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domingo, 6 de outubro de 2013

[Novo post] O que a direita tem a aprender com o marqueteiro do PT João Santana?




lucianohenrique publicou: " Em uma matéria de Fernando Rodrigues, ele destaca alguns blocos de uma entrevista dada por João Santana, marqueteiro de Dilma (e de Lula), que nos revela um dos motivos pelo qual o PT tem nadado de braçada na política nacional, enquanto seus opositore" 



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Nova publicação em Luciano Ayan 











Em uma matéria de Fernando Rodrigues, ele destaca alguns blocos de uma entrevista dada por João Santana, marqueteiro de Dilma (e de Lula), que nos revela um dos motivos pelo qual o PT tem nadado de braçada na política nacional, enquanto seus opositores ainda não se aperceberam do que está acontecendo.

Veja:


"[Dilma vai ganhar no primeiro turno] Porque ocorrerá uma antropofagia de anões. Eles vão se comer, lá embaixo, e ela, sobranceira, vai planar no Olimpo".

"O que menos crescerá, ao contrário do que ele próprio pensa, é justamente Eduardo Campos".

"As mudanças sóciodemográficas alteram algumas demandas, mas as questões centrais permanecem: melhorar a vida, mais oportunidade, mais serviços públicos de qualidade, emprego e segurança. Dilma está muito atenta a isso. [Em 2014], o PT também poderá dizer que está no poder há 12 anos e tudo o que está bom é por causa de sua administração. E vai dizer, ainda, o que pode melhorar. E como há um desejo de continuidade forte, e nenhum sinal de fadiga de material, o PT sai vencedor nesse debate".

Só que nas redes sociais, principalmente na Blogosfera Estatal, muitos petralhas não compartilham de toda essa confiança de Santana. Sendo assim, por que ele é tão confiante na "certeza da vitória"?

Duvido que Santana tenha em seu íntimo essa confiança toda, mas ao mesmo tempo ele é um dos maiores estrategistas de guerra política do Brasil.

Veja abaixo a lista de leitura indicada por Santana: 
SERGUEI TCHAKHOTINE - " A Mistificação da Massa pela Propaganda Política" 
WALTER LIPMANN - "Public Opinion", "The Cold War" e "The Public Philosophy" 
EDWARD BERNAYS - "Propaganda" 
GUSTAVE LE BON - "A Psicologia das multidões", "A Psicologia do Socialismo" 
MURRAY EDELMAN - "The Symbolic Uses of Politics", "Politics as Symbolic Action: Mass Arousal and Quiescence", "From Art to Politics: How Artistic Creations Shape Political Conceptions" 
DENNIS C. MUELLER - "Public Choice" 
REGYS DEBRAY – "Vida e Morte da Imagem" 
GEORGE LAKOFF - "Don't Think an Elephant! Know your values and frame the debate" 
DREW WESTERN - "The Political Brain" 
WILLIAM MEYERS - "The Image Makers" 
GREG MITCHELL - "The Campaign of the century - Upton Sinclair's race for government of California and the birth of media politics" 
THEODORE WHITE - "The making of the president" 
KATHLEEN HALL JAMIESON - "Eloquence in an electronic Age" 

Agora, a pergunta: quais figuras do debate público (de direita) conhecem um quarto dos livros acima? Eu conheço apenas metade, e já estou atrás dos que não conheço. (Grato às dicas de Santana)

Pois bem. Quem conhece o essencial das obras acima, sabe que Santana está usando o método da exposição pública de confiança, junto com a técnica da inevitabilidade. Aliás o jogo marxista Caminhando na marcha da história é apenas a aplicação deste método. A técnica de propaganda definida como Inevitabilidade vai pelo mesmo caminho. Neste caso, a sua proposta é apresentada como a "que vai vencer, e não há o que se possa fazer para impedir".

O discurso de Santana, portanto, é estrategicamente planejado para funcionar, e tem maior efeito sobre os indecisos. O discurso atende a três objetivos: (1) Aumentar o nível de confiança daqueles que estão de seu lado, (2) Arrebanhar o máximo possível dos indecisos, (3) Obter o máximo possível de respostas de desânimo dentre seus opositores.

Em outras palavras, temos um jogo, sendo jogado muito bem pelo PT.

Em outro âmbito, longe da disputa presidencial, vejo (algumas) pessoas da direita dizendo coisas como "O jeito é fugir do país", "A culpa é do eleitor que não sabe votar" ou "Não tem jeito, está tudo acabado".

Esse é o grande paradoxo do debate político atual. A extrema-esquerda hoje faz o discurso político que funciona, e conquista seus objetivos por causa disso. Ao mesmo tempo, a direita, que se opõe à esquerda, se furta em usar os mesmos recursos (legítimos, diga-se) para obter resultado. Mesmo assim, essa parte da direita continua reclamando do excesso de resultados conquistados pela esquerda.

Uma hora temos a atuação política que pode receber nota zero em termos de estratégia, mas no momento seguinte temos a reclamação pelo fato do oponente obter resultados, por jogar bem o jogo político.

Este é o maior desafio para quem é da direita: resolver o paradoxo onde se encontram ao reclamar da vitória do oponente por jogar bem um jogo, mas ao mesmo tempo nem sequer perceber (ou se recusar a perceber) que está dentro de um jogo.

Minha sugestão: façam uma reflexão e pensem no que ambicionam para as ideias de direita. Neste caso, se realmente for compreendido como é o jogo e se decidirem jogá-lo, aí recomendo a leitura da maioria dos livros citados por Santana, assim como a obra de Saul Alinsky, Antonio Gramsci. Dos autores da direita, recomendo David Horowitz, Ann Coulter, Tammy Bruce e Olavo de Carvalho, dentre outros.

Claro que nem todos vão ler, mas ao menos uma parte dos adeptos da direita deve fazer este papel, especialmente os que quiserem atuar como formadores de opinião.

Ou é isso, ou então é preciso, após a reflexão, concluir que o atual fracasso da direita é de responsabilidade de boa parte dos direitistas atuais.















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"A Revolução Francesa começou com a declaração dos direitos do homem, e só terminará com a declaração dos direitos de Deus." (de Bonald).

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-O coletivismo é a negação da liberdade, porquanto a sede da liberdade é o indivíduo. Tanto é que a pena mais severa na história da humanidade é a privação da liberdade. A essência da liberdade é una e indivisível e daí a designação do sujeito como "indivíduo".

Aluízio Amorim

Filósofa russa Ayn Rand :



“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.”



Ayn Rand nasceu em São Petersburgo em 1905