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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Ricardo Setti - VEJA.com



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Ricardo Setti

Este espaço pretende apresentar boas histórias e opinião independente. Não será neutro diante dos descalabros do Brasil e das dores do mundo, mas rejeitará qualquer compromisso com o azedume e o mau humor.


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19/02/2014 às 16:58 \ Política & Cia
Contra críticas e deserções, Brasil quer convencer Cuba a explorar menos os médicos: passariam a ganhar 2,4 mil reais — os de outras nacionalidades continuarão com 10 mil!


Médicos estrangeiros beneficiados pelo programa federal participam de cerimônia em Brasília. O médico em primeiro plano exibe a bandeira de Cuba (Foto: Franco Rithele / Futura Press)

Publicado no site de VEJA

CONTRA CRÍTICAS E DESERÇÕES, BRASIL QUER CONVENCER CUBA A PAGAR MAIS A MÉDICOS

Governo federal tenta ampliar o repasse pago aos profissionais da ilha, já que pretende usar programa como trunfo na corrida eleitoral deste ano

Em uma tentativa de amenizar as críticas a uma das vitrines eleitorais da presidente Dilma Rousseff, o Palácio do Planalto tenta convencer a ditadura dos irmãos Castro a elevar o salário dos doutores cubanos que integram o programa federal Mais Médicos.

O governo brasileiro negocia com Cuba um aumento do valor pago aos médicos enviados pela ilha: de 400 dólares para 1.000 dólares, o equivalente a 2.400 reais – ainda muito longe dos 10.000 reais pagos a médicos brasileiros e de outras nacionalidades que integram o programa.

O governo avalia que o aumento seria eficiente ainda para frear as deserções.

Somente na semana passada, quatro cubanos abandonaram o programa. A situação dos médicos da ilha ganhou destaque após a desistência de Ramona Rodriguez, que fugiu de seu posto de trabalho em Pacajá, no Pará, e se abrigou na Câmara dos Deputados alegando ter sido enganada pelo governo cubano.

Na avaliação do Planalto, um salário maior para os profissionais poderia ajudar, também, a amenizar o descontentamento do Ministério Público do Trabalho. Uma investigação sobre as condições dos médicos recrutados em Cuba está em curso.

O procurador Sebastião Caixeta já avisou que deverá apresentar ao Ministério da Saúde, em breve, recomendações sobre a necessidade de se alterar a relação trabalhista. Dos 9.000 médicos que atuam no programa, 7.500 são cubanos.

O aumento do salário desses profissionais importados de Havana começou a ser discutido na Casa Civil, há duas semanas, em reunião com a presença dos ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Saúde, Arthur Chioro. Questionado sobre o assunto, Chioro afirmou estar “sensível” ao problema.

Médicos brasileiros recebem 10.000 reais, mesmo valor repassado pelo governo Dilma ao convênio firmado com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). “Qualquer trabalhador que tenha um aumento no salário fica feliz. Não seria diferente com a gente”, diz um médico cubano que atua em um posto de saúde da Zona Norte de São Paulo sobre o novo valor.

Ele afirma que com o aumento será possível economizar algum dinheiro para quando voltar a Cuba, ao contrário do que acontece atualmente. “Como estamos há apenas três meses aqui, ainda não deu para guardar muita coisa. Não dá para economizar tanto porque temos despesas pessoais, como internet e telefone”, diz.

De olho no governo paulista

Idealizado pela equipe do Ministério da Saúde, o Mais Médicos também terá destaque na campanha do ex-ministro Alexandre Padilha (PT) ao governo de São Paulo. Pesquisas do Planalto indicam que a maioria da população aprova o programa, um trunfo que o governo quer preservar até outubro.

Desde que a Ramona abandonou o programa, a oposição acusa o PT de se aproveitar do trabalho escravo. Nos bastidores, DEM e PSDB dizem que o acordo é uma troca, uma forma de amortizar o dinheiro brasileiro emprestado para a construção do Porto de Mariel, em Cuba.



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Tags: Alexandre Padilha, Arthur Chioro, corrida eleitoral, Cuba, deserções, Dilma Rousseff, ditadura, irmãos Castro, José Eduardo Cardozo, Mais Médicos,médicos cubanos, OPAS, oposição, Porto de Mariel, trabalho escravo


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19/02/2014 às 16:23 \ Política & Cia
Azeredo renunciou. Se você é leitor firme do blog, leu aqui há 6 dias que isso iria acontecer


Eduardo Azeredo, ex-governador de Minas e, agora, ex-deputado pelo PSDB: queixa de ser “alvo político” (Foto: Beto Oliveira / Agência Câmara)

Dizendo-se inocente do esquema de dinheiro ilegal para a campanha de sua tentativa de reeleição ao governo de Minas, em 1998, o atual deputado Eduardo Azeredo (PSDB), como se sabe, renunciou hoje, dizendo-se inocento e ser um “alvo político”.

