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22/10/2013 às 0:20 \ Cultura
Fonte: Folha
Freud (mal interpretado) diria que todos querem “comer” a própria mãe. Mas, mesmo aceitando isso a valor de face, Freud também diria que reprimir certos desejos é parte natural do que chamamos civilização, e que sem esses recalques, o que emerge é algo bem destrutivo.
Não tive como não pensar nisso ao ver a notícia sobre o fotógrafo que registrou as cenas de sexo da própria mãe com vários parceiros mais jovens:
O fotógrafo americano Leigh Ledare, 37, foi além de uma das fantasias mais difíceis de administrar. Não só imaginou, como assistiu e fotografou Tina Peterson, sua mãe, transando.
E não parou por aí. As fotos foram divulgadas ao público, que pode ver a mãe dele, uma ex-bailarina profissional, fazendo sexo com homens mais jovens. Sem cortes.
O trabalho de Ledare desperta a curiosidade e o debate em Londres na exposição “Duras Verdades: Fotografia, Maternidade e Identidade”, aberta no dia 11 pela Photographer’s Gallery.
A que mais impressiona os visitantes é a “Mom on Top of Boyfriend” (mamãe no topo do namorado). Tina Peterson, nua e completamente depilada, está de frente para a lente do filho, enquanto ela recebe sexo oral de um homem.
Em “Mom Fucking in Mirror” (mamãe fodendo no espelho), Tina aparece de costas, transando, em cima do namorado. Parte do corpo de Ledare surge na foto, feita por ele por meio de um espelho.
Graduado pela Universidade Columbia, Ledare é discípulo de Nan Goldin e de Larry Clark (“Tulsa” e “Kids”), uma escola marcada pela polêmica por explorar imagens da realidade de drogas, sexo e prostituição. Ledare trabalhou com ambos.
[...]
“O trabalho desafia e demanda muito do espectador como qualquer outra arte deveria. É importante para o espectador explorar as muitas emoções que terá ao olhar as fotos”, ressalta Susan.
Ledare não quis dar entrevista, mas se manifestou por escrito, ao lado das fotos, aos visitantes da mostra.
Ele explica seu projeto: “Eu vejo o desempenho da sexualidade de minha mãe como tendo uma série de funções, entre elas, desafiar o clima de moralismo e conformismo em torno dela, como uma forma de proteger-se do seu envelhecimento”.
Devo ter ficado velho e careta sem me dar conta. Sou do tempo em que bizarrice não era chamada de arte ainda. Que um sujeito tenha fetiches estranhos com a sexualidade da própria mãe, vá lá; malucos sempre existiram aos montes. Mas que isso seja chamado de arte e ganhe destaque no principal jornal do país, não como o absurdo que é, mas como uma arte “subversiva” que merece reflexão, isso é sinal dos tempos.
A turma de Maio de 68 fez um estrago e tanto mesmo. Para o mundo que eu quero descer!
Tags: Freud, Leigh Ledare
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