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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Reinaldo Azevedo - Blog - VEJA.com



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Reinaldo Azevedo

Análises políticas em um dos blogs mais acessados do Brasil

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Se em meu ofício, ou arte severa,/ Vou labutando, na quietude/ Da noite, enquanto, à luz cantante/ De encapelada lua jazem/ Tantos amantes que entre os braços/ As próprias dores vão estreitando —/ Não é por pão, nem por ambição,/ Nem para em palcos de marfim/ Pavonear-me, trocando encantos,/ Mas pelo simples salário pago/ Pelo secreto coração deles. (Dylan Thomas — Tradução de Mário Faustino)



25/02/2014 às 7:00
LEIAM ABAIXO


A fala indecorosa de Dilma sobre a Venezuela, a Ucrânia, a democracia etc.;
Jefferson na cadeia: o país melhorou? É uma prisão justa?;
Dilma diz que jornalistas é que tentam intrigá-la com Lula. Então conto uma coisinha à presidente…;
Uma carta que me foi enviada por jovens judeus. E fico muito honrado em divulgá-la;
O populismo descamisado do “Lindinho”: contra as empreiteiras, contra a Globo, contra o capitalismo, entendem???;
Banco usado por Maluf faz acordo e pagará US$ 20 milhões à prefeitura e ao governo de SP;
Ecos ainda da seita freixista e a questão dos autointitulados “jovens judeus de esquerda”;
Baderna do MST em Brasília foi financiada pelo BNDES e pela Caixa Econômica Federal;
Roberto Jefferson está preso;
Lula critica o governo Dilma a interlocutores “dazelite”. O Barba adoraria voltar, mas não vai!;
Apoio a protestos cai a seu menor nível desde junho;
Dilma e as pesquisas: situação confortável com uma Copa do Mundo no meio do caminho;
Uma camiseta de Lobão para Marcelo Freixo. E uma resposta desmoralizante para os que se dizem “jovens judeus de esquerda” do PSOLPor Reinaldo Azevedo


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25/02/2014 às 6:54
A fala indecorosa de Dilma sobre a Venezuela, a Ucrânia, a democracia etc.


A presidente Dilma Rousseff resolveu fazer nesta segunda, em Bruxelas, algumas reflexões sobre a Venezuela e a Ucrânia. Antes tivesse ficado calada. Há momentos em que o silêncio é uma verdadeira poesia. Dilma falou bobagem; sugeriu que, em certas circunstâncias, a ditadura pode ser até tolerável; tentou omitir o óbvio apoio que seu governo dá à Venezuela e evidenciou por que a liderança regional do Brasil é pífia. Sei que é patético e que parece piada, mas Dilma está um tanto a reboque de Nicolás Maduro, o psicopata venezuelano — quando, é evidente, deveria se posicionar como líder da maior economia da América Latina. Uma lástima.

Convidada pelos jornalistas a falar sobre a situação da Venezuela e se o Brasil se dispunha a fazer alguma forma de mediação, a presidente saiu-se com a cascata de que o país latino-americano vive uma situação completamente “díspar” da Ucrânia, onde o Parlamento depôs o presidente Viktor Yanukovich, na sequência de protestos que mataram pelo menos 82 pessoas.

O fantasma da Ucrânia está assombrando alguns tiranetes latino-americanos, daí esse esforço de Dilma para ser a Fada Sininho de Maduro. Deixem-me ver se consigo ser didático. De fato, a situação é diferente: Yanukovich foi eleito num pleito considerado, então, democrático e limpo — à diferença o maluco venezuelano.

A parte, digamos, “europeia” da Ucrânia se revoltou com a tutela econômica e, em certa medida, política que a Rússia exerce no país e foi às ruas, recorrendo — e é bom que isto fique muito claro — a métodos bastante violentos de contestação. Numa reação brutal e estúpida, a polícia foi produzindo cadáveres. E a crise chegou aonde chegou. Mas que se note: a Ucrânia, perto da Venezuela, era um exemplo de democracia.

Então, senhora presidente, não há dúvida de que são situações muito distintas: a Venezuela é uma ditadura.

Indagada sobre o cerceamento à imprensa no país vizinho, Dilma se limitou a exaltar os compromissos do Brasil com a liberdade de expressão, o que absolutamente não estava em questão. O tema era a Venezuela.

Numa declaração que vem a ser o exato oposto da verdade, afirmou: “Eles [a Venezuela] têm uma história. Não cabe ao Brasil discutir o que a Venezuela tem a fazer, até porque seria contra a nossa política externa. Não nos manifestamos sobre a situação interna de nenhum país. Não nos cabe isso.”

Mentira! Quando a pequena Honduras depôs o pilantra Manuel Zelaya, seguindo à risca a sua Constituição, Lula, em companhia de Chávez, chegou a incentivar a guerra civil. Quando, também segundo os rigores da lei, o Paraguai depôs Fernando Lugo, o governo Dilma retaliou suspendendo o país do Mercosul — aproveitando a janela, de forma indecorosa, para abrigar a Venezuela no bloco. Então é falsa a afirmação de que o Brasil não se mete na realidade interna dos outros países. Interfere, sim, quando se trata de proteger seus aliados ideológicos.

Agora mesmo, diante da crise venezuelana, com milícias assassinando pessoas nas ruas, o que disse o governo brasileiro? Afirmou que a sua posição é aquela expressa pelo Mercosul. E o que afirmou o comunicado do bloco, cuja presidência rotativa está com a Venezuela? Chamou os protestos da oposição de “ações criminosas de grupos violentos que querem espalhar a intolerância e o ódio”. Logo, o Brasil está chamando a oposição venezuelana de criminosa. Não se está diante de uma escancarada interferência nos problemas internos de um outro país?

Ainda mais indecoroso
Dilma disse algo ainda mais indecoroso:
“Para o Brasil, é muito importante que se olhe sempre a Venezuela do ponto de vista dos efetivos ganhos que eles tiveram nesse processo em termos de educação e saúde para o seu povo”.

Como é que é?

Ainda que a Venezuela fosse realmente um exemplo a ser seguido nessas duas áreas — é mais uma das mistificações das esquerdas latino-americanas —, o que Dilma está no dizendo é que, para o Brasil, a questão democrática perde importância diante dos tais ganhos sociais. Ora, quem acredita nisso — e acho que a gente não tem por que duvidar da crença de Dilma nessa barbaridade; afinal, ela tem uma história… — está fazendo uma confissão: a presidente da República Federativa do Brasil está afirmando que ganhos em saúde e educação podem compensar a falta de democracia.

Não por acaso, o Brasil se tornou um importador de escravos cubanos, não é mesmo?

Numa fala em que nada está certo, a referência que fez ao Brasil não tinha como sair redonda. Para demonstrar o compromisso do Brasil com a democracia, lembrou que, “nas manifestações de junho, não houve nenhuma repressão…”. É, de fato, o governo federal ficou apenas assistindo, com um ministro ou outro, como José Eduardo Cardozo e Gilberto Carvalho, insuflando… Quem teve e tem de arcar com o peso da repressão ao vandalismo são os governos estaduais.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Governo Dilma, Ucrânia, Venezuela


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328 COMENTÁRIOS


25/02/2014 às 5:10
Jefferson na cadeia: o país melhorou? É uma prisão justa?


O ex-deputado Roberto Jefferson está preso. Pouco antes de ir para a cadeia, ele afirmou que o país melhorou com a denúncia que fez. Será que melhorou? Mais: ele merecia ser punido, a exemplo dos outros? Acho que o país teve, sim, a chance de melhorar, mas muita gente importante está prestes a fazer uma grande burrada, que vai contribuir para piorar tudo. Quanto à punição, se justa ou não, vamos ver. A resposta não é muito simples.

O país teve a chance de melhorar porque, ao denunciar o esquema do mensalão, em junho de 2005, Jefferson contribuiu para expor as vísceras tanto de um modo de fazer política como de um partido político: o PT. Falemos do modo. É claro que o mensalão foi tambémum esquema de caixa dois de campanha, que não foi inventado pelos petistas nem vai ser extinto com eles. Mas o esquema criminoso foi mais do que isso: ficou claro que o petismo recorria a dinheiro público e privado para comprar partidos políticos e o voto de parlamentares. Na proporção em que o esquema se deu, foi algo inédito no país. Nesse caso, cumpre recorrer ao bordão de Lula: nunca antes na história deste país havia visto algo parecido.

Ocorre que o Supremo está a um voto de fazer uma grande bobagem, tornando ilegal o financiamento privado de campanha. Quando isso acontecer, as empresas serão legalmente proibidas de fazer doações a partidos e candidatos. A lei provocará o efeito contrário à intenção: vai haver um aumento brutal do caixa dois de campanha. Quem é o partido mais entusiasmado com a proibição, que mais a defende? Justamente o PT, que protagonizou o maior escândalo político da história. Mais: quando as doações forem proibidas, será preciso recorrer a dinheiro público para financiar as campanhas eleitorais. Resumo da ópera: políticos e partidos continuarão a receber dinheiro privado no caixa dois e ainda avançarão no erário. Trata-se de uma decisão estúpida, patrocinada, reitero, pelo partido do mensalão.

Sim, a denúncia, em si, e a posterior apuração foram um bem para o país. Também é um avanço que o Brasil tenha, pela primeira vez, políticos presos — e não presos políticos. A diferença entre uma coisa e outra foi devidamente estabelecida por este blog há muito tempo.

Jefferson preso
E Jefferson na cadeia? Isso é justo ou injusto? Creio que ele próprio não tinha noção, inicialmente, da dimensão que as coisas poderiam assumir. Fez alguns cálculos errados, acho eu. O primeiro deles consistiu em livrar a cara de Lula já na entrevista que concedeu à Folha, na edição de 6 de junho de 2005. Deu a entender que o então presidente não sabia de nada e que, ora vejam!, ficara muito indignado. Em depoimento na Câmara, referindo-se ao chefão do mensalão, afirmou: “Zé Dirceu, se você não sair daí rápido, você vai fazer réu um homem inocente, que é o presidente Lula. Rápido, sai daí rápido, Zé!”.

