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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

[Novo post] Dica aos direitistas depressivos: nada de ir para os Estados Unidos!




lucianohenrique publicou: " Sei que este texto não vai agradar àqueles que usam o direitismo depressivo como seu paradigma. Para evitar que estes se exaltem desnecessariamente, já confesso que eu próprio usei este paradigma por muito tempo. Hoje ele não me serve mais. Na verdad" 



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Nova publicação em Ceticismo Político 











Sei que este texto não vai agradar àqueles que usam o direitismo depressivo como seu paradigma. Para evitar que estes se exaltem desnecessariamente, já confesso que eu próprio usei este paradigma por muito tempo. Hoje ele não me serve mais. Na verdade, ele não é útil para ninguém. Só para a esquerda claro.

Um leitor deste blog disse: "Aqui a coisa já acabou. Melhor fazer as malas e ir para os Estados Unidos!". Em relação a isso só posso recomendar que ele não vá para lá.

Motivo: os norte-americanos estão contaminados pelo esquerdismo, mas conseguem, de uma forma ou de outra, estabelecer limites à expansão do poder deles. Isso ocorre por que os norte-americanos de direita também conseguem pensar politicamente. Eles estão muito mais adiantados do que nós neste aspecto.

Eles sabem, por exemplo, que Saul Alinsky disse que "poder não é o que você tem, mas o que o seu inimigo pensa que você tem". Também sabem que, conforme Horowitz nos ensinou, "na guerra política, o agressor geralmente prevalece". Alguns podem não conhecer o trabalho de Elisabeth Noelle-Neumann sobre a espiral do silêncio. Mas ela também já nós ensinava que o lado mais confiante em sua vitória tende a lançar seu oponente na espiral do silêncio, e, de alguma forma, eles entendem essa noção, ao menos instintivamente.

Sendo assim, eles jogam os jogos adequados, para, na medida do possível, combaterem a esquerda. Claro que a esquerda joga os mesmos jogos (e com mais proficiência, pois faz isso há 100 anos, enquanto a direita faz a uns 10-15 anos no máximo). O que importa é que, nos Estados Unidos, temos os dois lados jogando.

De maneira diametralmente oposta, em muitos casos, alguns direitistas do Brasil jogam para a esquerda. Atenção: eles até possuem valores de direita, mas politicamente jogam para a esquerda. Lembremos da metáfora dos marketeiros de produtos de limpeza que lancei tempos atrás:


Imagine que você é diretor de marketing de uma empresa que vende um produto de limpeza chamado Limpomax, que concorre com o produto S-Limpeza. Ambos os produtos disputam as prateleiras, enquanto a equipe de marketing do S-Limpeza decide lançar uma campanha, que diz: "S-Limpeza, o produto que estará na casa de todas as famílias".

Qual seria sua reação diante desta campanha do S-Limpeza? Suponha agora que seus consultores de vendas surjam com esse slogan para a campanha do Limpomax: "Não tem jeito. Realmente o S-Limpeza estará na casa de todas as famílias. Danou-se para o Limpomax!".

Muito provavelmente você riria na cara destes consultores. Provavelmente os mandaria catar coquinho na descida. Mas não ria ainda, pois muitos esquerdistas morrem de dar risada da mesma forma, só que da postura de alguns direitistas.

Na verdade, o direitista depressivo tem valores de direita, mas é promotor da esquerda, pois a propaganda que ele faz é moldada para ajudar a esquerda a vencer. Muitos racionalizam essa mania dizendo-se "realistas, que sabem como a coisa vai terminar". Mas isso é apenas o truque mental da profecia auto-realizável, que já tratei em um post onde neutralizo este tipo de discurso.

É fato: com exceção de Cuba, as favas não estão contadas em lugar algum da América Latina. A Venezuela está entrando em colapso, e o mesmo vai acontecer com a Argentina. Se nestes países as pessoas usarem as boas práticas de Gene Sharp, que servem para derrubar ditaduras, bons frutos podem surgir. Mas nestes países, os direitistas depressivos servirão como ferramenta essencial da esquerda para mostrarem à opinião pública que "vão vencer", e é onde encontrarão suas maiores forças.

Assim, qualquer papo dizendo "está tudo dominado (pela esquerda)" não passa de marketing esquerdista feito por alguém de direita que, sem querer, ainda não percebeu a regra do jogo político: o lado que mais agride (ou melhor, é mais combativo) geralmente vence.

Se alguém realmente não consegue largar este tipo de pensamento (ou melhor, mania), melhor ficar por aqui mesmo e continuar ajudando os esquerdistas, pois os norte-americanos não pensam da mesma maneira. Eles entendem que os esquerdistas devem ser combatidos com discursos que funcionam, e são com discursos assim que, mesmo tendo sido governados por esquerdistas há vários anos, eles ainda podem usar armas, enquanto nós não podemos. Isso só para citarmos um exemplo.

E se tudo que esse tipo de direitista ambiciona é fazer propaganda para ajudar a esquerda, então, se for para os Estados Unidos, vai ajudar os esquerdistas de lá. Mais um motivo para que ele fique por aqui mesmo. Se ele é tão esforçado ao ajudar a esquerda com marketing, esse é não é um comportamento bem vindo pela direita de lá, que sabe lutar pelo que quer.

É como se estivéssemos em um grupo de guerrilheiros querendo libertar prisioneiros de guerra. Quando estamos em próximos de nossa meta, um dos soldados começa a dizer "não dá, está tudo acabado" ou "eles vão morrer e nós também" e daí por diante. Tudo isso enquanto estamos em uma situação onde não temos escolha. Se for para agir assim, melhor sumir e sair do grupo. Me lembro de um filme que trazia uma situação assim, fazendo com que um dos soldados metesse uma bala neste depressivo, pois, em momentos onde não temos escolha, precisamos agir, e não privilegiar aqueles que destroem a ação.

E que não se entenda essa metáfora como se eu estivesse querendo "balear" direitistas depressivos, mas dizer que eles são inúteis, em termos de resultados na guerra política. Minto: eles são úteis. Para o oponente.

Desafio: se algum direitista depressivo se sentiu incomodado, o espaço estará aberto para que eu seja refutado, caso seja cabível, ou existam objeções à noção da inutilidade do direitismo depressivo. Responderei educadamente às objeções honestas que surjam, para validar (ou não) este tipo de desafio a um tipo de postura adotada por (alguns) direitistas, postura esta que entendo ser assustadoramente contraproducente. Mas, como cético, tenho que me permitir o direito de possivelmente estar errado, e se alguém que se sente encaixado no conceito de direitista depressivo quiser demonstrar meus possíveis erros, sinta-se convidado.















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"A Revolução Francesa começou com a declaração dos direitos do homem, e só terminará com a declaração dos direitos de Deus." (de Bonald).

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-O coletivismo é a negação da liberdade, porquanto a sede da liberdade é o indivíduo. Tanto é que a pena mais severa na história da humanidade é a privação da liberdade. A essência da liberdade é una e indivisível e daí a designação do sujeito como "indivíduo".

Aluízio Amorim

Filósofa russa Ayn Rand :



“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.”



Ayn Rand nasceu em São Petersburgo em 1905