo tucano de São Paulo atinge menor índice de endividamento
Não se trata simplesmente de um momento ruim da economia, mas de erros gritantes na administração dos gastos públicos. O governo do PSDB paulistano, tradicional opositor do governo petista, ganhou manchetes nesta terça-feira graças a uma economia de 19 BILHÕESde reais em suas dívidas:
O Estado de São Paulo vai aumentar o superávit primário e reduzir a sua dívida líquida em 19 bilhões de reais, segundo o governador Geraldo Alckmin (PSDB). Somente este ano, conforme ele, serão 6 bilhões de reais em redução. “É um superávit primário extremamente importante”, disse em conversa com jornalistas, após participar de reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta quinta-feira.
Ele informou que o Estado alcançou o menor índice de endividamento frente a sua receita líquida, de 1,3 vez. No ano passado, conforme Alckmin, estava em 1,6 vez. “O indicador também está bem abaixo do estabelecido pela lei de responsabilidade fiscal, de duas vezes“, declarou o governador.
(grifos nossos)
A oposição precisa ter coragem para explicar estes números à população mais leiga. O governo petista está prejudicando o país com todo o seu pacote de falácias. Quando a bolha estourar, e este dia está cada vez mais próximo, prejudicará principalmente os mais fracos, justo aqueles que o governo finge defender.
- Tópicos Dilma, dívida externa, dívida pública, Geraldo Alckmin, Lula, PT
7 Comentários
Caso coloquem em dúvida o site mencionado anteriormente veja o site abaixo :
Caso queira mais informações a respeito vide link abaixo:
O problema não é “se vai estourar ou não”.
A estratégia do PT é que, justamente, isso estoure. Não importa quem vença em 2014: essa bolha vai estourar na mão do próximo presidente. E, em 2018, o PT vai lançar o Lula como candidato com a ideia de que “foi só o Lula sair da presidência que o Brasil ficou pior”.
Disso pra reeleições indefinidas…
Segundo pesquisas que fiz na internet esta história de que Lula pagou a dívida externa é uma grande enganação.
Segundo li o que Lula pagou foi apenas a antecipação de uma parcela (15 Bi) da dívida que venceria daí a dois anos, para isso trocou essa parcela que pagava juros internacionais baixos por uma dívida equivalente no mercado interno pagando juros bem mais altos.
A defesa de petistas para a contestação do pagamento da dívida é que o Brasil possuia reservas financeiras suficientes para pagar a dívida portanto não tinha com que se preocupar.
A informação acima me pareceu bastante coerente pois, salvo o engano, vi no site do Banco Central um gráfico mostrando a evolução da dívida externa onde mostra que um ano ou dois após o suposto pagamento a dívida estava lá.
Lothar Von Puttkamer18 DE SETEMBRO DE 2013 ÀS 08:55RESPONDER
“A oposição precisa ter coragem para explicar estes números à população mais leiga.”
Se quisessem explicar não adotariam a maquiagem nas contas.
Não! Na verdade, é ainda pior. Essas reservas em dólares, além de terem um custo de manutenção elevado, não representam uma “poupança do Brasil”, como algumas pessoas acreditam. Quando um estrangeiro traz seus dólares para comprar títulos da dívida pública, ou para emprestar para uma empresa brasileira, etc, o Banco Central usa estes dólares para comprar títulos da dívida americana. PORÉM, o fluxo pode se inverter e o Banco Central vai ter que fazer a operação inversa: ou vai ter que bancar uma diferença ainda maior para sustentar o volume destas reservas, ou vai ter que se desfazer de uma parte dela se quiser influenciar o câmbio, por exemplo. Achar que estas reservas estão lá de bobeira e que o Brasil pode fazer o que quiser com elas é o mesmo que achar que o dinheiro que está depositado na sua conta pertence ao banqueiro.
República Das Bananas18 DE SETEMBRO DE 2013 ÀS 01:42RESPONDER
O povo colhe aquilo que planta… mas como a miopia do povo não consegue enxergar mais de 1 mês à frente, o futuro vai se desenhando pelo imediatismo, comodismo e oportunismo do brasileiro médio que só quer saber de bolsa-qualquer-coisa-menos-trabalhar. Como se dizia: “Quem planta vento, colhe tempestades…”. Boa sorte, macacada!
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