LEIA AQUI REPORTAGEM COMPLETA DO SITE DE VEJA.

Este blog anunciou a renúncia há exatos seis dias, com o seguinte texto:

“O deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG) cogita de renunciar ao cargo nos próximos dias ou mesmo nas próximas horas.

Acusado de beneficiar-se de um esquema ilegal de financiamento de campanha na tentativa de se reeleger governador do Minas em 1998 — impropriamente chamado de “mensalão mineiro”, por não se tratar de nada parecido ao mensalão do PT –, Azeredo foi denunciado no dia 7 passado, sexta-feira, pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sob a acusação de peculato e apropriação indébita.

O chefe do Ministério Público pediu pena de 22 anos de prisão para o ex-governador e mais uma multa de 451 mil reais.

Azeredo cogita renunciar por suas razões:

1. Ele afirmou a pessoas próximas que, sem o mandato, se sentiria mais à vontade para defender-se no processo, em que alega inocência.

2. Com isso, além do mais, deixaria de ser uma pedra no caminho da campanha do presidenciável tucano Aécio Neves (MG).”

Quem quiser conferir o post original, ele está neste link.

Tags: "alvo político", denúncia, Eduardo Azeredo, esquema ilegal de financiamento, governo de Minas, impropriamente chamado "mensalão mineiro",procurador-geral da República, renúncia


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19/02/2014 às 16:00 \ Política & Cia
Haddad e os conselhos de Lula


Haddad e Lula: conselhos e estreias (Foto: Marcio Fernandes / Estadão Conteúdo)

Nota de Otávio Cabral, publicada em edição impressa de VEJA

CONSELHO PELA CULATRA

Desde o início do ano, o prefeito Fernando Haddad vai toda semana até o Instituto Lula ouvir conselhos do ex-presidente para tentar melhorar sua gestão, reprovada por 80% dos paulistanos.

As últimas orientações que ouviu de Lula foi para sair mais do gabinete e para dar entrevistas mostrando os feitos de seu governo e criticando a oposição e a imprensa — com isso, o ex-presidente acha possível recuperar ao menos o apoio do eleitorado petista.

Na primeira tentativa de seguir o mestre, o prefeito disse que a “elite” da cidade que governa é “pobre de espírito” — uma estreia considerada pouco promissora.

Tags: conselhos, Fernando Haddad, Instituto Lula, Lula, oposição, orientação


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19/02/2014 às 15:00 \ Vasto Mundo
VENEZUELA e um lembrete a Maduro: atirar no povo levou à queda de alguém muito mais poderoso, o xá do Irã, após 37 anos de reinar absoluto


Praça Esfand, em Teerã, 27 de dezembro de 1978: multidão tenta desesperada escapar dos tiros do Exército do Xá do Irã. A repressão só engrossou as manifestações…

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, não aprendeu lições da história. Atirar no povo derruba regimes — muito mais fortes do que o dele.

Como ocorreu com a ditadura do xá do Irã, Mohammed Reza Pahlevi. Tudo começou com uma coisa ínfima, em outubro de 1977, quando algumas centenas de pessoas saíram às ruas protestando contra o xá, que desde o distante 1941 ocupava o Trono do Pavão, com poderes absolutos e incontestáveis e sólido apoio dos Estados Unidos e de boa parte dos principais países do Ocidente.

Usando os incontáveis bilhões de dólares do petróleo, o xá vinha impondo um programa de modernização industrial e de ocidentalização forçada ao país, deixando de levar na devida conta a fé e a militância da esmagadora maioria dos iranianos, muçulmanos xiitas, e a influência sobre eles exercida pelo líder espiritual então exilado na França, o aiatolá Ruhollah Khomeini.


… que progressivamente levaram a proporções colossais, como esta, diante da Universidade de Teerã, a 13 de janeiro. Três dias depois, o fim: depois de mais de 37 anos de poder absoluto, o xá abdicou e deixou para sempre o país (Fotos: David Burnett)

Quando os protestos cresceram de proporção, em 1978, em vez de liberalizar o regime, libertar presos políticos, reprimir a prática disseminada da tortura, afrouxar a vigilância feroz exercida por sua polícia secreta, a Savak, e permitir canais à oposição, o xá achou-se forte o suficiente para mandar o Exército reprimir, à bala, os protestos.

A cada leva de mortos, os protestos engrossavam e se tornavam mais violentos. No final de 1978, milhões de pessoas já saíam às ruas por todo o Irã, o xá foi perdendo o controle da situação e acabou abdicando no dia 16 de janeiro de 1979, para a seguir vagar, como um pária, de país em país, até conseguir asilar-se, doente de câncer, no Egito, onde morreu em julho de 1980.