Jefferson, em suma, ajudou a criar a mitologia de que Lula não sabia de nada, o que parece ter contribuído para que a Procuradoria-Geral da República não se esforçasse muito para evidenciar o contrário.

Antes de abertos os procedimentos formais de investigação, Jefferson poderia ter negociado, por exemplo, um acordo de delação premiada. Não o fez. Embora advogado de formação, talvez lhe tenha escapado que havia cometido alguns dos crimes dos quais acusava alguns parceiros de trajetória. Quando se considera esse aspecto, a conclusão é uma só: é justo, sim, que esteja sendo punido, a exemplo de outros.

Quando, no entanto, se observa o papel que cada um deles desempenhou na tramoia, aí, meus caros, as coisas se complicam um pouco. Jefferson cumprirá pena, em regime semiaberto, de 7 anos e 14 dias por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. É superior à de Delúbio Soares, de 6 anos e 8 meses, e quase igual a de José Dirceu, de 7 anos e 11 meses. Os dois petistas foram condenados por corrupção ativa e devem ser inocentados do crime de quadrilha. O julgamento tem a sua dinâmica, sei disso, mas afronta o bom senso que o homem que denunciou um crime gigantesco, ainda que tenha praticado ilegalidades também, cumpra uma pena superior à do principal operador do esquema, Delúbio, e quase igual à daquele que foi considerado o chefão da tramoia: Dirceu.

Ah, sim: Jefferson também tem uma multa a pagar: R$ 720,8 mil. Pode ir tratando de enfiar a mão no bolso. Se fosse um petista, o partido logo faria uma daquelas vaquinhas indecorosas.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Mensalão, Roberto Jefferson


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25/02/2014 às 3:52
Dilma diz que jornalistas é que tentam intrigá-la com Lula. Então conto uma coisinha à presidente…


A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta, em Bruxelas, que é inútil a imprensa brasileira tentar criar uma conflito entre ela e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Será que os jornalistas andam mesmo fazendo esse tipo de fuxico?

Antes fosse assim, não é? Seria melhor para a presidente Dilma e, em certa medida, para o país. É evidente que a imprensa brasileira tem mais o que fazer do que se dedicar a fuxico que possa indispor o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a atual mandatária da nação. Para a má sorte da presidente, quem anda investindo no conflito são os muitos braços que Lula mantém na Presidência da República.

Lula tem recebido, como sabem, uma verdadeira romaria de empresários e políticos para ouvir reclamações sobre o governo. E, o que é pior para Dilma, tem concordado com os interlocutores. A presidente, é claro!, não pode admitir isso de púbico, então, para todos os efeitos, a culpa recai sobre os ombros largos dos jornalistas.

Nesta quarta, em Bruxelas, na Bélgica, disse a presidente aos repórteres, segundo informa a Folha: “Eu acho que vocês podem de todas as formas criar qualquer conflito, barulho ou ruído entre mim e o presidente Lula, que vocês não vão conseguir. Eu e o presidente Lula não temos divergências, a não ser as normais”.

Dilma sabe que não é assim. E os jornalistas também sabem que estão cansados de ouvir lulistas e dilmistas reclamando uns dos outros, embora ninguém se atreva a dar a cara a tapa. Nos bastidores, a presidente é a mais furiosa com o clima de fofoca permanente.

Querem um exemplo? Pois não! No domingo, a Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil, a CNA, e a Confederação Nacional da Indústria, a CNI, ofereceram um jantar a Dilma lá em Bruxelas, no Hotel Steigenberger. Ela foi àquele país participar da reunião de cúpula Brasil-União Europeia. Os empresários estavam justamente incitando a presidente a fechar um acordo com os europeus. Se possível, no âmbito do Mercosul; se não, que o nosso país desse início a uma negociação bilateral.

O encontro foi cordial. Uma influente coluna de política no Brasil, no entanto, publicou nesta segunda que tanto CNI como CNA estão mobilizadas em favor da volta de Lula. É apenas mentira.

E aqui cumpre lembrar algumas coisas. O Mercosul é uma desgraça para nós. Impede o Brasil de fazer acordos com outros países porque ou todo mundo topa, ou ninguém faz. “Todo mundo” quem? Os membros que compõem o bloco: Brasil, Argentina, Uruguai, Venezuela e Paraguai, que, por enquanto, está suspenso.

Estão em curso no mundo 354 acordos bilaterais, metade deles firmada de 2003 a esta data. O Brasil assinou só três e mantém apenas um: com Israel. Os outros dois, com a Palestina, calculem vocês, e com o Egito, não deram certo. Os EUA estabeleceram nada menos de 14 e estão prestes a fechar um pacto gigante com a União Europeia, que participa de 32, que pode nos empurrar para a periferia do mundo. A China, com a importância que assumiu no planeta, já assinou 15.

Lula não é o pai do Mercosul, mas está na origem da política comercial caduca vigente, que condena o país ao atraso. Os empresários da indústria e do agronegócio estavam pedindo a Dilma, no domingo, que mude o rumo dessa prosa. No Brasil, no entanto, a notícia que circulou é que estão reivindicando a volta do ex-presidente.

Então encerro agora com um recado direto a Dilma: sabe, presidente, quem plantou a falsa informação? Não foram os jornalistas, não, mas petistas ligados ao sr. Luiz Inácio Lula da Silva. É o que se chama “fogo amigo”.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Eleições 2014, Governo Dilma, Lula


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59 COMENTÁRIOS


25/02/2014 às 2:49
Uma carta que me foi enviada por jovens judeus. E fico muito honrado em divulgá-la


Recebo, e torno pública, com muita honra, uma carta do “Movimento Juvenil Sionista Betar”, que se posiciona sobre a questão “PSOL-Babá-Freixo-jovens judeus de esquerda”. Segue a íntegra do texto.
*
Estimado Reinaldo Azevedo,

Diante da repercussão gerada pela sua abordagem da “questão Freixo/Babá” , sentimo-nos na obrigação de lhe escrever. Nós, membros do Movimento Juvenil Sionista Betar, representamos no Brasil este grupo de jovens, presente em todos os continentes, e temos a proposta, desde 1923, de defender o povo judeu e Israel, agindo de forma pioneira e formando líderes comunitários. Pois bem, haja visto que o Deputado Marcelo Freixo vem citando reiteradamente em suas redes sociais a “carta da juventude judaica” em seu apoio, cremos que nós, um grupo bastante ativo dentro da juventude comunitária, temos a obrigação de nos manifestar.

Com muito pesar, acompanhamos a divulgação do vídeo em que Babá, militante do PSOL, queima uma bandeira do Estado de Israel durante uma passeata. O ódio que os cidadãos presentes nas imagens apresentam pelo Estado de Israel, mais do que qualquer coisa, nos assustou. Assustou-nos porque vimos, há cerca de um mês, uma passeata anti-Hollande na França, na qual milhares de pessoas entoavam gritos de “judeus, fora da França”. Assustou-nos porque o Irã ameaça “varrer Israel e seus habitantes ao mar”, e o mundo silencia perante seu projeto nuclear. Mas assustou-nos, principalmente, porque nunca imaginamos que veríamos algo semelhante a isso no Brasil.

Como foi muito bem dito neste blog, quem queima a bandeira de um país não é contra um governo ou um conflito, mas sim contra a existência deste por si só. Se não o fosse, manifestar-se-ia contra a figura do governante ou do partido que está no poder, algo que, aliás, ocorre com muita frequência em Israel, de forma pacífica, o que é uma das vantagens de se estar na única democracia do Oriente Médio.

Independente da orientação partidária, o que esperaríamos de qualquer político seriamente comprometido com a liberdade, com a democracia e com o respeito à diversidade de povos e culturas seria um repulso imediato e absoluto à queima da bandeira e à demonstração de ódio a qualquer país, repudiando o ato e, principalmente, o autor. Freixo, por sua vez, pediu votos a Babá e exaltou sua militância. Sim, posteriormente, condenou o ato da queima, mas não teve a coragem e a ética que esperamos de um líder para enfrentar seu partido e negar-se a apoiar um extremista como Babá.

É por essa falta de ação que nós, do Betar, membros da “Juventude Judaica” que Freixo aborda, vimos a público manifestar nossa indignação e nossa discordância. Se alguns aceitam a postura radical e disseminadora de ódio do PSOL, nós não. Se alguns lamentam que Oswaldo Aranha, presidente da sessão da ONU que criou Israel, seja brasileiro, nós nos orgulhamos. Nos orgulhamos também de viver em um país plural, respeitador das diferenças, que quer a paz para si e para os outros, e não silenciaremos vendo o PSOL ameaçar isso, pregando o mal para Israel. Se aqui, no Rio Grande do Sul, o vereador Pedro Ruas caracteriza o PSOL como um partido “necessário” , dizemos que, para nós, este é, sim, um partido perigoso e radical.

Obrigado, Reinaldo, pelo apoio e pelas palavras que muito bem representam aqueles preocupados com a segurança de Israel e de seu povo. Afirmamos, com orgulho, que este grupo da juventude judaica está fechado com você.

Cordialmente,

Movimento Betar BrasilPor Reinaldo Azevedo

Tags: Israel, judeus, sionismo, violência


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25/02/2014 às 2:47
O populismo descamisado do “Lindinho”: contra as empreiteiras, contra a Globo, contra o capitalismo, entendem???


Por Thiago Prado, na VEJA.com:
Discurso contra as empreiteiras, ataques à Rede Globo. Defesa da Baixada Fluminense em detrimento dos investimentos na Barra da Tijuca. Críticas duras ao PMDB, até outro dia aliado do PT no governo do Rio de Janeiro. Em resumo, uma tarde como a militância gosta, no evento programado para o PT lançar a pré-candidatura de Lindbergh Farias ao governo do Rio, no último sábado. Figura central do encontro, o senador reservou para os correligionários um ‘agrado’ especial, que indica os caminhos da campanha ao Palácio Guanabara: com um misto de sons guturais e sílabas alongadas, Lindbergh passou a imitar a voz do ex-presidente Lula. Um pouco forçado, é verdade, mas ajudado também pelo que resta de seu sotaque nordestino da Paraíba, onde nasceu.

