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16/11/2013 às 21:31 \ Política & Cia
O delegado Marcelo Nogueira, da Polícia Federal, observado por colegas, recebe telefonema do advogado Marthius Lobato sobre a fuga para a Itália do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato (Foto: Cecília Ritto)
Amigas e amigos do blog, é nisso que dá a legislação frouxa e as autoridades “compreensivas” que temos “neztepaiz”: o ladravaz condenado Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil durante o lulalato e personagem de proa do processo do mensalão, se manda para a Itália, lançando mão da dupla nacionalidade de que dispõe, para escapar da merecida cadeia a que foi condenado no Brasil.
Pergunto: adianta condenar, oito anos depois de denunciada a bandalheira, após ingente trabalho do Supremo Tribunal Federal consubstanciado em 50 mil páginas de processo, se não há a menor preocupação de manter vigilância sobre os condenados depois que se tornou claríssimo que haveria condenação?
Pergunto de novo: adianta confiar na palavra de réu condenado, que prometia se apresentar?
Pergunto ainda uma vez: se ele escapuliu de Ponta Porã (MS) para Pedro Juan Caballero, no Paraguai, de onde seguiu para a Europa, como fica a vigilância de nossas fronteiras?
Neste caso, como em tantos outros, agimos como o que somos: um país mequetrefe, de terceira categoria, que não leva nada a sério, que não se dá o respeito, cujas autoridades, por negligência, debocham do povo brasileiro — um país que agora é humilhado internacionalmente por um criminoso de colarinho branco se dizendo perseguido político em plena vigência de um regime democrático.
E — ironia das ironias — o condenado foragido alega buscar uma suposta “justiça” na Itália, a mesma Itália onde o lulalato alegava que o terrorista e assassino Cesare Battisti seria “perseguido” caso fosse, como deveria, extraditado do Brasil para lá pagar por seus crimes.
Agora, toca “eztepaiz” a lançar mão de toda uma série de providências jurídicas e diplomáticas intermináveis, de resultado incerto — uma vez que, sendo formalmente cidadão italiano, mesmo que ele desconheça por completo o idioma, é bem possível que a Itália não extradite Pizzolato para o Brasil –, para que o criminoso cumpra, aqui, sua pena.
Para ver a trabalheira que dará tentar trazer o ladrão de volta, e constatar o cinismo de quem, ainda por cima, critica a Justiça — e, naturalmente, a imprensa — do país, leiam a reportagem do site de VEJA intitulada Pizzolato foge para a Itália e debocha das autoridades brasileiras.
Tags: Banco do Brasil, Cesare Battisti, extradição, fuga, Henrique Pizzolato, Itália,lulalato, mensalão, país mequetrefe, Supremo Tribunal Federal
16/11/2013 às 20:00 \ Política & Cia
Chico Buarque, Gilberto Gil e Caetano Veloso – “rebeldes chapa-branca de longa data” (Foto: Procure Saber / Divulgação)
Artigo publicado em edução impressa de VEJA
A ERA DO REBELDE CHAPA-BRANCA
Vivemos um momento histórico de uma vulgaridade, obscurantismo e insipidez sem precedentes que, por várias razões entrelaçadas, propiciou a eclosão de um personagem patético, insólito, abundante e que ficará marcado como a expressão máxima deste triste período: o rebelde chapa-branca.
Sim! É ele o protagonista em todas as rodinhas, redes sociais, botequins, universidades e passeatas. Revela-se por duas características inseparáveis: é revoltado contra o sistema e, ao mesmo tempo, chancelado por ele.
Vamos a alguns exemplos. O MST é subvencionado pelo governo, tem o respaldo do governo e, no entanto, não para de reclamar, invadir e destruir terras produtivas.
No rap, há um sem-número de rebeldes chapa-branca, mas seu ícone são os Racionais. Fazem campanha para o governo, sobem nos palanques, têm o beneplácito da mídia oficial bancada pelo governo e, mesmo assim, são revoltadíssimos contra o sistema!
No seu último videoclipe, Marighella, eles aparecem prontos para assaltar a Rádio Nacional, numa reconstituição de época, exibindo inúmeros trabucos de grosso calibre e conclamando à luta armada, incorporando aquela mímica marrenta um tanto canastrona que lhes é peculiar.
O detalhe é que eles estão no poder. Eles são o poder. Eles são a situação.
