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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Linguagem e Ideologia: prática de leitura e de escrita



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Linguagem e Ideologia: prática de leitura e de escrita






27/11/2009
Autor e Coautor(es)


BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO
Coautor(es): 

Prof. Luiz Prazeres
Estrutura Curricular

MODALIDADE / NÍVEL DE ENSINOCOMPONENTE CURRICULARTEMA
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Linguagem escrita: leitura e produção de textos
Ensino Médio Língua Portuguesa Relações sociopragmáticas e discursivas
Ensino Médio Língua Portuguesa Aspectos cognitivo-conceituais: mundo, objetos, seres, fatos, fenômenos e suas inter-relações
Ensino Médio Língua Portuguesa Produção, leitura, análise e reflexão sobre linguagens

Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula


Nesta sequência didática, o aluno poderá ser capaz de refletir sobre o conceito de “ideologia”, bem como adquirir habilidades para reconhecer ideologias em determinados tipos de discursos, a partir de marcas linguísticas. Esta aula auxiliará o aluno, sobretudo, a compreender melhor os textos que lemos cotidianamente.
Duração das atividades
Aproximadamente, quatro aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno


Como conhecimento prévio para esta aula, destacamos que o professor já tenha trabalhado com os alunos o conceito de “discurso”.
Estratégias e recursos da aula
Professor, a atividade a seguir é uma dinâmica de grupo que sugerimos para introduzir o tema desta aula. 
ATIVIDADE I
“Você tira o chapéu?”
Objetivo: Estimular a capacidade de reflexão.

Materiais: papel, tesoura, caneta, duas sacolas, jornal, revsita.
Procedimento: O professor, junto com a turma, deverá selecionar temas da atualidade - nomes de pessoas, instituições, músicas, etc - divulgados pela mídia (o que tiver repercussão na televisão, na internet, em jornais, revistas, etc) e escrever cada um deles em um pedaço de papel. Por exemplo: "presidente Lula", "jogador de futebol Kaká", "técnico Dunga", "aquecimento global", "Petrobras", "política brasileira", "ONU", "Copa do Mundo", etc.
Feito isso, todos os papéis deverão ser dobrados e colocados em uma sacola, como geralmente se faz em sorteios. Em seguida, o professor devrá dividir a turma em cinco grupos, numerando-os, para iniciar o jogo:
1ª rodada: os grupos 1, 2, 3 e 4 sortearão um papel com um tema e deverão dizer se tiram ou não o chapéu para o tema que sortearam. Deverão ter 01 minuto para discutirem entre si e, após isso, um dos membros deverá justificar a resposta do grupo, dizendo o que pensa a respeito do tema escolhido. Depois de todos os grupos tecerem suas considerações, o grupo 5 (que nesta rodada não participa do sorteiro) deverá ouvir cada uma das respostas, escolher a resposta mais bem fundamentada e registrar seu voto em um outro papel (e, após isso, dobrar o papel com o voto e colocar em uma outra sacola sem que os outros grupos vejam).
2ª rodada: semelhante à primeira rodada. Com a diferença de que serão os grupos 2, 3, 4 e 5 que sortearão um papel com um tema para o grupo 1 julgar o melhor.
3ª rodada: semelhante à primeira rodada. Com a diferença de que serão os grupos os grupos 1, 3, 4 e 5 que sortearão um papel com um tema para o grupo 2 julgar o melhor.
4ª rodada: semelhante à primeira rodada. Com a diferença de que serão os grupos os grupos 1, 2, 4 e 5 que sortearão um papel com um tema para o grupo 3 julgar o melhor.
5ª rodada: semelhante à primeira rodada. Com a diferença de que serão os grupos os grupos 1, 2, 3 e 5 que sortearão um papel com um tema para o grupo 4 julgar o melhor.
Por fim, vencerá o grupo que tiver mais votos na sacola dos votos. Para estimular os alunos a participarem, o professor pode dar um prêmio ao grupo vencedor (um ponto extra para cada um dos membros, por exemplo).
ATIVIDADE II

Nesta parte da aula, sugerimos que o professor divida a turma em quatro grupos e distribua, para cada um deles, uma das quatro figuras que apresentamos a seguir. Cada grupo deverá ficar responsável por identificar o que significa a figura que recebeu, com a ajuda do professor, e por fazer uma pesquisa sobre a temática dessa figura. A pesquisa pode ser feita em casa ou no ambiente da escola, utilizando-se, por exemplo, a biblioteca e a internet.