Faz parte do teatro petista descer a borduna na iniciativa privada quando convém. O Lindbergh de sábado, no Salgueiro, na Zona Norte do Rio, em nada lembrava o que assumiu em 2013 a presidência da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado com um discurso moderado e de conciliação. “Oito bilhões e meio no metrô de Ipanema para a Barra da Tijuca. É uma obra daquelas que tem que furar uma rocha do tamanho do mundo. Trouxeram o Tatuzão, compraram por 100 milhões. É obra que empreiteira gosta”, discursou, para delírio da plateia de cerca de 4.000 pessoas.

Não é preciso ser experiente em campanhas eleitorais para saber que dificilmente um candidato a cargos majoritários caminha sem a colaboração de empreiteiras. E o próprio Lindbergh, na campanha de 2010, teve apoio para chegar ao Senado. Só a Camargo Correa contribuiu com 1 milhão de reais, segundo a prestação de contas entregue ao Tribunal Superior Eleitoral.

Lindbergh engrossou a voz em vários momentos do pequeno comício montado. Sempre focando em críticas ao governo Cabral, que teve até o mês passado como secretários os deputados estaduais petistas Carlos Minc e Zaqueu Teixeira. Virou alvo até o presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani, que afirmou ao jornal O Globo de sábado que o partido apoiaria Aécio Neves no Rio caso o PT não retirasse a candidatura de Lindbergh. “Que ele cuide das fazendas dele”, berrou para a militância, em referência às fazendas de gado mantidas por Picciani. Detalhe: em 2010, quando tudo eram flores na aliança PT e PMDB, o peemedebista também aparece como contribuinte de 27.000 reais na campanha de Lindbergh ao Senado.

“Nós temos que fazer no Rio o que Lula e Dilma fizeram no país. Olhar para o povo trabalhador, olhar pelos mais pobres”, disse. “Existem dois Rios. Um do cartão postal e outro real, do trabalhador”, afirmou, durante o evento, usando duas de suas frases preferidas no período de pré-campanha.

Quem discursou antes também entrou na onda de buscar o aplauso da ‘galera’. “Estamos cansados de bundões e Pezões na política”, disse o líder sem-terra João Pedro Stédile, em referência a Luiz Fernando Pezão, candidato de Cabral à sua sucessão. Rui Falcão, presidente do PT, foi além e fez mais uma vez o batido discurso de ataque ao monopólio das Organizações Globo.

Terminado o evento, Lindbergh desceu do palanque para fazer o que mais adora. Receber abraços e beijos de uma militância – mais parecidas com um exército de fãs de um artista pop. Acompanhado da mulher e do filho e visivelmente feliz com a oportunidade, Lindbergh talvez não tenha percebido que ficou sem camisa na frente de várias repórteres mulheres no evento. Um assessor lhe entregou uma nova para substituir a usada – e bastante suada – no discurso de cerca de 30 minutos. Pode ser descuido, ou pode ser estratégia: o público feminino que o apelidou de “Lindinho” gostou do que viu.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Eleições 2014, Lindbergh Farias, Rio


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24/02/2014 às 17:56
Banco usado por Maluf faz acordo e pagará US$ 20 milhões à prefeitura e ao governo de SP


Na VEJA.com:
O Deutsche Bank fechou um acordo com a prefeitura de São Paulo e com o Ministério Público Estadual (MPE) para o pagamento de 20 milhões de dólares (cerca de 47 milhões de reais) por ter movimentado valores depositados pelo ex-prefeito Paulo Maluf. As informações são do MPE. A promotoria, a Polícia Federal e a prefeitura tentam resgatar no exterior e no Brasil cerca de 340 milhões de dólares desviados da construção da Avenida Água Espraiada (atual Avenida Jornalista Roberto Marinho) e do Túnel Ayrton Senna.

O objetivo da instituição financeira é, de acordo com os promotores de São Paulo, “evitar qualquer discussão” sobre transações bancárias feitas pela família de Maluf entre 1996 e 2000. Familiares de Maluf teriam movimentado cerca de 200 milhões de dólares em contas de empresas de fachada (offshores) na Ilha de Jersey. Os investigadores constataram que, deste montante, 93 milhões de dólares foram posteriormente investidos na Eucatex, empresa da família Maluf, entre 1997 e 1998.

Dos 20 milhões de dólares, 18 milhões serão depositados no Tesouro Municipal; 1,5 milhão de dólares ficarão com o governo do Estado, e mais 300 mil dólares com o Fundo Estadual de Interesses Difusos. Os 200 mil dólares restantes pagarão custos de processos na Justiça relativos aos desvios nas obras, como perícias e inspeções judiciais.

O acordo prevê que a prefeitura invista os recursos na construção de creches, hospitais, escolas ou parques. A destinação final será definida, porém, pela prefeitura. O acordo deverá ser homologado pelo Conselho Superior do Ministério Público e pela 4ª Vara da Fazenda Pública, órgãos responsáveis pelo trâmite das ações.

Histórico
A Justiça paulista autorizou em 2004, 2009 e 2013 bloqueios que atingem cerca de 2 bilhões de dólares, em contas vinculadas à família Maluf. Em novembro de 2012, duas offshores controladas por filhos de Maluf foram condenados em Jersey a devolver cerca de 28 milhões de dólares à prefeitura – dos quais cerca de 5 milhões de dólares já foram repatriados para os cofres municipais.Por Reinaldo Azevedo

Tags: corrupção, Paulo Maluf


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24/02/2014 às 17:16
Ecos ainda da seita freixista e a questão dos autointitulados “jovens judeus de esquerda”


O PSOL e o tratamento que o partido dispensa a Israel continuam a render. Tudo porque publiquei aqui um vídeo, que republico, em que o notório Babá, ex-deputado federal, aparece queimando a bandeira de Israel. Na sequência, o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ) aparece defendendo o nome do queimador da bandeira para vereador. Sigo depois do vídeo.



Um grupo autointitulado “jovens judeus de esquerda” — ou “judeus do PSOL”, sei lá eu — resolveu fazer circular uma espécie de manifesto contra mim e em defesa de Freixo. Esse rapaz, aliás, se parece cada vez mais com o líder de uma seita. Atenção, moças e moços! Caso ele proponha montar uma comunidade alternativa na Guiana, vocês resistam, tá? Já não deu certo com Jim Jones (os muito novos recorram ao Google…).

Respondi ao tal manifesto evidenciando por A + B o que me parece ser uma cultura antissemita do partido sob o pretexto de ser apenas antissionista. Até porque, quase sempre, o antissionismo é só a fachada confortável e supostamente progressista do antissemitismo. Tornei públicos um texto em que o partido defende que o Brasil rompa relações com Israel e outro, assinado pelo deputado psolista Ivan Valente (SP), um dos homens fortes da legenda, lamentando a criação do estado de Israel e lastimando que tenha sido o Brasil, por intermédio de Oswaldo Aranha, a presidir a histórica sessão da ONU.

Enviam-me aqui coisas que andam pelo Facebook. Um dos tais “jovens judeus de esquerda” me acusa, ora vejam!, de estar querendo manipular os judeus… Então ficamos assim:
a: o PSOL prega o rompimento das relações do Brasil com Israel;
b: Freixo expressa seu apoio a um candidato que queima a bandeira de Israel;
c: uma das maiores autoridades do partido deixa clara a sua oposição à… criação do estado de Israel.

O que faz Reinaldo Azevedo, o cristão infiltrado? Expõe essas indignidades, e um rapaz adverte os judeus para que não caiam na minha conversa. Bem, se caírem na do PSOL e se acontecer o que o partido parece desejar, os judeus todos teriam um lugar para se encontrar: o mar!!

Deixe de ser tonto!
Deixe de ser tonto, rapaz! Imagine se eu acho que a comunidade judaica precisa de mim! À diferença de certos candidatos a guru e a chefete de seita, tenho senso de ridículo. De resto, trato desse binômio “esquerdas-Israel” não é de hoje.

No dia 29 de junho de 2012, publiquei aqui um post em que criticava um texto publicado no site do PCdoB. A Confederação Israelita do Brasil (Conib) publicou um anúncio em alguns jornais protestando contra a presença no Brasil de Mahmoud Ahmadinejad, o aloprado então presidente do Irã, aquele senhor que, a exemplo do deputado Ivan Valente, também não se conforma com a existência de Israel. Como ele é, a seu modo, mais transparente, deixou claro que o país deve “ser varrido do mapa”.

Diante do anúncio, o que fez o PCdoB? Publicou com destaque o texto de um militante seu, chamado José Reinaldo Carvalho (vejam como nome não é destino…), em que se lê este prodígio:
“Os sionistas, que em tudo se assemelham aos nazistas, utilizaram-se nesta quarta-feira (20) do seu enorme poder econômico para destilar seu ódio e sua intolerância racistas contra o Irã, por meio de um anúncio publicitário veiculado nos principais jornais do país, os panfletos impressos do PIG.”

Não vou repetir os argumentos de então. Os curiosos recorram ao link. Observei, então, que o ódio das esquerdas aos judeus não é uma novidade, embora Karl Marx, o pai de todos, fosse judeu, a exemplo de Trotsky, Kamenev (cujo sobrenome era “Rosenfeld”), Zinoviev e Sverdlov, para citar alguns. O antissemitismo de extrema direita costumava dizer que o comunismo era mais uma invenção judaica para dominar o mundo. Os nazistas, Goebbels em especial, gostava de se referir aos inimigos como os “bolcheviques judeus”.

A União Soviética não pôs fim ao antissemitismo muito presente na Rússia czarista — os “Protocolos dos Sábios de Sião”, que traziam um suposto complô judaico e maçom para dominar o mundo, foi uma invenção da Okhrana, a polícia secreta do czar Nicolau 2º. Ao contrário: sob Stálin, os “pogroms” contra os judeus continuaram. Assim, se a ignorância do tal Carvalho, do PCdoB, não disputasse espaço com seu antissemitismo bucéfalo, ousaria dizer que ele é herdeiro de uma tradição. Mas ele é nada mais do que estúpido. Afirmar que os “sionistas se assemelham aos nazistas” — que eliminaram 6 milhões de judeus — só não é provocação barata porque moralmente criminosa. Mas estou certo de que Carvalho, além de achar que é justo, também se quer um homem sagaz.