O regime semiditatorial da Venezuela começou a trilhar esse caminho. Ele não conduz a um final feliz.



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Tags: Aiatolá Khomeini, ditadura, Mohammed Reza Pahlevi, Nicolas Maduro,oposição, petróleo, polícia secreta, presos políticos, protestos, Savak, tortura,Venezuela, Xá do Irã


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19/02/2014 às 14:00 \ Vasto Mundo
A declaração de apoio a Maduro informa: o Mercosul começou a agir na clandestinidade e está com cara de organização criminosa


As ruas de Caracas tomadas pela grande manifestação em solidariedade aos estudantes, no dia em que Leopoldo López, o opositor procurado pelo chavismo, se entregou às forças de segurança venezuelanas (Foto: Twitter)

Publicado no blog de Augusto Nunes

A DECLARAÇÃO DE APOIO A MADURO INFORMA: O MERCOSUL COMEÇOU A AGIR NA CLANDESTINIDADE E ESTÁ COM CARA DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

Às vésperas da sessão de abertura, o presidente venezuelano Nicolás Maduro amparou-se na cirurgia a que foi submetida Cristina Kirchner para adiar por um mês a reunião de cúpula do Mercosul que começaria no dia 17 de dezembro, em Caracas.

Em 5 de janeiro, invocando a necessidade de preservar a saúde da colega argentina, o herdeiro de Hugo Chávez resolveu transferir o início do encontro para o último dia do mês. Em 16 de janeiro, misteriosos “problemas de agenda” serviram de pretexto para o terceiro adiamento. E a celebração bolivariana ficou para “meados de fevereiro”.

Como fevereiro vai chegando ao fim, é certo que vem aí o quarto adiamento. O encontro dos sócios do bloco econômico mais raquítico do mundo será provavelmente transferido para março. É possível que fique para quando Deus quiser, avisam os desdobramentos da crise venezuelana e os indícios veementes de que os quatro parceiros de Maduro querem distância de Caracas.


Nas ruas de Caracas, o descontentamento do Povo, que não carece de assinatura (Foto: Twitter)

Fazem muito bem, concordam as cenas perturbadoras agrupadas no vídeo abaixo (gravado durante os protestos da última quinta-feira, dia 13) e as fotos que documentam a gigantesca manifestação promovida nesta terça-feira.Um comunicado divulgado neste domingo pelo Ministério das Relações Exteriores da Venezuela atesta que a turma do Mercosul decidiu combater ao lado de Maduro, mas à distância e por escrito. Num texto cuja autoria foi atribuída por muitos adversários ao sucessor do bolívar de hospício, “os Estados membros do Mercosul, diante dos recentes atos violentos na irmã República Bolivariana da Venezuela e as tentativas de desestabilizar a ordem democrática, repudiam todo tipo de violência e intolerância que busquem atentar contra a democracia e suas instituições, qualquer que seja sua origem“.

E a prisão do líder oposicionista Leopoldo Lopez? E a retomada das perseguições à deputada Maria Corina Machado? E os manifestantes (dois oposicionistas e um chavista) assassinados com tiros na cabeça? O documento que ninguém assinou não perdeu tempo com tais detalhes, como deixa claro o restante do texto. Confira a continuação do palavrório:

“Os Estados membros reiteram seu compromisso com a plena vigência das instituições democráticas e, neste contexto, rejeitam as ações criminosas de grupos violentos que querem espalhar a intolerância e o ódio na República Bolivariana da Venezuela como uma ferramenta política. Expressam seu mais forte rechaço às ameaças de ruptura da ordem democrática legitimamente constituída pelo voto popular e reiteram a sua posição firme na defesa e preservação das instituições democráticas, de acordo com o Protocolo de Ushuaia sobre compromisso democrático no Mercosul (1998)”.

“Sugerem que as partes a continuem a aprofundar o diálogo sobre as questões nacionais, dentro do quadro das instituições democráticas e do Estado de direito, como tem sido promovido pelo presidente Nicolás Maduro nas últimas semanas, com todos os setores da sociedade, incluindo parlamentares, prefeitos e governadores de todos os partidos políticos representados. Finalmente, expressam suas sinceras condolências às famílias das vítimas fatais, resultado dos graves distúrbios causados, e confiam totalmente que o governo venezuelano não descansará no esforço para manter a paz e plenas garantias para todos os cidadãos”.

Os cinco patetas que dividem o fiasco do Mercosul acabam de operar um milagre e tanto. Pela primeira vez, uma declaração conjunta foi aprovada sem que se perdesse tempo com reuniões, debates, sugestões de acréscimos, propostas de cortes e outras miudezas.