  • 1. Símbolo do Nazismo
  • 2. Símbolo do Greenpeace
  • 3. Símbolo do Socialismo
  • 4. Símbolo do Anarquismo



A pesquisa deverá contemplar os seguintes quesitos:

a) O que representa o símbolo de sua pesquisa?
b) Que ideias e sistemas de crenças estão por trás desse símbolo? 
c) Qual o contexto histórico em que essas ideias foram concebidas?
d) Quem são seus principais criadores?

Na aula seguinte, tendo sido feita a pesquisa, cada grupo deverá apresentar para a turma as informações que tiver recolhido.

Após a apresentação dos grupos, o professor deverá discutir com a turma o conceito de ideologia. Poderá partir dos exemplos das pesquisas dos grupos, mostrando que cada símbolo apresentado está relacionando a um tipo específico de ideol ogia.

Segue um a definição para o termo:

  • “Ideologia é um termo usado no senso comum contendo o sentido de "conjunto de ideias, pensamentos, doutrinas e visões de mundo de um indivíduo ou de um grupo, orientado para suas ações sociais e, principalmente, políticas". A ideologia, segundo Karl Marx, pode ser considerada um instrumento de dominação que age através do convencimento (e não da força), de forma prescritiva, alienando a consciência humana e mascarando a realidade. Os pensadores adeptos da Teoria Crítica Frankfurtiana consideram a ideologia como uma ideia, discurso ou ação que mascara um objeto, mostrando apenas sua aparência e escondendo suas demais qualidades.” (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ideologia, acesso em 11/09/09)
ATIVIDADE III

Leia os textos a seguir e responda às questões propostas.

TEXTO I



1. O que é crise de abstinência?

Chave de resposta: Crise em que uma pessoa se priva de alguma coisa, voluntária ou involuntariamente.


2. Nessa charge, a que se refere a crise de abstinência?

Chave de resposta: Refere-se à abstinência de ideologia.

3. Qual a crítica que está implícita nessa charge?

Chave de resposta: A charge faz uma crítica à inversão de valores de certos políticos, que visam somente ao dinheiro corrupto e, paradoxalmente, pouco se importam com sua função de representar a sociedade. Tampouco são capazes de defender ideologias de interesse comum.

TEXTO II



4. Em princípio, qual a função dos partidos políticos?

Chave de resposta: A função dos partidos políticos é, em princípio, discutir idéias e reunir pessoas que comungam dos mesmos pensamentos.

5. Explique como a charge descons trói essa concepção.

Chave de resposta: A cha rge procura deixar claro que o interesse dos políticos é única e exclusivamente obter ganhos financeiros, a ideologia única que os une.

6. Escreva um pequeno texto relacionando política e ideologia.

Resposta pessoal.
ATIVIDADE IV

A seguir há uma série de provérbios, sentenças figurativas amplamente proferidas pelo povo. Cada um deles contém uma ideologia específica, mais ou menos compartilhada socialmente. Explicite a ideologia dos provérbios dados a seguir, conforme o modelo que apresentamos:

“Mulher tem o direito de esquentar a barriga no fogão e esfriar no tanque”.

Chave de resposta: Tal provérbio traz implícita a ideologia discriminatória de que os ofícios da mulher se restringem aos afazeres domésticos. O trecho “a mulher tem o direito” denota um aspecto de submissão; neste caso, em relação ao homem.

a) “Deus ajuda a quem cedo madruga”.
b) “Mais vale um pássaro na mão do que dois voando”.
c) “Água mole em pedra dura tanto bate até que fura”.
d) “Tenha parentesco com a hiena, e todas as hienas serão suas amigas”.
e) “Diga-me com quem andas que direi quem tu és”.
f) “Os melhores homens são os que as mulheres julgam melhores”.
ATIVIDADE V

Nesta atividade, apresentamos um texto sobre “patriotismo”. As questões referentes a ele levarão os alunos a identificarem ideologias por meio de marcas linguísticas .
Patrio tismo Exacerbado

por Rodrigo Constantino

O patriotismo exacerbado, in extremis, é não ter orgulho das conquistas pessoais. Muitos fogem de seu fracasso para se esconderem atrás do patriotismo, tendo orgulho de algo maior que ele, projetando seu sucesso nas conquistas alheias. Se você tem orgulho de sua trajetória, se considera ter vivido de acordo com seus valores racionais, por que deveria ofuscar isso com uma admiração ou vergonha por um grupo de desconhecidos, acidentalmente nascidos na mesma região?(...)