E também devem achar que estão sendo sagazes os autointitulados “jovens judeus de esquerda” que me acusam — um não judeu! — de estar tentando, tenham paciência!, manipular esse ou aquele.

Felizmente, estou certo de que a esmagadora maioria dos judeus é inteligente o bastante para não se deixar manipular — nem por mim (caso tivesse essa pretensão) nem por ninguém.

De todo modo, é sempre muito intrigante perceber as várias máscaras que o antissemitismo vai assumindo, e a mais canalha delas todas é aquela que pretende apenas se fazer de humanista e de defensora dos “direitos dos palestinos”.

Não venham com nhenhenhém pro meu lado! Não entrei ontem nesse debate.Por Reinaldo Azevedo

Tags: antissemitismo, judeus, Marcelo Freixo, violência


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24/02/2014 às 16:17
Baderna do MST em Brasília foi financiada pelo BNDES e pela Caixa Econômica Federal


Ai, ai… Lá vamos nós. Na sexta-feira, escrevi aqui um post intitulado: “Gilberto Carvalho 1 – Ele planta a baderna, e a Polícia Militar de SP impõe a ordem a pedido do governo federal”. No texto, lembro que Gilberto Carvalho e seus tentáculos no governo sãos os interlocutores e, em certa medida, os organizadores dos chamados “movimentos de sem teto”, entre outros ditos “movimentos sociais”. Em São Paulo, essa gente invadiu um conjunto habitacional do “Minha Casa Minha Vida”, em Itaquera, e a Caixa Econômica Federal recorreu à Justiça para ter de volta os imóveis. O juiz determinou a reintegração de posse, e lá foi a pobre Polícia Militar de São Paulo executar o serviço. A mesma PM que é alvo permanente do subjornalismo pistoleiro, financiado, entre outros, pela… Caixa Econômica Federal!

Muito bem! Meu texto foi publicado na sexta, certo? Nesta segunda, reportagem de Eduardo Bresciani, no Estadão, informa:
“A Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fecharam contratos sem licitação de R$ 200 mil e R$ 350 mil, respectivamente, com entidade ligada ao Movimento dos Sem Terra para evento realizado no 6.º Congresso Nacional do MST. O evento, há duas semanas, terminou em conflito com a Polícia Militar na Praça dos Três Poderes que deixou 32 feridos, sendo 30 policiais. Houve, ainda, uma tentativa de invasão do Supremo Tribunal Federal.”

Retomo
Sim, vocês entenderam direito. A pancadaria na Praça dos Três Poderes, a tentativa de invasão do Supremo e a clara e explícita agressão à Polícia Militar tinham patrocínio: BNDES e Caixa Econômica Federal, aquela mesma que havia entrado com o pedido de reintegração de posse de imóveis invadidos. Em síntese: a CEF promove invasões e recorre à Justiça contra invasões.

Entenderam como funciona a coisa? A CEF financia o vale-tudo do MST, mas recorre à Justiça para ter de volta os imóveis do “Minha Casa Minha Vida” quando a variante urbana do movimento invade o que acha que lhe pertence.

É um acinte e um deboche. Pior: os patrocínios nem são dados diretamente ao MST porque, como vocês devem saber, esse movimento não tem existência legal. Stédile criou associações culturais, cooperativas e grupos de fachada que recebem o dinheiro oficial. É uma estratégia. O MST, então, que não existe legalmente, promove a pancadaria, e essas entidades, que pegam a grana do povo, não podem ser responsabilizadas.

No caso de Brasília, o dinheiro foi dado para uma tal “Associação Brasil Popular” (Abrapo) para a realização de uma certa “Mostra Nacional de Cultura Camponesa” — cultura camponesa, diga-se, que é uma ficção, não existe. Pergunte o que um gaúcho dos pampas tem em comum com um vaqueiro do agreste do Ceará ou de Pernambuco. Nada: em certa medida, nem a língua é a mesma.

Sim, claro!, no dia seguinte à pauleira, Dilma Rousseff recebeu em palácio os líderes do MST, e Gilberto Carvalho participou da solenidade de abertura do seu 6º Congresso.Por Reinaldo Azevedo

Tags: CEF, Governo Dilma, MST, protestos, violência


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24/02/2014 às 13:05
Roberto Jefferson está preso


Por Daniel Haidar, na VEJA.com:
O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) se entregou à Polícia Federal e foi preso em sua casa em Comendador Levy Gasparian, no interior fluminense, por volta de 12h20 desta segunda-feira, horário em que policiais federais receberam o mandado de prisão contra o delator do mensalão. A prisão tinha sido determinada na sexta-feira, mas só no fim da manhã saiu o mandado de prisão. Desde o começo da madrugada de sábado, policiais aguardavam a ordem de prisão para levar Jefferson à Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro, na Praça Mauá. Ele foi condenado a 7 anos e 14 dias de prisão no processo do mensalão, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Antes de ser preso, Jefferson ainda se despediu dos leitores de seu blog em uma mensagem. Afirmou que não se arrependia de nada e citou a canção My Way, de Frank Sinatra, para afirmar que faria tudo novamente. “Não me arrependo de nada do que fiz e que faria tudo novamente, pois não me ajoelhei, eu fiz tudo do meu jeito, como canta Frank Sinatra em My Way”, disse o ex-deputado federal.

Enquanto esperava pelo cumprimento do mandado de prisão, Jefferson chegou a reclamar da demora para a chegada do mandado expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Essa expectativa não me deixa dormir. Eu deito, mas não durmo, mas está tudo em paz. É o destino. É angustiante, mas faz parte da luta”, disse Jefferson a jornalistas.

Ele chegou a brincar com a situação. “Deus só dá carga para quem pode puxar. Sou ‘harleyro’ e botafoguense, acostumado a sofrer”, acrescentou, em referência a suas duas maiores paixões, o clube alvinegro e as motos Harley-Davidson. No domingo, para aproveitar os momentos finais de liberdade, Jefferson saiu para passear com uma moto Harley Davidson. Vestindo capacete, jaqueta de couro e calça jeans, ele ficou fora de casa por cerca de três horas. “Estou desfrutando os momentos finais da minha liberdade. Quanto a vocês, curtam sua liberdade, que é o bem mais precioso que vocês têm”, disse.

O ex-deputado foi o último condenado do mensalão, com pena de prisão, a ter a reclusão ordenada pelo STF. Ele chegou a pedir para cumprir a pena em regime domiciliar, alegando que precisa se recuperar da retirada de um câncer no pâncreas com dieta específica e medicamentos. Laudo solicitado pela Justiça disse que a situação de saúde de Jefferson permitia o cumprimento da pena em presídio comum, como os outros condenados do mensalão.

No julgamento do mensalão, o ministro Joaquim Barbosa, relator da ação penal, afirmou que Jefferson, então presidente nacional do PTB, recebeu recursos do esquema do valerioduto – foram prometidos 20 milhões de reais e pagos pelo menos 4 milhões de reais – em troca da compra de apoio politico de deputados no Congresso Nacional. Apesar de ter recebido 4 milhões de reais diretamente das mãos do publicitário Marcos Valério, Jefferson sustentava a tese de que o dinheiro nunca foi propina, e sim recursos acertados com o PT nas eleições municipais de 2004.

Por Reinaldo Azevedo

Tags: Mensalão, Roberto Jefferson


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24/02/2014 às 5:31
LEIAM ABAIXO


Lula critica o governo Dilma a interlocutores “dazelite”. O Barba adoraria voltar, mas não vai!;
Apoio a protestos cai a seu menor nível desde junho;
Dilma e as pesquisas: situação confortável com uma Copa do Mundo no meio do caminho;
Uma camiseta de Lobão para Marcelo Freixo. E uma resposta desmoralizante para os que se dizem “jovens judeus de esquerda” do PSOL;
Pizzolato, que era só um peixe médio do mensalão, um pau-mandado, comprou três imóveis no litoral da Espanha; dois deles avaliados em R$ 3 milhões;
Venezuela: em uma semana, 55 agressões a jornalistas; Maduro cassa licenças de profissionais da CNN;
Ibope: Aprovação do governo Dilma cai de 43% para 39%;
STF determina prisão de Roberto Jefferson;
Um jurista da “sabedoria petista” resolve atacar Gilmar Mendes. E o que eu descobri sem muito esforço. Ou: O alarido das hienas;
“Eu sou ‘o do poste’! Sabe com quem está falando?” Essa é a fala do “Dimenor”-celebridade ao ser detido, roubando de novo! Ou: Ensaios sobre a cegueira;
As esquerdas e o engana-trouxas;
Rombo nas contas externas: por enquanto, a melhor ideia de Mantega é culpar desaceleração da China e retomada da economia americana;
Gilberto Carvalho 1 – Ele planta a baderna, e a Polícia Militar de SP impõe a ordem a pedido do governo federal;
Gilberto Carvalho 2 – As palavras aparentemente doces de um ministro que, na prática, quer relativizar a propriedade privada e cassar prerrogativas da Justiça;
Minha coluna na Folha desta sexta: Assim não dá, Vladimir!:
Nepotismo cruzado, no caso de Freixo, é poesia e virtude, certo? Ou: Atos indecorosos!;
A Ucrânia acorda para o seu ódioPor Reinaldo Azevedo


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24/02/2014 às 4:24
Lula critica o governo Dilma a interlocutores “dazelite”. O Barba adoraria voltar, mas não vai!


O Barba, bem mais jovem, e o seu umbigo: não é de hoje que ele é o centro do mundo

O Apedeuta anda criticando o governo Dilma em conversa com interlocutores. Primeira pergunta: ele quer voltar? A segunda: há a possibilidade de ser ele o candidato do PT? A terceira: as críticas fazem sentido?

Pois é… Vou começar pela mais fácil.. Sim, Lula adoraria voltar. Eu diria até que, intimamente, ele não pensa em outra coisa. Mas sabe que isso é muito difícil — diria mesmo ser impossível hoje. Num cenário de catástrofe, não tenham dúvida de que o salvador da pátria se apresentaria.