No aniversário da morte do nosso Che Guevara tupiniquim, a Comissão da Verdade comemorou a data com solenidade e deferência. Marighella pode ter arrancado a perna de uns, matado outros e lutado para implementar uma ditadura sanguinolenta no Brasil, mas os rebeldes chapa-branca chancelam a festa, impõem a farsa com mão de ferro e ai de quem piar.
Na semana passada, o tal Procure Saber implodiu com a defecção do rei, deixando desnorteados Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque – rebeldes chapa-branca de longa data. O Gil acabou no comando do Ministério da Cultura, onde foi aninhando sua cria, o Fora do Eixo, que tem como ponta de lança Pablo Capilé, um rapaz que afirma ser contra o direito autoral, contra o autor, contra o livro e é pupilo de Zé Dirceu.
Tira dos artistas para entregar de mão beijada aos magnatas das redes sociais como o Google, o YouTube e o Facebook. Isso porque não estamos ainda perguntando para onde foi toda a grana que ele recebeu através das leis de incentivo à cultura. É um típico rebelde chapa-branca.
Racionais, em cena do clip “Marighella” — “O detalhe é que eles estão no poder. Eles são o poder. Eles são a situação”
Mas o Caetano acha “muderno” esse retrocesso estúpido e desonesto. O Chico, lá da França, assina carta de apoio ao Genoíno. São os nossos coronéis chapa-branca solando de cavaquinho.
Temos de ressaltar também a performance fulminante da presidente do Procure Saber, esta sim uma rottweiler de incontestável pedigree, Paula Lavigne. Descontrolada, vem cometendo lambança atrás de lambança, incluindo um ataque covarde à colunista da Folha de S.Paulo Mônica Bergamo.
E o que dizer de sua performance no Saia Justa com a Barbara Gancia? Há um mês, ela invadiu o meu Twitter, acompanhada por uma centena de integrantes da seita black bloc, me chamando de nazista, ex-músico, ex-Lobão, amante da ditadura, decadente (tem gente me chamando de decadente há uns trinta anos). Depois de algumas trocas de gentilezas, fui obrigado a bloqueá-la.
Uma das características dos rebeldes chapa-branca é o uso da técnica do espantalho: criam uma figura caricatural, colocam frases fora de contexto (quando não inventadas) em sua boca e tentam fazer acreditar que essa figura patética é você! Um vodu de psicopata.
Uma jornalista chapa-branca de uma revista bancada pelo governo declarou, num momento de búdica inspiração, que é a favor de fuzilamento para determinados casos (quais seriam?). É o tipo de comportamento visto com simpatia e condescendência pelo rebelde chapa-branca, pois a visão assimétrica do mundo, com um peso para duas medidas, é outra marca registrada dele.
Estou inaugurando com muito orgulho e entusiasmo minha coluna em VEJA. Não é fortuito o nosso encontro, assim como não é por acaso que se percebe a sociedade civil começando a se organizar para repensar a nossa condição atual.
Tentarei tratar dessa miséria que nos assola como se estivesse praticando um novo esporte: épater la gauche. Essa turma está imprimindo o ridículo em sua própria história. E desse vexame não escapará.
Tags: "Marighella", Black Bloc, Caetano Veloso, Che Guevara tupiniquim, Chico Buarque, Comissão da Verdade, ditadura, Fora do Eixo, Gilberto Gil, José Genoino,leis de incentivo à cultura, Lobão, luta armada, MST, obscurantismo, Pablo Capilé, passeatas, Paula Lavigne, Procure Saber, rap, rebelde chapa-branca,vulgaridade, Zé Dirceu
16/11/2013 às 19:10 \ Política & Cia
São Paulo, 15 de novembro de 2013, edifício-sede da Superintendência da Polícia Federal, 20h27: Dirceu se apresenta à carceragem e saúda meia dúzia de barulhentos partidários com o punho erguido (Foto: Ivan Pacheco)
Post originalmente publicado a 15 de novembro de 2013, às 22h02
Acho que quase todos vocês, leitores do blog, viram pela TV, agora há pouco: o ex-todo-poderoso ministro-chefe da Casa Civil de Lula, José Dirceu, nome certo na disputa pela sucessão do chefe depois de seus dois mandatos se não fosse o mensalão, finalmente se apresentou à carceragem da Polícia Federal, em São Paulo, para, dali, ser resolvido seu destino como presidiário no regime semi-aberto.
Mais de oito anos depois da denúncia do escândalo do mensalão pelo então deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), mais de sete anos depois do oferecimento da denúncia ao Supremo pelo procurador-geral da República, mais de seis anos após a aceitação da denúncia pelo Supremo, chegava, enfim, o momento da eminência parda do lulalato enfrentar a cadeia.
