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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

[Novo post] E entra em cena o ceticismo político para resolver de vez o problema da falsa rotulagem de nazismo e fascismo como regimes “de direita”





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Nova publicação em Luciano Ayan 







by lucianohenrique





Quando tentam me comparar a outros analistas políticos do Brasil, tendo a rejeitar a comparação, pois tenho um estilo particular, influenciado por métodos que, a meu ver, funcionam. Defendo que, aos poucos, estes métodos sejam utilizados, pois vejo que geram resultados.

Não tenho nada contra outros analistas políticos no geral, e acho muitos deles cultos e fornecedores de ótimas informações. Vários livros que consultei foram indicados por eles. Mas meu método é diferente.

E o que defino como "meu método"? Simples. É a aplicação de três paradigmas na política: a dinâmica social (para avaliações dos comportamentos, além da mera observação de discursos), o ceticismo político (para investigação das afirmações politicas de seus oponentes) e o duelo cético (para desmascaramento público de oponentes que queiram capitalizar em cima de você e seu grupo com informações falsas). A aplicação destes três paradigmas, então, é o que chamo de "meu método". É por isso que o blog se define como "Ceticismo e dinâmica social na investigação da religião política".

No que constitui a diferença de meu método em relação aos demais? Antes de eu mostrar a diferença, veja este vídeo com uma entrevista de Reinaldo Azevedo, onde ele explica seu posicionamento político:


No vídeo, ele comete dois erros que são extremamente dificultados pelo meu método. Ele não é um cético político, mas alguém da direita que é um misto de liberal e conservador. Eu não me encaixo como liberal ou conservador (e nem como libertário, optando pelo paradigma que desenvolvi, o neo-iluminismo, que pode absorver alguns aspectos de conservadorismo, libertarianismo e liberalismo). Entretanto, eu sou de direita, tanto quanto Azevedo. A diferença é que eu uso o ceticismo político.

No ceticismo político, as afirmações que geram benefício político para seu oponente são priorizadas para questionamento. Em suma, devemos ter um alarme nos informando quando uma alegação política é proferida por um esquerdista, um humanista, ou qualquer adversário nosso em questões públicas. Aplicar o ceticismo político significa ter esse alarme pronto para ser ativado quando nos defrontamos com uma alegação política do outro lado. E o que é uma alegação política? É toda aquela que, se aceita, dará benefício a uma pessoa ou grupo sobre outra pessoa ou grupo. No momento em que o "alarme" é ativado devemos dizer algo como "parou, parou, tem uma fraude aqui...", e explicar a fraude cometida didaticamente para a plateia. Isso resume, em uma casca de noz, o ceticismo político, junto com o duelo cético.

No caso de Azevedo, ele não prestou muita atenção à duas alegações, que automaticamente geram benefício aos esquerdistas. São elas: 
Nazismo e fascismo são regimes "de direita". 
Ambos são "de direita" pois não ligam para a justiça social. A esquerda é que se preocupa com a justiça social. 

Meu texto anterior sobre o assunto, Como a dinâmica social resolve o problema da rotulagem equivocada de nazismo e fascismo como regimes de direita, já desmascarava a afirmação 2, usando um pouco do ceticismo político com um tanto da observação comportamental pela dinâmica social. Sendo assim, a afirmação 1 também é falsa. Não entrarei em maiores detalhes quanto a isso, e recomendo que os interessados cliquem no link citado neste parágrafo.

Se já sabemos que a esquerda não pode ser rotulada como "aquela que luta pela justiça social", mas como aquela que "luta para inchar o estado, usando de vários pretextos, todos baseados em discursos coletivistas mais falsos que menstruação de travesti", então temos que investigar o "benefício" gerado pelo discurso onde alguém tenta ao mesmo tempo (1) rotular nazismo e fascismo como de direita, (2) rotular a esquerda como "promotora da justiça social".

No primeiro caso, o benefício, para o esquerdista, é conseguir imputar à direita a culpa por vários crimes que na verdade estão nas costas da esquerda. Quando alguém diz que os marxistas mataram 100 milhões de pessoas no século XX, eles dizem "e a direita matou os judeus no Holocausto". Mas, como mostrei, não há uma nesga de direitismo na postura dos hitleristas. No segundo caso, o benefício é ainda mais evidente: se na arte da guerra política, afirmar-se do lado do povo gera uma paga política automática (em termos de popularidade perante uma boa parcela do eleitorado), é claro que aquele mais esperto irá usar este recurso. O discurso falso de "justiça social" ou "eliminação da desigualdade" é apenas um recurso para conquistar corações e mentes, mas, conforme já mostrei, não é congruente com o comportamento dos esquerdistas, que lutam para criar uma quarta classe, ainda mais poderosa que aquela que chamam de "burgueses". Esta quarta classe, ultra-poderosa, é composta pelos donos dos estados inchados, e dos grandes empresários que se aliam a estes estados inchados. Assim, o esquerdismo, em termos objetivos, luta pela desigualdade com um discurso focado em uma alegação política ("lutamos pela desigualdade") que não é questionada pela direita suficientemente.