Mas isso não está no horizonte. Ademais, Dilma não exibe números espetaculares segundo os institutos de pesquisa, mas é franca favorita à reeleição — e no primeiro turno, segundo os números de hoje. Talvez, lá no fundo do peito, nos seus desejos mais recônditos, mais profundos, o ex-presidente até torcesse para que ela despencasse e se mostrasse uma candidata de alto risco. Mas isso não aconteceu. Botá-la em escanteio seria visto como um gesto truculento e, na verdade, desnecessário.

Então sintetizo agora duas respostas numa só: querer, ah, isso ele quer muito. Mas não pode. Não tem como tirar Dilma do meio do caminho.

Lula virou uma espécie de psicanalista de alguns setores descontentes com o governo. Tem recebido uma verdadeira romaria — inclusive de alguns pesos pesados da economia — que lhe pedem para voltar. Desde José Rainha — um dissidente esquerdista do MST, que agora fundou seu próprio movimento — a alguns pesos pesados do PIB, a romaria dos que vão a Lula é grande.

E ele não se furta ao papel absurdo de presidente paralelo. Ouve as reclamações, tranquiliza o interlocutor, promete providências e, como se nota, deixa vazar críticas à sua sucessora. Lula, como sempre, está descumprindo uma promessa. Tinha anunciado que seria um ex-presidente discreto e silencioso, como nunca antes na história deste país, para usar um bordão seu. E, como nunca antes da história deste país, é um ex-presidente que tem ambição de continuar governando.

O chefão petista considera — a Folha de hoje traz uma reportagem a respeito — o governo Dilma centralizador demais e avalia que ela se afastou dos empresários. Acha a gestão pesada, lenta. Acredita também que a atual equipe econômica já deu o que tinha de dar — vale dizer: Guido Mantega. As suas críticas, afinal de contas, procedem?

Depende. Tomadas as coisas como são, a resposta é “sim”. Mas Dilma faz algo muito diferente, ou deixa de fazer alguma coisa, na comparação com o seu antecessor, o próprio Lula? A resposta é “não”. Então o que foi que mudou? A realidade internacional. Deem a Dilma a mesma economia mundial que Lula tinha, com a China crescendo em ritmo alucinante, com o preço das commodities primárias nas alturas, e ela se sairia melhor. Deem a Dilma um cenário de corrida do dinheiro para os países emergentes para fugir da crise americana e europeia, e ela se sairia melhor. Acontece que esses eventos não vão se repetir.

Dilma está pegando a fase final das “virtudes” do modelo lulista, ancorado no consumo. O déficit de US$ 11,591 bilhões nas contas externas em janeiro começou a ser fabricado no governo Lula. O rombo certo na balança comercial em 2014 — o primeiro em 13 anos — também começou a ser fabricado no lulismo. O papel cada vez mais modesto da indústria no PIB e um déficit de US$ 110 bilhões do setor no ano passado têm a digital indelével de… Lula!

Pergunte-se: que reforma estrutural importante ele encaminhou? O que efetivamente fez pelo investimento em infraestrutura? Em vez de privatizar aeroportos e estradas, por exemplo, passou oito anos demonizando as privatizações por motivos estritamente políticos, por proselitismo ideológico vigarista. A crise da Petrobras, para citar um caso emblemático, é uma das heranças malditas que Lula deixou para a sua sucessora.

O governo Dilma é, sim, a meu juízo, muito ruim — mas não é pior do que era o de Lula. O que mudou de modo importante foi a conjuntura internacional, e o PT não estava preparado para isso.

Encerro apontando a absoluta falta de pudor político de um ex-presidente da República que se dá ao desfrute de manter reuniões com empresários e de fazer vazar as suas críticas, constrangendo a sua sucessora. Ainda que Dilma não se elegesse nem síndica de prédio em 2010 sem o seu apoio, o fato é que ela é a atual presidente da República.

No fim de 2010, Lula afirmou que iria gastar seu tempo como ex-presidente cozinhando coelho em seu sítio, em Ribeirão Pires. Pelo visto, anda mais ocupado alugando a orelha para tubarões.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Governo Dilma, Lula


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24/02/2014 às 3:19
Apoio a protestos cai a seu menor nível desde junho


Caiu brutalmente o apoio da população aos protestos. Nem poderia ser diferente. Aliás, esses que vão às manifestações para promover depredações e arruaça, ainda que digam estar protestando contra o governo, são, na prática, seus maiores aliados. A cada vez que há um confronto violento, Gilberto Carvalho deve fazer uma oração. A violência é um bom modo de manter a população afastada das ruas. Não estou sugerindo, não, que o PT infiltre baderneiros só para provocar confusão. Seria uma burrice fazer isso. É que esses que se dizem ou se comportam como black blocs são primitivos e idiotas demais para entender como funciona a política.

Segundo pesquisa Datafolha, publicada pela Folha nesta segunda, apenas 52% apoiam os protestos. Esse índice chegou a ser de 81% no fim de junho. Por outro lado, saltaram de 15% em junho para 42% agora os que se opõem às manifestações. Quando os eventos são associados à Copa do Mundo, a adesão é ainda menor: 63% são contrários a manifestações durante a disputa, contra 32% que acham que têm mais é de ir para a rua (veja quadro publicado pela Folha).



Sim, os números ainda são preocupantes para um governo que tem a obrigação de garantir a segurança de um acontecimento gigantesco. Como já afirmei aqui, essa é a principal pedra que Dilma tem no meio do caminho.

A pesquisa Datafolha traz um dado interessante: 72% dos entrevistados que têm curso superior dão seu apoio aos protestos, que cai para 37% entre os que só têm o ensino fundamental. Mundo afora, e não é diferente no Brasil, as camadas mais instruídas da sociedade e também as de maior renda tendem a ser mais críticas a governos e suas iniciativas porque lidam com uma massa maior de informações.

Ocorre que, no regime democrático, governos são eleitos pelas maiorias — e ninguém ainda inventou um sistema melhor do que esse. É claro que Dilma se sente um pouco aliviada ao perceber que a rejeição à Copa do Mundo não se alastrou, não ainda, de maneira importante, entre os mais pobres e menos instruídos — que formam, justamente, a maioria do país.

Uma coisa se pode afirmar com absoluta certeza: se os protestos tivessem se conduzido com respeito às regras da ordem democrática, haveria muito mais gente na rua. A entrada em cena dos black blocs e o clima de tolerância com o vale-tudo fizeram em favor da desmobilização das ruas o que os petistas nunca conseguiriam realizar.

Os Marcelos Freixos e seus moleques amestrados são os maiores aliados, hoje, do governo Dilma.

Por Reinaldo Azevedo

Tags: Copa do Mundo, Governo Dilma, protestos


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24/02/2014 às 2:28
Dilma e as pesquisas: situação confortável com uma Copa do Mundo no meio do caminho


Duas pesquisas vieram a público neste fim de semana: no sábado, a do Ibope, com a avaliação do governo Dilma, e, no domingo, a do Datafolha, com simulações para a disputa presidencial. Dilma tem com o que se preocupar? Alguma preocupação sempre existe porque políticos tendem a gostar da unanimidade, o que é impossível. Antes dos protestos, iniciados em junho, a situação da presidente era, claro!, muito mais confortável, mas ela não foi a única a sofrer uma queda de popularidade.

Dilma não tem por que bater a cabeça na parede, não, embora exista, sim, um motivo de preocupação. Já explico. Não precisa ficar muito tensa porque, hoje, naquele que é o cenário mais provável da eleição, ela venceria no primeiro turno e com folga. Teria 47% dos votos, contra 17% do tucano Aécio Neves e 12% de Eduardo Campos, do PSB. É claro que esses números têm uma importância muito relativa. A presidente está na televisão todo dia; Aécio e Campos são bem menos conhecidos. Em tese ao menos, independentemente da qualidade da propaganda eleitoral, quando a campanha começar, eles têm mais a ganhar com a exposição do que ela (veja quadros, extraídos da edição da Folha).



Mas é evidente que os números para os adversários de Dilma não são bons. Aécio chegou a marcar 21% em outubro do ano passado, passou para 19% em novembro, e agora tem 17%, empatado com brancos e nulos, que chegam a 18%. Campos já chegou a 16%, caiu para 11% e agora está praticamente no mesmo lugar, com 12%. É bem verdade que Dilma, nesse levantamento, tem os mesmos 47% de novembro, mas a diferença é gigantesca.

A presidente vence em todas as simulações, menos em uma, que não vai acontecer. Já chego lá. Nem Marina Silva como a candidata do PSB tiraria de Dilma a vitória no primeiro turno: a presidente marcaria, nesse caso, 43%, contra 23% da ex-senadora — que já chegou a ter 29% em outubro de 2013. Nessa simulação, Aécio ficaria com 15%. Só para constar: em qualquer cenário, Lula também venceria no primeiro turno se fosse o candidato do PT: a sua melhor marca é 54%.



Existiria, hoje, alguma hipótese de haver segundo turno? Sim, mas só num cenário impossível, em que Marina Silva fosse a candidata do PSB, e o ministro Joaquim Barbosa, do STF, entrasse na disputa. Nesse caso, Marina teria 17%; Barbosa, 14%, Aécio, 12%, e Dilma 40% — ou seja, seus adversários somariam 43%. Mas isso é coisa da Carochinha. Não vai acontecer. O candidato do PSB será Campos, e o ministro Joaquim Barbosa vai continuar no Supremo.

Dilma pode, então, nadar de braçada? Não é bem assim. A eleição ainda está longe, e há motivos para alguns cuidados. Segundo pesquisa Ibope, caiu de 43% para 39% os que acham seu governo bom ou ótimo — no Datafolha, são 41%. No Ibope, saltou de 21% em dezembro para 24% agora os que o consideram ruim ou péssimo — no Datafolha, são 21%. Esses números são ainda confortáveis, mas estão muito longe daqueles 57% a 60% de ótimo e bom que ela chegou a ter antes de junho. Tudo indica que não há mais tempo nem motivos para que a presidente recupere aquele patamar que a tornava inatingível. E há o fator Copa, de que falarei agora (veja quadros: o primeiro publicado pelo Estadão, e o segundo, pela Folha).