Ainda resta a ser julgado um embargo infringente que pretende contestar um dos crimes pelos quais Dirceu foi condenado pelo Supremo, o de formação de quadrilha. Mesmo assim, por ordem do presidente do Supremo, ministro Joaquim Barbosa, ele, como outros mensaleiros, começará a cumprir sua pena.
Dirceu chegou à PF de camisa esporte, sorridente, e, à entrada do edifício, dirigiu a um pequeno grupo de barulhentos partidários — vários dos quais perturbaram o trabalho de profissionais da imprensa — com a velha saudação comunista do punho erguido. Punho esquerdo, aliás.
Perguntar não ofende: o que significou esse punho erguido?
Vitória?
Por mais maluco que seja, em caso afirmativo, que vitória, exatamente?
A de ter em seu prontuário, para sempre, o carimbo de criminoso condenado?
Júbilo?
Por querer se transformar em “preso político” numa democracia como a brasileira, que, por sinal, concede benefícios inimagináveis aos infratores das leis penais?
Sinal de que “a revolução” lulopetista está em marcha, ou ainda virá?
Qual “revolução” — uma de que fazem parte Renan Calheiros, Collor, Maluf, Jader Barbalho, Sarney, uma fatia da bancada evangélica, os fisiológicos do PMDB?
Fica a pergunta no ar.
Como se sabe, perguntar não ofende.
Agora, digam vocês: em sua opinião, o que significou o gesto do chefe da quadrilha do mensalão?
Tags: carceragem, embargos infringentes, formação de quadrilha, José Dirceu,mensalão, mensaleiros, Polícia Federal, procurador-geral da República, punho levantado, saudação comunista, Supremo Tribunal Federal
16/11/2013 às 19:00 \ Tema Livre
À FRENTE DO TEMPO — O cientista russo Vladimir Mironov estuda a bioimpressão. Ele quer, em um futuro próximo, imprimir órgãos. Parte de suas pesquisas será realizada no Brasil (Foto: Marcus Steinmeyer)
Reportagem de Paula Rothman, publicada em edição impressa da revista Info
O HOMEM QUE QUER IMPRIMIR O SER HUMANO
O cientista russo Vladimir Mironov tem um sonho: imprimir em 3d órgãos e tecidos humanos. Ele já fez avanços e escolheu o Brasil para suas pesquisas. Em parceria com especialistas do CTI, um Centro Público de Pesquisas em Campinas (SP), Mironov dá os primeiros passos nabioimpressão e os resultados já são impressionantes
Tamanduarm — A criatura
A estrutura acima é um protótipo criado no Brasil. Acoplada a um braço robótico, a máquina poderá imprimir células diretamente na pele. Veja como no esquema abaixo:
O funcionamento do Tamanduarm
O sonho do cientista russo Vladimir Mironov é imprimir um rim. Seu grande objetivo é criar uma máquina capaz de depositar, camada a camada, as células que formam um dos mais complexos órgãos do corpo humano. Parece coisa de louco. E ele sabe disso. “Muitas pessoas não acreditam quando falo sobre isso”, afirma Mironov, com a voz calma destoando de seu imponente 1,90 metro de altura.» Clique para continuar lendo e deixe seu comentário
Tags: "Fabricated: The New World of 3D Printing", 2001 - Uma Odisseia no Espaço, Anvisa, Arthur C. Clarke, bioimpressão, biorreator, calvície, Carlos Olguin, Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, CNPq, engenharia reversa, esferoides teciduais, Fapesp, ficção científica, Hod Lipson, impressora 3D, impressora de tecidos biológicos, imprimir órgãos, James Yoo, Jorge Vicente Lopes da Silva, Lockyballs, microcirculação, modelos tridimensionais,organização tridimensional dos vasos sanguíneos, Organovo, próteses, Segunda Guerra Mundial, Steve Jobs, Tamanduarm, testes em animais, testes em células isoladas, transplantes, Vladimir Mironov
16/11/2013 às 18:00 \ Política & Cia
Arno Augustin, Guido Mantega e Gleisi Hoffmann tentaram explicar que o déficit primário de setembro não foi bem déficit primário e que as contas fiscais vão bem obrigado (Fotos: ABr)
Do blog Política & Economia Na Real, do jornalista José Márcio Mendonça e do economista Francisco Petros
A UTILIDADE (DUVIDOSA) DO DISCURSO CONTRA A IMPRENSA – 1
Depois de algum tempo em recesso, o influentíssimo (ainda?) secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, reapareceu com toda a força à luz do dia para, numa ação orquestrada com os ministros Guido Mantega e Gleisi Hoffmann, explicar para a plebe ignara que o déficit primário [déficit na área das contas públicas destinada a pagar os juros da dívida] de setembro não foi bem déficit primário e que as contas fiscais vão bem, obrigado.
