=Todo roubo e todo abuso com o dinheiro público devem ser condenados e punidos exemplarmente. Os que são praticados de forma pontual são gravíssimos. Não vamos ficar aqui a elucubrar se existe roubinho” e “roubão”, uma vez que a Lei e o senso comum não fazem tal tipo de distinção.
No entanto, as consequências têm, sim, peso no exame final de tais ações. Uma coisa é um “propinoduto” a nível estadual, como vem sendo denunciado em relação ao metrô de São Paulo. Não cabe a nenhuma militância política apurar e denunciar, tendo em vista sua total parcialidade. Cabe ao Ministério Público apurar de forma efetiva (a PEC que o PT queria para livrar Lula de uma investigação foi rejeitada por medo dos políticos no Congresso ante as manifestações de junho) e, uma vez confirmada a apuração e produzidas as provas, oferecer denúncia de forma clara e correta.
Outra coisa, por seu turno, é um esquema de corrupção generalizada no núcleo principal do Estado brasileiro. Um esquema que compromete o sistema republicano com a manipulação ($) das vontades dos parlamentares (em jargão popular, “estão todos na mão”), coisa que o tal propinoduto, embora absolutamente condenável – como foi o caso do “sanguessuga” – não tem o condão de fazer.
O mensalão é, verdadeiramente, um golpe nas instituições, nos valores, na democracia, enfim, em tudo aquilo que se traduz em uma vida normal de uma sociedade inteira. O novo julgamento dos “inocentes”, assim auto-proclamados, irá autorizar a roubalheira sem limites e institucionalizada a partir da cultura do dinheiro fácil às custas do contribuinte. Para isto, trabalhadores e aposentados gastam cinco meses de seus salários – para que se locupletem tanto os políticos que estão no núcleo do poder da Nação quanto líderes de ditaduras do exterior, como sói acontecer com os recentes “contratos de cooperação” entre a cúpula do PT e esses arcaicos e mofados ditadores.
No Brasil, hoje, como na Alemanha nazista e na União Soviética, partido e Estado se confundem. A existência de simples legendas ao derredor é só uma capa da “democracia” cuja existência ilusória querem fazer a população engolir.
Cabe agora ao Ministro Celso de Mello entrar para a História do Brasil. Ele é que vai escolher qual a forma pela qual quer fazê-lo.
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