Banner

SMA

Nossa Senhora



Rio de Janeiro


segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Sem-teto em SP – Está descontente com alguma coisa, amigo leitor? Saia por aí incendiando tudo e diga: “A Polícia Militar não me representa”







-


GPS


/ Blogs e Colunistas







21/10/2013 às 21:13


  • Sem-teto expõe um dos argumentos tornados influentes no dias de hoje (Foto: Danilo Verpa/Folhapress)


Na terça-feira, o “Profissão Repórter”, da Globo, comandado por Caco Barcelos, dedicou um programa aos heróis e, sobretudo, heroínas que lideram invasões de áreas púbicas e privadas em São Paulo, todos eles abrigados pela bandeira do movimento dos sem-teto. Curioso: as lideranças não moram nas invasões. Uma das chefonas tem um carrão. Não consegui saber de onde vem o dinheiro. Mas já sabemos, no entanto, algumas coisas: esses grupos podem movimentar alguns milhões de dinheiro público do Minha Casa Minha Vida, têm uma espécie de monopólio das casas que vão ficando prontas no programa federal e as distribuem entre militantes que vão ganhando pontos segundo a sua dedicação à causa.

Ou por outra: a política pública foi privatizada por esses grupos, que, por sua vez, são ligados a políticos, todos eles do PT — exceção feita a um caso, do PCdoB (leia mais a respeito). Nada disso estava na reportagem do Profissão Repórter. O programa foi feito, como diz uma amiga, só para mostrar “como é dura a vida da bailarina”… Na quinta-feira, dois dias depois de o programa ir ao ar, os ditos movimentos de sem-teto saíram incendiando instalações da CDHU (empresa estadual de casas populares) em terrenos que abrigarão casas e tentaram invadir a Prefeitura.

Embora o programa tenha tocado no assunto, não ficou claro, com a evidência necessária que pedem os fatos, o quanto esses grupos atrapalham a organização de uma política pública de habitação — em vez de ajudar. Por quê? Porque tomam para si a tarefa de distribuir as casas, segundo seus próprios critérios. Nesta segunda, por ordem da Justiça, realizou-se a reintegração de posse de terrenos da CDHU, invadidos por esses movimentos. Ora, a construção das casas obedecem a determinados padrões, inclusive de urbanização, com a devida regularização de água, esgoto e luz elétrica, precondições, inclusive, para a saúde dos moradores.

Pessoas igualmente pobres, que precisam de moradia, mas pacíficas, entram na fila de inscrição e têm seus direitos solapados por esses militantes. A dar crédito a certas reportagens, tem-se a impressão de que, não fosse a sua ação, o programa não avançaria. A verdade é bem outra; eles criam dificuldades para a realização de políticas públicas. Há unidades do Minha Casa Minha Vida e áreas da CDHU ocupadas.

Na manhã desta segunda, invasores entraram em confronto com a Polícia Militar na retirada de invasores de terreno da CDHU no Jardim Pantanal, na Zona Leste de São Paulo. Um automóvel foi incendiado. A Polícia Militar foi atacada e teve de responder com bombas de efeito moral. Meteram fogo em pneus e interditaram uma linha de trem. Ouvidos, os invasores, claro!, vêm com o chororô habitual: não foram procurados pela CDHU, que não lhes teria oferecido alternativa e coisa e tal. Certo. Então ficamos assim: os militantes vão ocupando o que lhes dá na telha, mobilizam para isso uns pobres desgraçados, e os entes públicos que se encarreguem de dar uma resposta.

Tudo isso, claro!, vem com pau, pedra e fogo.

  • Por Reinaldo Azevedo


Tags: sem-teto, violência



Links Patrocinados

Segunda-Feira de Preços Imbatíveis. Corra Antes que Acabe. Só Hoje!

Deixe o seu comentário

Aprovamos comentários em que o leitor expressa suas opiniões. Comentários que contenham termos vulgares e palavrões, ofensas, dados pessoais (e-mail, telefone, RG etc.) e links externos, ou que sejam ininteligíveis, serão excluídos. Erros de português não impedirão a publicação de um comentário.