Pela primeira vez, um documento que traduz o ponto de vista de um punhado de países foi divulgado sem rubricas nem assinaturas. Pela primeira vez, continuam no baú dos segredos de Estado o nome do redator, a identidade dos envolvidos nos trabalhos de parto e o local de nascimento da peça histórica.

A gestação do texto reforça a suspeita de que o Mercosul caiu na clandestinidade e resolveu agir nas sombras. Pelo prontuário dos parceiros, ninguém ficará surpreso se a entidade engrossar a lista das organizações criminosas.





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Tags: crise venezuelana, Cristina Kirchner, Hugo Chávez, Leopoldo López, María Corina Machado, Mercosul, Nicolas Maduro, Venezuela


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18/02/2014 às 19:20 \ Política & Cia
Morre Glênio Bianchetti, respeitado artista plástico e um dos fundadores da Universidade de Brasília


Um dos artistas plásticos mais importantes da arte brasileira contemporânea, Glênio Bianchetti morreu, aos 86 anos, na madrugada desta terça-feira (18/2), deixando a mulher, Ailema, seis filhos e um legado indelével (Foto: Daniel Ferreira / D.A Press)

Texto publicado no Correio Braziliense

MORRE GLÊNIO BIANCHETTI, ARTISTA PLÁSTICO E UM DOS FUNDADORES DA UNB

A convite de Darcy Ribeiro, o mestre veio para Brasília na década de 1960. Considerado um dos artistas brasileiros mais completos da atualidade, colaborou na criação do Museu de Arte de Brasília

Gravador, pintor, ilustrador e professor da Universidade de Brasília (UnB), Bianchetti era considerado um dos artistas brasileiros mais completos da atualidade. Bianchetti deixou Porto Alegre e mudou-se para Brasília em 1962 atendendo a um convite do professor Darcy Ribeiro.

Lecionou na UnB, onde foi responsável pela criação do Ateliê de Arte e o Setor Gráfico. Foi, porém, demitido durante o governo militar e só foi readmitido na Universidade em 1988. Bianchetti sempre foi um humanista e usou a arte com esse fim. Um dos cartazes da campanha da Diretas Já, durante a década de 1980, foi criado por ele.

A trajetória de um mestre

Nascido em Bagé (RS) em 1928, Glênio Bianchetti iniciou os estudos artísticos na década de 1940 sob orientação de José Moraes. Em 1949, ingressou no Instituto de Belas Artes de Porto Alegre, onde foi aluno de Iberê Camargo.

Três anos depois, fundou o Clube de Gravura de Bagé, ao lado de Glauco Rodrigues e Danúbio Gonçalves. O grupo defendia a popularização da arte por meio da abordagem de temas sociais e regionais em estilo figurativo realista com traços expressionistas.




Com os amigos Carlos Scliar e Vasco Prado, Glênio fundou o Clube de Gravura de Porto Alegre (Foto: Daniel Ferreira / D.A Press)

Com os amigos Carlos Scliar e Vasco Prado, Glênio fundou o Clube de Gravura de Porto Alegre. Em 1953, dirigiu o setor gráfico da Divisão de Cultura e Educação da Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul. Nesse período, ele ilustrou obras literárias e realizou os primeiros painéis em espaços públicos. Em 1962, transferiu-se para Brasília, onde ajudou a construir a Universidade de Brasília.

Na instituição, lecionou disciplinas de desenho no Instituto de Artes Visuais. No início da década de 1970, colaborou na criação do Museu de Arte de Brasília. Participou de exposições no Brasil e no exterior e, em 1999, no Palácio Itamaraty, foi homenageado com a retrospectiva dos seus 50 anos de carreira. Em 2009, a vida de Glênio ganhou as telas em um documentário de 52 minutos dirigido por Renato Barbieri.

Linha do tempo

1946 - Inicia estudos artísticos com José Moraes em Bagé (RS), onde nasceu

1947 - Estuda no Instituto de Belas Artes de Porto Alegre, sendo aluno de Iberê Camargo

1951 - Com Glauco Rodrigues e Danúbio Gonçalves, integra o Clube de Gravura de Bagé

1951 - Com Carlos Scliar, Glauco Rodrigues, Danúbio Gonçalves e Vasco Prado, funda o Clube de Gravura de Porto Alegre

1953 - Torna-se diretor do setor gráfico da Divisão de Cultura da Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul

1954 - Forma-se em artes plásticas pelo Instituto de Belas Artes da UFRGS

1959 - Orienta cursos de gravura no Instituto de Belas Artes

1960 - Assume a direção do Margs

1962 - É chamado por Darcy Ribeiro para dar integrar o corpo docente do curso-tronco de arquitetura. Nesse ano, ele organiza com outros professores o Setor Gráfico da UnB, onde dirige o ateliê de pintura

1964 - É preso durante repressão dos militares à universidade, tida como subversiva. Permanece na prisão por 27 dias