Copa do Mundo
A Copa do Mundo se transformou na variável do imponderável. Uma coisa é certa: sem ela, a situação de Dilma seria mais confortável. Aliás, quando o Brasil se lançou nessa aventura, ninguém imaginou que pudesse ser uma fonte permanente de dor de cabeça. Ao contrário: Lula apostou no evento como uma espécie de consagração da era petista.

A pesquisa do Ibope aponta, por exemplo, que é muito estreita a margem dos que acham que a Copa trará mais benefícios do que prejuízos: 43% contra 40%. Segundo o levantamento, 58% ainda apoiam a realização do torneio no Brasil, mas amplos 38% pensam que seria melhor que acontecesse em outro país. No Nordeste, o placar é amplamente favorável à realização do evento: 72% a 25%; na região Sudeste, no entanto, é de 49% a 46%.

Ora, as manifestações que hoje rendem dor de cabeça ao Planalto estão ancoradas justamente nos protestos contra o torneio. Ainda que seja uma simplificação, pegou a tese de que a realização da disputa no Brasil consome dinheiro que deveria estar sendo canalizado para serviços públicos precários, como saúde e educação.

O governo terá nas mãos uma operação de risco. Se tudo sair mais ou menos nos conformes, é possível que a grandiosidade do evento acabe mitigando as críticas e o descontentamento. Eventuais escorregões e trapalhadas, por outro lado, servirão para alimentar o sentimento de que a Copa do Mundo implicou um enorme desperdício de dinheiro púbico, sem ganhos para a população. O acontecimento pensado por Lula para ser a apoteose petista é hoje, em suma, a principal fonte de preocupação da candidata Dilma Rousseff. Pode ser a pedra do meio do caminho.

Por Reinaldo Azevedo

Tags: Datafolha, Eleições 2014, Governo Dilma, Ibope


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22/02/2014 às 21:15
Uma camiseta de Lobão para Marcelo Freixo. E uma resposta desmoralizante para os que se dizem “jovens judeus de esquerda” do PSOL




O cantor e compositor Lobão, também colunista da VEJA, é autor de uma frase-emblema destes dias, que define com precisão alguns líderes de esquerda, que virou camiseta: “PEIDEI, mas não fui eu”. Vou pedir ao meu amigo que envie uma a Marcelo Freixo, deputado estadual do Rio (PSOL) e queridinho de alguns artistas do miolo mole, que confundem seus trinados com pensamento político.

Publiquei aqui um vídeo em que o tal ex-deputado federal Babá aparece numa algazarra promovida pelo PSOL queimando a bandeira de Israel. Quem queima a bandeira de um país — muito especialmente quando não é um nativo do lugar — não está apenas discordando, de modo episódico, das escolhas do governo de turno. O seu ódio se dirige a uma nação, a um povo. É por isso que os extremistas do Irã queimavam bandeiras americanas quando o presidente era George W. Bush e seguem queimando bandeiras com Barack Obama. Eles não estão contra esse líder ou aquele, mas contra os EUA. Quando alguém queima a bandeira de Israel, está, na prática, pedindo o fim do país.

No mesmo vídeo, aparece Marcelo Freixo pedindo votos para Babá; recomenda que os eleitores o escolham como vereador. Ou seja: Freixo pede votos para um sujeito que, na prática, pede o fim do estado de Israel. Republico o vídeo e volto em seguida.



Voltei
Muito bem. Na página de Freixo no Facebook, há um manifesto atribuído “a jovens judeus de esquerda” — parece ser, assim, um núcleo de jovens judeus do PSOL. O argumento mais forte que apresentam é este: a queima da bandeira e o apoio de Freixo ocorrem em eventos distintos. Ok. ATENÇÃO, PESSOAL! DOU DE BARATO QUE FREIXO NÃO ESTIVESSE NA MANIFESTAÇÃO. DIGAMOS QUE SEJA MESMO VERDADE. E DAÍ? PARA MIM, NÃO MUDA ABSOLUTAMENTE NADA! FREIXO PEDIU VOTOS PARA UM SUJEITO QUE QUEIMA A BANDEIRA DE ISRAEL. E vamos ver como o PSOL costuma tratar o país.

Reproduzo abaixo, em vermelho, o texto atribuído aos tais “jovens judeus” e volto em seguida. Os números e destaques que aparecem no manifesto são de minha lavra e servem para orientar a minha resposta.
*

1: Juventude Judaica tem ligação com Freixo

2: Mais uma vez a Veja ataca. E o faz de maneira vergonhosa. Reinaldo de Azevedo acusa sem nenhuma prova o Deputado Marcelo Freixo, do PSOL, de 3: participar de atos contra as posturas praticadas pelo estado de Israel e corroborar com a atitude da queima da bandeira deste país.

Em primeiro lugar, 4: o deputado não esteve presente aos atos que a Veja destaca e “muito menos aparece para meter as digitais”. 5: Isso é feito com uma compilação de dois vídeos diferentes com intenção de incriminar Marcelo Freixo.

Durante a campanha eleitoral para prefeito, em 2012, 6: esse vídeo veio a tona e o então candidato Marcelo Freixo fez questão de negar que participava dos atos e discordar publicamente da atitude do militante Babá. 7: E fez isso diversas vezes, sendo uma delas diante de 200 jovens judeus de esquerda que estavam felizes por ouvir alguém com capacidade para governar o Rio de Janeiro. Vários desses jovens não só deram seu voto ao deputado, como também foram as ruas fazer campanha.

Aos que imaginam que isso era estratégia eleitoral, Marcelo Freixo voltou a estar presente outras vezes com esses jovens judeus fora da campanha, estando presente em exposição sobre a vida do ex-primeiro ministro Itzhak Rabin, e 8: debatendo depois as semelhanças entre as ocupações das favelas pela polícia e a ocupação da Palestina por Israel. Isso mostra que o deputado sempre se mostrou disposto a debater a questão. De antissemita, Marcelo Freixo não tem nada.

9: Muitos de nós, judeus, temos muito orgulho de ter essa ligação com Marcelo Freixo. Continuamos apoiando-o em sua luta a favor dos direitos humanos, contra uma cidade entregue aos negócios e contra os ataques sofridos por ele pela grande mídia, 10: como a Rede Globo e esta reportagem vergonhosa da Veja, assinada por Reinaldo de Azevedo.

Quanto a acusação infundada de antissemitismo no PSOL, mais uma vez esta não se faz verdadeira. 11: Há uma discordância por parte das práticas do estado de Israel, com alguns em maior grau e outros em um grau menor. Assim como vários judeus fazem este debate de maneira profunda e também discordam destas práticas. 12: Vale ainda dizer que alguns membros desta juventude judaica são filiados e militantes do PSOL e não sofrem qualquer preconceito ou perseguição interna. Diante disso, pode-se dizer que o 13: PSOL tem tanto de antissemitismo quanto a Veja tem de transparência e qualidade.
Jovens Judeus de Esquerda

Respondo
1: “Juventude judaica tem ligações com Freixo” uma pinoia! Alguns judeus jovens podem ter, mas não “a” juventude judaica.

2: “VEJA ataca uma ova!” Eu escrevi, não a VEJA. As minhas opiniões são as minhas opiniões, não as da revista. Até porque escrevo também na Folha e faço comentários na Jovem Pan. Se eu escrevesse o que pensa cada veículo, daria em cada um deles uma opinião diferente sobre o mesmo assunto. Vão se instruir!

3: O ato de que participou Babá não era contra “posturas praticadas pelo estado de Israel” (aliás, “praticar posturas” é índice de analfabetismo…). Era contra Israel inteiro. Não mintam!

4: Freixo não esteve presente? E daí? Muda o quê? Pedir voto a um delinquente moral que queima a bandeira de Israel e estar presente ao ato, para mim, são a mesma coisa.

5: A “compilação dos dois vídeos” relata apenas o que aconteceu. Dois fatos estão ali:
a: Babá queimou a bandeira de Israel: fato!
b: Freixo pediu votos para Babá: fato!

6: Ele discordou de Babá? Só de Babá. Então leiam o item abaixo intitulado “Recado os supostos jovens judeus de esquerda do PSOL”.

7: Ah, ficaram “felizes”, é? Acabo com essa “felicidade” indecorosa daqui a pouco — isso na hipótese de que esses jovens judeus psolentos de fato existam.

8: COMO??? Freixo, então, comparou a questão israelo-palestina à “ocupação das favelas”? É isso mesmo??? A delinquência intelectual assumiu essa proporção? E os sedizentes “jovens judeus” acharam isso bom???

9: É mesmo? Há “jovens judeus” que se orgulham da ligação com Freixo? Lamento duplamente: porque são jovens; porque são judeus (já falo mais a respeito).

10: Não é reportagem nem é da VEJA. É um post do Reinaldo Azevedo.

11: Sei: quando discordam, queimam a bandeira do país. Mas esperem mais um pouquinho…

12: Eu entendi errado, ou esses que se dizem “jovens judeus” estão se mostrando gratos por não serem discriminados? Não envergonhem a história de seus país, de seus avós, de seus bisavós, de seus ancestrais.

13: Isso, então, é reconhecimento da qualidade da VEJA.

Recado os supostos jovens judeus de esquerda do PSOL
O propósito de organizar um “manifesto de jovens judeus” contra mim é um só: “Já que a gente é judeu (na hipótese de que esse grupo exista), e Reinaldo não é, então temos mais legitimidade do que ele para tratar da questão.

Nem a pau! A questão judaica, o antissemitismo, a existência de Israel, o Holocausto, todos esses temas são importantes demais para que sejam tratados apenas pelos judeus: SÃO TEMAS QUE DIZEM RESPEITO À HUMANIDADE. Se eles são assuntos judaicos o bastante para que Israel tenha o direito de se defender sem pedir autorização a ninguém — como qualquer país —, são também universais o bastante para que não judeus, COMO ESTE CATÓLICO, reajam diante da indignidade.

Ah, então, vocês são judeus, e eu não? Não dou a mínima! Já recebi, digamos assim, o título de “judeu honorário” das comunidades de São Paulo e Rio — e não creio que seria diferente com outras, de outros estados — e, lamento por vocês, sinto-me mais preparado para defender a causa de Israel do que vocês. Façam o seguinte: conclamem a comunidade judaica a lotar, sei lá, o Morumbi e o Maracanã: aí apareçam lá com as teses do PSOL, e eu compareço com as minhas. Se a questão é saber com quem estão os judeus, eu topo o confronto. Comigo, não, violão! Eu não me intimido com esses faniquitos e correntes na Internet. E sou quem sou porque não me intimido.