» Conheça as regras para a aprovação de comentários no site de VEJA

Nome

Email (não será publicado)






6 Comentários



FLORA - 

21/10/2013 às 21:47


A pergunta que não quer calar: quanto isso tem a ver com as próximas eleições para o governo do estado?




Hygor Hernane - 

21/10/2013 às 21:46


O detalhe do carrão é bem característico. Sempre a liderança desses movimentos aparece reclamando das condições e problemas que ela não enfrenta. Queria mandar um recado pra você Reinaldo: não sou mais tao hostilizado numa roda de amigos que rola quase toda semana pra tomar uma cervejinha aqui em Belo Horizonte. Eu sou o “direitista” do grupo, embora não me considere nem de direito nem de lado algum, não acho que essa denominação caiba mais no Brasil. Sempre que citava você ou alguns outros jornalistas que eles odiavam mas nunca liam eu era agraciado com doses de risadas e ironias. Depois da repercussão do caso das “biografias autorizadas” chegaram a soltar alguns tímidos adjetivos positivos. E eu ainda não me esqueci que você foi a praticamente todas as capitais assinar o seu novo livro, deixando BH de fora.




Clayton Moreira - 

21/10/2013 às 21:45


No tempo em que era novidade, eu até gostava de assistir ao “Profissão Repórter”. Mas acho que já deu… Cansou! Virou uma espécie de ‘Globo Repórter Jr.’.




André Felix - 

21/10/2013 às 21:45


Minha cunhada e minha irmã frequentam há uns três anos uma cooperativa,perto de onde está tendo essa confusão, no bairro de São Miguel Paulista, dizem que é do “Minha Casa, Minha Vida”, pagam uma mensalidade e nunca dá em nada. Quando os líderes dizem que a coisa está para sair acontece alguma invasão, algum incêndio em favela e essas pessoas acabam furando a fila, tendo prioridade. Pra mim isso é tudo marmelada. No mês passado teve uma reunião especial com vereadores do PT. É tudo politicagem, eles humilham, enrolam, pedem voto. Não dá nem para entender.




Jose Claudio de Paiva Reis - 

21/10/2013 às 21:31


Reinaldo, pelo jeito o Paraguaisão vai afundar de vez, como pode?? São artistas idiotas, sem teto com carrão, mico-leilão, e que povinho…..




me - 

21/10/2013 às 21:22


” invasões de áreas púbicas e privadas em São Paulo, todos eles abrigados pela bandeira do movimento dos sem-teto. Curioso: as lideranças não moram nas invasões. ”

Outra curiosidade: – os invasores não são do Estado de São Paulo.

+ uma curiosidade: – de onde vem essa gente e quem os direciona exatamente para uma cidade super lotada de gente?

Pq direcionam esse pessoal “só” para a cidade de São Paulo?
Pq “só” querem morar em prédios no centro da cidade de São Paulo, onde se encontra um dos aluguéis mais caros da América do Sul?


◄ 
● 
● 
● 
● 
● 
+ Lidas
◄ 
● 
● 
● 
● 
● 
● 
● 
● 



Seções



Artigos em VEJA

Arquivo

OKSTQQSSD« Set 1 2 3 4 5 6
7 8 9 10 11 12 13
21 22 23 24 25 26 27
28 29 30 31 


Serviços

Assinaturas












Nome: Nasc.: E-mail: CEP: Apenas 9x R$ 47,00

Saber +
Serviços
Aponte erros


Editora AbrilCopyright © Editora Abril S.A. - Todos os direitos reservados

Nenhum comentário:

"A Revolução Francesa começou com a declaração dos direitos do homem, e só terminará com a declaração dos direitos de Deus." (de Bonald).

Obedeça a Deus e você será odiado pelo mundo.








-O coletivismo é a negação da liberdade, porquanto a sede da liberdade é o indivíduo. Tanto é que a pena mais severa na história da humanidade é a privação da liberdade. A essência da liberdade é una e indivisível e daí a designação do sujeito como "indivíduo".

Aluízio Amorim

Filósofa russa Ayn Rand :



“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.”



Ayn Rand nasceu em São Petersburgo em 1905