1965 - Em função das duras ações da ditadura militar, Glênio e demais professores pedem demissão da UnB

1967 - Começa a produzir tapeçarias

1971 - Colabora na criação do MAB.DF

1976 - Membro-fundador do Centro de Realização Criadora, responsável pela formação de artistas e arte-educadores

1978 - Executa painéis para a Secretaria da Agricultura do Distrito Federal

1978 - Executa painel para a Comissão de Financiamento da Produção

1994 - Realiza painéis para o Edíficio Glênio Bianchetti

2000 - Ilustra Vidas Secas, de Graciliano Ramos, para a Confraria de Bibliófilos do Brasil

Tags: "Vidas Secas", Carlos Scliar, Clube de Gravura de Bagé, Clube de Gravura de Porto Alegre, Danúbio Gonçalves, Darcy Ribeiro, Diretas-Já, Glauco Rodrigues,Glênio Bianchetti, governo militar, Graciliano Ramos, Iberê Camargo., Museu de Arte de Brasília, Renato Barbieri, UnB, Vasco Prado


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18/02/2014 às 18:40 \ Tema Livre
FOTOS INCRÍVEIS: Os vencedores do Concurso de Fotografia National Geographic


O grande vencedor “The Ice Bear”, ou “O Urso Polar”, de Paul Souders

O já tradicional concurso anual de fotografia da revista National Geographic premiou, no final do ano, três vencedores nas categorias Natureza, Local e Pessoas dentre 7.000 imagens enviadas por fotógrafos de mais de 150 países, mas fez menção honrosa a 10 fotografias dignas de serem vistas.

A foto acima, O Urso Polar, levou o grande prêmio. O fotógrafo Paul Souders, sediado em Seattle, nos Estados Unidos, conseguiu clicar um urso polar abaixo da superfície congelada das águas da baía de Hudson, iluminada pelo sol da meia-noite, como se o animal estivesse sendo esmagado por alguma força invisível.

A população de ursos polares de Manitoba, no Canadá — a mais austral do mundo –, está particularmente ameaçada por um clima mais quente e redução do gelo do mar.

Com essa foto, Souders ganhou 10.000 dólares e a participação no seminário anual de fotografia da National Geographic, em janeiro.



Vencedor na categoria Pessoas


“Together, alone”, ou “Juntos, Sozinho”, de Cecile Baudier

Este retrato de dois gêmeos idênticos (Nils e Emil, 15 anos de idade) em Fyn, Dinamarca, é parte de uma série de imagens que retratando as pessoas uma ligação tão forte que passaram a se considerar “nós” em vez de “eu”. O fotógrafo é o dinamarquês Cecile Baudier.



Vencedor na categoria Locais


“Long Road to Daybreak”, ou “Longo caminho ao fim do dia”, de Adam Tan

A foto do neozelandês Adan Tan que mostra uma mãe trabalhadora, saindo bem cedinho carregando seu filho na cesta, através da névoa que toma conta das ruas de Laocheng, na China, retrata ainda o rápido crescimento econômico chinês em contraste com a beleza do país milenar.



MENÇÕES HONROSAS


“Crows Nest”, ou “Ninho de corvos”, de Yosuke Kashiwakura

Os corvos de Tóquio, no Japão, acabam por usar cabides de aço, que conseguem pegar de apartamentos, para fazer seus ninhos, pois a modernérrima cidade sofre com escassez de árvores e materiais naturais adequados.

O lado menos ruim disso é que os ninhos acabam parecendo obras de arte, como mostra a fotografia do japonês Yosuke Kashiwakura.




“Indian Rhino, Canadian Winter”, ou “Rinoceronte indiano, inverno canadense”, de Stephen De Lisle

Esta bela foto do canadense Stephen De Lisle mostra um rinoceronte indiano no fim de inverno no zoológico de Toronto, no Canadá.




“Flying Egrets”, ou “Voo das garças”, de Réka Zsirmon

A foto de Réka Zsirmon mostra um campo às margens do rio Danúbio, na Hungria, em que bandos de enormes garças se reúnem e empreendem seu belo voo.




“Cows And Kites”, ou “Vacas e pipas”, de Andrew Lever

O fotógrafo-viajante inglês Andrew Lever conta como clicou este flagrante que mereceu menção honrosa da National Geographic, num país que ele não identifica:

“Eu estava dirigindo ao longo da rodovia quando notei o gado se bronzeando na praia vazia. Inicialmente eu pensei que eu estava vendo coisas, mas realmente as vacas e touros estavam tomando sol! Eu tive que estacionar o meu carro a uma distância que significou uma longa caminhada ao longo da praia no calor de 35 graus. Não importava, porque eu tive que tirar a foto! Quando cheguei mais perto delas, eu tomei cuidado para não assustá-las, e rastejei de barriga na areia quente para obter esta boa foto. Valeu a pena o esforço!”