Rotulações e generalizações são sempre perigosas e injustas. O que é ser brasileiro? Como unificar em alguns poucos adjetivos tanta gente diferente? Tal simplificação não tem como não ser grotesca, e leva a conclusões absurdas, xenofobia, preconceito. Um indivíduo nascido por acaso no Brasil pode ter mais em comum com alguém da Austrália, do outro lado do mundo, do que com seu vizinho. Portanto, não é razoável alguém suprimir sua individualidade em prol de um grupo que pode não guardar nada em comum com seus valores.

O que é uma nação? Será que somente por uma divisão geográfica, normalmente fruto de algum acordo ou guerra, temos que nos sentir mais próximos deste grupo? Será que alguém do Sul deve se sentir tão próximo de alguém no Acre? Será que alguém por falarem a mesma língua tem laços fortes que justifiquem um sentimento patriótico exagerado. Ora, muitas vezes ma l podemos dizer que s e trata se trata da mesma língua nesse vasto país, pois são verdadeiros dialetos. Além disso, será que devo então ter mais sentimento e ligação com a Angola do que com o Chile? Geografia, língua, nada disso deveria ser critério relevante para forte se ntiment o de grupo. Devemos lutar pelos nossos valores individuais; e, em seguida, admirar e se aproximar daqueles que compartilham dos mesmos valores. Tenho muito mais em comum com um indiano que defenda a liberdade individual, isonomia de tratamento e Estado mínimo do que com um vizinho marxista. Por que eu deveria me sentir atrelado aos ideais desse vizinho? Só porque ele nasceu perto de mim? Totalmente sem sentido. Não é olhando no mapa que formo meus valores e parto em defesa ou ataque às pessoas. É conhecendo seus valores individuais.

Na prática o patriotismo sempre foi usado para xenofobia, que no fundo ocultava o medo da competição. Foram criadas reservas de mercado, protegendo mamatas de empresários locais. Quem perde é o consumidor, que estaria melhor se pudesse comprar produtos melhores e mais baratos vindos de fora. Centralizaram o poder em Brasília, em nome do patriotismo. Muito melhor seria se os municípios e estados tivessem mais poder, pois nosso interesse está naturalmente nas coisas mais próximas da gente. Criaram as “brás” ineficientes e paquidérmicas em nome do nacionalismo, impactando diretamente nos serviços prestados ao povo. Será que devemos aplaudir uma administração infinitamente mais ineficiente apenas por ser exercida por bras ileiros?

No limite, o patriotismo é como fé cega, servindo como escusa para os problemas pessoais. Quem tem auto-estima se valoriza e sente orgulho próprio, não precisa depender das conquistas de um grupo, ainda mais quando este grupo for formado por tantas pessoas distintas, sem quase ligação alguma entre ente elas, distantes em vários aspectos e unidas apenas pelo mapa. Precisamos ter orgulho das nossas conquistas pessoais. Temos que julgar atitudes, não rótulos. O excesso de rótulos simplistas apenas gera mais violência, seja religião, pátria ou raça. Admirem ou condenem indivíduos apenas, não importando seu local de nascimento, sua língua ou seu credo religioso. Se cada brasileiro pensar assim, o país, como um todo, ganha. E podem acreditar, é justamente isso que quero, pois moro aqui, tenho amigos aqui e falo sua língua. Perceberam o egoísmo altruísta?

A pátria é apenas um aglomerado de indivíduos, não algo acima deles. Seria saudável se a humanidade trocasse o nacionalismo pelo resp eito ao indivíduo.

Fonte: Prisioneiros da Liberdade, Soler Editora.
1. Que ideologia esse texto procura criticar?

Chave de resposta: Esse texto procura criticar o patriotismo exacerbado.
2. Leia o seguinte trecho: “Se você tem orgulho de sua trajetória, se considera ter vivido de acordo com seus valores racionais, por que deveria ofuscar isso com uma admiração ou vergonha por um grupo de desconhecidos, acidentalmente nascidos na mesma região?”
a) A que grupo o autor se refere?