Num mesmo dia da semana passada, os três apareceram em três dos principais diários brasileiros exorcizando esse “terrorismo”.
Augustin, com grande imaginação, bem ao estilo dos cultores das teorias conspiratórias da história, encontrou um “ataque especulativo” ao déficit público.
A teoria fez tanto sucesso que o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, dias depois, também vislumbrou o mesmo tiroteio assestado contra sua entidade.
A utilidade (duvidosa) do discurso contra a imprensa – 2
Lula, nos últimos tempos uma espécie de “ombudsman-mor” da imprensa brasileira, está fazendo escola.
Na especulação “augustinina”, a conspiração envolveria os meios de divulgação por divulgarem os dados das contas oficiais com destaque, jornalistas que esmiúçam os números e analistas (economistas, de preferência) que chamam a atenção para o problema.
Nesta lista (que a presidente Dilma Rousseff classificaria provavelmente de pessimistas), nas últimas semanas poderia até ser incluído o ex-ministro Delfim Neto, conselheiro informal do Palácio do Planalto, que em artigos e em entrevistas tem feito alertas bem explícitos a Brasília.
O objetivo dessas ofensivas é claro – tentar desviar a atenção do foco da questão e das cobranças. Na mesma linha pode-se enquadrar a declaração do ministro Mantega de que a inflação de outubro, de 0,57% foi um “bom resultado”.
A utilidade (duvidosa) do discurso contra a imprensa – 3
“Quem é atacado pela inflação não precisa ler nos jornais matérias sobre os preços para saber quanto isto lhe dói no bolso” (Charge: Sponholz)
Este “ataque especulativo” ao “ataque especulativo” é perda de tempo. As pessoas que sabem a importância de um política fiscal equilibrada para o bom andamento da economia não precisam necessariamente das informações da mídia para saber se as contas públicas vão bem ou mal das pernas.
Quem é atacado pela inflação não precisa ler nos jornais matérias sobre os preços para saber quanto isto lhe dói no bolso. O mesmo vale para notícias sobre possíveis ameaças ao emprego ou outros supostos “terrorismos” que os jornalistas registram.
As pessoas sabem e sentem. (…)
Tags: Arno Augustin, BNDES, déficit primário, Delfim Neto, Dilma Rousseff, Gleisi Hoffmann, Guido Mantega, inflação, Luciano Coutinho, Lula
16/11/2013 às 17:00 \ Tema Livre
Tatá em ensaio para a revista “Nova”, com foto de Jairo Goldflus
Nota de Juliana Linhares, publicada em edição impressa de VEJA
PIRADINHA, MAS NÃO RASGA DINHEIRO
O sucesso da personagem Valdirene, em Amor à Vida, tem sido tanto que a atriz Tatá Werneck acaba de ganhar um programa de humor só dela numa TV fechada, vai estrear outro em abril do ano que vem, na mesma linha, e recebeu oito propostas de papéis no cinema para 2014 – seis das quais já estão aceitas.
“Mas ainda tremo quando chego perto do Antonio Fagundes”, diz Tatá sobre seu colega de elenco.
Tamanho sucesso não rendeu apenas convites de trabalho:
– Comprei uma casa, no Rio, tenho até vergonha de falar o tamanho, mais um terreno para colocar todos os bichos que encontro na rua — diz a atriz, que posou para a revista Nova.
E, antes que alguém pergunte, não, o plantel de Tatá não inclui beagles de origem suspeita.
Sexy para a revista Sexy, por Fernando Torquatto
Sexy para a revista Sexy, por Fernando Torquatto
Foto para a revista Gloss
Foto para a revista Gloss
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16/11/2013 às 15:00 \ Vasto Mundo
A Suécia tem prisões com celas confortáveis — como esta, próxima à cidade de Kolmarden –, em que os próprios detentos é que fecham as portas das celas (Foto: NYT)
Texto publicado pelo site de VEJA
SUÉCIA FECHA QUATRO PRESÍDIOS POR FALTA DE DETENTOS
Taxa de ocupação do sistema carcerário do país vem caindo desde 2004
A Suécia passa por uma grande queda no número de prisões de delinquentes nos últimos dois anos e, por esse motivo, as autoridades decidiram fechar quatro penitenciárias e um centro de detenção, informa reportagem do jornal britânico The Guardian. “Vemos um declínio extraordinário no número de detentos. Agora temos a oportunidade de fechar parte de nossa infraestrutura”, disse Nils Oberg, diretor de Serviços Penitenciários do país.