Há um “núcleo de jovens judeus no PSOL”? Então concordam com esta mensagem, estampada na página do partido — e não recorram à canalhice de dar sumiço nela porque fotografei a imagem, com URL e tudo. Leiam (em vermelho). Segue-se a imagem. Volto em seguida.
O PSOL condena mais um ataque militar de Israel à Faixa de Gaza. Como sempre, em nome de causas supostamente nobres como “combater o terrorismo” se promove as maiores atrocidades e tudo isso com a conivência do presidente estadunidense imperialista Barack Obama.
Israel ao convocar 75 mil reservistas indica desejo de uma nova escalada à Faixa de Gaza. Somente uma forte e verdadeira solidariedade internacional pode conter esta possível ofensiva militar. Atos em todo mundo acontecem como denúncia e solidariedade.
O PSOL conclama seus militantes e lideranças a se manifestarem em defesa da Palestina Livre e quer do governo Dilma o cancelamento de relações diplomáticas como primeira medida imediata.
Partido Socialismo e Liberdade – PSOL BRASIL



Retomo
Ok, ok. Defendem a “Palestina Livre” e coisa e tal. Dá pano para manga, mas não entro nisso agora. O que realmente é estupefaciente é pedir que o Brasil rompa relações diplomáticas com a única democracia do Oriente Médio e com o único país em que árabes podem experimentar um regime democrático. O PSOL nunca pediu que o Brasil rompesse relações com a Síria, por exemplo. Ou com o Irã. E, neste momento, está empenhado em defender o governo Chávez, sabidamente antissemita. Vão se catar! Vão se instruir! Vão se informar! E parem de falar em nome dos judeus.

Será que a mensagem acima é uma exceção? Leiam esta outra maravilha (em vermelho), extraída da página do deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP), um dos líderes mais importantes do partido (dentro de sua barulhenta e violenta desimportância). Segue também a imagem.
Há 64 anos, no dia 15 de maio, era criado unilateralmente o Estado de Israel. Para os palestinos, a data é lembrada como o dia da nakba, termo árabe que significa catástrofe, pois representou sua expulsão e a destruição de suas aldeias. A partir da partilha da Palestina, recomendada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 29 de novembro de 1947 através da criação de um Estado judeu e um Estado árabe, até 15 de maio de 1948, 800 mil palestinos se tornaram refugiados.
Lamentavelmente, a sessão da ONU foi presidida por um brasileiro, Oswaldo Aranha. Esse processo deliberado de limpeza étnica continua ainda hoje.
(…)
É urgente que o governo brasileiro, que hoje se converte em segundo maior importador daquele Estado, pare de comprar tecnologia de defesa testada sobre os palestinos que vivem uma ocupação criminosa e discriminação cotidiana, com seus direitos humanos fundamentais violados dia após dia.



Retomo
Como se vê, o preclaro começa lamentando a criação do estado de Israel. Ele acha que foi um infortúnio ter sido um brasileiro a presidir aquela sessão histórica da ONU. E também ele pede que o Brasil rompa relações comerciais com a única democracia do Oriente Médio.

Freixo pediu votos para um delinquente político que queima a bandeira de um país. Isso é apenas um fato. O PSOL, como partido, é hostil a Israel. Uma de suas mais importantes lideranças publica um texto lamentando a criação do estado judaico.

Existem “jovens judeus de esquerda” que se identificam com o PSOL??? É uma escolha. Até porque, moçada, quem disse que, por mecanismos muito complexos, que lidam com a ideia de uma culpa que não há (mas fazer o quê?), não possam existir judeus antissemitas? Existem! E, em certa medida, são os mais perversos porque, afinal de contas, usam a sua condição para tentar provar que sua visão de mundo é correta e isenta.

Pra cima de mim, não! Já vivi o bastante para cair nesse truque. E os judeus que conhecem a história também.

Se ainda não entenderam, posso exibir fotografias e lhes refrescar a memória. Tenham um pouco mais de compostura histórica, se lhes falta a compostura moral.

Está respondido, “jovens judeus de esquerda”?Por Reinaldo Azevedo

Tags: Israel, judeus, Marcelo Freixo, PSOL


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22/02/2014 às 5:32
Pizzolato, que era só um peixe médio do mensalão, um pau-mandado, comprou três imóveis no litoral da Espanha; dois deles avaliados em R$ 3 milhões


Henrique Pizzolato é uma fonte permanente de desmoralização da mitologia inventada pelos petistas sobre o mensalão. Fico imaginando como devem se sentir os bananas que eventualmente tenham colaborado para a vaquinha dos mensaleiros… Por que digo isso? Reportagem da Folha informa que Pizzolato comprou três imóveis na Espanha: dois apartamentos de luxo e um de classe média.

Dois deles ficam no condomínio Urbanización Costa Quebrada, na cidade de Benalmádena, coladinhos ao mar. Foram unidos num só para o conforto de Pizzolato e Andrea, sua mulher. Cada apartamento padrão tem 140 metros quadrados e está estimado em 450 mil euros — R$ 1,5 milhão. Vale dizer: só nessa operação, o mensaleiro foragido gastou R$ 3 milhões. E pensar que José Dirceu, que era o chefe político dele, precisa pedir esmola paga pagar multa! Dá uma peninha, né?

O casal consta na lista de estrangeiros residentes na cidade desde 2010, mas o endereço fica num terceiro apartamento.

Uma coisa ao menos a gente sabe: se for extraditado para o país, ele não precisará fazer vaquinha, né?

Por Reinaldo Azevedo

Tags: Henrique Pizzolato, Mensalão


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22/02/2014 às 5:27
Venezuela: em uma semana, 55 agressões a jornalistas; Maduro cassa licenças de profissionais da CNN


Por Diego Braga Norte, na VEJA.com:
O presidente do Colégio Nacional de Jornalistas (CNP, associação dos profissionais de imprensa venezuelanos), Guia Tinedo, informou nesta sexta-feira que entre os dias 12 de fevereiro – data inicial dos protestos contra o governo de Nicolás Maduro – e 20, ao menos 55 jornalistas sofreram algum tipo de agressão na Venezuela. Em uma entrevista transmitida pelo canal Globovisión, Guia revelou que dos 71 casos registrados neste ano, a última semana responde por mais de 77%.

Guia manifestou preocupação com a crescente onda de ataques contra jornalistas e o impedimento do trabalho da imprensa. Desde o início dos protestos, jornalistas já tiveram seus equipamentos ‘confiscados’ – eufemismo para roubados, pois os profissionais não conseguem recuperá-los – e também foram agredidos por policiais e milícias bolivarianas. Entre os casos de violência registrados, a CNP divulgou um vídeo mostrando policiais agredindo um jornalista do jornal Panorama, em Maracaibo, cidade ao norte do país. Ao lado de outros jornalistas, como o secretário-geral do Sindicato Nacional de Trabalhadores de Imprensa (SNTP, na sigla em espanhol), Carlos Correa, o presidente da ONG Espaço Público, Bernardino Herrera, e outros, Guia também mostrou preocupação com a situação de censura da mídia e criticou a postura do governo contra a CNN.

Nesta sexta, em mais um ataque contra a liberdade de imprensa, o governo venezuelano, através do Ministério de Comunicação e Informação, cancelou os vistos de trabalho de quatro profissionais da rede americana CNN, a correspondente Osmary Hernández, a apresentadora Patricia Janiot e de sua produtora, e do repórter Rafael Romo. “Já basta de propaganda de guerra, eu não aceito propaganda de guerra contra a Venezuela! Se não se corrigirem, fora da Venezuela, CNN! Fora!”, bradou Maduro em um discurso televisionado.

A CNN disse não ter sido notificada sobre o processo e, como se fosse necessário, rechaçou a afirmação de que a cobertura das manifestações tenha o intuito de servir como “propaganda de guerra” contra a administração. “Nós abordamos ambos os lados da tensa situação que vive a Venezuela, embora o acesso aos funcionários do governo seja muito limitado. Esperamos que o governo reconsidere sua decisão. Mas seguiremos informando sobre a Venezuela da forma justa, acertada e balanceada que nos caracteriza como uma empresa jornalística”, diz um comunicado da emissora.

Protestos
Ainda que a noite em Caracas pareça calma, novos protestos são esperados para este sábado na capital e nos estados de Táchira, Carabobo, Mérida e Bolívar, redutos onde o governo bolivariano sofre mais críticas. Maduro tenta sufocar as manifestações em várias frentes. Além da repressão policial, o ministro venezuelano do Petróleo, Rafael Ramírez, sinalizou que pode suspender o suprimento de combustível em “zonas de cerco fascistas”, mas sem mencionar os estados. Em Táchira, estado no extremo noroeste do país, os moradores sofreram com o corte de serviços essenciais, como eletricidade e telefonia, após grandes manifestações desta semana.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Nicolás Maduro, Venezuela


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21/02/2014 às 19:16
Ibope: Aprovação do governo Dilma cai de 43% para 39%


Por Daniel Bramatti e José Roberto de Toledo, no Estadão Online:
A taxa de aprovação ao governo Dilma Rousseff caiu de 43% para 39% desde o início de dezembro, segundo pesquisa Ibope/Estadão feita entre os dias 13 e 17 deste mês. Após a onda de protestos de junho, o porcentual dos que consideram o governo ótimo ou bom caiu de 55% para 31% (julho), subiu para 38% (agosto), oscilou entre 37% e 39%(setembro a novembro), voltou a subir para 43% (dezembro) e agora baixou quatro pontos porcentuais.

O governo tem taxas mais baixas de aprovação entre o eleitorado com menos de 24 anos (35%), escolaridade superior (26%) e renda superior a cinco salários mínimos (34%). Em termos regionais, sua pior avaliação se concentra no Sudeste (33% de ótimo e bom) e no Norte/Centro Oeste (32%).