Chave de respsta: O autor se refere à nação de um país.
b) O autor se refere a esse grupo de maneira otimista ou pessimista? Justifique sua resposta.

Chave de resposta: O autor se refere a esse grupo de maneira pessimista , uma v ez que afirma que se trata de um grupo de ‘desconhecidos’ e ‘acidentalmente’ nascidos na mesma região, o que denota que essas pessoas não têm identidade comum.
3. Leia o seguinte trecho: O que é uma nação? Será que somente por uma divisão geográfica, normalmente fruto de algum acordo ou guerra, temos que nos sentir mais próximos deste grupo? Prove, por meio de marcas linguísticas, que o autor está sendo reducionista ao dizer o que é uma nação.

Chave de resposta: O autor está sendo reducionista pelo fato de dar a entender que uma nação é ‘somente’ uma divisão geográfica. O termo ‘somente’ introduz uma generalização. Além disso, o autor confundiu o conceito de nação com o conceito de território.
4. Leia o seguinte trecho: “A pátria é apenas um aglomerado de indivíduos, não algo acima deles. Seria saudável se a humanidade trocasse o nacionalismo pelo respeito ao indivíduo.” Que marcas linguísticas evidenciam que o autor está sendo preconceituoso ao se referir à pátria?

Chave de resposta: O autor afirma que a pátria é ‘apenas’ um ‘aglomerado’ de indivíduos. O termo ‘apenas’ introduz uma generalização, mais uma vez levando a um reducionismo, e o termo ‘aglomerado’, que geralmente se refere a objetos, foi a empregado em referência a pessoas, o que é inapropriado.
5 Escreva um texto, de aproximadamente 15 linhas, manifestando sua opinião a respeito do tema abordado por Rodrigo Constantino. Apresente suas ideias com argumentos convin centes.

Resposta pessoal.
Recursos Complementares


Professor, sugerimos que você mostre este vídeo aos alunos:


Trata-se de um clip de uma música rap. É interessante observar a linguagem empregada na letra da música, a crítica imbutida nela e a retratação da realidade das camadas sociais.
Avaliação


Para a avaliação, sugerimos uma atividade de interpretação e produção de texto. São apresentadas duas propagandas, uma da década de 1960 e outra de 2009.

Observação: Professor, faça o download dos dois textos a partir do site :

http://sites.google.com/site/centropedagogicoufmg/lingua-portuguesa-2/edna-magalhaes Procure pelo arquivo "Linguagem e Ideologia - Textos para a avaliação"


O aluno deverá escrever um texto identificando a ideologia presente em cada uma dessas propagandas e associando-a ao contexto social brasileiro da época em que foram produzidas. 
O texto deverá ser avaliado levando-se em conta o teor crítico e reflexivo sobre a formação ideológica dos textos de referência.
Opinião de quem acessou


Cinco estrelas 4 classificações
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Duas estrelas0/4 - 0%
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Opiniões
Carlos Vagner Soares de Sousa, COLEGIO ESTADUAL RUILON DIAS CARNEIRO , Tocantins - disse: 

31/01/2013Cinco estrelas

Ótimo conteúdo!!!
Samyra Brito, Faculdade Promove de Janaúba , Minas Gerais - disse: 

13/09/2012Cinco estrelas

ótimo texto e atividade, me ajudou muito!
Josiane S. Perez, Ceja , Santa Catarina - disse: 

03/09/2012Cinco estrelas

exelente!!!
Tânia, Col. Humberto , Paraná - disse: 

17/07/2011Cinco estrelas

Demorou para alguém acessar e avaliar, mas finalmente julgo como excelente suas atividades. Parabéns! Tânia

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"A Revolução Francesa começou com a declaração dos direitos do homem, e só terminará com a declaração dos direitos de Deus." (de Bonald).

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-O coletivismo é a negação da liberdade, porquanto a sede da liberdade é o indivíduo. Tanto é que a pena mais severa na história da humanidade é a privação da liberdade. A essência da liberdade é una e indivisível e daí a designação do sujeito como "indivíduo".

Aluízio Amorim

Filósofa russa Ayn Rand :



“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.”



Ayn Rand nasceu em São Petersburgo em 1905