“Graveyard”, de Julie Fletcher

A fotógrafa australiana Julie Fletcher conta que seguiu por vários quilômetros a enorme tempestade, em busca de uma cena especial, digna de registro, e mesmo assim não esperava a cena que encontrou: uma água verde leitosa surreal, um fenômeno natural causado pela atividade eletromagnética do raio atingindo a superfície da água.

No local não havia chuva nem muito vento, e no horizonte o céu estava carregado.




“Arabic in Gambia”, ou “Árabe na Gâmbia”, de Bisig Maurin

A fotógrafa suíça Bising Maurin apresenta ao mundo esta menina de apenas 13 anos.

Nascida e criada no Bronx, em Nova York, umas das maiores cidades do mundo, foi mandada pelo seu pai, aos 13 anos, para morar com sua família em uma pequena vila no meio do nada, chamada Baja Kunda, na Gâmbia.

A pequena árabe sente agora o contraste, vivendo sem energia elétrica, a uma distância de duas horas de ônibus da cidade mais próxima. Ao invés de ir para a escola, como fazia em Nova Yorque, agora trabalha todos os dias, de manhã bem cedo até tarde da noite.

Apesar de ser a única pessoa na cidade a possuir um passaporte americano, sua tradição familiar a impede de usá-lo novamente.




“Ida”, de Cecile Baudier

Esta é Ida, groenlandesa de 7 anos de idade que foi morar com sua mãe na Dinamarca.

Mesmo sendo ligados historicamente, os dois países têm culturas muito diferentes. Na Dinamarca os naturais da Groenlândia são vistos como cidadãos de segunda classe, e esta foto faz parte de um ensaio em curso que tenta mostrar um lado diferente da minoria groenlandesa na Dinamarca. Mais uma foto da vencedora Cecile Baudier.




“Francesca”, de Michele De Punzio

A moça da foto, Francesca, é a namorada do fotógrafo italiano Michele De Punzio.




“Life Along The Polluted River”, ou “A vida ao longo do rio poluído”, de Andrew Biraj

Nesta foto, registro do fotógrafo de Bangladesh Andrew Biraj, um menino carrega seus balões ao longo do rio Buriganga, em Dhaka, tão poluído que seus dejetos produzem essa fumaça tóxica que se vê na imagem.




“Laurentiu”, de Aurélie Geurts

O fotógrafo belga Aurélie Geurts criou uma série chamada “Frumoasa”, que em romeno significa ”beleza”, onde retrata o menino da foto acima, Laurentiu, e sua família.

Eles vivem em barracas junto à estação ferroviária, perto da Ghent Dampoort, e têm que lidar com todo o tipo de obstáculos no seu dia-a-dia, começando pela falta de um endereço legal, que lhes impede de encontrar um trabalho decente. Apesar das dificuldades, é uma família feliz e acolhedora.



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Tags: Adan Tan, Andrew Biraj, Andrew Lever, Aurélie Geurts, Bising Maurin,Cecile Baudier, concurso de fotografia, gêmeos, Julie Fletcher, Michele De Punzio, National Geographic, Paul Souders, Réka Zsirmon, Stephen De Lisle, urso polar, Yosuke Kashiwakura


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18/02/2014 às 17:50 \ Política & Cia
PSB de Campos quer Joaquim Barbosa candidato ao Senado pelo Rio. O PSDB foi mais longe, e já sondou o ministro


Joaquim Barbosa, Eduardo Campo e Aécio Neves (Fotos: STF :: PSB :: Estadão Conteúdo)

O Estadão informa hoje, em detalhada reportagem, sobre o interesse do presidenciável do PSB Eduardo Campos em ter como candidato a senador pelo Rio de Janeiro o ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal.

O jornal diz que, segundo integrantes do PSB, Eduardo Campos “tem loucura” para saber quais são os planos políticos do ministro Barbosa e, para que seu interesse no presidente do Supremo não pareça “assédio político”, o governador de Pernambuco pediu à ministra aposentada do Superior Tribunal de Justiça Eliana Calmon — filiada ao PSB — que faça o contato com Barbosa.

O PSDB, porém, chegou antes. Um alto dirigente partidário manteve, já em dezembro, dois contatos com o ministro Joaquim com esse objetivo específico — o Senado pelo Rio.

Barbosa foi discreto, mas o interlocutor tucano considera que o ministro passou a considerar a ideia.

Em VEJA desta semana, reportagem de Hugo Marques informa que pessoas próximas a Barbosa indicam que ele pretende deixar em breve o Supremo, solicitando aposentadoria uma vez concluído o processo do mensalão, do qual foi relator, e que não descarta uma carreira política, mas só a partir das eleições de 2018.