Quando Azevedo cai nos dois jogos da esquerda (1 e 2, conforme citei anteriormente), não está usando o ceticismo político. Ele não está usando o alarme que eu inseri praticamente em meu subconsciente para identificar, à partida, as alegações políticas de meus oponentes. A regra, para mim, é simples e mais clara que a neve: se a afirmação de meu oponente gera um benefício para ele (ou ao grupo dele), então devo priorizá-la para questionamento. Se a afirmação for falsa, pelo duelo cético, é minha obrigação (e não dele, pois ele recebe vantagens pelo aceite da alegação) desmascará-la em público.

Creio que já deixei claro que o ceticismo político, acompanhado pelo duelo cético (e acompanhando a dinâmica social, da qual falei no texto anterior), nos ajuda com facilidade a criarmos "escudos" contra as fraudes intelectuais que tem beneficiado os nossos oponentes. Não sou humilde

Quando um esquerdista diz que "nazismo é de direita", por causa da afirmação "esquerda quer justiça social, a direita não quer, e o marxismo quer justiça social, o nazismo não quer", investigamos esta última comparação, pois ela dá a paga política imediata que o esquerdista quer na guerra política. Ele simplesmente quer se posicionar perante uma larga fatia do eleitorado para a obtenção de votos para os candidatos que ele apoia.

Mas é muito fácil provar que o marxista jamais quis "justiça social", e vemos isso na vida nababesca dos líderes marxistas de países como China, Coréia do Norte, Cambodja, Cuba, Venezuela e vários outros nos quais a única coisa que eles fizeram foi usar o poder para esmagar seus opositores. O discurso de "justiça social", dito por marxistas, é exatamente igual a afirmação "sou inocente", dita por um criminoso que está para ser condenado, ou a frase "não é nada disso que você está pensando", dita por uma mulher que foi pega na cama com o amante por seu marido. A meu ver, frases não congruentes com o comportamento e que só servem para enganar os incautos devem ser desmascaradas o mais cedo possível, e é nossa responsabilidade fazê-lo quando nos defrontamos com aqueles que querem obter benefícios valendo-se de diversos logros e embustes.

Assim, se fosse um cético político, Reinaldo Azevedo teria dito: "Eu sou contra regimes de esquerda, como nazismo, fascismo e marxismo, que usam coletivismos abstratos para inchar o estado e poder oprimir seus adversários". Um entrevistador poderia questioná-lo: "Mas os marxistas dizem que querem a justiça social, enquanto os nazistas não". Ele poderia ter devolvido esta: "Mas todos nós sabemos que os marxistas jamais quiseram justiça social, senão não teriam construído vidas tão luxuosas para os líderes destes estados inchados. Podemos encontrar, por exemplo, líderes do MST vivendo em casas luxuosas, e uma líder dos sem teto com um carro de R$ 100.000 reais. Só uma criança que não passou do primário, ou então alguém vítima de lavagem cerebral, acreditaria no truque de que 'marxistas lutam pela justiça social'. Na verdade, toda a história nos mostra que eles só querem inchar estado através de coletivismos abstratos, para poder usar o poder de forma plena, esmagando seus oponentes. Nazismo, fascismo e marxismo são esquerdismo puro-sangue".

Creio que isto mostra a diferença do que é aplicar a dinâmica social, o ceticismo político e o duelo cético na política.

Reinaldo Azevedo é um ótimo cronista político. A meu ver, ele ficaria ainda melhor com uma boa dose de ceticismo político.















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-O coletivismo é a negação da liberdade, porquanto a sede da liberdade é o indivíduo. Tanto é que a pena mais severa na história da humanidade é a privação da liberdade. A essência da liberdade é una e indivisível e daí a designação do sujeito como "indivíduo".

Aluízio Amorim

Filósofa russa Ayn Rand :



“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.”



Ayn Rand nasceu em São Petersburgo em 1905