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08/10/2013 às 21:04 \ Política & Cia
- O governador gaúcho Tarso Genro, ex-presidente do PT, durante o programa da TV Cultura (Foto: Jair Magri)
Entrevistado pelo apresentador Augusto Nunes e com uma bancada de que participaram outros cinco jornalistas, o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, fez uma previsão ao participar, até o início da madrugada de hoje, do programa Roda-Viva, da TV Cultura:
– O PMDB participará de qualquer governo que seja eleito em 2014.
Sem abordar os aspectos fisiológicos pelos quais o PMDB é notório, o governador lembrou que partido se caracteriza por constituir um conjunto de lideranças regionais, cujo tamanho e capilaridade por todo o país o tornam fator de “governabilidade”. Tarso, ex-presidente do PT, também disse que, devido a sua heterogeneidade, é previsível que parte dos quadros do PMDB não se alinhem ao novo governo, seja ele qual for.
O governador foi perguntado sobre um grande número de temas ao longo da hora e meia do programa. Entre outros pontos, defendeu a concessão de asilo político ao terrorista italiano Cesare Battisti pelo governo no final do mandato de Lula, em dezembro de 2010, quando ele próprio era ministro da Justiça e voltou a dizer que o PT precisa viver um processo de “refundação”, tal como pregou logo após a eclosão da crise do mensalão, em 2005. Esse processo implicaria em uma maior aproximação e integração do PT com outras correntes de esquerda, representadas ou não em partidos.
Sobre o mensalão, Tarso considerou que o julgamento dos mensaleiros foi sobretudo “político”, mas não atribuiu conotação negativa a essa qualificação. Utilizando linguagem bem diferente de muitos de seus colegas de partido que vêm investindo contra o Supremo e os ministros, classificou de “normal” que o Supremo leve em consideração fatores não exclusivamente jurídicos em decisões de larga repercussão, afirmando que é ali, na corte, que “a política e a Constituição se encontram” — e que sempre foi assim.
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3 Comentários
Maquiavel -
08/10/2013 às 21:40
O PMDB é o eterno partido de centro que compõe com qualquer governo e por incrível que pareça tem uma utilidade enorme pois acredito que não fosse o PMDB já estaríamos vivendo uma ditadura civil.
Maria Luz -
08/10/2013 às 21:36
O governador Tarso Genro, que pretende candidatar-se novamente ao governo do estado, é um homem inteligente, que encontra justificativas para todas as suas atitudes,corretas ou não , e faz promessas que não cumpre. E já disse que não ia explicar onde aplicaria os 4,2 bilhões que retirou do caixa único. Pode???
Reynaldo-BH -
08/10/2013 às 21:15
O Roda-Viva continua sendo – hoje mais – o programa de formação de opinião no Brasil. E Tarso Genro ajudou a fortalecer a importância das entrevistas das noites de segunda.
Obrigado!
As palavras não ditas por vezes valem mais que um discurso. A insistência de Tarso, o Onanista, em não aceitar a comparação dos legados de FHC e de Lula (com a boneca de ventríloquo ao colo) é sintomática.
Pego no contrapé, ao fim do programa quando ele próprio insistiu nesta comparação (da qual não irá fugir facilmente) deu a prova do medo que toma conta de quem, como os lulopetistas, imaginavam as tais favas contadas.
Não estão. E dificilmente estarão.
Agora o mantra recitado com o fervor dos xiitas, desapareceu. Não importa o passado. O importante é a proposta de futuro.
Não era isso que dizíamos sempre? Nós, os que queríamos somente debater o futuro? Porque a inversão de pauta? Qual a razão da substituição da comparação pela promessa de um “novo tempo”?
Um novo tempo com mais do mesmo? O que haveria de novo se o passado aponta sempre para o retrocesso (político, econômico e principalmente ético)? É hora de esquecer o passado tenebroso de 10 anos e apostar que os mesmos irão fazer um futuro melhor? Ou a análise do que fizeram demonstram o que poderão (ou não) fazer?
Tarso não explicou, o que deixa espaço para que tentemos entender.
Seria a descoberta – tardia – que nesta comparação já sob o crivo da história, o PT perde? Que o legado maior do PT é o mensalão, as desculpas e as mentiras? As obras inconclusas – tão bem lembradas pelo Setti – e as outras superfaturadas?
O receio vem de uma comparação – que hoje já é possível de ser feita mesmo com o engodo da mentira que cansou a todos – onde o legado de FHC é esmagador frente à herança maldita de Lula?
Até onde a presença de Marina citando o chavismo e o aparelhamento criminoso que o PT patrocinou assusta Tarso et caterva?
Afinal, uma ex-petista (ex?) vale muito. Viveu o lulopetismo por dentro. Aliás, ajudou-o a ser criado. Junto a Eduardo Campos (com o mesmo discurso, agora irreversível e sem espaços para uma “meia-volta volver” que Lula acreditava possível ser fácil de conseguir) qual será o tamanho do estrago? Mesmo Eduardo Campos sendo CÚMPLICE desta montagem que hoje é objeto de oposição (dele), a nova visão destrói o farisaísmo do PT.
Tarso Genro, ontem, lembrava o inesquecível Rolando Lero.
Ricardo Setti e Sandro Vaia foram jornalistas. Deste tipo – o único – que assusta e encurrala quem está acostumado a falar para plateias dóceis. O outro tipo costuma não perguntar; prefere expor a concordância e pedir a opinião a partir dela.
Augusto Nunes esteve no fio da lâmina, tendo o respeito a quem assistia (todos nós) e ao mesmo tempo, ao convidado no centro da arena. Tarefa difícil. Não abriu mão de questionar duramente mantendo o limite da educação de “dono da casa” que convidou.
E o governador do RS, o infausto Tarso Genro, deu um show. De incoerência (Battisti e mensalão), de incorreção (aumento para os professores do RS), de empáfia (achando-se o novo filósofo da esquerda mundial) e de esperteza barata, quando empurrava para fora do ringue o passado que antes exaltava e hoje teme.
O PT, especialista em coligações, não imaginava que haveria uma CONTRA o que representa. Unindo gregos e troianos. Ligando antigos apoiadores e até a oposição consentida.
Foram as ruas (e teclados) que provocou este movimento para além do previsível.
O maior medo do PT é perder os aderentes, que ao sentir o barco afundando, passaram à busca de qualquer outro local seco (ou menos molhado).
E nisto Tarso Genro deixou pistas. Bateu – sem dó ou piedade – no PMDB. Seria uma preparação para um eventual “fomos nós que abrimos mão deles?”.
Ao fim, fica a lição. Nunca coloque um lulopetista para falar se a escolha da plateia ou dos jornalistas não for de responsabilidade do PT.
O desastre – para eles – é mais que anunciado. É certo.
A gente por cá agradece.
J.R. Guzzo: A descida ao inferno da menor L. A. B. merecia entrar para a história mundial da infâmia
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