O serviço penitenciário sueco fechou presídios em quatro cidades: Aby, Haja, Bashagen e Kristianstad. Dois desses prédios devem ser vendidos para a iniciativa privada e os outros dois devem abrigar temporariamente outras instituições estatais.
O número de detentos na Suécia vinha sendo reduzido em cerca de 1% ao ano desde 2004. Entre 2011 e 2012, a redução ampliou para 6% ao ano, taxa que deve ser mantida em 2013 e 2014. Oberg declarou que a abordagem liberal adotada pela Suécia quanto às prisões, com prioridade na reabilitação de prisioneiros e trabalhos voluntários, influenciou a queda de ocupação no sistema prisional do país.
“Nós acreditamos que os esforços em investir na reabilitação e prevenção de recaída de crimes tiveram um impacto”, disse Oberg. Tribunais suecos vêm adotando penas mais brandas para crimes relacionados com drogas após uma decisão da Suprema Corte em 2011, explicando, pelo menos, parte da queda brusca do número de detenções.
O governo sueco, no entanto, vai manter a opção de reabrir pelo menos duas das prisões fechadas se o número de detentos voltar a crescer. “Nós não estamos no ponto de concluir que esta [queda das prisões] é uma tendência de longo prazo e que é uma mudança de paradigma”, disse Oberg. “O que temos certeza é de que a pressão sobre o sistema de justiça criminal tem caído acentuadamente nos últimos anos”, concluiu.
População carcerária
Segundo dados compilados pela organização World Prison Brief (WPB), os Estados Unidos têm a maior população carcerária do mundo, com 2,2 milhões de detentos.
A China ocupa o segundo lugar com 1,6 milhão de pessoas atrás das grades.
Os presos da Rússia totalizam 681.600 pessoas e, em quarto lugar, está o Brasil, com 548.003 encarcerados.
A Suécia tem 4.852 presos.
Tags: abordagem liberal, detentos, drogas, penas mais brandas, população carcerária, reabilitação de prisioneiros, recaída de crimes, sistema carcerário,Suécia, Suprema Corte, trabalhos voluntários
16/11/2013 às 14:00 \ Tema Livre
Uma das obras de Panikanova: originalidade e beleza conceitual (Fotos: Ekaterina Panikanova)
Por Daniel Setti
Não raro, a originalidade do trabalho de um artista plástico aflora principalmente no meio e nos materiais que escolhe para expressar suas ideias.
Foi assim com Ekaterina Panikanova, russa de San Petersburgo nascida em 1975 que se divide entre a cidade natal e Roma. Formada em Belas Artes e com diversas residências artísticas no currículo, ela desenvolveu uma linha estética entre a pintura e a colagem na qual utiliza velhos livros e cadernos, geralmente abertos, como “telas”.
Ekaterina Panikanova (Foto: divulgação)
Na maioria das obras, cada peça empregada serve como um pedaço de uma figura maior; em outras, porém, cada retângulo constituído por estes livros ou cadernos é uma imagem própria que, recombinada às demais, também ganha seu sentido completo.
Os resultados, além de originais e conceituais, são muito bonitos:
15/11/2013 às 20:00 \ Política & Cia
“Gilmar Mendes falava cara-a-cara com os que deveriam ao menos contradizer as afirmações, que afirmavam ser o julgamento do Mensalão uma manipulação” (Foto: STF)
Post do leitor Reynaldo-BH
O copo está meio cheio ou meio vazio?
Ultrapassar limites é da natureza humana. Ficar por lá – para além dos limites – não.
Quarta-feira, 13, o Supremo Tribunal Federal chegou próximo ao ponto de ruptura. Temi pelo pior, mesmo exigindo que saibamos do que se falou.
Joaquim Barbosa, em uma frase – em meio ao desabafo doído de Gilmar Mendes – , se comprometeu com a História. Pelo que conhecemos de Joaquim Barbosa, sabemos que cumprirá.
Resta saber quando.
– E vou dizer quando deixar este tribunal! – disse o ministro presidente do STF.
