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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

[Novo post] O esquerdista André Barcinski e sua simulação de surpresa: “Chico, Gil, Caetano e Djavan: de censurados a censores”




lucianohenrique publicou: " Fonte: André Barcinski Tive de ler a reportagem da "Folha" duas vezes para me certificar de que não estava delirando: Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Djavan, Milton Nascimento e Erasmo Carlos se uniram a Roberto Carlos na campanha para" 



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Nova publicação em Luciano Ayan 












Tive de ler a reportagem da "Folha" duas vezes para me certificar de que não estava delirando: Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Djavan, Milton Nascimento e Erasmo Carlos se uniram a Roberto Carlos na campanha para exigir autorização prévia de biografados (leia aqui).

De Roberto Carlos não se podia esperar outra coisa. Afinal, passou a carreira toda sem dar um pio contra a ditadura e viveu os últimos 50 anos como um verdadeiro monarca, decidindo tudo que podia ou não ser dito sobre ele (não é à toa que é chamado de "Rei", enquanto Xuxa, outra figura pública que ainda acredita viver na Monarquia, é a "Rainha") .

Mas Chico Buarque? Um dos compositores mais censurados do país? Gil e Caetano, exilados pelos militares? Gil, o ministro do Creative Commons? Absolutamente surreal.

Na coluna de Ancelmo Gois no jornal "O Globo" de sexta, Djavan justificou assim sua decisão:

"A liberdade de expressão, sob qualquer circunstância, precisa ser preservada. Ponto. No entanto, sobre tais biografias, do modo como é hoje, ela, a liberdade de expressão, corre o risco de acolher uma injustiça, à medida em que privilegia o mercado em detrimento do indivíduo; editores e biógrafos ganham fortunas enquanto aos biografados resta o ônus do sofrimento e da indignação. Nos países desenvolvidos, você pode abrir um processo. No Brasil também, com uma enorme diferença: nós não somos um país desenvolvido. 

Brilhante. Quer dizer que, enquanto não formos um "país desenvolvido", o melhor é recorrer à censura típica das repúblicas das bananas?

O parágrafo de Djavan é tão confuso quanto algumas de suas letras. Ele começa dizendo que é necessário preservar a liberdade de expressão "sob qualquer circunstância", para logo depois justificar a censura sobre "tais biografias".

Que biografias seriam essas? As que Djavan e amigos não aprovam?

Depois, o compositor diz que editores e biógrafos ganham "fortunas". Não sei em que país Djavan vive. Onde eu vivo, se um autor vende dez mil cópias, sai dando cambalhota de felicidade (o escritor ganha, em média, 10% do preço de capa, então faça as contas e verá que escrever no Brasil, com raras exceções, é coisa de maluco ou diletante).

Vivo num país onde o Luis Fernando Veríssimo diz que não sobrevive de literatura. O Veríssimo.

E não adianta Djavan e turma dizerem que não se trata de censura. Claro que é. Só é disfarçada de preocupação de mercado.

Em setembro, durante a Bienal do livro, Ruy Castro leu um manifesto, assinado por 47 nomes, incluindo o historiador Bóris Fausto, o escritor Cristovao Tezza, o poeta Ferreira Gullar, o cineasta Nelson Pereira dos Santos e o jornalista e escritor Carlos Heitor Cony, contra a suspensão da tramitação do projeto de lei que libera a publicação de biografias sem autorização dos retratados (leia aqui).

Um dos trechos do manifesto diz:


A dispensa do consentimento prévio do biografado não confere ao autor imunidade sobre as consequências do que escrever. Em casos de abuso de direito, uso de informação falsa e ofensiva à honra, a lei já contém os mecanismos inibidores e as punições adequadas à proteção dos direitos da personalidade.

Ninguém é a favor de biografias mentirosas. Um autor que publica uma calúnia ou informação falsa deve ser punido. Mas também ninguém pode ser a favor de um mercado de livros "chapa branca", como os ícones da MPB querem criar.

Meus comentários

Essa indignação fingida de Barcinski não me comove. Não é possível um sujeito barbado desses ser tão ingênuo. Mais ainda por que ele pertence à uma outra facção de esquerdistas (os mais dissimulados), mesmo que critique a facção mais extremista.

Quando Barckinski diz que é contraditório ver pessoas que lutaram contra a ditadura militar serem a favor da censura prévia a biografias, com certeza ele está se fingindo de sonso. Então, Barckins não é ingênuo, mas dissimulado.

O detalhe (que ele omite, naturalmente) é que para o esquerdista liberdade, especialmente a dos outros, não é um princípio, mas a luta pelo poder sim. Com destaque para o poder no estado, evidentemente.

Quando os artistas supracitados lutaram contra a ditadura, não significava que eles lutassem pela liberdade, mas sim contra o fato deles não terem, na época, o poder que queriam. Hoje em dia, beneficiados pela Lei Rouanet, eles tem o poder que queriam ter na época da ditadura militar.

Mas, se eles já tem o poder (que é o princípio básico valorizado por eles, em detrimento da liberdade dos outros), então é completamente previsível que agora eles se oponham à liberdade dos outros.















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"A Revolução Francesa começou com a declaração dos direitos do homem, e só terminará com a declaração dos direitos de Deus." (de Bonald).

Obedeça a Deus e você será odiado pelo mundo.








-O coletivismo é a negação da liberdade, porquanto a sede da liberdade é o indivíduo. Tanto é que a pena mais severa na história da humanidade é a privação da liberdade. A essência da liberdade é una e indivisível e daí a designação do sujeito como "indivíduo".

Aluízio Amorim

Filósofa russa Ayn Rand :



“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.”



Ayn Rand nasceu em São Petersburgo em 1905