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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Aviões caem sazonalmente? Só com apagão vocabular | Sobre Palavras - VEJA.com










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19/02/2014 às 10:57 \ Tradução simultânea



“Um avião não é feito para cair, mas ele sazonalmente cai. O que não se pode dizer é que ele todo ano tem que cair. Assim é o sistema elétrico brasileiro.” (Edison Lobão)



A declaração do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, contém duas bobagens em uma. A primeira, uma impropriedade vocabular flagrante, é chamar de “sazonais” os acidentes aéreos. A segunda é compará-los aos apagões, estes sim tendentes à sazonalidade.

O adjetivo sazonal é derivado de um substantivo feminino nascido no século XIII e pouco usado hoje: sazão, do latim sationis, que quer dizer estação do ano e, por extensão, tempo próprio para a colheita.

Faz tempo que sazonal, “relativo a uma determinada época do ano”, vai além de seu sentido original, podendo nomear tudo aquilo que ocorre em ciclos, regularmente, de forma previsível – como as estações que estão na origem disso tudo.

Safras são sazonais, claro, e fluxos turísticos em balneários também, mas até a Copa do Mundo pode ser chamada de sazonal. Há ciclos e padrões na ocorrência de todos esses eventos. Sinônimos de sazonal são periódico, cíclico, regular, repetitivo.

Um acidente aéreo, como se vê, é tudo menos sazonal. Imprevisível, pode-se dizer que é melhor qualificado pelos antônimos das palavras listadas acima: ocasional, eventual, fortuito, irregular.

Tudo aquilo que os apagões e o medo do desabastecimento energético, pragas brasileiras frequentes e propensas a atacar no verão, infelizmente não são.




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-O coletivismo é a negação da liberdade, porquanto a sede da liberdade é o indivíduo. Tanto é que a pena mais severa na história da humanidade é a privação da liberdade. A essência da liberdade é una e indivisível e daí a designação do sujeito como "indivíduo".

Aluízio Amorim

Filósofa russa Ayn Rand :



“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.”



Ayn Rand nasceu em São Petersburgo em 1905