Não disse “após a aposentadoria”. Deixou claro que a hora não tardará tanto — sua aposentadoria compulsória, por atingir os 70 anos de idade, só se dará em 2024.
Quando, então?
A tempo de ser partícipe da campanha eleitoral de 2014?
Ou a tempo de resgatar a dignidade perdida do STF, ou seja, a qualquer momento?
Gilmar Mendes falava cara-a-cara com os que deveriam ao menos contradizer as afirmações, que afirmavam ser o julgamento do Mensalão uma manipulação (controlar, mandar, obrigar – Dicionário Informal da WEB).
E deu a lista: o atraso proposital do início do julgamento, o tempo perdido, a procrastinação para que dois ministros fossem substituídos, a eterna chicana do adiamento, a destruição (pelo que se fez e principalmente como) de como será o Processo Civil e Penal no Brasil.
E acusava: foi MANIPULADO.
Imaginemos o julgamento de Eduardo Azeredo e Marcos Valério pela corrupção em Minas Gerais. Usando o que o STF decidiu, o julgamento deverá – pelos meus cálculos – ser concluído em 2022! Favor do mensalão aos ladrões de Minas.
Mas o que importa é a voz que se ouve claramente em pleno desabafo de Joaquim Barbosa:
– Eu vou falar quando deixar a Corte!
Fico na dúvida de torcer por este abandono prematuro e pela permanência que ainda nos permite ter esperanças.
Quem sabe ao fim do julgamento? Seria a hora e momento. Uma perda para a Justiça e um ganho inimaginável para o Brasil.
Por vezes é necessário destruir o castelo para que erga outro no lugar.
Que o Estado de Direito seja prevalente. Que chicanas ridículas, abjetas e vergonhosas não sejam elevadas à categoria de defesas com a complacência e incentivo de ministros sem pudor.
A crise virá se Joaquim Barbosa continuar a cumprir as promessas que faz. Sempre cumpre.
E que da crise tenhamos a oportunidade de ter um Poder Judiciário autônomo e não vergonhosamente de joelhos, fruto da manipulação, chantagem, escolha de esbirros dóceis e alteração da prestação jurisdicional.
Que venha a crise. Na democracia elas existem e nela, saberemos resolver.
Assim não teremos mais que assistir um ministro (a quem claramente foi dirigida uma pesada acusação, o sr. Lewandowsky) ficar em silêncio quando exposto na verdadeira condição de manipulado. Uma vergonha.
Creio que ficou em silêncio, pois sabia que tinha companhia no plenário.
Ganhamos, sim. Pois APESAR do STF conseguimos um MÍNIMO de Justiça. Se não houvesse uma imprensa atenta e uma indignação popular, ainda estaríamos esperando o relatório revisor de Lewandowsky.
“Para que pressa?”
Agora não temos mais a pressa do fim do julgamento.
Foi substituída pela pressa em sabermos o que Joaquim Barbosa sabe e não disse ainda.
Ou o que todos sabemos, mas ninguém – do STF – teve a coragem de externar.
Temos pressa. E decência.
Tags: campanha eleitoral de 2014, chicana, corrupção, crise, Eduardo Azeredo,Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa, Marcos Valério, mensalão, procrastinação,Reynaldo-BH, Ricardo Lewandowsky, Supremo Tribunal Federal
15/11/2013 às 18:45 \ Tema Livre
Jean-Claude Van Damme, em plena forma, em pleno ar
O ator belga Jean-Claude Van Damme, craque em artes marciais, mas sumido há um tempo do cinema, retorna em grande estilo, estrelando este comercial de caminhões da Volvo e deixando alguns queixos caídos no chão.
Filmado na Espanha, em um ambiente fechado e totalmente controlado, o baixinho — aos 53 anos bem vividos — se mantém em pé, braços cruzados, apoiado apenas nos retrovisores de dois caminhões emparelhados, em marcha a ré, com um belíssimo pôr-do-sol ao fundo.
A direção é de Andreas Nilsson, e a trilha sonora de Enya, com “Only Time”.
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Tags: "Only Time", Andreas Nilsson, comercial, Jean-Claude Van Damme, Volvo
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Disseram
“É difícil para mim saber o que os outros pensam a meu respeito. Então permaneço num estado de insegurança.”Jennifer Lawrence, atriz, vencedora do Oscar por O Lado Bom da Vida e que está em Jogos Vorazes – Em Chamas, cartaz nos cinemas, em entrevista a O Estado de S. Paulo
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