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domingo, 3 de novembro de 2013

Quero ficar famoso à custa de certa jornalista de economia!








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03/11/2013 às 14:09 \ Humor, Liberdade de Imprensa


  • Uma jornalista de economia do GLOBO


Uma jornalista que fala muito de economia no GLOBO, mas também de cotas raciais, índios da Amazônia e feminismo, disse que pessoas como eu e o Reinaldo Azevedo (sem citar os nomes diretamente) emburrecem o debate no Brasil. Disse que não focamos nos argumentos, mas apenas em rótulos ofensivos. Disse isso logo depois que nos chamou de membros da “direita hidrófoba”, grosseiros, cães raivosos (rotweiller) e coisas do tipo.

Seria cômico, não fosse tão trágico. Essa jornalista é uma importante representante da esquerda caviar em nosso país. Abraça as causas politicamente corretas, posa de isenta e neutra, mas toma partido, e esse é de esquerda. Segundo ela, gente como Reinaldo Azevedo e eu estragam o nobre debate no país, que deveria ficar restrito aos petistas decentes (?) e os tucanos que rejeitam o neoliberalismo.

A tal jornalista ainda aproveitou para afirmar que eu a critiquei em um texto porque quero a fama. Mea culpa. Maldita vaidade! Só condenei a postura dessa jornalista, que elogiava a candidata escolhida por Obama para assumir o Fed basicamente porque era mulher, pois queria tirar uma casquinha em sua imensa fama. Não deu certo, fui ignorado. Mas tento aqui novamente chamar sua atenção, na esperança de que, da próxima vez, ela ao menos cite meu nome quando falar de mim.

A mesma jornalista ridicularizou meus conhecimentos de economia. Também reconheço sua ímpar sapiência no assunto. Fiz economia na PUC e MBA de Finanças no IBMEC, e trabalhei no mercado financeiro desde 1997. Mas não aprendi nada nesse período todo, pois precisava ter lido mais as colunas da jornalista em questão. Li várias, é verdade. Mas não foi o suficiente.

Essa, de 27 de junho de 2002, por exemplo, chamada “A crise do capital”, quase passou despercebida. Deveria ter emoldurado na parede para nunca esquecer suas brilhantes lições de finanças. Disse a tal jornalista sobre a Embratel na ocasião:

  • Fonte: GLOBO



Pois é. Tempos estranhos estes em que uma renomada jornalista de economia ignora o lado direito do balanço, aquele que acumula as dívidas todas. É o que dá só focar no lado esquerdo! A empresa valia US$ 100 milhões, e tinha caixa de US$ 850 milhões. Mas quanto tinha de endividamento acumulado? A fantástica jornalista não verificou. Tenho certeza de que fora um lapso bobo, e que ela compreendia perfeitamente que o valor da empresa não depende apenas do caixa dela.

Jornalista fantástica que é, não poderia morar junto com alguém menos incrível. O cônjuge dela é conhecido pela defesa intransigente do ambientalismo (alguns diriam ecoterrorismo). Certa vez, na rádio CBN, veio pedir desculpas por ter usado, no dia anterior, a expressão “samba do crioulo doido”. Jurou não ter a intenção de ofender ninguém, e logo se prontificou a esclarecer que era favorável às ações afirmativas. Quero ter a mesma coragem do casal quando crescer!

Enfim, esse meu domingo foi para lições de vida. Acusado de emburrecer o debate brasileiro por nunca ter argumentos e jamais focar nos dados e fatos, e isso tudo na companhia de alguém como Reinaldo Azevedo, que raramente apresenta argumentos e dados em seus longos textos, que praticamente só contêm ofensas pessoais, e acusado disso por uma jornalista dessa envergadura, que jamais rotula ou ofende quem dela discorda, só posso passar o resto do dia refletindo sobre meus erros abjetos e torcendo para que, um dia, eu alcance a fama dessa jornalista. É tudo que mais quero na vida!



Tags: Miriam Leitão, Reinaldo Azevedo



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“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.”



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