A aprovação é maior nos segmentos com mais de 55 anos (45%), escolaridade até a quarta série (50%) e renda de até um salário mínimo (49%). No Nordeste, a taxa chega a 51%. O levantamento revelou ainda que 58% da população é a favor da realização da Copa do Mundo no Brasil. Outros 38% são contra. Para 43%, o evento trará mais benefícios que prejuízos para o País, e 40% acham o contrário. O levantamento do Ibope foi feito em 141 municípios. Foram ouvidos 2.002 eleitores.

Como a margem de erro é de dois pontos porcentuais, a aprovação ao governo pode estar entre 37% e 41%. No levantamento anterior, de dezembro, poderia se situar entre 41% e 45%. A chance de a taxa ter sido de 41% na pesquisa anterior e na atual, porém, é de apenas 0,12%, segundo cálculos do Estadão Dados – por isso, pode-se afirmar com segurança que houve queda na avaliação positiva.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Governo Dilma


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21/02/2014 às 19:06
STF determina prisão de Roberto Jefferson


Por Laryssa Borges, na VEJA.com:
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, determinou na tarde desta sexta-feira a prisão do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB). Condenado a sete anos de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no julgamento do mensalão, Jefferson cumprirá a pena em regime semiaberto no Rio de Janeiro. A Polícia Federal informou que ainda não recebeu a ordem de prisão.

O processo contra Jefferson havia se encerrado (trânsito em julgado) no dia 15 de novembro, quando os primeiros condenados no mensalão, entre eles o ex-ministro José Dirceu e os petistas Delúbio Soares e José Genoino, tiveram a prisão decretada. Porém, sucessivos recursos pedindo que o ele pudesse cumprir pena prisão domiciliar adiaram para este ano o início da execução da pena.

Responsável por denunciar o mensalão, Jefferson tenta conseguir autorização da Justiça para cumprir sua pena em regime domiciliar. Ele se recupera de uma cirurgia para a retirada de um câncer no pâncreas e precisa de medicamentos e dieta específicos. A defesa chegou a anexar ao processo do mensalão cópia de sua dieta nutricional, que inclui salmão defumado, geleia real e suco batido com água de coco.

Com a decisão sobre Jefferson, 23 condenados no julgamento do mensalão já começaram a cumprir pena nos regimes fechado, semiaberto e aberto. Apenas o ex-assessor João Cláudio Genu e o ex-doleiro Breno Fischberg, que recorreram à Corte por meio de embargos infringentes, ainda não tiveram as ordens de prisão decretadas.

Embora a ordem de prisão de Jefferson determine o regime semiaberto, ele conseguiu pelo menos um parecer favorável à prisão domiciliar. O secretário de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (SEAP), Cesar Rubens Monteiro de Carvalho, encaminhou ao STF a recomendação de que o ex-deputado fique em casa e use uma tornozeleira eletrônica.

Em sentido contrário, também em resposta ao STF, a Divisão Médico-Ambulatorial da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro informou que ele poderia ser acompanhado normalmente por um clínico e ter consultas periódicas com um médico oncologista do sistema público, já que é tratado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca). Para o poder público, não haveria impedimentos para que a dieta e a medicação do mensaleiro fossem providenciadas.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Mensalão, Roberto Jefferson


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21/02/2014 às 18:49
Um jurista da “sabedoria petista” resolve atacar Gilmar Mendes. E o que eu descobri sem muito esforço. Ou: O alarido das hienas




Ai, ai… Por que eles nunca são um só, mas sempre uma legião, como os demônios? Antipatizo com hienas. Não é pela feiura, não. É que sempre atacam em bando. Nunca exibem, assim, aquela grandeza heroica que, às vezes, têm os leopardos, até os leões. Não! Sempre em turma. Também não sabem rugir: emitem uns sons estranhos, entre o ganido e o miado, pequeninos, quase sorrateiros, mas que, em grupo, formam uma melodia desagradável. Então tá. Chega dessa apreensão pessoal da zoologia. Vamos falar de outras espécies.

Mandam-me aqui um texto de um tal Juliano Zaiden Benvindo, que é professor da Universidade de Brasília. Pelo tom do sujeito que enviou a mensagem, ele só pode ter colhido o artigo em algum blog sujo financiado por estatais. Bem, bem, bem… Passaram ao rapaz professor a tarefa de provar que o ministro Gilmar Mendes não é de nada; que, como jurista, é um zero à esquerda. Notem que, até agora, o petismo e o petralhismo já disseram o diabo de Mendes, menos que fosse tecnicamente ruim. Isso nunca.

Juliano Benvindo, investindo-se do papel do zagueiro cabeça de bagre voluntarioso, pegou a bola na hora da cobrança do pênalti e disse: “Deixa que eu chuto”. E chutou. A bola se perdeu no mato. Se tiverem paciência, leiam o texto. O bruto começa anunciando a montanha. Censura a tradição de pouco debate no Brasil, que sempre acaba na crítica pessoal. Logo, entende-se que ele fará outra coisa, nunca uma crítica… pessoal. Escreve:
“No Brasil, contudo, infelizmente, a cultura constitucional é voltada para bajular o que temos. Nossa cultura ainda é fortemente marcada pela personalização das relações, não se construindo uma possível percepção de que criticar um trabalho, uma decisão, um texto, entre tantas outras atividades, possa ser algo diverso do que uma crítica pessoal.”

Em vez da montanha, o rato. Vejam lá. O resto de seu texto é um ataque dirigido à pessoa de Gilmar Mendes. Segundo diz, não passa de um compilador de jurisprudência — quando até seus adversários intelectuais reconhecem nele um criador de jurisprudência. Ainda nesta quinta, foi citado por advogados dos mensaleiros. O rapaz não se refere aos livros de Mendes, ao conteúdo de sua obra, não diz por que ela é ruim. Nada!

Entende-se, aliás, que o principal defeito da obra em livro do ministro é… vender bem! Não sei se o dito-cujo já publicou alguma coisa; se publicou, certamente vendeu mal. Também publico livros e, como direi?, sou bem-sucedido. Não sei de bons vendedores de livros que considerem isso um defeito. Há, sim, quem venda pouco e não dê bola para a questão, certo da qualidade de sua obra — às vezes, com razão. Mas todos os que acham que vender muito é um defeito vendem pouco.

A propósito: por que será que os livros de Mendes “vendem bem”, já que não se trata de uma compilação de humor, de pílulas de sabedoria ou de textos de autoajuda? Vai ver os leitores de sua obra especializada são bobos e ainda não se deram conta da sabedoria superior do tal Benvindo… Insisto: se tiverem paciência, leiam o texto do homem e tentem encontrar a demonstração de sua tese. Não há.

Ataques como esse, oriundos de um mundo SUPOSTAMENTE ACADÊMICO, são expressões do espírito de um tempo. Onze anos de petismo no poder degradaram o Parlamento, o Executivo, o Judiciário, o Ministério Público, tudo… Mas nenhum setor se rebaixou tanto e se tornou tão asqueroso como a academia — com as exceções de praxe.

Gente paga com dinheiro público para pensar não tem vergonha nenhuma de ser esbirro de um partido político. O sujeito que mandou a diatribe do Benvindo me fez um favor. Resolvi entrar na página do cara no Facebook. Lá está ele, de bate-pronto, atacando Mendes por conta de suas questões sobre a “vaquinha” petista. Está revelado, vamos dizer assim, o motivo original da sua fúria bucéfala, que se esqueceu dos argumentos. Na UnB, integra a tropa de choque das várias correntes de esquerda que por lá se aninham, aliando-se claramente com o petismo — pouco importando se é filiado ao não.

Uma estirpe
Quando bati o olho em seu nome, sabia que aquele sobrenome há havia passado por mim… “Zaiden Benvindo, Zaiden Benvindo…” Cheguei logo a Aldo Zaiden Benvindo, assessor do Ministério da Saúde e membro do Conselho Nacional de Políticas Sobre Drogas. Também alinhado com o “pudê”!!! Esse rapaz participou ativamente do “Congresso Internacional Sobre Drogas – 2013”, realizado em Brasília, no ano passado. Vocês se lembram. Escrevi alguns posts a respeito. Foi lá que o notório delegado Orlando Zaccone defendeu a legalização “da produção, do comércio e da distribuição de todas as drogas”. Tratou-se de um suposto “congresso internacional”, patrocinado pelo governo Dilma e por órgãos federais, para o qual só foram convidados debatedores favoráveis à legalização das drogas. Não era um congresso, mas um convescote de gente que concordava entre si. Uma vergonha!

Mandaram-me tempos depois um vídeo com a fala de Aldo Zaiden Benvindo, o irmão do desafeto de Mendes. O rapaz começa, de cara, com uma referência encoberta a este blogueiro. Ataca, com uma frase vulgar de efeito, as “críticas reacionárias” na imprensa que o tal congresso estaria recebendo. Eu fui o único a criticar. Todos os demais veículos de comunicação elogiaram. Ele foi muito aplaudido, claro!, porque os que poderiam eventualmente vaiar ou simplesmente não aplaudir não tinham sido convidados. Essa gente é muito valente entre os seus. É como black bloc. Quando em bando, partem pra porrada. Segue o vídeo. A fala está no comecinho. Volto depois.



Pois é… Estamos lidando com uma estirpe, né? Aldo, aquele que acha que o “vitupério na boca de certas pessoas é elogio”, é casado com Joana Zylbersztajn, ex-secretária-executiva adjunta do ministério chefiado por Gilberto Carvalho e atual chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Direitos Humanos de Fernando Haddad.

“Por que evocar esses parentescos, Reinaldo?” Para evidenciar que estamos lidando com uma espécie de nova aristocracia do poder. Como se diz em Dois Córregos, a cada enxadada, uma minhoca. Basta entrar no Google, e você perceberá que eles são uma legião.Por Reinaldo Azevedo

Tags: direito, Gilmar Mendes


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-O coletivismo é a negação da liberdade, porquanto a sede da liberdade é o indivíduo. Tanto é que a pena mais severa na história da humanidade é a privação da liberdade. A essência da liberdade é una e indivisível e daí a designação do sujeito como "indivíduo".

Aluízio Amorim

Filósofa russa Ayn Rand :



“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.”



Ayn Rand nasceu em São Petersburgo em 1905