Um obstáculo a uma eventual candidatura de Barbosa este ano está justamente em não haver certeza se todos os recursos do processo estejam julgados até 5 de abril, exatos 6 meses antes do pleito, prazo máximo de filiação para magistrados que desejam afastar-se dos cargos para disputar um cargo eletivo.

A Constituição faz exceção para magistrados à regra geral de necessidade de filiação partidária com um ano de antecedência em relação à data da eleição.

Tags: Aécio Neves, candidato a senador, Eduardo Campo, Joaquim Barbosa,mensalão, PSB, PSDB, Rio de Janeiro, Supremo Tribunal Federal


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18/02/2014 às 16:00 \ Política & Cia
O físico José Goldemberg e a ameaça de apagão: “Crônica de uma morte anunciada”


Setor elétrico teve morte anunciada: “Os ministros de Minas e Energia de Fernando Henrique Cardoso poderiam alegar ignorância – mas não os de Lula e Dilma Rousseff” (Foto: Reinaldo Canato)

Artigo publicado no jornal O Estado de S.Paulo

CRÔNICA DE UMA MORTE ANUNCIADA

Por José Goldemberg, físico, ex-reitor da USP e ex-ministro da Educação e da Ciência e Tecnologia

O que está acontecendo com o sistema que produz eletricidade no Brasil lembra bem o maravilhoso romance de Gabriel García Márquez que conta a história de um assassinato premeditado. Acusado por Angela Vicario de tê-la desonrado, o jovem Santiago Nasar é morto a facadas pelos irmãos dela. Toda a localidade fica sabendo com antecedência da vingança premeditada, mas nada salva Santiago do seu trágico destino, anunciado logo na primeira linha do romance.

Mais de 80% da energia elétrica gerada no Brasil se origina em usinas hidrelétricas, nas quais a força das águas movimenta as máquinas que produzem a eletricidade. Elas dependem, portanto, de chuvas regulares e de reservatórios que acumulem a água para ser usada nos meses (ou anos) em que chove menos.

Reservatórios, às vezes, inundam terras férteis ou áreas cobertas com florestas. É preciso que as empresas que constroem as hidrelétricas reassentem a população afetada – alguns milhares de pessoas em geral – e reduzam ao mínimo os impactos ambientais decorrentes da formação dos reservatórios. Há muitos casos em que isso foi feito com sucesso, como em Itaipu. Em outros, como Balbina, os cuidados devidos não foram tomados em tempo.

Sucede que desde 1985, nas usinas hidrelétricas construídas no País, os reservatórios de água foram negligenciados, tornando-se cada vez menores. A razão para tal foi a falta de visão e coragem de sucessivos governos para enfrentar os problemas tanto sociais como ambientais, que não eram considerados prioritários.

Os inconvenientes decorrentes da formação de reservatórios são, de modo geral, compensados pelas vantagens de dispor de eletricidade a milhares de quilômetros de distância do local onde as usinas hidrelétricas estão localizadas, atendendo às necessidades de milhões de habitantes nas grandes cidades.

Há aqui a necessidade de comparar custos e benefícios e como tratar os problemas dos que são prejudicados com as vantagens dos que são beneficiados. Essa é a função do poder público.

A gravidade do problema de negligenciar a formação de reservatórios ficou evidente em 2001, quando chuvas mais fracas quase levaram ao racionamento de energia elétrica, fato amplamente explorado nas eleições de 2002, que levaram o então candidato a presidente Lula e o PT ao poder.

Daí a analogia com o romance de Gabriel García Márquez: o mesmo problema poderia voltar a ocorrer – como se fosse uma morte anunciada – se não fossem tomadas medidas adequadas. Os ministros de Energia de Fernando Henrique Cardoso poderiam alegar ignorância, mas não os de Lula e Dilma Rousseff.

No governo Lula o problema dos reservatórios não foi enfrentado – como, de modo geral, todos os problemas de infraestrutura do País – e a solução adotada a partir de 2001 foi gerar eletricidade com gás natural para complementar a geração das usinas hidrelétricas em períodos secos.

Essa é uma solução transitória e muito cara, como sabem muito bem os técnicos do setor, por causa do elevadíssimo custo do gás natural no Brasil, razão pela qual usinas a gás podem ser usadas emergencialmente, mas não o tempo todo.

Para piorar a situação, o atual governo tomou em 2012 uma medida claramente demagógica, por meio da Medida Provisória (MP) 579: a de reduzir o custo da contra de luz em 20%. Essa medida foi apresentada como uma espécie de “bolsa eletricidade” para ajudar os mais pobres, mas beneficiou também amplamente os grandes consumidores de energia elétrica no setor eletrointensivo da indústria.

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Tags: "bolsa eletricidade", Dilma Rousseff, energia elétrica, FHC, Gabriel García Marquez, gás natural, infraestrutura, José Goldemberg, Lula, MP 579,privatização, racionamento, reservatórios, setor elétrico, usinas hidrelétricas


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18/02/2014 às 15:00 \ Política & Cia
MENSALÃO: o chamado “mensalão mineiro” encerra, sim, acusação de crimes, que devem ser punidos — mas o do PT é muito mais grave: foi um ATENTADO à República e à democracia


Ministros do STF julgando o mensalão: “o chamado mensalão mineiro abrange denúncia de crime, mas o mensalão propriamente dito, além de crime, foi um atentado contra a democracia, de gravidade só comparável à de um golpe de Estado” (Foto: Nelson Jr. / STF)



Publicado originalmente a 13 de setembro de 2012, às 18h30. Republicado agora por ser oportuníssimo

O texto que se segue é do leitor e amigo do blog Ruy Jorge, respeitado advogado na capital do país, de quem tenho a honra de ser amigo desde quando, jovens, frequentamos o Curso de Direito da Universidade de Brasília — em cujo vestibular, diga-se de passagem, ele passou em primeiro lugar.

Eu próprio poderia ter escrito este texto, porque CONCORDO INTEIRAMENTE COM ELE.



Também sou daqueles que defendem a plena punição de todos aqueles que cometeram crimes, independentemente de pertencerem a qualquer grupamento político. Acho, entretanto, que é necessário separar coisas distintas.

O apodo “mensalão mineiro” ou “mensalão tucano” não passa de uma criação petista visando a equiparar situações distintas, embora – repito – ambas passíveis de sanção penal.

Embora as acusações abranjam, em ambos os casos, desvio de dinheiro público, são elas diferentes. No mal apelidado mensalão mineiro trata-se, verdadeiramente, de crime eleitoral – nem por eleitoral menos crime.

Já o mensalão de verdade – o que está sendo julgado no STF – foi algo muito mais grave, pois, além do desvio de dinheiro público – comum a ambos – o que houve foi um grave atentado à democracia, com a compra apoio político de parlamentares e de partidos inteiros, numa tentativa de perpetuação do PT no poder.

No caso do deputado Eduardo Azeredo [na ocasião dos fatos, 1998, candidato à reeleição como governador de Minas], não houve nenhuma referência a qualquer tentativa de compra de apoio político ao governo, em nenhuma casa parlamentar.


O ex-governador e hoje deputado tucano Eduardo Azeredo é o principal réu do chamado “mensalão mineiro”, no qual também figura o ex- ministro do Turismo de Lula Walfrido Mares Guia (Fotos: Agência Brasil :: Rafael Neddermeyer & Sergio Lima / Folha Imagem)

E a compra de apoio parlamentar é o que qualifica e torna incomparavelmente mais grave o crime do lulalato.

O apodo “mensalão mineiro” ou “mensalão tucano” não passa de uma manobra dos petistas – que construíram a tese do caixa dois e do crime eleitoral – para equiparar crimes totalmente diferentes. Uma tentativa de incutir na mente do povo a ideia de que ambos não passaram da mesma coisa, e que, assim, o mensalão foi “apenas” um crimezinho eleitoral, tal como o outro.

E a mídia – grande parte dela sem se dar conta das intenções ocultas – aderiu, gostosamente, à manobra e acabou por dar a ambos os crimes – crimes, note bem – a mesma conotação.

Volto a repetir: qualquer crime deve ser punido – acho, até que os de natureza eleitoral deveriam ser tratados pela lei com rigor maior do que previsto na atual legislação, pois distorcem o resultado das eleições.

Mas o caso do mensalão traduz atentado à democracia e à República de gravidade só comparável à de um verdadeiro golpe de Estado.

Equiparar ambos, ainda de apenas dando o mesmo “apelido”, acaba por fazer o jogo dos inimigos da democracia e dos candidatos a tiranete…

Nunca me conformei em ver setores da mídia abraçar, de forma tão cândida – alguns, outros não – uma meia-verdade, maliciosamente plantada, a qual vem acabando por ganhar a conotação de uma mentira inteira.

(ATUALIZAÇÃO: LEIAM AQUI NOTÍCIA SOBRE A PRIMEIRA CONDENAÇÃO NO CASO MINEIRO)

Tags: Eduardo Azeredo, esquema de arrecadação de fundos, mensalão, post do leitor, PSDB, Supremo Tribunal Federal, Walfrido Mares Guia


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-O coletivismo é a negação da liberdade, porquanto a sede da liberdade é o indivíduo. Tanto é que a pena mais severa na história da humanidade é a privação da liberdade. A essência da liberdade é una e indivisível e daí a designação do sujeito como "indivíduo".

Aluízio Amorim

Filósofa russa Ayn Rand :



“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.”



Ayn Rand nasceu em São Petersburgo em 1905